sexta-feira, 17 de novembro de 2023

BNDES tem aumento de 18,4% no desembolso no 3º trimestre, para R$ 34,8 bi

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou aumento de 18,4% no desembolso do terceiro trimestre do ano, para R$ 34,8 bilhões, informou o diretor do banco, Alexandre Abreu. Ele destacou o resultado obtido com a carteira de crédito, que chegou a R$ 495,2 bilhões de julho a setembro deste ano.

“A carteira de crédito vinha diminuindo ao longo dos últimos anos e demos uma virada, esse é um excelente sinal”, afirmou Abreu. “É a maior desde o primeiro trimestre de 2019”, completou.

Considerando os nove meses acumulados em 2023, houve aumento expressivo em todas as fases de operação do Banco comparativamente a 2022, como consultas (R$ 199,2 bilhões, alta de 94%), contratações (aumento de 43%, atingindo R$ 94,2 bilhões) e desembolsos (crescimento de 20%, ao atingir R$ 75,4 bilhões). “Se compararmos com outros anos, vemos que essa sequência de aumento é inédita nos últimos anos”, afirmou.

Ele destacou ainda que os desembolsos para o setor de infraestrutura subiram 7,2, enquanto para o agronegócio a alta foi de 23%.

Na indústria, os desembolsos do banco aumentaram 34% e no comércio e serviços, 31% no terceiro trimestre do ano.

O lucro recorrente no terceiro trimestre de 2023 foi 21,3% maior em um ano, e chegou a R$ 2,9 bilhões, informou Abreu.

 

Mudanças climáticas influenciam mandato do BC, afirma Campos Neto

Campos Neto reconhece esforço de Haddad, mas evita comentar novo arcabouço  | VEJA

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta sexta-feira, 17, que o número crescente de desastres climáticos influencia o mandato da autoridade monetária. “Os desastres climáticos geram grande instabilidade de preços em energia e alimentos. O que o BC puder fazer para ter direcionamento de financiamentos ou transparência de informações sobre o que é financiado em termos de agricultura sustentável, devemos fazer, sim. Tenho uma preocupação com esse tema maior que a média de outros BCs”, afirmou, durante participação no evento “E Agora, Brasil?”, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

 

Bancada do agro propõe aumentar seguro rural por conta das mudanças climáticas

Início - FPA

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou um conjunto de emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, para garantir a produção do setor. Os deputados pedem que quatro emendas sejam acrescentadas à lei que definirá o orçamento do próximo ano.

Uma das emendas apresentadas pela bancada quer aumentar o orçamento necessário para operar o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O seguro serve para minimizar as perdas do agricultor em decorrência de fatores ocasionados pelo clima e recuperar o capital investido na lavoura em caso de estragos.

Segundo argumenta a bancada, os custos para o pagamento do prêmio aumentaram devido à intensidade e frequência dos eventos climáticos neste e no ano passado, como a seca histórica na Amazônia e as enchentes que destruíram cidades no sul do País. Por isso, os recursos financeiros públicos destinados a socorrer os agricultores deve aumentar.

Os autores das emendas são os deputados Sérgio Souza (MDB-PR), Pedro Lupion (PP-PR), também presidente da bancada, e o deputado Alceu Moreira (MDB-RS). A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (CRA) já acatou emendas apresentadas em um relatório de autoria do senador Jaime Bagatolli (PL-RO) que tratam de incentivos à produção rural. O relatório será analisado também pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Segundo o gabinete do presidente da frente ruralista, Pedro Lupion, a emenda pede que não haja limitação de empenho para os recursos destinados ao seguro, ou seja, mesmo que a receita não esteja sendo arrecadada conforme previsto, os recursos devem ser garantidos.

