sexta-feira, 22 de julho de 2016

Cnova diz que perdeu R$ 400,3 milhões com fraudes no Brasil




Leandro Fonseca/Exame
Centro de distribuição da CNOVA
CNova: empresa fez auditoria na contabilidade e descobriu que falhas de funcionários enxugaram R$ 400,3 milhões do patrimônio da empresa
 
Gabriela Mello, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A CNova, divisão de comércio eletrônico do grupo francês Casino, anunciou nesta sexta-feira, 22, a conclusão de investigação interna em sua subsidiária brasileira, na qual constatou erros na contabilidade em razão de fraudes

A empresa informa, em comunicado, que falhas cometidas por funcionários na administração dos estoques enxugaram em R$ 400,3 milhões seu patrimônio ao término de dezembro de 2015.

Finalizada a auditoria, a Cnova promoveu ajustes contábeis nos resultados dos últimos anos, sendo que o impacto acumulado no lucro operacional antes de juros e impostos (Ebit) foi de R$ 265,9 milhões, dos quais R$ 38,3 milhões em 2015, R$ 111,1 milhões em 2014, R$ 24,2 milhões em 2013 e R$ 92,3 milhões de 2012 para trás.

As revisões, segundo o documento, levam em consideração o reflexo de descontos dados por fornecedores no valor dos estoques, a contabilização de ativos fixos, as provisões de perdas em contas a receber e os passivos de mercado.

De acordo com a Cnova, erros em cálculos relacionados a vendas líquidas, contas a receber e a pagar provocaram uma perda da ordem de R$ 153,4 milhões, abaixo da estimativa preliminar de R$ 177 milhões divulgada em fevereiro deste ano.

Outros problemas na gestão de itens devolvidos em trânsito e custos de envio diferidos acarretaram em um prejuízo de R$ 41,6 milhões.

A Cnova identificou, ainda, falhas relacionadas a ativos intangíveis e despesas operacionais diferidas, cujo impacto ao fim de dezembro de 2015 é avaliado em R$ 71 milhões.

Como resultado, a empresa decidiu computar uma baixa contábil de R$ 42,6 milhões no balanço do ano passado.

Yahoo quer vender ativos principais para Verizon, diz fonte





Karen Bleier/AFP
Logo do Yahoo
Yahoo: a empresa considera a Verizon como o comprador que poderá entregar maior valor
 
Da REUTERS


Yahoo está focado em vender seus principais ativos para a operadora norte-americana de telecomunicações Verizon, depois de avaliar as ofertas finais que recebeu emum leilão, informaram fontes com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.

O Yahoo considera a Verizon como o comprador que poderá entregar maior valor, mas as negociações entre as duas empresas prosseguem e nenhum acordo foi alcançado até o momento, disseram as fontes.

O valor da oferta da Verizon não pôde ser determinado.

Representantes do Yahoo e da Verizon não comentaram o assunto de imediato.

Mudança em regras atrairá avalanche de estrangeiros para comprar terras


Mudança em regras atrairá avalanche de estrangeiros para comprar terras
A iminente liberação da compra de terras por estrangeiros no Brasil deverá provocar um grande fluxo de investimentos no país, principalmente por parte de fundos em busca de rentabilidade segura e de longo prazo, reaquecendo uma fatia do mercado imobiliário que tem sofrido com a estagnação econômica e a crise política.

Desde 2010 esse tipo de investimento está congelado no país, após um parecer da Advocacia Geral da União (AGU), chancelado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, sob a gestão do presidente interino Michel Temer, a compra de terras por estrangeiros é vista como um dos motores que podem ajudar a economia do país a andar novamente.
 
"A gente sabe, tem consultas aqui na empresa, de muitos investidores com o dedo no gatilho... 

Alguns meses depois (da mudança nas regras) devem começar a se concretizar esses investimentos", disse o diretor da Informa Economics FNP, empresa que realiza pesquisa periódica sobre mercado de terras agrícolas no país, José Vicente Ferraz.
 
