segunda-feira, 28 de março de 2016

Possibilidade de impeachment faz mercado se voltar a Temer


Ueslei Marcelino/Reuters
Vice-presidente da República e presidente do PMDB Michel Temer durante evento do partido em Brasília
Vice-presidente da República, Michel Temer: para investidores, programa do partido pode ter efeito positivo no mercado, se implementado.
 
Josué Leonel, da Bloomberg

A expectativa de rompimento do PMDB com o governo acelera as apostas no afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Com a possibilidade de o impeachment ser votado em menos de um mês, a tendência do mercado passa a depender menos de Dilma e mais da capacidade de um eventual governo do vice- presidente Michel Temer aprovar as reformas e reconquistar a confiança dos investidores.
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O risco Brasil caiu mais de 100 pontos este ano, enquanto o Ibovespa subiu 26% em dólar. O mercado está refletindo o aumento da aposta na saída de Dilma, diz José Marcio Camargo, sócio da Opus Gestão de Recursos.

“O governo Dilma acabou; não consegue aprovar nada no Congresso”, diz Camargo, professor da PUC-RJ e que está entre os economistas que têm mantido contatos com interlocutores do vice-presidente sobre ideias para um eventual governo Temer.

O PMDB do RJ acenando com a saída do governo e a perspectiva de o partido todo e de outras legendas da base aliada também desembarcarem ajudam a impulsionar o mercado, diz Eduardo Longo, gerente de renda fixa e multimercados da Quantitas Gestão de Recursos. “Esses movimentos dão força para o impeachment."

O impeachment já está praticamente precificado, diz Camargo. Melhoras adicionais dos ativos brasileiros vão depender de o novo governo implementar uma agenda de reformas.

Camargo considera que o programa “Uma Ponte para o Futuro”, do PMDB, pode ter impacto positivo no mercado se implementado. O programa inclui, entre outras medidas, uma maior flexibilização do orçamento, que se tornaria impositivo, e a reforma da Previdência.

Camargo reconhece que as investigações da Lava Jato devem permanecer como um fator de incerteza mesmo que a mudança de governo seja confirmada.

Ainda assim, o impeachment seria bem visto pelos investidores por ao menos criar uma possibilidade de melhora que o mercado considera inexistente na hipótese de Dilma permanecer.

"O governo está paralisado. O impeachment pode não acabar com a crise, mas será difícil a situação continuar tão ruim quanto está hoje”, diz Camargo.

Embora o impeachment traga a chance de retomada das reformas, o mercado ainda tem mais dúvidas do que certezas sobre a viabilidade de um novo governo diante do cenário de elevada tensão política.

Os jornais têm noticiado conversas entre PMDB e PSDB sobre o cenário pós-Dilma, mas o fato de líderes dos dois partidos terem sido citados na Lava Jato desautoriza um otimismo mais convicto.

O foco do mercado é totalmente político, diz Leonardo Monoli, sócio e diretor da Jive Asset. “O Brasil está em stand- by, aguardando o que vai ser do seu futuro e com toda a sua população literalmente fora de sua zona de conforto em uma economia que afunda a passos largos", diz o diretor.

Operadoras das bolsas de Londres e Frankfurt acertam fusão



Daniel Roland/AFP
Sede da Deutsche Börse
Deutsche Börse: a fusão "entre iguais" permitirá criar "um grupo líder de infraestruturas de mercado mundiais com base na Europa"
 
Da AFP


O operador alemão da bolsa Deutsche Börse anunciou nesta quarta-feira um acordo de fusão com a plataforma britânica London Stock Exchange (LSE), com a qual estava em negociações.

A LSE administra as bolsas de Londres e Milão, assim como a sociedade de investimentos de índices americana Russell Investments.
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Por sua vez, a Deutsche Börse é proprietária da Bolsa de Frankfurt, da câmara de compensação de Luxemburgo Clearstrem a e da plataforma de produtos derivados Eurex.

"Após a aprovação do conselho de vigilância da Deutsche Börse, o diretório da Deutsche Börse concluiu um acordo sobre a fusão com a LSE, em forma de holding" domiciliado no Reino Unido, anunciou o grupo em um comunicado.

A fusão "entre iguais", segundo o comunicado, permitirá criar "um grupo líder de infraestruturas de mercado mundiais com base na Europa".

Os acionistas da LSE terão 45,6% da nova estrutura e os do Deutsche Borse 54,4%.

A fusão permitirá economizar 450 milhões de euros graças às sinergias.

