Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Empresária aluga e vende vestido de noiva para gordinhas e fatura R$ 70 mil
A experiência adquirida nos 13 anos em que trabalhou em lojas de noivas
ajudou a empresária Justina Lima, 42, a montar o próprio negócio.
Também a motivou a lançar uma linha de roupas tamanho grande
para noivas, noivos e convidados acima do peso.
A linha GG, criada há dois anos, representa quase 40% do faturamento da
sua empresa, a Fashion Noivas. A numeração vai do tamanho 42 ao 58,
podendo até serem feitos sob medida para o cliente. A companhia fatura
R$ 70 mil por mês com aluguel e confecção de roupas para casamento.
A loja fica na rua São Caetano, na capital de São Paulo, tradicionalmente chamada no Estado como rua das noivas.
Lima afirma que investiu cerca de R$ 80 mil para abrir o negócio, em
2003. Antes de ser empresária, ela foi estoquista, passou pela área
financeira e foi secretaria do dono de uma outra loja de roupas para
casamento.
"Trabalhando para os outros eu consegui ter uma visão geral do negócio,
até me sentir preparada para ter minha própria loja", diz.
Além da loja, ela possui uma confecção própria, onde são feitas as peças. Ao todo, ela tem 36 funcionários.
Segundo a empresária, as diferenças entre um vestido de noiva de tamanho grande para um regular são poucas.
"A noiva gordinha quer o mesmo que a magrinha: sentir-se maravilhosa no
dia do seu casamento. Para ela, não tem essa de não poder usar tomara
que caia ou ter de esconder o braço mais cheinho. Elas também querem
seguir as tendências de moda", afirma.
Ela diz que os preços também não mudam. O aluguel de um vestido de
noiva já pronto varia de R$ 1.500 a R$ 3.200. Já para a venda, os preços
são de R$ 2.000 a R$ 5.840, também para vestidos já prontos.
Para um vestido feito sob medida, o valor inicial é de R$ 3.500 e varia
de acordo com os materiais utilizados, podendo chegar a mais de R$ 10
mil, se tiver renda francesa, por exemplo.
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A dificuldade em encontrar lingerie sexy motivou a administradora Andrea Vasques, que vive em Brasília (DF), a empreender. Na foto, modelo usa um conjunto da linha tamanho grande da empresária. O preço das calcinhas varia de R$ 19,90 a R$ 59,90 e do sutiã de R$ 69,90 a R$ 119,90 Leia mais Divulgação
A dificuldade em encontrar lingerie sexy motivou a administradora Andrea Vasques, que vive em Brasília (DF), a empreender. Na foto, modelo usa um conjunto da linha tamanho grande da empresária. O preço das calcinhas varia de R$ 19,90 a R$ 59,90 e do sutiã de R$ 69,90 a R$ 119,90 Leia mais Divulgação
Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2011, a população acima do peso no Brasil corresponde a 48,5%.
Preço não muda por causa do tamanho
Fabio Souza, consultor de administração do Sebrae Grande ABC (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Grande ABC), diz que, apesar de as roupas para gordinhos utilizarem mais matéria-prima, o preço não muda por causa da procura.
"Praticamente 50% da população brasileira está acima do peso. Como há muita procura por esse tipo de produto, as confecções produzem mais para esse nicho, o que aumenta a escala e ajuda a reduzir os custos e, consequentemente, os preços", declara.
Atuar como confecção e varejo pode dificultar administração
Ter uma confecção própria e uma loja traz vantagens e desvantagens para o negócio, segundo o consultor. Souza afirma que atuar com as duas modalidades pode ajuda a ser mais ágil e competitivo mas, no entanto, a complexidade de gestão do negócio é maior porque mistura segmentos.
"São áreas completamente diferentes, que exigem mão de obra com
competências diversas e lidam com fornecedores de outros perfis. O
empreendedor tem de ser atento e disciplinado para manter o controle",
afirma.
Souza destaca também o cuidado com o estoque. "É bom ter opções da moda
para oferecer à cliente, mas, manter o estoque custa caro, o que
aumenta a necessidade de capital de giro."
Falta opção para noiva que usa tamanho GG
Para ter sucesso nessa área e, especificamente com vestidos de noiva tamanho grande, é necessário ter cuidado redobrado com o atendimento.
"Essa noiva chega mais cautelosa à loja, não por sua condição física, mas para evitar a frustração com as poucas opções que, geralmente, há para elas."
O consultor afirma que o atendimento para esta consumidora tem de ser personalizado, exclusivo e paciente, principalmente, porque neste mercado os novos clientes aparecem muito por indicação.
