sábado, 2 de novembro de 2013

Contra a vontade de Mantega, Dilma dá aval a ‘gatilho’ para preço da gasolina

 

 Discussão sobre reajuste criou tensão dentro do governo: presidente da Petrobrás tornou público modelo de reajustes automáticos, mas ministro resistia e disse que ideia não poderia sair ‘de afogadilho’ 


Mauro Zanatta e Débora Bergamasco - O Estado de S. Paulo
 
BRASÍLIA - Na disputa interna aberta no governo em torno da dimensão e da forma do reajuste do preço da gasolina, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, ganhou o embate com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A presidente Dilma Rousseff avalizou a concessão de um "gatilho" para reajustar os preços dos derivados de petróleo, "duas ou três vezes por ano", e garantir "previsibilidade" aos planos de negócios da Petrobrás, informou ao Estado um auxiliar presidencial. 

Graça defendia exatamente um mecanismo que desse previsibilidade às correções da gasolina e do diesel, mas Mantega resistia. Tanto é que, na quarta-feira, ocorreu um curto-circuito: a presidente da Petrobrás divulgou um fato relevante explicando em linhas gerais o novo mecanismo de preços, e o ministro disse que a medida ainda estava em estudo e não poderia ser feita "de afogadilho".

A medida aprovada por Dilma, segundo o Palácio do Planalto, será calibrada em detalhe para tentar não pressionar a inflação, ainda a principal preocupação macroeconômica da presidente. Objetivo declarado do governo até aqui, a manutenção dos índices de inflação abaixo daqueles registrados no ano passado, é um ponto de honra para Dilma.

Ao reforçar o caixa da estatal para evitar novas "punições" do mercado, como um eventual rebaixamento de nota pelas agências de classificação de risco, Dilma também "premia" os esforços feitos por Graça Foster para recuperar as finanças da empresa e blindar as operações de ingerências e nomeações políticas. "Depois do que ela fez, o Mantega não poderia ganhar essa", disse a fonte.

Embora considere "excelente" o resultado obtido por Graça na petroleira, Dilma também decidiu que o "gatilho" não será exatamente como quer a Petrobrás, atrelado a cotações internacionais do petróleo e a fórmulas complexas de indexação a produtos no exterior.

O País não pode, segundo a avaliação do Palácio do Planalto, "importar" inflação derivada da flutuação das cotações e da instabilidade típicas do mercado de petróleo. O uso do câmbio como indexador dos preços internos também é considerado potencialmente perigoso pelo governo. A ideia é que o efeito das oscilações do petróleo e do dólar sejam calibrados.

Caixa. Dilma considera justo dotar a Petrobrás de instrumentos de recomposição do caixa, bastante afetado pelo alto endividamento, para suportar o volume de investimentos requeridos nos próximos anos para a operação do recém-concedido campo de Libra.

Dilma também considera que Graça fez "ótimo trabalho" ao desinflar a empresa, saindo de negócios incertos ou duvidosos, livrando a Petrobrás de problemas em ativos complicados, como a sociedade com a venezuelana PDVSA na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

No Planalto, há um reconhecimento de que a petroleira atrasou, e segurou o quanto foi possível, a pressão do mercado financeiro por reajustes robustos. Mas avalia-se, ainda, que há pressões exageradas em termos de índices de reajuste.

A Petrobrás tem sofrido severas críticas por submeter seus resultados aos planos do governo para controlar a inflação. Teve seu rating reduzido por três das principais agências de classificação de risco justamente por aceitar a intervenção do governo, seu principal acionista.

Ministro põe culpa em "engenheiros ruins" por atraso em aeroportos da Copa

Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília

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Obras nos aeroportos das cidades-sede - setembro de 2013

 

Belo Horizonte: reforma no aeroporto de Confins deve aumentar capacidade de 10 milhões de passageiros por anoa para 17,1 milhões Divulgação/Ministério do Esporte


A culpa pelo atraso de obras em seis dos 12 aeroportos brasileiros em capitais que receberão a Copa do Mundo no ano que vem é dos engenheiros brasileiros, que são ruins e elaboram projetos mal feitos. Na hora da execução, todo o planejamento e cálculos tem de ser refeitos e a obra atrasa, além de ficar de mais cara. Essa é a explicação do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, para o problema.
 