A Deutsche Börse, com sede em Eschborn (oeste da Alemanha), havia fracassado em uma tentativa de se fundir com a NYSE Euronext, que administra a bolsa de Nova York, assim como as de Paris, Amsterdã, Bruxelas e Lisboa.

App iFood compra tecnologia para reduzir espera pela pizza


Thinkstock
http://www.cearasc.com/noticia/ifood-e-o-novo-patrocinador-master-do-ceara
iFood: empresa agora tem tecnologia que agiliza entregas
 
 
 
 
São Paulo – O iFood, conhecido por seu aplicativo de pedido de refeições, anunciou hoje a compra da empresa de tecnologia de entregas rápidas SpoonRocket, que havia encerrado nesta semana suas operações em razão da alta concorrência no mercado americano. Os termos do acordo não foram revelados.

A empresa realizava entregas em 15 minutos graças à sua tecnologia de rastreamento de motociclistas e otimização de rotas. Agora, o iFood vai implementar no seu serviço no Brasil parte do que foi criado ao longo dos últimos três anos pela SpoonRocket nos Estados Unidos. 

O iFood processou 1,5 milhão de pedidos por meio de seu app no Brasil no último mês e agora tem a missão de mudar a forma como funciona o delivery no país, reduzindo o tempo de entrega e até mesmo o preço da sua pizza, por exemplo.  

Em entrevista a EXAME.com, Felipe Fioravante, CEO do iFood, contou mais detalhes sobre a evolução da plataforma tecnológica da companhia nos últimos tempos e também quais são os próximos passos. Confira os melhores trechos da conversa a seguir. 
 
EXAME.com: Por que comprar uma empresa americana de entregas? 
Felipe Fioravante: A empresa fez sucesso nos Estados Unidos e desenvolveu muita tecnologia ao longo dos anos em que operou. Ela chegou a levantar 15 milhões de dólares em investimentos. Vimos que grande parte do que podemos melhorar a experiência do usuário do iFood está na fase após a realização do pedido. Já revolucionamos muito a forma de pedir e o próximo passo é melhorar o pós-pedido. Por isso, foi uma medida estratégica comprar a SpoonRocket. 
 
Qual será o impacto dessa compra no iFood, o que vai mudar? 
A tecnologia deles, que foi criada para os Estados Unidos, não vai continuar. Eles entregavam comida em 15 minutos por meio de vários sistemas que vamos trazer para cá. Toda a parte de tecnologia dos motoqueiros, GPS, otimização de rota, tudo de despacho, automação e entrega para o usuario. Isso vai dar suporte para mais dois serviços que vamos lançar no meio do ano. 
 
Vocês compraram muitas empresas nos últimos tempos, foram 15. Por quê? 
Eram empresas locais que tinham bom relacionamento com estabelecimentos em regiões que não tínhamos. Foi uma estratégia para crescer mais rápido e chegar a mais locais. O Hellofood, por exemplo, foi importante para a aquisição de talentos que têm muito conhecimento do nosso mercado. Já o caso do SpoonRocket é diferente, o foco é a tecnologia. Vimos a oportunidade de pegar alguma tecnologia já criada lá fora e compramos a empresa. 
 
Vocês receberam um aporte de 62 milhões de dólares no meio do ano passado. Como esse dinheiro foi usado para melhorar a plataforma do iFood? 
O dinheiro foi investido em tecnologia, marketing e comerciais. Triplicamos o número de pedidos que recebíamos por mês e chegamos a várias outras cidades. Hoje, temos um app com 5 estrelas na App Store, o que é algo bem raro de se ver.  
 
A compra da Hellofood trouxe algum benefício, além da aquisição de talentos? 
Sim, ela ajudou em todas as nossas áreas. Agregamos restaurantes e pedidos feitos em outra plataforma. Mas o principal ativo foram as pessoas. Num mercado tão especifico como o nosso, gente com experiência de 3 ou 4 anos nos ajuda a crescer mais rápido. Nossa equipe aumenta 50% por ano. Por isso, o desafio é encontrar e treinar mais profissionais. 
 
Qual considera como principal desafio para mudar o delivery no Brasil? 
Como somos um marketplace, apresentar a tecnologia para todos os restaurantes é um desafio bem grande. A ideia é que todos usem e que todos entendam como vai funcionar a tecnologia. Ainda assim, há interesse dos restaurantes. Todo mundo vê onde está o entregador, tanto o restaurante quanto o cliente. Com isso, dá para preparar a comida no tempo certo. Nós investimos muito nessa parte porque a entrega era o elo mais fraco do delivery, as pessoas pedem quando já estão com fome. Diminuir o tempo de entrega é importante. 
 