Nos últimos anos, investidores internacionais com planos de investir em propriedades rurais no país chegaram a encontrar alternativas, como associar-se a empreendimentos de capital brasileiro, mas em posição minoritária. Contudo, a modalidade de investimento direto deve atrair novos recursos.
 
"Existem fundos e investidores, famílias, etc, que estão interessados e não querem estar amarrados a um sócio brasileiro. Portanto, aguardam a flexibilização dessa legislação para fazer esses investimentos", destacou Ferraz.
 
Segundo ele, os novos investidores, que teriam nacionalidades diversas, buscariam comprar terras brutas para desenvolvê-las, vendendo-as posteriormente, "já com um negócio estruturado". "A valorização disso é muito maior que a valorização natural do mercado de terras."
 
O Brasil já é um dos maiores produtores de grãos e proteínas animais do mundo e precisará ampliar sua produção nas próximas décadas para manter a posição de liderança nas exportações de alimentos. 

Com a certeza da expansão e da solidez do setor agrícola no país, investidores estrangeiros tendem a ver oportunidade de lucros sem grandes volatilidades ou riscos.
 
"Você tem fundos de pensão, por exemplo, que estão preocupados em garantir valor futuro e procuram investimentos de longo prazo, como terra", disse o diretor-presidente da BrasilAgro, empresa especializada em aquisição e desenvolvimento de terras agrícolas, Julio Piza.
 
A liberação de aquisição de terras por estrangeiros tem sido motivo de polêmica e controvérsia. A limitação imposta pela AGU em 2010 decorreu de uma nova interpretação para uma lei de 1971.
 
O argumento do governo na época do parecer da AGU era de que a aquisição direta feria a soberania nacional, em um contexto de temores de que empresas asiáticas poderiam tomar posse de grandes áreas no Brasil para assegurar abastecimento de alimentos.
 
Com a mudança no Palácio do Planalto, a tendência é de uma reversão da interpretação. Uma fonte do alto escalão disse à Reuters nesta quinta-feira que a liberação para os estrangeiros é uma das medidas do pacote que o governo deve apresentar nos próximos dias para tentar acelerar a retomada do crescimento econômico. Haverá apenas a criação de alguns critérios para evitar especulação imobiliária.
 
"Compra de terras para segurança alimentar é o tipo de coisa que se ouve falar muito, mas que se vê pouco acontecendo. Os investimentos em tradings (de grãos) faz mais sentido", destacou Piza. "Não consigo entender onde a soberania brasileira vai ser ferida. Ninguém vai comprar uma fazenda, fechar ela e declarar independência."
 
De fato, companhias asiáticas têm se voltado para aquisição de fatias em empresas de originação, muitas delas com operações no Brasil. Um bom exemplo foi a gigante estatal chinesa Cofco, que recentemente investiu 3 bilhões de dólares para comprar a unidade de agronegócio da Noble, além de uma grande fatia da trading holandesa Nidera.
 
"A estratégia (dos asiáticos) nunca foi de produzir aqui no Brasil ou em outro país para exportar para lá. O que eles querem é que se aumente a produção, porque daí cai o preço no mercado internacional", analisou Ferraz.
 
Um dos setores que deve ter fortes investimentos, da ordem de bilhões de dólares e de muitos milhares de hectares, é o plantio de florestas.
 
Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que representa as empresas de papel e celulose, grandes grupos estrangeiros --japoneses, norte-americanos e escandinavos, por exemplo-- desistiram de volumosos investimentos no Brasil desde o parecer da AGU em 2010.
 
"É uma indústria de escala elevada. Você precisa de um mercado livre entre nacionais e internacionais. Temos multinacionais represadas e as nacionais com avaliação distorcida de mercado", disse a presidente-executiva da Ibá, Elizabeth Carvalhaes.

 
MERCADO REAQUECIDO
 

Investidores estrangeiros deverão encontrar um ambiente favorável para aquisições.
 
"Já precisávamos em 2010, e hoje em dia, com esse cenário (de crise econômica), a entrada de capital estrangeiro vai ser fundamental", disse o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Cornacchioni.
 