 
"Os atrasos não acontecem por falta de dinheiro ou de vontade, é por responsabilidade", continuou ele. "Os projetos que pegamos para executar são muito ruins, e temos refazer todos eles", afirmou Franco a dezenas de jornalistas editores de jornais regionais durante o evento "Encontro Nacional de Editores da Coluna Esplanada", promovido pelo jornalista Leandro Mazzini na quinta-feira (31).
 
 
"Temos uma geração inteira de engenheiros nos anos 1970 e 1980 que saíram da faculdade direto para o mercado financeiro, então há uma carência de profissionais experientes e qualificados nessa área. Os jovens não saem bem formados da faculdade e os projetos são muito ruins", disse. "As empresas tem uma dificuldade muito grande em suprir isso e fazem verdadeiros milagres", continuou, sobre as obras tocadas pela Infraero, sob responsabilidade do governo. "Os engenheiros são ruins".
 
O governo planejou, em 2011, uma série de melhorias para os aeroportos das 12 cidades-sede. Em seis deles, porém, nem metade das obras de ampliação de terminais foi feita. A Infraero garante que todas as reformas estarão concluídas até junho do ano que vem, quando cerca de 600 mil turistas estrangeiros devem desembarcar no País, segundo a Embratur.
 

Sem polêmica

 

O Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) evitou polemizar e, questionado pela reportagem sobre as declarações do ministro, não respondeu. Por meio de sua assessoria de imprensa, diz apenas que o Brasil atravessou um grande período de estagnação em seu desenvolvimento industrial durante 30 anos em que a formação em Engenharia não era atraente.  Com a retomada do crescimento econômico, nos últimos dez anos, a engenharia voltou a ser valorizada e o mercado profissional aquecido.
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A Copa pós-2014: Veja obras que não ficarão prontas até o Mundial

 

Veja algumas das obras que foram prometidas para a Copa do Mundo, mas só ficarão prontas depois do Mundial .
 
Segundo a entidade, no ano de 2011 ingressaram nos cursos de Engenharia 227.785 jovens, 138% a mais que o registrado em 2006, e que o déficit de engenheiros no país está caindo. "Sobre qualificação, vale destacar ainda que a Engenharia não é mais um curso de cinco anos. São cinco para se formar e depois são outros 35 de atuação em que você precisa ficar se atualizando para atender a realidade da demanda", diz José Tadeu da Silva, presidente do Confea.
 
"Dois a três anos fora do mercado de tecnologia já os deixam defasados na área. Assim e em função do aquecimento do mercado, é fundamental a requalificação e a manutenção desses profissionais.", diz ele, concordando indiretamente com Moreira Franco.
 

Só depois da Copa

 

Em duas cidades, as obras só devem terminar em 2015. As intervenções planejadas para os terminais de Porto Alegre e Fortaleza foram divididas em duas etapas. Apenas a primeira parte ficará pronta a tempo da Copa. "A conclusão da primeira etapa permitirá que esses aeroportos estejam aptos para atender a demanda prevista para o evento esportivo", segundo a Infraero.
 
 
O levantamento do andamento das obras foi feito pela Infraero. A situação mais preocupante é a de Porto Alegre, onde as obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros começou em setembro deste ano – embora, na Matriz de Responsabilidades, o início da reforma estivesse previsto para começar dois anos antes.
 
 
Em Curitiba, a obra avançou 8,46% até agora. A construção começou em maio deste ano e deve ficar pronta em maio do ano que vem. Já em Salvador, onde as obras começaram em janeiro de 2013, os serviços atingiram 20%. A ampliação do terminal deve estar pronta até o início de 2014, ainda segundo a Infraero.
 
 
A reforma do terminal de Fortaleza, iniciada em junho de 2012, chegou a 24,81% do total e deve ser entregue em março. Parte do atraso se deve a uma greve de operários e à demora na entrega do projeto executivo, segundo a Infraero.
 