Onde Encontrar:
Fashion Noivas
Rua São Caetano, 185 - Luz - São Paulo - SP. Fone: Telefone: (11) 3326-3599
www.fashionnoivas.com.br
Rua São Caetano, 185 - Luz - São Paulo - SP. Fone: Telefone: (11) 3326-3599
www.fashionnoivas.com.br
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As cópias fiéis que Regina Straub, 42, faz dos noivos para colocar nos topos de bolos de casamento renderam à artesã vários clientes e até um convite da produção do humorístico "Tapas e Beijos", da TV Globo; Straub faz apenas um topo de bolo por semana e os preços variam de R$ 850 a R$ 1.200, de acordo com o nível de dificuldade. Leia mais Estevam Avellar/TV Globo
As cópias fiéis que Regina Straub, 42, faz dos noivos para colocar nos topos de bolos de casamento renderam à artesã vários clientes e até um convite da produção do humorístico "Tapas e Beijos", da TV Globo; Straub faz apenas um topo de bolo por semana e os preços variam de R$ 850 a R$ 1.200, de acordo com o nível de dificuldade. Leia mais Estevam Avellar/TV Globo
Petrobras tem pior situação da década e precisa de reajuste, diz jornal
Do UOL, em São Paulo
A Petrobras está com a pior situação financeira em mais de uma década,
segundo uma análise dos principais números da empresa, divulgada nesta
terça-feira (26) pelo jornal "Valor Econômico".
Uma observação dos indicadores nos últimos 19 anos mostra, segundo o
jornal, que a situação financeira da estatal atualmente se compara
apenas com aquela vista no fim da década de 1990, quando o tamanho era
metade do atual em termos de produção, e a cotação do petróleo oscilava,
em média, abaixo de US$ 20, ante os mais de US$ 100 atuais.
A saída urgente, agora, na avaliação da própria empresa, de analistas e
observadores ouvidos pelo "Valor", com a condição de não terem os nomes
informados, é adotar a fórmula pretendida pela companhia que permita
maior previsibilidade dos reajustes de preços.
No momento, a direção da estatal negocia com o governo federal --sócio
majoritário da empresa-- uma fórmula de reajuste automático para a
gasolina e o diesel, proposta pela Petrobras. O governo resiste a aprovar essa fórmula, segundo a Folha.
O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os
preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais,
cotados em dólar.
A Petrobras compra derivados de petróleo no exterior por um preço maior
do que vende no mercado interno. A medida é uma forma de ajudar o
governo no controle da inflação.
Como as negociações internacionais são feitas em dólar, a valorização
da moeda norte-americana no ano, que já chegou a 20% em 2013, prejudica
os resultados da petrolífera.
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A
Petrobras completa 60 anos nesta quinta-feira (3). Em 3 de outubro de
1953, o então presidente da República, Getúlio Vargas, assinou a Lei
2004, que dava origem à Petróleo Brasileiro S/A. Clique nas imagens
acima para conhecer dez curiosidades sobre a empresa Arte/UOL
Ministros querem adiar julgamento de planos econômicos
Complexidade financeira
Embora
esteja na pauta para começar esta semana, o julgamento dos planos
econômicos — que vai decidir se os poupadores que entraram na Justiça
têm direito a reembolso da correção — pode ficar para o ano que vem.
Pelo menos cinco ministros acham que o presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Joaquim Barbosa, deve deixar essa decisão para depois.
Para o ministro Marco Aurélio, "faz mais sentido deixar tudo para
fevereiro", quando o tribunal volta à atividade. "Não me parece boa
ideia começar um julgamento dessa importância neste fim de ano", disse
Marco Aurélio, que defende o julgamento ininterrupto da matéria. “Ouvir
as sustentações orais este ano e apreciar os argumentos no ano que vem é
um contrassenso”, afirmou.
O caso dos planos econômicos tem o potencial de ser o processo mais importante julgado pelo Supremo pelo menos nos últimos 20 anos. Em cinco processos (quatro recursos extraordinários e uma ADPF), todos pautados para esta quarta, o STF vai discutir se os mecanismos de correção monetária das aplicações em cadernetas de poupança, baixados pelo governo entre 1986 e 1994 como forma de conter a hiperinflação registrada na época, foram constitucionais ou não.
A discussão é se os mecanismos de contenção da inflação, que estabeleceram correções artificiais das cadernetas de poupança, resultaram em expurgos inflacionários que acarretaram em perdas financeiras para os poupadores. E se essa chamada indexação da economia foi uma medida constitucional ou não, já que houve congelamento artificial de preços, salários, alugueis e, no caso do Plano Collor 1, houve o confisco da poupança de quem tivesse mais de 50 mil cruzados novos guardados.
Os poupadores alegam perdas. Os bancos alegam que não poderiam ter agido diferente, já que as regras foram editadas pelo governo federal e depois referendadas pelo Congresso Nacional. Já o governo afirma que os planos foram a medida possível para conter a inflação da época sem desestabilizar as obrigações contratuais assumidas e sem interferir na segurança jurídica do país.
O ministro Marco Aurélio não diverge de seus colegas de corte quando se diz incomodado com a data do julgamento. Sua ideia de abrir espaço para as sustentações orais (são pelo menos 15) nesta quarte vem até sendo considerada uma proposta de negociação. O que vem sendo falado entre os ministros é que o presidente da corte, ministro Joaquim Barbosa, deve retirar o caso de pauta e trazê-lo de volta em fevereiro, quando o tribunal retoma suas atividades.