 

Classes C e D/E impulsionam crescimento da conectividade no país


Classes C e D/E impulsionam crescimento da conectividade no país

As classes C e D/E impulsionaram crescimento da conectividade nos domicílios brasileiros, passando de 56% para 91% e de 16% para 67%, respectivamente, entre os anos de 2015 e 2023. As classes A e B passaram de 99% para 98% e de 88% para 98%, respectivamente. (Crédito: Freepik)

 

Os domicílios com acesso à internet no país passaram de 51%, em 2015, para 84% neste ano, com base no total de domicílios. No ano passado, essa parcela chegou a 80%. Os dados são da pesquisa sobre uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros, a TIC Domicílios 2023, divulgada nesta quinta-feira (16).

A amostra da pesquisa, do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), abrangeu quase 24 mil domicílios e 21,2 mil indivíduos respondentes, com coleta de dados entre março e julho deste ano.

As classes C e D/E impulsionaram crescimento da conectividade nos domicílios brasileiros, passando de 56% para 91% e de 16% para 67%, respectivamente, entre os anos de 2015 e 2023. As classes A e B passaram de 99% para 98% e de 88% para 98%, respectivamente.

No entanto, a velocidade de conexão piora quanto menor é o poder econômico das classes, revelou a pesquisa. Já o compartilhamento com domicílio vizinho é maior na classe D/E, com 25% do total de lares com acesso à internet. Na classe C, o índice é de 15%; na B, 9%; e na A, 1%.

As classes C e D/E têm menos percentual de domicílios com computador, sendo 42% e 11%, respectivamente. Enquanto as classes A e B tem 99% e 84%, respectivamente.

Em relação ao acesso por indivíduos, a pesquisa mostrou que 84% da população é usuário de internet, um total de 156 milhões de pessoas. O indicador ampliado, que inclui indivíduos que afirmaram não ter usado a internet, mas declararam o uso de aplicações no celular que necessitam de conexão à internet, chegou a 164 milhões de usuários.

O percentual de usuários é maior entre a população urbana, na Região Sul, sexo feminino, entre brancos, com ensino superior, com idade entre 16 e 24 anos, e na classe A.

Há ainda 29 milhões de pessoas não usuárias de internet, revelou a pesquisa. A predominância está na área urbana, tem ensino até o fundamental, entre pretos e pardos, na classe D/E, de 60 anos de idade ou mais, do sexo masculino, residentes do Nordeste e Sudeste.

 

Haddad vê 5 medidas para elevar receitas em 2024

 Fernando Haddad – Wikipédia, a enciclopédia livre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em reunião da equipe de ministros da área econômica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anteontem a importância de o governo concluir “efetivamente” o debate de cinco propostas no Congresso: a reforma tributária, o projeto sobre os fundos de alta renda, o que trata do instrumento dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), a regulamentação de apostas esportivas e a proposta que altera a tributação de grandes empresas que recebem subvenção dos Estados.

Tirando a reforma tributária, os outros projetos buscam o incremento de receita e são essenciais para o governo zerar o déficit fiscal em 2024. A lista foi reforçada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, após se reunir novamente com Haddad anteontem. “O ministro da Fazenda aproveitou para falar da importância de a gente terminar pelo menos cinco medidas fundamentais para a gente ter receita: reforma tributária, offshore, JCP, apostas e subvenção.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Depois de calor intenso no Brasil, final de semana tem alerta para temporais


Depois de calor intenso no Brasil, final de semana tem alerta para temporais

Alerta de temporais no final semana (Crédito: Reprodução/Inmet) 

 

Depois de calor intenso no Brasil, este final de semana tem alerta para temporais. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu na quinta-feira, 16, um alerta de “perigo potencial” para tempestades para sete estados e o Distrito Federal.

Entenda:

  • Segundo o Inmet, a partir desta sexta-feira, 17, o calor forte, combinado com o aumento do teor de umidade da atmosfera, vai potencializar a ocorrência de temporais, rajadas de vento e queda de granizo em São Paulo, Minas (no Triângulo Mineiro e faixa oeste e sul), Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso;
  • Neste sábado, 18, há chances de temporais, com rajadas de vento, e queda de granizo em grande parte no sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, por causa da aproximação de uma frente fria;
  • Já no domingo, 19, os temporais podem se espalhar pela área central do País “devido ao aumento na convergência de umidade pelo continente (organizando um canal de umidade), padrão que, aliado a atmosfera fortemente quente, úmida e instável, mantém o cenário”, informou o Inmet;
  • “Além disso, entre domingo e a próxima segunda-feira, 20, a previsão indica a ocorrência de grandes volumes de chuva em São Paulo – especialmente no centro-norte do estado, capital e região metropolitana, faixa litorânea e região do Vale do Paraíba –, sul de Minas Gerais, região da Zona da Mata mineira e no Rio de Janeiro”, finalizou.