 
Também apresentam baixa execução de obra Minas Gerais (33,17%), Cuiabá (34,43%) e Rio de Janeiro (35,7%). As obras mais adiantadas são as de Natal (78,31%) e Manaus (70,96%), que devem ficar prontas em novembro deste ano e março do ano que vem, respectivamente. 
 
 
Apesar do cenário, o ministro da aviação civil e a Infraero garantem que as intervenções serão finalizadas a tempo. "Não se preocupem com a Copa, não teremos problemas", garante ele. Enquanto isso, "você entra em um aeroporto [no Brasil] e sua vida é entregue nas mãos de Deus", resumiu a situação o próprio ministro

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

BNDES incentiva cooperação entre empresas britânicas e brasileiras na área de inovação e sustentabilidade

O primeiro fundo Criatec, lançado em 2007, com patrimônio de R$ 100 milhões, dos quais R$ 80 milhões do BNDES, está concluindo a fase de investimentos

 
 
 
Wilson Dias/ABr

Até o fim deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende concluir o Criatec 2, fundo de investimentos de capital semente (seed capital), destinado à aplicação em empresas emergentes que se caracterizem pelo aspecto inovador. No início de 2014, deverá ser lançado o Criatec 3, disse hoje (31) o presidente do banco, Luciano Coutinho, após abrir o primeiro dia de trabalhos do evento Clean and Cool Mission Brazil 2013, no Rio, cujo objetivo é promover o intercâmbio entre empresas brasileiras e britânicas nas áreas de inovação e sustentabilidade.

O primeiro fundo Criatec, lançado em 2007, com patrimônio de R$ 100 milhões, dos quais R$ 80 milhões do BNDES, está concluindo a fase de investimentos. Em dez anos, o fundo investiu em 36 empresas.

Coutinho destacou, em sua palestra aos empresários estrangeiros, que o banco tem como “prioridade máxima” a inovação e, também, a inovação relacionada à sustentabilidade social e ambiental. Para apoiar pequenas empresas que se distinguem pela inovação e por novos conceitos voltados para a sustentabilidade, O BNDES dispõe de várias ferramentas. Entre elas, citou o fundo de capital semente Criatec 1, “que já foi bem-sucedido”. Segundo ele, o banco pretende investir nessas empresas iniciantes, por meio de fundos de seed capital, pelo menos US$ 200 milhões nos próximos três a quatro anos. “O número de oportunidades está se multiplicado rapidamente”, disse.

O presidente do BNDES não tem dúvidas que a tecnologia inovadora adotada pelas empresas britânicas poderá ser transferida para as empresas nascentes brasileiras, por meio de cooperação e parceria, em setores como tratamento de efluentes e resíduos sólidos, construções inteligentes, redução de emissão de carbono, em especial nos centros urbanos, além da área da agricultura. “Precisamos olhar com inovação para tornar a nossa agricultura mais competitiva e sustentável em baixo carbono. Isso tem a ver com gestão e otimização de equipamentos”, declarou.

Coutinho espera que as empresas do Brasil possam vir a trabalhar junto com as companhias britânicas nesse sentido, em um estágio mais adiante. “Espero que esse seja o início de uma cooperação de longo prazo”, declarou. Por meio de vários mecanismos de financiamento, o BNDES apoia mais de 32 fundos ativos no país, disse.

“Nós esperamos que esses jovens brilhantes inovadores empresários possam conhecer bem o Brasil, travar relacionamento com gestores e empresas brasileiras, conhecer as linhas de apoio que o BNDES tem para inovação, associada à sustentabilidade, e trazer tecnologia com cooperação. Hoje, os processos de inovação no mundo não são solitários”. Para Coutinho, a complexidade da inovação tecnológica exige o aporte de muitos conhecimentos de várias disciplinas científicas. “E isso é feito em cooperação”.

