terça-feira, 27 de agosto de 2024

Com Fed cortando juro, potencial de fluxo para Brasil é enorme, diz CEO do Santander Brasil

 Análise: Com Leão, Santander Brasil entra na era do 'menos é ...


O CEO do Santander Brasil, Mario Leão, avalia que o Brasil tem um potencial enorme de atração de capital internacional com o ciclo dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que pode começar no mês que vem.

“O potencial de fluxo para o Brasil é enorme”, disse Leão, em debate durante evento do Santander, que reuniu também o presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti.

O presidente do Santander disse que o Brasil está muito sublocado nas carteiras dos investidores internacionais. Portanto, pode voltar ao radar, na medida em que as coisas no mercado interno se acertaram, após uns meses tumultuados na primeira metade de 2024. “Dados recentes mostram uma economia sólida”, afirmou Leão.

Leão ressaltou que parte do mercado vê o Fed cortando juros enquanto o BC vai subir a Selic, mas a visão no banco espanhol é que isso não será preciso no Brasil. “Não é nosso cenário base uma alta de juros pelo BC.”

Quem é Gustavo Pimenta, eleito para ser o novo presidente da Vale

 

Gustavo Pimenta

Vale anuncia a escolha de Gustavo Pimenta como próximo presidente (Crédito: Divulgação)

 

Da redação com Reuters e Estadão Conteúdoi

A mineradora Vale anunciou nesta segunda-feira que o atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta, será o próximo presidente-executivo da companhia.

Pimenta, executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, teve carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, Estados Unidos e Europa, lembrou a Vale.

Em 2021, ele assumiu a posição a posição de CFO da Vale.

A Vale afirmou que Pimenta, que substituirá o atual CEO Eduardo Bartolomeo, foi eleito pelo conselho de administração por unanimidade, acrescentando que a transição seguirá um cronograma que a empresa já havia divulgado.

A companhia vinha lidando há meses com o processo turbulento de escolha de seu próximo CEO, que só deveria ser concluído no final do ano.

Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro de 2024, apoiando a transição para o novo presidente da Vale até 28 de fevereiro de 2025.

A Vale havia informado anteriormente que Bartolomeo seguiria como “advisor” da companhia até o final de 2025.

Impasse sobre sucessor

O mandato de Bartolomeo vencia em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.

O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a notícias de que o governo estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora — o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria sido cogitado.

Em entrevista à Reuters, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou que “nunca houve uma ingerência do governo com relação à Vale”.

Mas Silveira também criticou, ao final de julho, a demora para a definição de um novo presidente da companhia, relatando que faltava na Vale alguém “com autoridade” para tratar de assuntos que são relevantes ao interesse nacional, como a conclusão de um acordo entre Vale, BHP e Samarco com autoridades para a reparação e compensação pelo rompimento de barragem em Mariana, em Minas Gerais, que ocorreu em 2015.

Em nota, o presidente do conselho de administração da Vale, Daniel Stieler, disse estar confiante com a escolha de Pimenta para liderar a mineradora.

“Ele reúne as competências necessárias para que possamos aspirar um novo ciclo virtuoso para a companhia, orientado por nosso propósito, e com grande potencial de geração de valor a todos os nossos públicos de relacionamento”, afirmou Stieler.

Em nota, Bartolomeo afirmou que Pimenta “é um profissional com reconhecida competência e compromisso com a Vale do Futuro, uma companhia que se torna mais segura e confiável a cada dia”.

“Com Gustavo Pimenta, acredito que a Vale seguirá firme em sua jornada rumo à liderança na mineração sustentável e na criação de valor para todos os stakeholders.”

O próximo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, agradeceu a confiança do conselho. “Vamos juntos nessa jornada, intensificando o diálogo com todos os nossos stakeholders e priorizando a segurança das pessoas, das operações e do meio ambiente”, afirmou.

Ele reafirmou que companhia seguirá “com foco em geração e distribuição de valor, elevando a Vale a patamares ainda mais altos”.

Currículo

Gustavo Pimenta chegou à Vale em novembro de 2021, na gestão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo. Descrito como uma pessoa serena e de fácil interlocução, Pimenta é formado em Economia e tem a seu favor o amplo domínio do negócio e dos aspectos financeiros da mineradora, além de uma boa dose de experiência internacional. Antes de chegar à Vale, foi CFO (vice-presidente financeiro) global da AES Corporation, nos EUA. Já havia atuado, também, no Citigroup nos EUA como vice-presidente de Estratégia e M&A, conforme seu perfil no LinkedIn.