Ministros ouvidos pela revista Consultor Jurídico têm reclamado do fato de o caso exigir certa imersão por parte dos ministros, e começar a julgar na quarta, inevitavelmente, vai exigir que ele seja interrompido e retomado em 2014. “Um julgamento dessa complexidade não pode ser feito de forma descontinuada”, reclamou um ministro.
Os relatores dos processos são os ministros Ricardo Lewandowski, que ficou com a ADPF que questiona os planos; Dias Toffoli, relator de dois recursos extraordinários; e Gilmar Mendes, relator de outros dois. A ADPF é o caso mais amplo, pois discute todos os planos. Os recursos discutem um ou dois por vez. Sabe-se que o relatório do ministro Gilmar já estava pronto há algum tempo, mas que só recentemente Toffoli e Lewandowski completaram seus trabalhos. Por isso é que o caso, que aguarda definição há 20 anos, foi pautado para o fim deste ano.
Jogo duro
A reclamação é que não se pode discutir um caso desse tamanho, com tantas consequências para a vida de milhões de brasileiros, sem dedicação total. E o caso já começa cheio de contratempos. O ministro Luís Roberto Barroso, último a chegar à corte, deve se declarar impedido, pois já advogou para os bancos. Pela regra regimental, o ministro que está há menos tempo do tribunal é sempre o primeiro a votar, depois do relator. Sem Barroso, o menos antigo é Teori Zavascki. Só que ele não estará no Pleno nesta quinta, devido a compromissos externos inadiáveis.
E aí a situação é: o julgamento já vai ser desfalcado naturalmente pelo impedimento de um ministro, e no primeiro dia de sessão, justamente o das manifestações dos envolvidos, outro ministro não estará no Plenário. O quadro tem causado mal estar.
Mas se dentro da corte o clima é de insegurança quanto à necessidade de se interromper o julgamento no meio, para quem espera uma definição, a insegurança é quanto aos votos. Ainda está difícil fazer qualquer previsão de como será o julgamento, o que tem mexido com os ânimos da cúpula do governo federal, principalmente da equipe econômica.
É que, de acordo com o artigo 23 da Lei 9.868/1999, para se declarar constitucional ou inconstitucional uma lei, é preciso estar configurada uma maioria de seis ministros no mesmo sentido. A conta que o governo vem fazendo é que os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e Gilmar Mendes serão a favor dos planos. Celso de Mello, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski são tidos como votos certos a favor dos poupadores.
Até aí, três a três. Será necessário convencer três ministros, mas Joaquim Barbosa e Teori Zavascki têm sido considerados incógnitas, e recai sobre eles a esperança de que eles vão definir a questão — tanto para o lado dos poupadores quanto para o lado dos bancos.
Precedente duvidoso
Confrontados com essas análises de contexto, os ministros se mostraram céticos. É que claramente o governo e os bancos estão usando como base a decisão que o Supremo tomou em relação à correção monetária baixada no Plano Verão para o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
Seguindo voto do ministro Marco Aurélio, o STF, por maioria, declarou o mecanismo, chamado OTN, inconstitucional. É que essas OTN se baseavam numa inflação menor do que a real e, por isso, a Receita passou a considerar que as empresas tiveram perdas menores que as reais. No entendimento do ministro Marco Aurélio, isso levou o fisco a tributar o patrimônio da companhias, o que é inconstitucional. Ele foi seguido pelos ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Luis Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa. Contra, Dias Toffoli, Fux e Gilmar Mendes, justamente os que os bancos contam como votos a favor.
No entanto, o que os ministros têm comentado é que os bancos estão olhando para o precedente errado. É que o caso do Plano Verão dizia respeito ao IRPJ de algumas empresas, e não implicava perdas econômicas tão vultosas. Na verdade, o caso trata mais de renúncia fiscal do que impacto econômico. E o governo nem chegou a calcular a renúncia fiscal desse caso.
Estudiosos que acompanham o caso não conseguem fazer previsões seguras sobre os votos dos ministros. “Não tem nada a ver com o outro julgamento, que envolveu a manipulação da BTN no Imposto de Renda”, comentou um deles. Ele também lembra que o tribunal vem decidindo pela relativização da imutabilidade dos contratos, o que com certeza será levado ao Pleno no caso dos planos econômicos.
O que dá para saber é que os ministros querem as férias para refletir. “Não adianta ter enfoque para beneficiar poupadores se quem vai arcar é o contribuinte”, afirmou um ministro. “A complexidade do caso é grande demais, e não podemos fingir que se trata de um processo qualquer. Isso pode mexer com a estabilidade do país”, completou outro.
*Texto alterado às 15h02 do dia 25/11/2013 para correção.