O presidente do BNDES informou aos jornalistas que da primeira leva de capital semente, algumas empresas nascentes já mostram condições de serem aceleradas, isto é, de se transformarem em médias empresas. “Sair da escala de uma empresa micro para uma empresa maior”.

Coutinho lembrou que o Criatec é um fundo formado pelo BNDES com gestores privados, sob a supervisão do banco de fomento federal. “A busca aqui é apoiar mais uma geração de empresas inovadoras”. Ressaltou que a instituição deseja fazer isso dentro de um padrão de inovação de classe mundial. “Queremos inovação que esteja articulada a outros grandes centros de inovação”. Nesse sentido, avaliou que a interação com empresas inglesas que estejam no mesmo estágio “é muito salutar e enriquecedor”.

Você sabe avaliar a cultura organizacional de sua empresa?





A cultura organizacional é o conjunto de valores e atitudes compartilhadas pela empresa e seus stakeholders, por isso é preciso comunicá-la da melhor forma


 



Muito se ouve falar sobre cultura organizacional, mas ainda são poucos os empresários que param para avaliar a eficiência e os benefícios dela para a sua equipe e, consequentemente, para os seus negócios. Ela deve ser muito bem pensada e estruturada desde o início porque é quem vai ajudar a guiar alguns processos dentro da organização e será um ponto importante para atrair e engajar os profissionais que você considera peças-chave para a sua companhia.

Mas, antes de falar de sua importância, é essencial entendermos o seu conceito. A cultura organizacional é o conjunto de valores e atitudes compartilhadas pela empresa e seus stakeholders. Princípios e estratégias são inerentes a cada modelo de negócio e devem se manifestar por meio dos valores, práticas, padrões e regulamentos da organização. Eles podem ter múltiplas origens, embora, em geral, seja algo que parte de seus fundadores e líderes.

Resumindo, a cultura é a "cola" social da organização; transmite sentido de identidade para os seus membros; e é um importante mecanismo que guia e forma as atitudes e comportamento dos funcionários.
Toda empresa já nasce com uma cultura organizacional, mesmo sem ser planejada inicialmente, pois os empreendedores acabam carregando o seu próprio jeito de ser para os negócios. Mas a importância de uma construção inteligente é muito grande, pois influenciará no modo como o seu negócio será percebido por seus públicos interno e externo.

Por isso é preciso comunicá-la da melhor forma, pois a partir do momento em que colaboradores, parceiros e funcionários se identificam com a organização e seus valores, ficam mais comprometidos com a mesma, e passam a acreditar em algo maior do que o aspecto financeiro e podem enxergar que fazem parte de algo realmente importante.

Atrair e manter uma equipe qualificada não é uma tarefa fácil, mas é crucial para o desenvolvimento e sucesso de um negócio. E, para isso, uma cultura adequada é aquela que está alinhada aos interesses e valores da empresa e, que ao mesmo tempo, geram um grande grau de satisfação e engajamento de seus colaboradores.
É possível moldar, com o tempo, a cultura organizacional para que haja melhorias no ambiente interno, corrigindo problemas que possam estar causando insatisfação dos colaboradores, prejudicando a produtividade dos mesmos e os resultados da organização. Mas como avaliar se ela está sendo eficiente?
1. Identifique os pontos positivos. Pense nos principais valores e objetivos que você gostaria que fizessem realmente parte de sua cultura organizacional. Desenvolva modelos dos comportamentos e ações desejadas.
2. Invista na formação dos gestores: Eles serão os principais propagadores da sua cultura organizacional. É preciso investir em líderes que saberão motivar e reconhecer suas equipes e possam despertar o engajamento dos colaboradores.


3. Identifique os valores assumidos: Selecione grupos para entrevistas e questione-os sobre o que fazem e porque fazem, assim poderá saber identificar se estão alinhados com os seus objetivos e valores.
4. Faça pesquisas no mercado: Busque referências do que as empresas que você tem como exemplo estão fazendo para reter os seu melhores talentos. As redes sociais são hoje ótimas ferramentas para atualização profissional e trazem vários grupos de discussão.

