terça-feira, 14 de maio de 2013

Pré-sal vai surpreender positivamente, diz Edison Lobão

Por Rodrigo Polito e Marta Nogueira
 
ABr

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta terça-feira que a produção de petróleo na camada pré-sal, no Brasil e no exterior, vai surpreender positivamente.

“O pré-sal, com os novos estudos que estamos fazendo aqui, no Brasil, e fora do Brasil, vai nos surpreender positivamente”, disse o ministro, durante a abertura da 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo Lobão, por muito tempo, o governo havia desistido de fazer mais licitações por razões de interesse nacional. “Hoje temos duas leis. A que está em vigor há bastante tempo e a lei de partilhas”.

Ele acrescentou que além da 11ª Rodada, o governo vai realizar um leilão voltado para área de gás natural e outro para o modelo de partilha do pré-sal.

O ministro também destacou que na Bacia do Parnaíba está sendo produzido gás natural em larga escala. E acrescentou que o Piauí, assim como o Maranhão, tem potencial para produzir gás natural em larga escala e com preços baixos.

A Bacia do Parnaíba, localizada nos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, terá 20 blocos ofertados na rodada de hoje.

(Rodrigo Polito e Marta Nogueira)

Não há tempo a perder, diz Azevêdo na OMC


Por Assis Moreira | Valor
 
SÃO PAULO - A Organização Mundial do Comércio (OMC) passa por um momento crítico e não há tempo a perder. Foi o que afirmou Roberto Azevêdo nesta manhã diante dos países membros da OMC, ao ser aprovado oficialmente como próximo diretor-geral da organização, a partir de setembro.

Martial Trezzini/Keystone/AP 
Roberto Azevêdo conversa com o atual diretor-geral, Pascal Lamy, hoje, 14, na sede da OMC
 
Sob fortes aplausos, Azevêdo agradeceu pela confiança, mas não entrou nas questões essenciais do comércio, deixando isso para setembro, quando assume.

Ele enfatizou a importância de não perder tempo na preparação de um pacote de liberalização para a conferência ministerial de Bali, na Indonésia, em dezembro.

O principal acordo, de facilitação de comércio, tem 650 colchetes, significando divergências entre os países.
“Azevêdo precisará ser um destruidor de colchetes”, comentou um negociador, em referência à necessidade de reduzir as diferenças entre os países.

O atual diretor-geral, Pascal Lamy, lembrou em seu discurso os valores da OMC em torno de abertura do comércio para o benefício de todos, a não discriminação, a equidade e a transparência.

Na reunião da OMC, hoje, pelo menos 40 delegações pediram para se pronunciar, elogiando o futuro diretor-geral.

Azevêdo viajará amanhã ao Brasil e na sexta-feira estará em Brasília.

Petrobras vende subsidiária argentina, diz “La Nación”


Por Renato Rostás | Valor
Agência Petrobrás

SÃO PAULO - A Petrobras vendeu 51% do capital de sua subsidiária argentina, a Petrobras Argentina, para a Oil Combustibles, do empresário Cristóbal López, informou hoje o jornal argentino “La Nación”. 

De acordo com a publicação, algumas operações ficaram fora do negócio. Entre elas, estaria a Lubrax, distribuidora de lubrificantes da estatal brasileira. Já a rede de postos de gasolina da Petrobras estaria incluída e passaria a funcionar sob a bandeira Oil, do empresário.

O “La Nación” lembra que López tem ligação com Cristina Kirchner, presidente da Argentina. Quando iniciou sua carreira, na Patagônia, o empresário era um grande contratante da YPF, petrolífera argentina. Foi quando os vínculos com o kirchnerismo se intensificaram.

Em 2010, o empresário já havia feito negócios com a Petrobras. Ele adquiriu uma refinaria da estatal em San Lorenzo e levou junto mais 360 postos relacionados a essa usina.

