quinta-feira, 17 de julho de 2014

Butiques de investimentos movimentam bilhões de dólares em transações corporativas


Poisson_Requin
As instituições financeiras globais estão sendo desafiadas por ex-banqueiros que vislumbraram a oportunidade de utilizar a experiência e a relação com os clientes para formar uma grande força, capaz de movimentar bilhões de dólares em transações corporativas.
O que esses profissionais especializados em fusões e aquisições estão fazendo é estabelecer as suas próprias “butiques de investimentos”, para através delas aproximar empresas que buscam a troca de ativos.
Essas butiques chamam a atenção porque, como bancos de investimentos menores, não sofrem com a burocracia dos grandes bancos, não necessitam alcançar elevadas posições no ranking das maiores instituições e não são forçadas a vender serviços cruzados, como financiamentos e derivativos.
Sendo menores, as butiques se limitam a funções mais especializadas, fornecendo orientação de alto nível e, muitas vezes, trabalhando com bancos de investimentos tradicionais para ofertas de financiamentos e de ações.
Para o professor de finanças David Stowell, da Northwestern University, às vantagens acima descritas somam-se outras, como as menores quantidades de agendas sobrepostas e de conflitos de interesses.
Diante de tantas vantagens, a proposta das butiques para atrair clientes torna-se bastante simples. A promessa de atenção total de negociadores experientes é o discurso necessário e suficiente.
Fonte: Valor Econômico | Bloomberg News

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Aquisição da Lorillard é maior negócio feito por mulheres

A transação também marcou a maior fusão no setor de cigarros em décadas

Lauren Coleman-Lochner e Selina Wang, da 


Cigarros Camel, da Reynolds American, ao lado da marca Newport, da Lorillard


Nova York - Vocês já percorreram um longo caminho, mulheres CEO. Quando a Reynolds American Inc. anunciou os planos para comprar a Lorillard Inc. por cerca de US$ 25 bilhões, ontem, isso marcou não só a maior fusão no setor de cigarros em décadas.
A transação também foi o maior acordo já realizado por uma mulher: a CEO da Reynolds, Susan Cameron.
O acontecimento representa um marco para executivas mulheres, mesmo que tenha demorado a acontecer, disse Ashleigh Shelby Rosette, professora da Escola de Negócios Fuqua, da Universidade Duke, em Durham, Carolina do Norte.
Embora as mulheres representem 50 por cento da força de trabalho, elas respondem por apenas cerca de 5 por cento dos principais líderes, disse ela. Isso significa que o fato de elas estarem em posição de executar um negócio de sucesso não é frequente.
“O progresso acontecendo”, disse ela. “Isso também ressalta quão longe temos que ir”.
Cameron, que já havia atuado como CEO da Reynolds anteriormente, de 2004 a 2011, voltou ao cargo neste ano e foi fundamental para abrir caminho para a aquisição da Lorillard após negociações intermitentes.
Quando a fusão for concluída, o que está previsto para ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, Cameron ficará à frente da empresa combinada em Winston-Salem, Carolina do Norte, EUA.
Seu trabalho transformou negociações sem foco em “uma transação muito atraente que nosso conselho pôde apoiar”, disse o CEO da Lorillard, Murray Kessler, em uma entrevista. “Ela foi extremamente útil ao tornar as coisas mais claras”.
Virginia Slims
As mulheres têm uma história complicada com a indústria do tabaco, com os cigarros servindo como símbolos de estigma e, depois, de poder. Nos anos 1960 e 1970, o marketing do setor começou a explorar as aspirações das mulheres por meio da divulgação de cigarros como marcadores de modernidade e independência.
A marca Virginia Slims, da Philip Morris, caracterizou essa abordagem com seu slogan “You’ve come a long way, baby” (“Você já percorreu um longo caminho, meu bem”).
Antes dessa campanha dos anos 1970, as taxas de fumantes nos EUA eram muito mais elevadas entre os homens do que entre as mulheres, disse Karen Messer, chefe da divisão de bioestatísticas e bioinformática da Universidade da Califórnia, em San Diego.
“Foi com o marketing voltado para as mulheres que as taxas de fumantes se equilibraram entre os dois gêneros”, disse Messer. Isso continua assim fora dos EUA, disse ela. “A indústria do tabaco está fazendo marketing com o tema do empoderamento da mulher e com a igualdade das mulheres no mundo em desenvolvimento”.
Cameron é uma entre apenas 25 CEOs mulheres na lista de empresas Fortune 500. Barbara Rentler, da Ross Stores Inc., foi a que mais recentemente entrou na lista, no mês passado.
As mulheres são frequentemente colocadas como líderes de empresas que necessitam de mudanças ou de gerenciamento de crise, uma situação que Rosette chama de “penhasco de vidro”. Isso significa que até os CEOs mais capazes podem ter dificuldades para ser bem-sucedidos.
A indústria do cigarro enfrenta o duplo desafio das vendas em queda e do aperto das regulações, o que a coloca nessa categoria. A Imperial Tobacco Group Plc, uma empresa britânica que herdará algumas das marcas da Lorillard como parte do acordo da Reynolds, também é comandada por uma mulher.
“A indústria do cigarro é daquelas nas quais você realmente não sabe o que irá acontecer no futuro”, disse Rosette. “Por isso, ter uma mulher no comando e ser colocada na posição de penhasco de vidro é algo que já vimos antes”.