5. Faça pesquisas com o seu público interno: Atualmente, existem diversas ferramentas que podem ajudá-lo a elaborar pesquisas rápidas e pontuais para que entenda melhor a percepção e recepção da cultura atual por seus colaboradores.

6. Invista em ferramentas reconhecimento descentralizado: Dê às pessoas o espaço adequado para reconhecer os seus pares pelos comportamentos positivos relacionados à cultura da organização. Esta é uma importante iniciativa para garantir que os valores não sejam apenas um quadro na entrada do escritório, mas, acima de tudo, uma ferramenta que permitirá identificar e reconhecer aqueles que contribuem diariamente na construção de sua cultura e de seu negócio.
Como sua empresa gerencia a sua cultura? Compartilhe conosco suas experiências.

Thiago Gonçalves é formado em Publicidade e Propaganda pela UMESP, com especialização em Administração com ênfase em Estratégia pela FGV-EAESP e possui mais de 10 anos de experiência em Marketing e Desenvolvimento de Novos Negócios aplicados ao segmento de Recursos Humanos. 

Brasil e Alemanha apresentam resolução sobre espionagem


O documento está quase pronto, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, porém alguns pontos do texto ainda estão sendo discutidos

Ueslei Marcelino/Reuters
Dilma Rousseff

Dilma Rousseff: presidente foi uma das primeiras chefes de Estado a se queixar das práticas dos norte-americanos

Brasília - Uma proposta de resolução sobre a privacidade na internet será apresentada pelo Brasil e pela Alemanha hoje (1º) à Organização das Nações Unidas (ONU).

O documento está quase pronto, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, porém alguns pontos do texto ainda estão sendo discutidos. A expectativa é que a proposta seja entregue às 11h no horário de Nova York (13h no horário de Brasília).

A proposta de resolução, com o título Direito à Privacidade na Era Digital, será entregue à Comissão de Direitos Humanos, subordinada à Assembleia Geral da organização. O texto, para passar a valer, terá de ser aprovado por maioria simples pelas delegações dos 193 países-membros da ONU. O Brasil está articulando diplomaticamente as posições dos países para viabilizar a aprovação.

O documento está no contexto das recentes denúncias de espionagem pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, que teria grampeado o celular da chanceler alemã Angela Merkel.
A presidente Dilma Rousseff foi uma das primeiras chefes de Estado a se queixar das práticas dos norte-americanos, depois de reportagem denunciando que suas comunicações foram interceptadas.

Os detalhes sobre a proposta serão divulgados na página do Ministério das Relações Exteriores na internet assim que o texto for entregue à ONU.

Bancos terão que padronizar informações a partir de 2014


Os bancos terão que publicar mais informações sobre os riscos, composição de capital e o cumprindo regras, a partir de 30 de junho de 2014

Sergei Karpukhin/Reuters
Reunião do G20

Reunião do G20: ideia é garantir que as instituições financeiras tenham recursos reservados para absorver choques em momento de crise. As economias do G20 assumiram o compromisso

Brasília - Os bancos terão que publicar mais informações sobre os riscos, composição de capital e o cumprindo regras, a partir de 30 de junho de 2014. Essa publicação será padronizada e assim será possível fazer comparação com todas as instituições financeiras no mundo.

Essa medida, publicada nessa quinta-feira (31) pelo Conselho Monetário Nacional, complementou a regulamentação de Basileia 3, um conjunto de recomendações para a estrutura de capital das instituições financeiras.

As regras de Basileia 3 refletem as lições tiradas da crise econômica internacional.

A ideia é garantir que as instituições financeiras tenham recursos reservados para absorver choques em momento de crise. As economias integrantes do G20 (as 20 maiores economias mundias) assumiram o compromisso de implementar as recomendações de Basileia 3.

Entre as informações que os bancos terão que divulgar estão as reservas de lucro, os instrumentos de dívidas subordinadas (usadas para reforçar o capital dos bancos) e deduções, como de ágios e créditos tributários, por exemplo.