O caso dos planos econômicos tem o potencial de ser o processo mais importante julgado pelo Supremo pelo menos nos últimos 20 anos. Em cinco processos (quatro recursos extraordinários e uma ADPF), todos pautados para esta quarta, o STF vai discutir se os mecanismos de correção monetária das aplicações em cadernetas de poupança, baixados pelo governo entre 1986 e 1994 como forma de conter a hiperinflação registrada na época, foram constitucionais ou não.
A discussão é se os mecanismos de contenção da inflação, que estabeleceram correções artificiais das cadernetas de poupança, resultaram em expurgos inflacionários que acarretaram em perdas financeiras para os poupadores. E se essa chamada indexação da economia foi uma medida constitucional ou não, já que houve congelamento artificial de preços, salários, alugueis e, no caso do Plano Collor 1, houve o confisco da poupança de quem tivesse mais de 50 mil cruzados novos guardados.
Os poupadores alegam perdas. Os bancos alegam que não poderiam ter agido diferente, já que as regras foram editadas pelo governo federal e depois referendadas pelo Congresso Nacional. Já o governo afirma que os planos foram a medida possível para conter a inflação da época sem desestabilizar as obrigações contratuais assumidas e sem interferir na segurança jurídica do país.
O ministro Marco Aurélio não diverge de seus colegas de corte quando se diz incomodado com a data do julgamento. Sua ideia de abrir espaço para as sustentações orais (são pelo menos 15) nesta quarte vem até sendo considerada uma proposta de negociação. O que vem sendo falado entre os ministros é que o presidente da corte, ministro Joaquim Barbosa, deve retirar o caso de pauta e trazê-lo de volta em fevereiro, quando o tribunal retoma suas atividades.
Ministros ouvidos pela revista Consultor Jurídico têm reclamado do fato de o caso exigir certa imersão por parte dos ministros, e começar a julgar na quarta, inevitavelmente, vai exigir que ele seja interrompido e retomado em 2014. “Um julgamento dessa complexidade não pode ser feito de forma descontinuada”, reclamou um ministro.
Os relatores dos processos são os ministros Ricardo Lewandowski, que ficou com a ADPF que questiona os planos; Dias Toffoli, relator de dois recursos extraordinários; e Gilmar Mendes, relator de outros dois. A ADPF é o caso mais amplo, pois discute todos os planos. Os recursos discutem um ou dois por vez. Sabe-se que o relatório do ministro Gilmar já estava pronto há algum tempo, mas que só recentemente Toffoli e Lewandowski completaram seus trabalhos. Por isso é que o caso, que aguarda definição há 20 anos, foi pautado para o fim deste ano.
Jogo duro
A reclamação é que não se pode discutir um caso desse tamanho, com tantas consequências para a vida de milhões de brasileiros, sem dedicação total. E o caso já começa cheio de contratempos. O ministro Luís Roberto Barroso, último a chegar à corte, deve se declarar impedido, pois já advogou para os bancos. Pela regra regimental, o ministro que está há menos tempo do tribunal é sempre o primeiro a votar, depois do relator. Sem Barroso, o menos antigo é Teori Zavascki. Só que ele não estará no Pleno nesta quinta, devido a compromissos externos inadiáveis.
E aí a situação é: o julgamento já vai ser desfalcado naturalmente pelo impedimento de um ministro, e no primeiro dia de sessão, justamente o das manifestações dos envolvidos, outro ministro não estará no Plenário. O quadro tem causado mal estar.
Mas se dentro da corte o clima é de insegurança quanto à necessidade de se interromper o julgamento no meio, para quem espera uma definição, a insegurança é quanto aos votos. Ainda está difícil fazer qualquer previsão de como será o julgamento, o que tem mexido com os ânimos da cúpula do governo federal, principalmente da equipe econômica.
É que, de acordo com o artigo 23 da Lei 9.868/1999, para se declarar constitucional ou inconstitucional uma lei, é preciso estar configurada uma maioria de seis ministros no mesmo sentido. A conta que o governo vem fazendo é que os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e Gilmar Mendes serão a favor dos planos. Celso de Mello, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski são tidos como votos certos a favor dos poupadores.
Até aí, três a três. Será necessário convencer três ministros, mas Joaquim Barbosa e Teori Zavascki têm sido considerados incógnitas, e recai sobre eles a esperança de que eles vão definir a questão — tanto para o lado dos poupadores quanto para o lado dos bancos.
Precedente duvidoso
Confrontados com essas análises de contexto, os ministros se mostraram céticos. É que claramente o governo e os bancos estão usando como base a decisão que o Supremo tomou em relação à correção monetária baixada no Plano Verão para o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
Seguindo voto do ministro Marco Aurélio, o STF, por maioria, declarou o mecanismo, chamado OTN, inconstitucional. É que essas OTN se baseavam numa inflação menor do que a real e, por isso, a Receita passou a considerar que as empresas tiveram perdas menores que as reais. No entendimento do ministro Marco Aurélio, isso levou o fisco a tributar o patrimônio da companhias, o que é inconstitucional. Ele foi seguido pelos ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Luis Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa. Contra, Dias Toffoli, Fux e Gilmar Mendes, justamente os que os bancos contam como votos a favor.