A tecnologia de otimização de rotas é similar ao que faz hoje o Waze? 
Não, é mais parecido com o que fazem hoje os apps de táxis e o Uber. O trânsito é levado em consideração, sim. Mas o desafio é saber qual é o entregador certo para atender cada pedido de acordo com localização tanto do cliente, quanto do motociclista. 
 
Quais são os números do iFood hoje? 
1,5 milhão de entregas no último mês (em novembro, eram 1 milhão), 10 mil restaurantes em 100 cidades cadastrados na plataforma. 
 
Qual é a região mais popular do app? 
Sudeste é a mais forte. As cidades que mais pedem pelo iFood são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza – com crescimento recente visto como resultado do patrocínio do clube de futebol Ceará – e Curitiba. 

No geral, o iFood está bem espalhado pelo país, quase em todos os Estados, exceto pelo Acre e alguns Estados acima do Amazonas 
 
Algo a acrescentar?  
Somos vistos muitas vezes como um app para pedir comida, mas estamos mostrando que a nossa intenção é mudar como essa indústria trabalha. O delivery é difícil e custoso para os restaurantes. 

Muita gente quer entregar comida nas casas dos clientes, mas não sabe como fazer isso ou não quer enfrentar esse trabalho. Otimizando esse processo, conseguiremos mudar essa indústria e oferecer uma qualidade geral melhor e um preço mais baixo para os consumidores. 

NTT Data acerta compra de unidades de TI da Dell por US$3 bi


Bazuki Muhammad / Reuters
Logos da Dell em sede de Kuala Lumpur, dia 04/09/2013
Dell: a companhia japonesa afirmou que vai pagar cerca de 3,05 bilhões de dólares, um valor que exclui dívidas e outras despesas
 
Da REUTERS


A japonesa NTT Data Corp informou nesta segunda-feira acordo para comprar a divisão de consultoria em tecnologia da informação da norte-americana Dell por mais de 3 bilhões de dólares - se para a América do Norte.

O acordo permitirá à Dell cortar parte da dívida de 43 bilhões de dólares que está assumindo com a aquisição da fabricante de equipamentos para armazenagem de dados EMC, um negócio em dinheiro e ações avaliado em cerca de 60 bilhões de dólares.

A companhia japonesa afirmou que vai pagar cerca de 3,05 bilhões de dólares, um valor que exclui dívidas e outras despesas.

A compra vai dar à NTT Data, uma das maiores companhias de serviços de tecnologia do mundo, uma maior presença nos Estados Unidos, onde está buscando se expandir em serviços para as áreas de medicina, seguros e finanças.

Moro envia superplanilha da Odebrecht para o Supremo


REUTERS/Rodrigo Paiva
Sede da Odebrecht, em São Paulo
Odebrecht: A superplanilha é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos
 
 
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Mateus Coutinho, do Estadão Conteúdo
Fausto Macedo e Julia Affonso, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a superplanilha com a indicação de pagamentos feitos pela Odebrecht a políticos, encontrada pela força-tarefa da Operação Lava Jato na casa do ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro.

A superplanilha traz cerca de 300 nomes ligados a 24 partidos políticos. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo com base no documento mostra que, em vários casos, os valores são superiores aos declarados pelos candidatos indicando possível caixa 2.
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"O ideal seria antes aprofundar as apurações para remeter os processos apenas di­ante de indícios mais concretos de que esses pagamentos seriam também ilícitos. A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Egrégio ­Supremo Tribunal Federal", registra Moro, na decisão desta segunda-feira, 28.

A superplanilha, como está sendo chamada a lista nos bastidores do poder, é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos.

Ela foi encontrada nas buscas da 23.ª fase, a Acarajé, que teve como alvo principal o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

A planilha foi divulgada oficialmente pela operação na manhã de quarta-feira, 23. Mas, no início da tarde, o juiz federal decretou sigilo sobre o documento. Moro pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre "eventual remessa" dos papéis ao Supremo Tribunal Federal.
 

Campanhas


As anotações, indica a Lava Jato, referem-se às campanhas eleitorais de 2012 (municipais) e 2014 (presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais). Segundo a força-tarefa, não há nenhum indicativo de que os pagamentos sejam irregulares ou fruto de caixa 2.

Barbosa Silva Jr. é apontado pelos investigadores como o encarregado de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, para tratar de doações eleitorais e repasses a políticos.

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre "campeonatos esportivos", que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobras.

Os partidos que constam na planilha são PT, PMDB, PSDB, PP, PSB, DEM, PDT, PSD, PC do B, PPS, PV, PR, PRB, SD, PSC, PTB, PTN, PT do B, PSOL, PPL, PTB, PRP, PCB e PTC.