Segundo o chefe do Departamento de Regulamentação Prudencial e Cambial do Banco Central (BC), Caio Ferreira, o objetivo é dar transparência para que os investidores possam analisar os dados. Segundo Ferreira, o BC já tem acesso a essas informações, de forma até mais detalhada, para fazer a supervisão do setor no país.

Outra medida para complementar a regulamentação das regras de Basileia 3 no país foi a elevação do capital próprio dos bancos nos casos de empréstimos com valor a partir de R$ 100 milhões a grandes empresas.

Nesses casos, o fator de ponderação passou de 75% para 85% usado no cálculo do capital próprio das instituições financeiras. De acordo com Ferreira, a medida foi tomada para equiparar a regra brasileira com o padrão internacional.

Também foram criados critérios para o BC determinar se uma instituição financeira poderá converter instrumentos de dívidas em ações para ampliar capital.

Outra resolução estabelece procedimentos qualitativos para determinar o preço de ativos financeiros pouco negociados no mercado. A ideia é que o banco tenha uma política clara para ditar o valor desses ativos.

Além disso, será necessária uma análise de instituição independente sobre os preços dos ativos. Segundo Ferreira, são poucos os ativos dos bancos que têm baixa negociação no mercado. “A maior parte são instrumentos líquidos, amplamente negociados no mercado”, disse.

De acordo com Ferreira, outras resoluções estabelecem ajustes que” garantem que os bancos vão continuar seguros em termos de exigência de capital”, além de darem esclarecimentos sobre as regras de Basileia 3 às instituições financeiras.

Brasileiro é otário?


Recebi por email de um amigo, e repasso. Casos assim costumam ocorrer com frequência no Brasil. Estamos acostumados com tanto abuso, com tanta exploração. Mas é preciso dar um basta! Até quando vamos agir feito idiotas?
Tenho um amigo que é o feliz proprietário de um carro sueco Volvo. Marca excelente, considerado o carro mais seguro do mundo.

Mas como todo o automóvel, eventualmente apresenta algum problema. Neste caso foi uma pequena irregularidade no funcionamento do motor. Como o proprietário é engenheiro e gosta do assunto, dedicou-se a pesquisar pessoalmente o que estava ocorrendo. Constatou-se que um dos bicos injetores dos cinco cilindros estava enviando uma quantidade maior de combustível que os demais, o que ocasionava o funcionamento irregular. Bastaria portanto, substituir o bico avariado. Uma peça do tamanho de um isqueiro BIC. Melhor seria a substituição dos cinco bicos. Segundo cotação realizada na Volvo do Brasil, os bicos, no mercado brasileiro, custavam aproximadamente R$ 700/cada – ou seja, R$ 3.500,00 os cinco. 

Para tirar a dúvida, nosso amigo resolveu consultar o site internacional de compras E-Bay. E lá encontrou os cinco bicos por apenas US$ 260, mais US$ 34 de frete. Uma diferença absurda,  favor do consumidor, onde pagando um, ele levaria os cinco bicos…
Até aqui, nenhuma novidade. Todo o mundo sabe a taxação estratosférica que qualquer produto “importado” para o Brasil paga. A surpresa veio 15 dias depois, quando o produto chegou. Veja a foto. O produto tinha na embalagem a inscrição MADE IN BRAZIL. Fabricado pela BOSCH brasileira.


É aquela política terrível de, como brasileiros, não termos acesso a certos produtos. São apenas “for export”. Ridícula intervenção do Estado na Economia. Num momento em que o país é sacudido de Norte a Sul com o grito de “NÃO AGUENTO MAIS!” , trago mais este ingrediente a pauta de cretinices a que os brasileiros são submetidos diariamente. 

Em plena era da globalização somos uma ilha de explorados economicamente como se tivéssemos os portos (ou os olhos) fechados a produtos das “nações amigas”, como se dizia muito antigamente. E o pior, é que o produto é fabricado aqui, mas não está à disposição dos nativos, nós. Isso é coisa de governos de países TOTALITÁRIOSEsta é mais uma entre as várias formas pelas quais somos roubados pelo governo. Uma vergonha!