Em audiência no Senado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que a diretoria ainda não tomou nenhuma decisão sobre a subsidiária. “A Pesa [Petrobras Argentina S.A.] está na carteira de desinvestimento, mas não temos pressa de vender”, disse Graça.

Burocracia é o maior obstáculo para empreender no Brasil, diz estudo


05/14/13 11:49 AM

Por Daniela Moreira | PEGN
iStock 000012281145XSmall Burocracia é o maior obstáculo para empreender no Brasil, diz estudo | SpeditoAbrir um negócio no Brasil não é uma tarefa fácil. Diversos são os obstáculos na jornada para empreender. A burocracia é o principal deles, segundo 93% dos empresários brasileiros entrevistados em uma pesquisa da Regus, empresa que oferece espaços alternativos de trabalho.

O estudo foi feito com 26 mil executivos de 90 países. A falta de apoio do governo foi citada como segundo grande obstáculo (76%) pelos brasileiros e a dificuldade para conseguir crédito aparece em seguida na lista (75%).

A concorrência com grandes concorrentes do mercado também é vista como empecilho por 49% dos brasileiros, assim como a situação econômica do país, apontada por 43% dos executivos. Apesar dos obstáculos, o levantamento mostra que 77% dos empreendedores fariam tudo de novo para ter o seu próprio negócio.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/

Brasil só ganha com abertura de mercado a empresas de fora, diz secretária dos EUA

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PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO

As regras de conteúdo local em licitações do governo brasileiro são "muito problemáticas, não são livre comércio e equivalem a 'roubar na balança' [putting your fingers on the scale]". 

Foi com essa crítica dura que Rebecca Blank, secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, descreveu a principal reclamação dos empresários americanos que querem investir no Brasil.
Rebecca está no país com representantes de 16 empresas americanas interessadas em exportar produtos e serviços de infraestrutura ou investir em grandes obras. 

*
Folha - Tem havido atrasos nas licitações para grandes obras de infraestrutura e concessões no Brasil, muitas vezes devido à falta de interesse de investidores por causa da baixa taxa de retorno. Isso preocupa os potenciais investidores ou exportadores dos EUA?

Rebecca Blank - Não é incomum que licitações de projetos muito grandes atrasem. As empresas de infraestrutura sabem que o setor é assim. Já em relação à taxa de retorno, não tenho como comentar. 

O que incentivaria investimentos em infraestrutura no Brasil hoje?

O mais importante é o anúncio do governo de que haverá um total de US$ 500 bilhões em investimentos em infraestrutura no país nos próximos anos. Isso interessa muito às empresas americanas. Mas há uma preocupação porque o Brasil é um mercado mais fechado para investimentos e exportações do que muitas empresas americanas desejariam. 

Nós já tivemos várias conversas com autoridades brasileiras sobre a alta nas tarifas de importação e as exigências de conteúdo local. Acho que, no longo prazo, o Brasil só tem a ganhar trazendo empresas de países de todo o mundo, que têm expertise e vão ajudar a criar conhecimento local e produção. Ao trazer investimento de fora é que o Brasil cresce e se torna parte da economia global. 

Muitas dessas medidas desaceleram o país no longo prazo. Isso nos preocupa muito, e nós estamos trabalhando com autoridades brasileiras para abrir o mercado. 


Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Rebecca Blank, secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, em hotel em SP
Rebecca Blank, secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, em hotel em SP   
Houve uma mudança na legislação de licitações que dá preferência a produtos e serviços nacionais nas licitações públicas, mesmo com preços até 25% acima dos estrangeiros. Essa legislação faz parte das regras de conteúdo local que preocupam?

Sim. [Essa regra] é muito problemática. Isso não é livre comércio, na verdade isso é roubar na balança ["putting your finger on the scales"]. Significa que vai ser muito difícil para empresas internacionais ganharem licitações em algumas áreas.

Em algumas áreas de serviços avançados, como design e questões ambientais, os EUA têm muita experiência. Com essas regras, fica mais difícil para empresas americanas participarem, o que vai tornar mais difícil realizar esses projetos.