Por que a ética deve fazer parte da sua estratégia nas redes


As redes sociais devem fazer parte da sua estratégia de marketing, contudo é importante compreender todos os seus aspectos e riscos

Marcelo Forma*, da 


Facebook sendo usado num laptop



Você investe tempo, dinheiro e dedicação desenvolvendo o seu negócio. Isso significa estratégia em ação, marketing online delineado e presença ativa nas redes sociais. Até aí, tudo certo. Contudo, quando se trata do contato direto com seu público alvo e exposição da sua marca, sua principal prioridade deve ser a de criar e manter uma excelente reputação.É sua responsabilidade criar uma identidade positiva para o seu negócio e manter controle sobre as ações que possam afetar a sua marca.
Hoje as redes sociais representam uma grande oportunidade para fazer com que seus clientes conheçam mais sobre o seu negócio. Conexões são criadas e conteúdos podem ser compartilhados por qualquer pessoa, inclusive por seus colaboradores. E o que é dividido por ele nas redes sócias pode ter impactos, nem sempre positivos, sobre o seu negócio.
O vínculo da empresa com seus colaboradores no mundo virtual deve ser um dos prontos focais da gestão da sua marca. A forma com que seus colaboradores se comportam nas redes sociais tem conexão direta com o seu negócio e pode comprometer todos os seus esforços de crescimento. Para empresas de serviços, em que capital humano é o seu principal ativo, é ainda mais importante o cuidado na preservação da imagem, não só da empresa, mas também de seus colaboradores.
Com experiência em ajudar nossos clientes a desenvolver Códigos de Conduta Ética, como parte do gerenciamento de riscos, nós da ICTS temos percebido, mais do que nunca, a necessidade da criação de diretrizes claras e objetivas para a formalização do que é permitido e esperado dos colaboradores quando estes interagem nas redes sociais em seu nome ou em conexão a sua marca.
Para o desenvolvimento de um código de ética eficaz para a presença do seu negócio nas redes sociais, devem-se considerar pontos como:
· O objetivo da presença do seu negócio nas redes sociais.
· Definição do tipo de informação que pode ser gerada e compartilhada em nome da empresa.
· Linguagem e vocabulário utilizados nas postagens.
· Definição dos responsáveis por gerar conteúdo em nome da empresa e procedimento para a aprovação do conteúdo antes da postagem.
· Proibição de divulgação de dados confidenciais da empresa ou de seus clientes.
· Adoção de medidas para se evitar a conexão dos colaboradores com a empresa. Como exemplo, a definição de contas com seus nomes próprios e a proibição do uso de elementos gráficos da empresa (logos, fotos com uniformes, etc.).
· Adoção de medidas para preservação da imagem da empresa através da responsabilização individual.
· Gestão de crises: o que fazer quando uma informação é usada de forma errada, impactando sua imagem frente ao mercado e a seus clientes.
A conduta nas redes sociais deve fazer parte do seu Código de Conduta Ética, que deve definir, de forma ampla, as regras de relacionamento entre as partes da sua organização, formalizando o comportamento esperado dos colaboradores, terceiros e até mesmo de clientes em relação à conduta ética.
As redes sociais devem fazer parte da sua estratégia de marketing, contudo é importante compreender todos os seus aspectos e riscos - quem vê suas postagens, quem compartilha suas postagens e como elas estão sendo compartilhadas. Seja responsável por todo e qualquer interação online relacionada a sua marca e tire proveito de todo o potencial que as redes sociais podem trazer para o seu negócio.
*Marcelo Forma é sócio da ICTS.

