Clima ferveu em Brasília, com provas de áudio da delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez, referindo-se ao atual mandato da presidente.
As mais recentes delações premiadas sob o âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sob comando do juiz paranaense, Sérgio Moro, tendem a ser explosivas para o governo de Dilma Rousseff. O acordo de colaboração firmado, contendo os relatos de executivos da cúpula da construtora Andrade Gutierrez,
em depoimentos à Procuradoria Geral da República, já que políticos com
foro privilegiado foram mencionados, podem acarretar enorme impacto a um
governo já desgastado politicamente e sem respaldo da imensa maioria da
população. As tratativas remontam, principalmente, em relação à campanha presidencial de Dilma Roussef,
em 2010, abastecida com dinheiro sujo, em se tratando de desvios
bilionários dos cofres públicos, especialmente, com origem nas
"entranhas" da Petrobrás.
Os delatores representantes da construtora Andrade Gutierrez, Flávio Barra e o presidente afastado da empresa Otávio de Azevedo, declararam em colaboração à Justiça, repasses milionários, resultantes de desvios de dinheiro público, através de caixa 2 em que a agência de comunicação Pepper simulava contratos junto à empreiteira, em relação à campanha à presidência da República, da então candidata Dilma Rousseff em 2010, em valores que superam os R$ 6 milhões.
O coordenador financeiro da campanha de Dilma à época, José de Filippi Júnior, afirmou, em defesa da campanha de 2010, que os serviços prestados pela agência Pepper "foram regularmente contabilizados nas prestações de contas aprovadas pelo TSE", disse. Já a assessoria da Presidência da República informou que não comentaria assuntos relativos às campanhas eleitorais. Os executivos da Andrade Gutierrez foram presos pela Operação Lava Jato, porém, com os acordos de delação premiada firmados junto ao MPF, puderam ser transferidos para cumprimento de penas em regime domiciliar.
O que causa enorme apavoramento ao governo é o conteúdo dos depoimentos dos executivos da empreiteira, pois as informações que chegaram ao Palácio do Planalto, não são nada animadoras. O conteúdo das delações premiadas virá recheado de provas com trechos de áudios que comprovam os desvios dos cofres públicos, ou seja, o repasse de dinheiro ilícito, ocorrido também na campanha de Dilma em 2014, portanto, com o poder de "macular" o mandato atual, fortalecendo de modo exponencial, o processo de impeachment ou cassação da presidente e de seu vice.
Caixa 2 de R$ 6 milhões
Os delatores representantes da construtora Andrade Gutierrez, Flávio Barra e o presidente afastado da empresa Otávio de Azevedo, declararam em colaboração à Justiça, repasses milionários, resultantes de desvios de dinheiro público, através de caixa 2 em que a agência de comunicação Pepper simulava contratos junto à empreiteira, em relação à campanha à presidência da República, da então candidata Dilma Rousseff em 2010, em valores que superam os R$ 6 milhões.
O coordenador financeiro da campanha de Dilma à época, José de Filippi Júnior, afirmou, em defesa da campanha de 2010, que os serviços prestados pela agência Pepper "foram regularmente contabilizados nas prestações de contas aprovadas pelo TSE", disse. Já a assessoria da Presidência da República informou que não comentaria assuntos relativos às campanhas eleitorais. Os executivos da Andrade Gutierrez foram presos pela Operação Lava Jato, porém, com os acordos de delação premiada firmados junto ao MPF, puderam ser transferidos para cumprimento de penas em regime domiciliar.
Fator 2014
O que causa enorme apavoramento ao governo é o conteúdo dos depoimentos dos executivos da empreiteira, pois as informações que chegaram ao Palácio do Planalto, não são nada animadoras. O conteúdo das delações premiadas virá recheado de provas com trechos de áudios que comprovam os desvios dos cofres públicos, ou seja, o repasse de dinheiro ilícito, ocorrido também na campanha de Dilma em 2014, portanto, com o poder de "macular" o mandato atual, fortalecendo de modo exponencial, o processo de impeachment ou cassação da presidente e de seu vice.