No fato relevante, é apresentado como “um executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, e com uma carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa”.

O texto acrescenta: “Em 2021, assumiu a posição de vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale S.A. Também foi responsável pelas áreas de Suprimentos e Energia & Descarbonização. Antes de juntar-se à Vale, Pimenta foi executivo da AES por 12 anos, acumulando ampla experiência como CFO Global, diretor de Planejamento e Estratégia e vice-presidente de Performance e Serviços da empresa. Também atuou como vice-presidente de Estratégia e M&A no Citigroup em Nova York. É formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem mestrado em Finanças e Economia pela Fundação Getulio Vargas”.

Em reportagem há 10 dias, o Estadão/Broadcast revelou que, antes de ser reduzido a uma lista tríplice, o rol de 15 sugestões de executivos para CEO apresentado pela consultoria Russell Reynolds ao conselho de administração seria redimensionado a quatro nomes favoritos dos membros do colegiado, e que a essa lista menor seria acrescentado um executivo da companhia – conforme pessoas próximas ao processo de sucessão, “provavelmente Gustavo Pimenta”, sinalizando que o executivo era o mais cotado para a cadeira.

Ações da Vale sobem 3% após eleição de Pimenta para comando da mineradora

 Ficheiro:Logotipo Vale.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre



Logo da Vale em São Gonçalo do Rio Abaixo, Brasil (Crédito: REUTERS/Washington Alves)

A escolha de Gustavo Pimenta como o próximo presidente-executivo da Vale é positiva e reduz incertezas que pairavam sobre o processo de sucessão ao cargo e potencial interferência política, avaliaram analistas.

Perto das 15h, as ações da mineradora subiam 3,29% na B3.

A Vale anunciou no fim da noite de segunda-feira que seu colegiado elegeu Pimenta, atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, por unanimidade para substituir Eduardo Bartolomeo como CEO.

“Como candidato interno que está na empresa há cerca de cinco anos, a eleição do Sr. Pimenta como novo CEO provavelmente acalmará os temores de uma potencial influência política na liderança da Vale. O anúncio também marca o fim do ruidoso processo de sucessão do CEO e elimina um peso importante nas ações, em nossa opinião”, avaliaram analistas da RBC Europe Limited, em relatório enviado a clientes.

A mineradora vinha lidando há meses com o processo turbulento de escolha de seu próximo CEO, que só deveria ser concluído no final do ano, em meio a notícias de que o governo estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora.

A equipe do JPMorgan destacou que Pimenta é amplamente conhecido e respeitado por investidores, o que deve levar a uma reação positiva do mercado.

Pimenta, executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, teve carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, Estados Unidos e Europa, disse a Vale na véspera.

O UBS BB também afirmou ver o anúncio como positivo, avaliando que o executivo foi “arquiteto-chave da alocação de capital disciplinada e turnaround operacional da Vale nos últimos anos”. Para os analistas, conforme relatório a clientes, há potencial para que questões ESG importantes, como o caso da Samarco, possam ser resolvidas em breve.

Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro de 2024, apoiando a transição para o novo presidente da Vale até 28 de fevereiro de 2025.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Embraer vende até seis A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia

 

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A Embraer anunciou nesta segunda-feira, 26, a venda de até seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia (FAU). O contrato inclui a compra de uma aeronave e a opção de compra de outras cinco, com entregas a partir de 2025, abrangendo equipamentos de missão, suporte logístico e um simulador de voo. O valor da aquisição não foi revelado pela companhia.

Com essa aquisição, o Uruguai se junta a Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai na operação do A-29 Super Tucano na América do Sul.

A aeronave é empregada em uma variedade de missões, incluindo controle de atividades ilícitas, monitoramento de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado.

Mais de 160 Super Tucanos estão em operação na região, adaptados para ambientes variados, desde a Amazônia até regiões frias, montanhosas e costeiras.

“Com essa aquisição, o Uruguai passará a contar com capacidades diferenciadas que contribuirão sobremaneira para a vigilância de suas fronteiras e aumento da prontidão operacional da FAU”, disse Bosco da Costa Jr., presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Segundo a Embraer, até o momento, 18 forças aéreas ao redor do mundo usam o A-29 Super Tucano.

A nave dispõe de suporte aéreo aproximado, patrulha aérea, operações especiais, interdição aérea, coordenação de controle aéreo avançado, vigilância de fronteiras, reconhecimento, escolta aérea, além de treinamento em diversos níveis e transição para caças de superioridade aérea.