A senhora discutiu isso com autoridades brasileiras?

Não nesta viagem. Mas tivemos muitas conversas sobre esse tema quando estive em Brasília dois meses atrás.

Mesmo com a preferência de até 25%, as empresas americanas ainda são competitivas aqui?
Depende da licitação. Em algumas áreas não. Mas. em licitações que não se baseiam somente em preço, em áreas em que o Brasil tem menos expertise, empresas de fora terão alguma chance.

Essas regras de conteúdo local prejudicam a economia brasileira?

Se você quer fazer esses projetos direito, você quer contratar a companhia de maior qualidade, que pode ser nacional ou estrangeira. Se você está modernizando um aeroporto e quer que o projeto dê certo, você quer o fornecedor de maior qualidade, deveria deixar todos competirem em pé de igualdade.

Em comparação com outros países, como é o ambiente para fazer negócios no Brasil?

O Brasil retrocedeu um pouco por causa das regras de conteúdo local e o aumento de tarifas. Outros países têm se engajado muito mais no comércio global e estão tentando reduzir barreiras.
As negociações da Parceria Transpacífico [PTP] mostram que há países que crescem muito rapidamente e estão mais famintos por investimentos e exportações, embora talvez não estejam no mesmo estágio de desenvolvimento que o Brasil.

O Brasil tem muitas vantagens, mas, para funcionar de forma global e eficiente, precisa tornar mais transparente e fácil o processo de atuar no país e ter regras similares para todos os países que atuam no Brasil. Países que participam da negociação da PTP como Peru e Chile têm acordos de livre comércio com os EUA e vários outros países, o que, da nossa perspectiva, oferece menos barreiras para fazer negócios lá.

RAIO-X REBECCA BLANK
 
CARGO

vice-secretária de Comércio dos Estados Unidos desde março de 2012; atualmente é secretária interina de Comércio

FORMAÇÃO

formada em economia pela Universidade de Minnesota; tem um doutorado em economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology)

NATURALIDADE

Nascida em Missouri, EUA

Petróleo-Leilão: Brasileira Petra Energia lidera primeiras compras de blocos da ANP



Por Denise Luna e Lucas Vettorazzo

RIO DE JANEIRO, RJ, 14 de maio (Folhapress) - A brasileira Petra Energia foi a maior arrematadora de blocos do primeiro lote de áreas da 11ª rodada da ANP (Agência Nacional de Petróleo). A empresa adquiriu cinco de 13 áreas ofertadas na região SPN-SE da Bacia do Parnaíba, localizada na região norte do país.

Os blocos do Parnaíba estão localizados em terra e têm potencial para a produção de gás natural.

Os cinco blocos adquiridos pela Petra, que a empresa disputou sozinha, somam um bônus de assinatura -o valor oferecido pelo lance- de R$ 26,4 milhões.
A segunda maior arrematante de blocos na área SPN-SE da Bacia do Paranaíba foi o consórcio formado pela Petrobras e a portuguesa Petrogal, dividido igualmente entre as duas empresas. O consórcio pagou um bônus de assinatura de R$ 22 milhões por quatro blocos na área. A parceria confirma a expectativa do mercado de que a estatal participaria do leilão por meio de consórcios.

A OGX, que é atualmente a única operadora na Bacia, com o campo de Gavião Azul, adquiriu dois blocos por R$ 7 milhões no total. A empresa de Eike Batista participou sem sócios e, como de hábito, colocou os números 63 no final de cada lance por superstição.

Os outros blocos foram adquiridos pelas estreantes Ouro Preto e Sabre Internacional, ambas brasileiras. As companhias pagaram, respectivamente, R$ 3,5 milhões e R$ 2 milhões.

Ao todo, o primeiro setor arrecadou R$ 61,3 milhões, com investimentos previstos de R$ 443,4 milhões. Todos os 13 blocos ofertados na área foram arrematados.