O levantamento jornal O Estado de S. Paulo baseou-se nas planilhas às quais a reportagem teve acesso.

Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works



Negócio ampliará atuação da companhia catarinense na América do Norte

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works

A Weg (foto) anunciou nesta segunda-feira (28) a aquisição da Bluffton Motor Works, fabricante de motores elétricos com sede na cidade de Bluffton, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. O valor da transação não foi revelado, mas não representa investimento relevante, de acordo com comunicado da empresa.

Fundada em 1944, a Bluffton é especializada na manufatura de motores elétricos fracionários de até 5 cavalos, oferecendo uma série de produtos customizados para clientes nos Estados Unidos. Entre os clientes atendidos destacam-se os setores de processamento de alimentos e bebidas, fabricantes de maquinas industriais, equipamentos para comércio e serviços, bombas e ventilação entre outros. A Bluffton tem aproximadamente 400 funcionários. Em 2015, a receita líquida da Bluffton foi de US$ 64 milhões.

De acordo com o diretor superintendente da Weg Motores, Luis Alberto Tiefensee, a Bluffton é reconhecida no mercado pela excelência e robustez dos motores fracionários para aplicações customizadas, um dos focos de atuação da Weg nos Estados Unidos. “Essa aquisição é estratégica para ampliar e dar mais agilidade a atuação da companhia no maior mercado mundial de motores elétricos fracionários. Além disso, trará uma importante ampliação de linhas de produtos que complementará nossa plataforma de manufatura para a América do Norte”, explica.


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Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works

Negócio ampliará atuação da companhia catarinense na América do Norte

Da Redação

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Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works
A Weg (foto) anunciou nesta segunda-feira (28) a aquisição da Bluffton Motor Works, fabricante de motores elétricos com sede na cidade de Bluffton, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. O valor da transação não foi revelado, mas não representa investimento relevante, de acordo com comunicado da empresa.
Fundada em 1944, a Bluffton é especializada na manufatura de motores elétricos fracionários de até 5 cavalos, oferecendo uma série de produtos customizados para clientes nos Estados Unidos. Entre os clientes atendidos destacam-se os setores de processamento de alimentos e bebidas, fabricantes de maquinas industriais, equipamentos para comércio e serviços, bombas e ventilação entre outros. A Bluffton tem aproximadamente 400 funcionários. Em 2015, a receita líquida da Bluffton foi de US$ 64 milhões.
De acordo com o diretor superintendente da Weg Motores, Luis Alberto Tiefensee, a Bluffton é reconhecida no mercado pela excelência e robustez dos motores fracionários para aplicações customizadas, um dos focos de atuação da Weg nos Estados Unidos. “Essa aquisição é estratégica para ampliar e dar mais agilidade a atuação da companhia no maior mercado mundial de motores elétricos fracionários. Além disso, trará uma importante ampliação de linhas de produtos que complementará nossa plataforma de manufatura para a América do Norte”, explica.

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Governo começa a acomodar aliados contra impeachment


Agência Brasil
Logo da Funasa
Funasa: órgão foi um dos que sofreu alterações no segundo escalão para acomodar aliados do governo em processo de impeachment.
 
 
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo

Brasília - O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 28, traz um exemplo de como o Palácio do Planalto vai começar a atuar "no varejo" para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

Os cargos no segundo escalão do governo vão servir como moeda de troca para garantir o apoio de deputados na votação que pode levar ao afastamento da presidente.

Nesta segunda, o atual diretor de Obtenção de Terras do Incra, Marcelo Afonso Silva, foi exonerado do cargo para dar lugar a Luiz Antônio Possas de Carvalho, aliado do deputado do PMDB Carlos Bezerra (MT).

Afonso Silva havia chegado à diretoria do Incra em 2011, como indicado da senadora Gleisi Hoffmann, que acabava de assumir a chefia da Casa Civil.

Na época, a vaga era reivindicada pela bancada do PMDB do Senado e foi usada como exemplo de como os dois partidos estavam disputando espaços no governo.

Bezerra é um dos deputados do PMDB que tem se manifestado contra o impeachment de Dilma. Advogado por formação, ele argumenta não ver sustentação jurídica para o afastamento da presidente.

Na semana passada, um aliado do vice-presidente Michel Temer foi exonerado da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para dar espaço a um nome do PTN, que daria dez votos a favor de Dilma no processo do impeachment.

Se o desembarque do PMDB do governo se concretizar nesta terça-feira, a ideia é distribuir os cargos que estavam com o partido às demais legendas da base aliada.