TSE autoriza participação de observadores nas eleições de outubro

 

Tribunal Superior Eleitoral – Wikipédia, a enciclopédia livre



 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou nesta segunda-feira (26) a participação de quatro entidades como observadoras das eleições municipais de outubro. A atuação de missões independentes é uma medida de praxe que ocorre em todas eleições.

Com a decisão, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), a Transparência Eleitoral Brasil e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) poderão verificar todas as etapas do pleito e deverão emitir um relatório de trabalho no final das eleições.

 Segundo o TSE, a atuação de entidades observadoras contribui para confirmar a transparência e a integridade das eleições brasileiras.

“A atuação das missões de observação eleitoral nacional no acompanhamento do processo eleitoral e das eleições de outubro próximo demonstra o compromisso da Justiça Eleitoral com a total transparência, além da garantia da lisura, da segurança e da integridade do sistema eletrônico de votação brasileiro”, declarou o TSE.

Nas eleições presidenciais de 2022, mais de 120 observadores internacionais atestaram a confiabilidade do pleito brasileiro. Entre as entidades que participaram estão a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Ações da Petrobras disparam e estatal ganha R$ 40,9 bi em valor de mercado

 


Logo da Petrobras

 

O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, 26, renovando máxima histórica e voltando a flertar com os 137 mil pontos, em desempenho sustentado pela disparada da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior e  “upgrade” da recomendação dos papéis da empresa pelo Morgan Stanley.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,94%, a 136.888,71 pontos, novo recorde de fechamento, tendo marcado 137.013,05 pontos na máxima. Veja Cotações.

Petrobras ganha R$ 40,9 bi em valor de mercado

PETROBRAS PN saltou 7,26%, para o novo topo de fechamento a R$ 39,57. As ações preferenciais da Petrobras saltaram mais de 7% e as ordinárias mais de 9%. Já a PETROBRAS ON disparou 8,96%, para a máxima histórica de fechamento de R$ 42,92.

Com o salto, a Petrobras ganhou R$ 40,9 bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda-feira, montante que equivale ao valor de mercado da Petrorio, segundo a Elos Ayta. Foi a maior valorização diária da ação da petroleira desde 12 de agosto de 2022.

As ações brasileiras permanecem beneficiadas pela procura global por ativos de risco, dada a perspectiva de um corte de juros iminente nos Estados Unidos, que ganhou ainda mais força após declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na última sexta-feira.

Dados da B3 mostram que as compras de estrangeiros na bolsa paulista superam as vendas em 6 bilhões de reais em agosto até o dia 22. De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo, mas o risco de uma realização de lucros segue na mesa.

Dólar tem leve alta

O dólar fechou em leve alta ante o real, influenciado por um lado pelo exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco Central vá subir a taxa Selic em setembro.

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,4928. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%.

Os contratos de petróleo fecharam o pregão em alta de mais de 3%, de olho no recrudescimento das tensões no Oriente Médio e após uma interrupção da produção e exportação da commodity na Líbia, que injetou preocupações sobre um possível choque de oferta.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Lula cobra da Anvisa maior rapidez na aprovação de remédios

 

 Luiz Inácio Lula da Silva – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

 

Ao participar nesta sexta-feira (23) da inauguração da primeira fábrica brasileira de medicamentos para diabetes e obesidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) maior rapidez na aprovação de registros de remédios. O órgão é responsável pela análise e liberação do uso de medicamentos em todo o território nacional.

“Vim aqui inaugurar [a fábrica] e saí daqui com uma demanda. Nosso amigo [Carlos] Sanches [sócio e diretor da farmacêutica EMS] fez uma demanda, uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao presidente da República: que é preciso a Anvisa andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão lá. Não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula.

“Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque o remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos interesses do nosso país”, concluiu o presidente, ao encerrar a cerimônia de inauguração da nova planta da fábrica da EMS.

Entenda

Criada em janeiro 1999, a Anvisa é uma autarquia sob regime especial, com sede e foro no Distrito Federal, mas presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados. A agência tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e do consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária.

A gerência e a administração da Anvisa são exercidas por uma diretoria colegiada composta por cinco membros, indicados pelo presidente da República e por ele nomeados, após aprovação do Senado Federal.

O atual diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, começou seu mandato em abril de 2020, no governo de Jair Bolsonaro, e segue no cargo até dezembro deste ano. A Agência Brasil entrou em contato com a Anvisa e aguarda um posicionamento acerca da fala de Lula.