Blocos

No leilão, serão oferecidos 289 blocos, totalizando 155,8 mil km2 em 11 bacias: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano.

Do total dos blocos, 166 estão localizados no mar, sendo 94 em águas profundas e 72 em águas rasas, e 123 em terra.

5 erros que afastam um empreendedor de sua equipe

Especialistas apontam quais são as atitudes que empreendedores devem evitar na gestão de pessoas

Getty Images
Executivo no divã 

São Paulo – Hoje, uma liderança mais participativa aumenta as chances de levar uma pequena empresa ao sucesso. “Mas, ainda existem líderes que acreditam que a liderança tem que ser por conflito. Sendo que os efeitos de um mau líder podem acabar com uma empresa e destruir uma equipe”, explica Sônia Garcia, headhunter da De Bernt Entschev.

Para Eduardo Carmello, diretor da Entheusiasmos Consultoria, há três áreas em que um empreendedor pode se aperfeiçoar quando o assunto é gestão de pessoas: orientação estratégica, engajamento e capacitação do talento. “Nas PMEs, eles têm uma dificuldade de ter uma gestão de pessoas, pois o jeito da empresa está ligado ao jeito do dono”, diz.

Com a ajuda de Sônia, Carmello e Alexandre Rangel, sócio-fundador da Alliance Coaching, Exame.com listou os principais erros que donos de pequenas empresas cometem.

1. Não ser claro nas ordens 

Um bom líder precisa repassar os objetivos estratégicos de forma clara para os seus funcionários. Um dos principais erros que os chefes cometem e acabam o distanciando da sua equipe é não esclarecer o que precisa ser feito e o que é realmente prioridade.

Para Carmello, outra cena comum é o empreendedor dizer uma coisa e fazer outra. “Além de não ter clareza, dita uma série de regras, mas na hora de fazer, ele acaba não fazendo”, diz.

2. Somente cobrar

Para ser um bom gestor de pessoas, o empreendedor tem que comandar bem e ter controle sobre o que está sendo feito ou não. Entretanto, é comum que pequenos empresários se deixem levar pela ansiedade. 

“Na hora que a equipe mais precisa de uma instrução ou de um esclarecimento, o gestor está longe. Mesmo sabendo da dificuldade, ele só está lá para cobrar”, explica Carmello. Para Rangel, a equipe se sente mais próxima do chefe quando há uma orientação de perto. 

3. Não incentivar a capacitação

Hoje, o que motiva um funcionário a crescer dentro de uma empresa, independente do porte, é a oportunidade de se aprender algo novo. “Com falta de apoio do gestor, ele começa a se desconectar e pensa ‘dou meu sangue e não estou apreendendo nada’”, explica Carmello.

Nesse sentido, o gestor acaba eliminando a capacidade do funcionário. O recomendável é fazer um levantamento rápido entre os funcionários para saber como a empresa poderia ajudar em treinamentos ou cursos especializados. 

4. Ignorar o feedback

Como a relação entre o dono e os funcionários é um pouco mais próxima nas pequenas empresas, algumas práticas são deixadas de lado. “É inacreditável como os gestores não dão feedbacks, há uma dificuldade enorme”, afirma Sônia.

Para Rangel, além de criar um vínculo de confiança, o feedback é importante porque as pessoas querem saber se estão indo bem ou não. Vale lembrar que é possível fazer críticas, mas sem ofender o outro lado

5. Ser muito centralizador

Ser o único a tomar decisões ou tentar resolver todos os problemas sozinho é típico de um empreendedor. Mas, o ideal é que os líderes deleguem mais e busquem diferentes soluções com a sua equipe. Dessa maneira o funcionário se sente mais motivado e desafiado dentro do negócio.

Rangel afirma que o discurso “não fez nada mais do que a obrigação” está ultrapassado, e para incentivar a inovação dentro de sua empresa é preciso compartilhar determinadas informações.