No entanto, o que os ministros têm comentado é que os bancos estão olhando para o precedente errado. É que o caso do Plano Verão dizia respeito ao IRPJ de algumas empresas, e não implicava perdas econômicas tão vultosas. Na verdade, o caso trata mais de renúncia fiscal do que impacto econômico. E o governo nem chegou a calcular a renúncia fiscal desse caso.
Estudiosos que acompanham o caso não conseguem fazer previsões seguras sobre os votos dos ministros. “Não tem nada a ver com o outro julgamento, que envolveu a manipulação da BTN no Imposto de Renda”, comentou um deles. Ele também lembra que o tribunal vem decidindo pela relativização da imutabilidade dos contratos, o que com certeza será levado ao Pleno no caso dos planos econômicos.
O que dá para saber é que os ministros querem as férias para refletir. “Não adianta ter enfoque para beneficiar poupadores se quem vai arcar é o contribuinte”, afirmou um ministro. “A complexidade do caso é grande demais, e não podemos fingir que se trata de um processo qualquer. Isso pode mexer com a estabilidade do país”, completou outro.
*Texto alterado às 15h02 do dia 25/11/2013 para correção.
Itaú é a empresa mais valiosa do Brasil em 2013; confira as 25 maiores
O
Itaú é a marca mais valiosa do Brasil em 2013, com valor de mercado de
R$ 19,3 bilhões, segundo ranking divulgado nesta terça-feira pela
consultoria de marcas Interbrand. Apesar de liderar o ranking, o banco
viu seu valor recuar 13% com relação ao ano passado. As instituições
financeiras continuam dominando as três primeiras posições, com Bradesco
(R$ 14,1 bilhões) em segundo e Banco do Brasil (R$ 11,8 bilhões) em
terceiro.
De acordo com a Interbrand, as 25 marcas mais valiosas
do País valem, juntas, R$ 94,9 bilhões, queda de 1% ante o valor do ano
passado. A Hering foi a empresa que mais valorizou ante 2012 (58%),
passando a valer R$ 616 milhões. Casas Bahia (42%) e Brahma (42%)
aparecem na sequência, com valor de R$ 993 milhões e R$ 7,2 bilhões,
respectivamente.
Em contrapartida, a Petrobras apresentou a maior
desvalorização, com queda de 18% no valor, para R$ 8,7 bilhões. A Vale
também teve grande desvalorização, saindo do ranking por ficar abaixo da
“nota de corte” de R$ 294 milhões, segundo o levantamento.
De acordo com a Interbrand, a marca precisa ser
originária do Brasil, publicar informações contábeis e financeiras
e gerar lucro para entrar no ranking. O valor de uma empresa é calculado
a partir da análise de sua força ante a concorrência, o papel que ela
desempenha na decisão do cliente e a performance financeira de seus
produtos.
Confira a lista das 25 marcas mais valiosas do País:
Posição | Marca | Valor | Variação |
1 | Itaú | R$ 19,329 bilhões | -13% |
2 | Bradesco | R$ 14,085 bilhões | -7% |
3 | Banco do brasil | R$ 11,839 bilhões | -4% |
4 | Skol | R$ 9,399 bilhões | 11% |
5 | Petrobras | R$ 8,736 bilhões | -18% |
6 | Natura | R$ 7,455 bilhões | 2% |
7 | Brahma | R$ 7,201 bilhões | 42% |
8 | Antarctica | R$ 3,134 bilhões | 29% |
9 | Vivo | R$ 2,632 bilhões | 24% |
10 | BTG Pactual | R$ 1,924 bilhões | Nova no ranking |
11 | Cielo | R$ 1,172 bilhões | 35% |
12 | Casas Bahia | R$ 993 milhões | 42% |
13 | Renner | R$ 842 milhões | -10% |
14 | Lojas Americanas | R$ 757 milhões | 14% |
15 | Caixa Econômica Federal | R$ 702 milhões | 3% |
16 | Oi | R$ 699 milhões | 19% |
17 | Extra | R$ 621 milhões | 6% |
18 | Hering | R$ 616 milhões | 58% |
19 | Ipiranga | R$ 607 milhões | Nova no ranking |
20 | Porto Seguro | R$ 475 milhões | Nova no ranking |
21 | Tovts | R$ 382 milhões | 29% |
22 | Havaianas | R$ 375 milhões | 23% |
23 | Pão de Açúcar | R$ 347 milhões | 1% |
24 | Ponto Frio | R$ 346 milhões | 28% |
25 | Arezzo | R$ 294 milhões | Nova no ranking |
Lidando com a Incerteza: como transformar a incerteza e o medo em confiança e criatividade
Resenha do livro de Jonathan Fields
Reprodução/ Capa do livro
Em suma, o autor aborda, de uma maneira um pouco superficial, sobre o
grande despreparo que a maioria das pessoas lida ao enfrentar situações
que envolvem medo, angustia e ansiedade. Ele é melhor nos contatos do
que propriamente em sua escrita
Apesar do seu título de
autoajuda, "Lidando com a Incerteza: como transformar a incerteza
e o medo em confiança e criatividade", de Jonathan Fields, mostrou
ser um bom livro. O autor, que está longe de ser uma celebridade conhecida dos
negócios, encobertou esse ponto fraco estampando frases elogiosas nas primeiras
páginas e contracapa do livro de autores mais famosos, como Daniel Pink, Tony
Hsieh e Seth Godin. Sem dúvidas, ele é melhor nos contatos do que propriamente
em sua escrita.
