A renda familiar média dos turistas que vêm ao Brasil este ano é de R$ 23,4 mil. Um em cada 10 tem renda acima de R$ 50 mil. Essa é, pelo menos, a expectativa do governo
A bola Brazuca e a Taça da Copa do Mundo no Maracanã: um em cada três visitantes que vem ao Brasil em 2014 tem renda familiar superior a R$ 20 mil
São Paulo – A renda familiar do turista estrangeiro que virá ao Brasil na Copa do Mundo 2014 é
de R$ 23,4 mil, dez vezes maior que a média nacional. A previsão é do
governo com base no perfil dos turistas que visitaram a África do Sul em 2010 (veja tabela abaixo).
A renda em cada lar brasileiro é de R$ 2,1 mil, em média, de acordo com o último Censo do IBGE.
A expectativa oficial é que o tipo de visitante que foi ao Mundial
anterior apareça também por aqui, de forma que o Brasil se beneficie da
alta renda dos viajantes em alguns bilhões de dólares.
Afinal, é esperado que 12% dos turistas tenham renda acima de R$ 50 mil mensais, considerando toda a família.
Na pesquisa, encomendada pelo Ministério do Turismo à FGV e realizada em 2010, um em cada três estrangeiros ganha mais que R$ 20 mil. Veja a tabela:
Renda familiar dos turistas da Copa (em R$) | % dos turistas estrangeiros que integram esta faixa de renda |
---|---|
Até 3,5 mil | 14 |
De 3,5 a 7 mil | 17 |
De 7 a 10 mil | 11 |
De 10 a 15 mil | 15 |
De 15 a 20 mil | 12 |
De 20 a 50 mil | 19 |
Mais de 50 mil | 12 |
Total | 100% |
Os ganhos variam entre os continentes: o visitante da Oceania tem renda
de R$ 30,4 mil; da África, R$ 18 mil. Os demais ficam entre esses
extremos.
O Ministério do Turismo espera 600 mil visitantes de fora na Copa, que se juntarão aos 3 milhões de brasileiros que participarão diretamente do evento.
O retrato traçado pela pasta prevê ainda que os turistas fiquem em
média 17,6 dias por aqui. Quase metade deles, 45%, tem entre 25 e 34
anos. E 3 em cada 4 visitarão ao menos três cidades brasileiras.
Gastões
A expectativa é que os estrangeiros tirem diretamente do próprio bolso R$ 6,85 bilhões no período dos jogos. Com os R$ 18,35 bilhões que os brasileiros devem gastar, seriam R$ 25,2 bi despejados diretamente na economia, fora o estímulo indireto a vários setores e fornecedores que também serão beneficiados.