 

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Juros: Mercado absorve decisão por manutenção da meta e taxas caem com exterior

Taxa de juros: o que é, como funciona e quais tipos existem?

O juros futuros fecharam o dia em queda. Dados mais fracos nos EUA endossaram a ideia de fim de ciclo de aperto monetário pelo Federal Reserve, com alívio nos rendimentos dos Treasuries. Em outra frente, as cotações do petróleo desabaram, favorecendo as expectativas com relação aos preços internos dos combustíveis. Na seara fiscal, o governo definiu que não vai propor alteração da meta de déficit zero para 2024 no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas a reação das taxas foi morna.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,500%, de 10,555% no ajuste de terça-feira, e a do DI para janeiro de 2026 caiu de 10,27% para 10,19%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 10,32% (de 10,40%) e a do DI para janeiro de 2029 ficou em 10,73%, de 10,81%.

O movimento mais firme de baixa ocorreu pela manhã, quando as taxas chegaram a recuar em torno de 10 pontos-base, alinhadas às curvas globais e à descida do dólar até a marca de R$ 4,83. A primeira etapa exigiu um ajuste dos DIs à inesperada deflação dos preços do atacado nos EUA em outubro, ontem, quando o mercado aqui estava fechado, e hoje saíram números acima do esperado de pedidos de auxílio desemprego. Na quinta-feira, a inflação ao consumidor já tinha surpreendido para baixo.

Nesse contexto, cresce a percepção de que os juros nos EUA não devem mais subir e o ciclo de corte pode começar ainda no primeiro semestre de 2024. No fim do dia, o yield da T-Note de dez anos estava em 4,441%.

Ainda no exterior, chamou a atenção o tombo de quase 5% nos preços do petróleo, decorrente da alta dos estoques norte-americanos combinada às preocupações sobre a desaceleração da demanda, em especial na China. O barril do Brent, que serve de parâmetro para os preços internos, fechou em US$ 77,42 no contrato para janeiro. O comportamento da commodity reforça a possibilidade de novo ajuste em baixa nos preços dos combustíveis no curto prazo, o que representaria alívio adicional ao cenário inflacionário.

Na área fiscal, o mercado passou a manhã esperando o desfecho da reunião entre ministros da área econômica e política no Planalto, da qual sairia uma definição sobre a meta de 2024. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, que defende a flexibilização do objetivo de zerar o déficit, não estava presente. Após o encontro, no início da tarde, o relator da LDO, Danilo Forte (União Brasil-CE), comunicou que o governo não apresentaria emendas para a alteração no texto, que deverá ser apresentado até a próxima terça-feira.

Apesar de ser este o tema central das preocupações domésticas, a decisão pela manutenção da meta não gerou reação positiva nas taxas, que até chegaram a desacelerar o ritmo de baixa, num momento em que também o dólar zerava as perdas ante o real. Os agentes classificam como positiva a decisão do governo, mas veem como insuficiente para animar os investidores.

“Por mais que Fernando Haddad tenha ganho a batalha contra Rui Costa, para 2024 ainda tem muita coisa em aberto, como por exemplo os projetos de incremento de arrecadação”, afirmou o economista Felipe Rodrigo de Oliveira, da MAG Investimentos.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, afirmou que o mercado já tinha antecipado um cenário benigno da confirmação de que a meta segue zero, mas que o governo pode mudar à frente. “Agora, a questão do mercado deixa de ser se o governo vai se comprometer com a meta zero e passa a ser quando muda, e quão pior vai ser a meta revisada”, disse.