Em suma, o autor aborda, de uma maneira um pouco superficial, sobre o grande despreparo da maioria das pessoas ao enfrentar situações que envolvem medo, angustia e ansiedade.
Em suma, o autor aborda, de uma maneira um pouco superficial, sobre o grande despreparo da maioria das pessoas ao enfrentar situações que envolvem medo, angustia e ansiedade.
Segundo o autor, quanto mais você se inclina em direção à incerteza e maiores são os riscos que você corre para criar algo que ainda não existe, maiores são as suas chances de ser julgado e criticado. Julgado por sua família, amigos, concorrentes, diretoria, ou o que é pior, por você mesmo.
Entretanto, para quase todos nós, viver em dúvida é doloroso, provoca ansiedade, medo, sofrimento e dor. Mas nós não gostamos de dor. Em vez de lançar-nos nela, fazemos todo o possível para eliminá-la.
Para ele, o risco da perda deve existir, pois ele é um dos principais incentivos que leva as pessoas a buscarem soluções inovadoras. A tolerância à incerteza e ao desconhecido é a grande força propulsora para se chegar a melhores soluções, ideias e criações.
Essa é a situação pela qual vivem as pessoas criativas, que adoram erros e ficam totalmente à vontade em momentos de incerteza.
A incerteza faz parte da inovação
Por meio de
experimentos, o autor demonstra que caso eliminássemos a possibilidade dos
outros avaliarem nossas ações, a nossa capacidade em assumir riscos aumentaria
consideravelmente. Segundo Fields, no momento em que ficamos expostos ao
julgamento e às críticas de outras pessoas, nosso potencial de rejeição
aumenta, e o resultado dessa conta é que a maioria das pessoas tende a correr
rumo à segurança. Ao agir assim, nos tornamos menos dispostos a romper com os
limites e a correr riscos, sobrando como alternativa escolher opções de mais
certeza que, na maioria das vezes, geram as menores oportunidades.
"Resumindo,
somos covardes por medo de sermos julgados e condenados pela sociedade"
Dentre
algumas soluções que o autor fornece para superar esses empecilhos, destaca-se
a de engajar-se no que ele chama de “colmeias criativas”, que
nada mais é do que uma reunião de pessoas em um espaço comunitário para
discutir ideias, apresentar projetos, debater tendências, etc.
A importância dos mentores
A mentoria
pode ter um papel extraordinário no cultivo da mentalidade necessária para
assumir riscos criativos, principalmente quando o seu mentor é alguém que já
esteve na posição em que você está, viveu, respirou e brigou contra os mesmos
demônios e alegrias semelhantes aos que você irá enfrentar.
Entretanto, não encontrar um bom mentor não deve ser usado como uma desculpa pela sua falta de coragem para assumir riscos.
Na ausência de um mentor, o autor recomenda que você procure heróis, que são indivíduos talentosos que possam nos inspirar com seu exemplo, sem ter de fornecer feedback e apoio individual. Talvez daí vem o meu grande apetite em ler sobre biografias empresariais.
Há um terceiro personagem, chamado de defensor, que caracterizam uma ou mais pessoas que estarão ao seu lado, não importa o que aconteça, e que sentirão a mesma intensidade de dor, emocional ou financeira, se você fracassar. Como exemplo, podemos citar a família e os amigos.
"A
ausência de um mentor nunca deve ser apontada como motivo de sua própria falta
de vontade, ação ou progresso"
Outra forma de minimizar a
incerteza citada no livro é através do método MVP – Mínimo Produto Viável) que
se popularizou através do livro A Startup Enxuta de Eric Ries.
Essa técnica consiste em receber feedback de usuários potenciais no início do seu projeto e com alta frequência. A exposição acontece logo no inicio do processo, quando há muito menos em jogo e é mais fácil de aprender e, se desejado, corrigir a trajetória e tentar outra vez. Dessa forma, o medo de criar algo que ninguém mais apreciará atenua-se consideravelmente.
Essa técnica consiste em receber feedback de usuários potenciais no início do seu projeto e com alta frequência. A exposição acontece logo no inicio do processo, quando há muito menos em jogo e é mais fácil de aprender e, se desejado, corrigir a trajetória e tentar outra vez. Dessa forma, o medo de criar algo que ninguém mais apreciará atenua-se consideravelmente.
A tecnologia tornou as coisas mais fáceis para serem criadas, pois estimulam os consumidores a cocriar, verificar seus feebacks, fornecer crédito, tudo de maneira rápida e barata.