Entenda a crise do Espírito Santo, maior banco de Portugal

Pivô das mudanças na fusão entre Portugal Telecom e Oi, banco anunciou que não é capaz de pagar dívidas e pode pedir proteção judicial nos próximos dias


Julia Carvalho, EXAME


Mario Proenca/Bloomberg
Consumidor em um caixa automático de uma agência do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa, Portugal
Banco Espírito Santo: crise pode afetar mais do que o império da família que leva seu nome
São Paulo – Há um ditado em Portugal que diz: “se não pertence ao Estado, pertence ao Espírito Santo”. A brincadeira é feita não com a entidade cristã, mas sim com a família que dá nome ao maior conglomerado do país, o Grupo Espírito Santo.
A holding, que tem 144 anos, é dona de empresas em diversos setores da economia, que vão desde o turismo, com a rede de hotéis Tivoli, até prestadoras de serviços especializados em saúde. Entre suas posses está o Banco Espírito Santo (BES), o maior em valor de mercado de Portugal e que agora passa por uma das maiores crises de sua história.
Os sinais de desgaste começaram a surgir no fim de 2013, quando a família, conhecida por sua discrição, passou a ocupar espaço nos jornais locais por disputas de sucessão. Aparentemente, Ricardo Espírito Santo Salgado, que até então comandava o grupo, e seu primo, José Maria Riccardi, divergiam sobre quem deveria assumir os negócios.
Salgado era também presidente executivo do BES, que cuidava dos negócios de todas as demais empresas do grupo. No início de 2014, o Banco de Portugal, que é o equivalente ao Banco Central no Brasil, exigiu que os ativos dessas empresas que não fossem ligados ao setor financeiro fossem separados do banco.
A medida foi um reflexo do aumento das fiscalizações aos órgãos financeiros impostos tanto pelas organizações europeias quanto nacionais após a crise de 2008. E foi aí que os problemas começaram a aparecer.
Uma auditoria pedida pelo Banco de Portugal no Espírito Santo International (ESI), que controla o BSE e tem base em Luxemburgo, constatou que o banco havia ocultado das contas de 2012 dívidas de 1,2 bilhão de euros. Foi descoberto também que o banco apresentava prejuízos de 2,5 bilhões de euros, o que o colocaria em falência técnica.
No fim de junho, descobriu-se também que o ESI atrasou pagamentos de juros de dívidas de curto prazo e que não teria condições de pagar as próximas que viriam. Entre as dívidas estão os 897 milhões de euros emprestados pela Portugal Telecom, que causaram mudanças na fusão entre a companhia e a brasileira Oi.
Consequências
Para tentar aplacar os ânimos, o Banco de Portugal exigiu, no fim de junho, que a família fosse afastada do comando do banco e substituída por administradores do mercado. O nome escolhido foi João Moreira Rato, que estava à frente do Instituto de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública (IGCP). Tarde demais.
Após anunciar que não seria capaz de pagar a dívida com a Portugal Telecom, que venceu no fim desta terça-feira, a Rio Forte, empresa do grupo que controla o BES, está se preparando para pedir concordata.
As descobertas abalaram a confiança da economia portuguesa e chegaram a afetar toda a zona do Euro, que viu suas bolsas reagirem negativamente às notícias. A chanceler Ângela Merkel chegou a usar o exemplo do banco português para mostrar as fragilidades da zona do Euro.
O Banco de Portugal, que ainda tenta acalmar os investidores, descartou a possibilidade de resgate por parte do governo e afirmou que o BES “tem capital suficiente para acomodar possíveis impactos negativos”. A instituição teme que a crise cause uma debandada de acionistas e clientes do banco, o que agravaria ainda mais o problema.
Para Portugal, a situação também é séria. O apelido de Ricardo Salgado por lá é DDT – dono de tudo isto. O grupo tem negócios nos setores financeiro, de turismo, agropecuário, de energia, saúde e outros.
O BES ainda possui títulos de todas as companhias do império. Caso ele caia, teme-se um efeito cascata que pode, em último caso, gerar falências em cadeia e aumentar o desemprego.

Banco de Desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai e presidente indiano


O primeiro escritório regional será na África do Sul e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil

Por Agência Brasil
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A sede do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será na em Xangai, na China, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15) pela presidenta Dilma Rousseff após se reunir com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco, em Fortaleza (CE).

O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco será US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores será da Rússia e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco. “O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”, disse Dilma.

O acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento e o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas do Brics foram assinados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os ministros das Finanças da Índia e da África do Sul e pelo presidente do Banco Popular da China e do Banco Central da Rússia. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, compareceu ao evento na segunda-feira (14), mas nesta terça retornou a Brasília para reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Também foi assinado durante o evento um memorando de entendimento para cooperação entre agências seguradoras de crédito a exportação do Brics e um acordo para cooperação sobre inovação entre bancos de desenvolvimento dos cinco países.

Santander lança forma de pagamento inédita no Brasil


Cartão com função de pagamento por aproximação permite fazer compras de até R$ 50


Por Infomoney



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O Santander Universidades e a MasterCard  lançam o primeiro cartão universitário com tecnologia de pagamento por aproximação sem necessidade de digitar senha ou efetuar a leitura da tarja magnética. A tecnologia é muito parecida com o Octopus Card, de Hong Kong.


O serviço está disponível para quem possui o Cartão Universidade/TUI, vinculado à conta corrente do banco. O pagamento por aproximação é efetuado, na função débito, até o valor de R$ 50. Caso esse limite seja excedido, é solicitada comprovação por senha para liberação de mais um ciclo no mesmo valor. A funcionalidade de pagamento por aproximação já é ativa a partir do momento em que o Cartão Universidade é vinculado à conta corrente. Já para os atuais usuários, será necessário que ativem a função via Central de Atendimento do Santander.

Além de cumprir com seu papel de instrumento financeiro, o Cartão Universidade/TUI conta com funcionalidades acadêmicas, possibilitando que os estudantes acessem seu campus, reservem livros na biblioteca, registrem frequência acadêmica, façam integração com o transporte público, identificação em computadores e diversas outras atividades que a universidade pode vincular, de acordo com seu interesse.

Mudança importante pra quem vive em União Estável


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Casar ou viver junto são formas de relacionamentos afetivos com efeitos jurídicos muito semelhantes. O matrimônio civil passa uma ideia de respaldo documental, o que até então era precário na união estável. Em julho de 2014, o Conselho Nacional de Justiça editou o Provimento 37 que assegura a averbação das relações de fato perante o Registro Civil de Pessoas Naturais. A norma traz importantes modificações nos direitos das pessoas que apenas vivem como se fossem casadas.
O novo regramento permite que os companheiros possam averbar escritura de união estável ou sentença judicial que tenham reconhecido e/ou dissolvido um relacionamento familiar. Significa que pode inscrever quando começa e quando termina, ou apenas uma das opções. Essa anotação será transcrita também nas certidões de nascimento, casamento e óbito dos envolvidos.
Na prática, permite que inicie uma união estável e já faça o registro enquanto ela ocorre. Caso termine, terá a prova inserida em todos os documentos dos envolvidos. Caso um faleça, a certidão de óbito terá essa anotação e impedirá que os herdeiros deixem o (a) companheiro (a) de fora da partilha. Se um deles for interditado por incapacidade civil, a nomeação do curador será feita com mais cautela, pois os filhos não terão como ocultar a existência daquela outra pessoa que vive junto.
O registro da união estável é diferente da sua conversão em casamento. Não envolve troca de estado civil. Porém, somente as pessoas aptas a se casar (solteiros, divorciados e viúvos) são beneficiados; quem está separado de fato do ex-cônjuge e vive com outra pessoa, precisa ter o reconhecimento judicial do novo relacionamento.
A nova regra jurídica ainda tem imperfeições, como excluir o registro dos Contratos de Convivência previstos expressamente no art. 1725 do Código Civil, assim como falha ao não especificar quem tem legitimidade para pedir a averbação no Registro Civil: os dois companheiros, apenas um deles ou mesmo um credor. De qualquer forma, é uma inovação muito relevante que finalmente permite que as uniões estáveis reconhecidas possam ser transcritas para a certidão de nascimento ou óbito, conferindo um status de maior dignidade para as pessoas que escolheram viver juntas.
Por fim, espera-se que esse regramento simplifique a documentação exigida das pessoas que precisam provar a união estável, seja perante a Administração Pública, planos de saúde e clubes sociais. Com a certidão do Registro Civil, não precisa mais apresentar sentenças judiciais ou contratos com informações íntimas. O maior ganho é que inúmeras injustiças ocorriam pela omissão proposital da união estável, o que deve diminuir sensivelmente quando houver a sua transcrição perante o Cartório de Registro Civil.
Leia o Provimento 37/2014 do CNJ aqui.