Por dentro da cocriação
Sobre esse
assunto, é importante dizer que a cocriação é uma ferramenta que serve para
orientar melhor sua criação, e não para administrá-la. Não significa que as
pessoas irão mandar no seu produto; elas apenas que lhe darão um norte. Se você
perceber que depende da multidão não só para orientar o seu rumo, mas para
guiá-lo até o seu destino, é um sinal evidente de que você está entregando a
sua autonomia e sua visão aos outros.
"A
multidão não deve ser usada como uma muleta para você se proteger do seu
fracasso, tampouco receber a culpa caso as coisas não derem certo"
É preciso
saber dividir os créditos da co-criação, você não será a única estrela. Se você
está pedindo algo que tem valor, deve oferecer algo de valor em troca. Isso não significa necessariamente dinheiro.
Confiar demasiadamente na
contribuição dos consumidores potenciais traz consigo o risco muito real de que
você perderá sua habilidade de conduzir as pessoas a um lugar novo.
É como disse Henry Ford: “se eu tivesse perguntando às pessoas o que elas queriam, elas teriam me dito cavalos mais rápidos”.
É como disse Henry Ford: “se eu tivesse perguntando às pessoas o que elas queriam, elas teriam me dito cavalos mais rápidos”.
Dicas diversas para diminuir suas incertezas
Pratique exercícios. O
livro cita alguns estudos nos quais os resultados apontam que as pessoas que se
exercitaram se tornaram menos ansiosas, menos neuróticas e mais sociáveis, além
de possuir menores níveis de depressão, raiva, stress e ceticismo a
desconfiança, resultando em um aumento da criatividade.
O propósito e a paixão te ajudam a fortalecer contra os demônios da incerteza. Esse senso de compromisso em fazer o que você ama fazer muda a forma como você vivencia as emoções e os desafios do processo. Te ajuda a superar o julgamentos dos outros. Você não liga para que os outros estão pensando, pois você está fazendo o que está aqui para fazer. Pessoas que deixam transparecer o que amam fazer mobilizam outras pessoas a favor da sua causa. Elas passam a querer ficar perto de você, te seguir, se mobilizar.
O insight raramente vem quando você está restringido pelo trabalho e somente pelo trabalho. Ele vem mais frequentemente quando você se distancia de seu trabalho, quando passa tempo com outras pessoas em mundos aparentemente menos relacionados. Quando você se senta, anda e respira na quietude.
Conclusão
As empresas devem permear, entre
seus funcionários, o pensamento de que correr riscos, experimentar ideias
malucas e lançar-se na incerteza são ações recebidas com aceitação,
independente dos resultados, e serão uma parte essencial do que eles estão lá
para fazer.
O "BOLIBURGUÊS" DE MINAS GERAIS
Josué Gomes da Silva, entusiasta do deletério patrimonialismo. |
Na noite desta
segunda-feira a banda larga da Net reduziu-se a uma titica impedindo o
meu acesso à internet. E o trabalho de atualização do blog depende da
navegação de algumas horas na internet, checando sites, lendo e
analisando o noticiário. Imaginem se aprovam o tal Marco Civil da
internet?
A verdade é que o Brasil e toda a América Latina constituem uma das regiões mais atrasadas do mundo em tudo, mormente no quer respeita à ciência e à tecnologia. Neste quesito, é zero!
Dito isso deparo hoje pela manhã com uma entrevista concedida à Folha de S. Paulo pelo filho do falecido ex-presidente José Alencar, lulista de primeira hora que palmilhou o Brasil visitando as federações de indústrias de todos os Estados para garantir aos empresários que Lula e o PT eram tudo de bom.
Josué Gomes da Silva segue a cartilha do pai. Esse tipo de empresário aliado do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro, é denominado na Venezuela de "boliburguês", ou seja, um híbrido de "burguês" com "bolivariano". Ressalte-se que o termo "bolivariano" é mais um verbete da novilíngua do comunismo do século XXI, ou seja, uma metáfora para designar o novo tipo de comunismo deste século.
O filho de José Alencar é um dos exemplares mais bem acabados dessa nova estirpe empresarial que contribui para turbinar um dos piores vícios que corrompe o Estado brasileiro desde a sua fundação pelos portugueses: o "patrimonialismo", conceito que designa a "confusão" entre o que é público e o que é privado. O patrimonialismo apaga a linha divisória fundamental entre os negócios públicos e privados. Deve-se ressaltar que a divisão entre o que pertence a ente estatal e aos particulares é o que separa as monarquias absolutistas do Estado moderno.
Depois que o comunismo faliu a ex-URSS os comunistas decidiram dar a volta por cima. Em vez de praguejar contra os empresários tornaram-se seus aliados de primeira hora convidando-os a dividir o butim.
Esta é uma das características principais do que é qualificado de "socialismo do século XXI", ou seja, a associação de empresas privadas com o Estado até chegar o momento em que não se conseguirá mais distinguir o que é público e o que privado. Tanto é que a Dilma, ao promover a privatização de aeroportos, fala em concessão.
Enfim, assiste-se assim a estruturação do "capitalismo de Estado" do qual a China é um dos exemplos mais vistosos, aliás foi o país pioneiro na adoção do esquema que deu sobrevida a um dos regimes mais tirânicos do planeta.
Todavia, para esse esquema funcionar a contento as liberdades civis, apanágio da democracia verdadeira, sofrem evidente corrosão, porquanto são imoladas no altar do pensamento único o que viabiliza a eterna permanência no poder dessa nova "classe dominante", para usar um conceito tão caro aos comunistas.
Os empresários brasileiros na verdade nunca foram capitalistas de fato, mas um bando de chupins dos cofres estatais. Sempre adularam quem estava no poder. Sempre posaram de "apolíticos". Essa deletéria característica do capitalismo botocudo juntou a fome com a vontade de comer depois que Lula foi alçado à Presidência da República e é o que viabiliza a permanência do PT no poder.
O conteúdo dessas linhas que acabo de escrever é o ponto crucial do debate que deveria ser travado na campanha presidencial brasileira, cujo pleito ocorre em 2014. No entanto, o que se vê é mais do mesmo, ou seja, um fato que indica de forma insofismável que os últimos vestígios da democracia representativa no Brasil correm perigo de morte!
Um dos coveiros será, sem dúvida, o mineiro Josué Gomes da Silva, tradicional fabricante de estopas de Minas Gerais.
Vou aproveitar a postar logo este texto antes a internet não sofra um novo apagão.
A verdade é que o Brasil e toda a América Latina constituem uma das regiões mais atrasadas do mundo em tudo, mormente no quer respeita à ciência e à tecnologia. Neste quesito, é zero!
Dito isso deparo hoje pela manhã com uma entrevista concedida à Folha de S. Paulo pelo filho do falecido ex-presidente José Alencar, lulista de primeira hora que palmilhou o Brasil visitando as federações de indústrias de todos os Estados para garantir aos empresários que Lula e o PT eram tudo de bom.
Josué Gomes da Silva segue a cartilha do pai. Esse tipo de empresário aliado do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro, é denominado na Venezuela de "boliburguês", ou seja, um híbrido de "burguês" com "bolivariano". Ressalte-se que o termo "bolivariano" é mais um verbete da novilíngua do comunismo do século XXI, ou seja, uma metáfora para designar o novo tipo de comunismo deste século.
O filho de José Alencar é um dos exemplares mais bem acabados dessa nova estirpe empresarial que contribui para turbinar um dos piores vícios que corrompe o Estado brasileiro desde a sua fundação pelos portugueses: o "patrimonialismo", conceito que designa a "confusão" entre o que é público e o que é privado. O patrimonialismo apaga a linha divisória fundamental entre os negócios públicos e privados. Deve-se ressaltar que a divisão entre o que pertence a ente estatal e aos particulares é o que separa as monarquias absolutistas do Estado moderno.
Depois que o comunismo faliu a ex-URSS os comunistas decidiram dar a volta por cima. Em vez de praguejar contra os empresários tornaram-se seus aliados de primeira hora convidando-os a dividir o butim.
Esta é uma das características principais do que é qualificado de "socialismo do século XXI", ou seja, a associação de empresas privadas com o Estado até chegar o momento em que não se conseguirá mais distinguir o que é público e o que privado. Tanto é que a Dilma, ao promover a privatização de aeroportos, fala em concessão.
Enfim, assiste-se assim a estruturação do "capitalismo de Estado" do qual a China é um dos exemplos mais vistosos, aliás foi o país pioneiro na adoção do esquema que deu sobrevida a um dos regimes mais tirânicos do planeta.
Todavia, para esse esquema funcionar a contento as liberdades civis, apanágio da democracia verdadeira, sofrem evidente corrosão, porquanto são imoladas no altar do pensamento único o que viabiliza a eterna permanência no poder dessa nova "classe dominante", para usar um conceito tão caro aos comunistas.
Os empresários brasileiros na verdade nunca foram capitalistas de fato, mas um bando de chupins dos cofres estatais. Sempre adularam quem estava no poder. Sempre posaram de "apolíticos". Essa deletéria característica do capitalismo botocudo juntou a fome com a vontade de comer depois que Lula foi alçado à Presidência da República e é o que viabiliza a permanência do PT no poder.
O conteúdo dessas linhas que acabo de escrever é o ponto crucial do debate que deveria ser travado na campanha presidencial brasileira, cujo pleito ocorre em 2014. No entanto, o que se vê é mais do mesmo, ou seja, um fato que indica de forma insofismável que os últimos vestígios da democracia representativa no Brasil correm perigo de morte!
Um dos coveiros será, sem dúvida, o mineiro Josué Gomes da Silva, tradicional fabricante de estopas de Minas Gerais.
Vou aproveitar a postar logo este texto antes a internet não sofra um novo apagão.
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