O real desvalorizado ante o dólar, na comparação com o início da década, torna as terras mais baratas para estrangeiros. Investimentos em logística de portos, estradas e ferrovias nos últimos anos também tornam a produção das áreas agrícolas do Brasil um pouco mais competitiva e atrativa.
 
Além disso, em um cenário de recessão e de crédito apertado, algumas empresas agrícolas encontram-se em situação financeira precária, vendo-se obrigadas a ofertar ativos essenciais, como fazendas, para quitar dívidas, lembraram os analistas.
 
Segundo a Informa Economics FNP, os negócios envolvendo grandes áreas estão praticamente parados no país, com preços ameaçando um declínio. O maior volume de aquisições é verificado entre pequenos e médios produtores, que compram terras de vizinhos em negócios de ocasião.
 
"Pode haver bastante transações, aumentando a liquidez do mercado de terras", projetou Piza.


MATOPIBA

 
As áreas mais propensas a receber interesse de investidores estrangeiros, caso a liberação se confirme, deverão ser o leste de Mato Grosso e a região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), onde ainda há amplas áreas de vegetação nativa ou de pastagens que podem ser convertidas em terra para plantio de grãos.

"Do ponto de vista estratégico, está desenhado o mapa da mina", disse o sócio-diretor da consultoria MacroSector, Fábio Silveira. "Este é o polo de atração de investimento mais importante do Brasil hoje. Em boa medida esse investimento poderia ser de origem externa."

Ele destacou que nos últimos anos foram inauguradas obras como novos trechos da ferrovia Norte-Sul e novos terminais em São Luís (MA) que viabilizam o escoamento da produção do Matopiba e estimulam o investimento (Reuters, 21/7/16)


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Dona da Yoki fecha fábricas no Brasil e demite 420



 
 
 
 
São Paulo – A General Mills, dona da Yoki no Brasil, anunciou que irá encerrar produção em duas fábricas no Brasil, além de outros cortes na sua operação internacional.

A planta de Marília será fechada e toda produção de São Bernardo do Campo será distribuída em outras unidades. No local, ficará apenas a parte corporativa.

A medida irá gerar 420 demissões e acontecerá até 19 de agosto. As unidades de Marília e São Bernardo do Campo operam sob direção da General Mills desde 2012.

No Brasil, ela ainda tem fábricas em Cambará (SP), Nova Prata (RS), Paranavaí (PR) e Pouso Alegre (MG).

Dona de marcas como Häagen-Dazs, Nature Valley e Yoki, a empresa também anunciou que irá deixar de fabricar alguns produtos na planta de Nanjing, na China, o que irá gerar o corte de 400 vagas.

Os fechamentos no Brasil e na China irão custar cerca de US$ 42 milhões para a companhia. Desses, US$ 8 milhões são relativos às demissões dos funcionários e US$ 33 milhões à perda do valor das fábricas.

Em 2017, a empresa irá vender a planta de Martel, em Ohio, nos Estados Unidos, que produz alimentos pré-preparados para o segmento de lojas de conveniência. A venda foi fechada por US$ 18 milhões e irá afetar 180 funcionários.

Outra medida é o fechamento da unidade de produção em New Jersey, nos Estados Unidos, que ainda depende de negociações com sindicatos e está prevista para 2018. O objetivo é reduzir o excesso de capacidade de produção de sopas no varejo do país.

A ação irá cortar 370 postos de trabalho e gerar US$ 18 milhões em despesas trabalhistas, além de perdas de US$ 34 milhões em valor de ativos.

A empresa, que tinha 59 fábricas em operação em maio de 2016, registrou faturamento de US$ 16,56 bilhões no ano fiscal de 2016, concluído em 29 de maio. O número é 6,1% menor do que no ano anterior. 


Laboratório Sabin compra o concorrente Cetel






Cristiano Mariz / VOCÊ S/A
Laboratório Sabin, de Brasília
Laboratório Sabin: com a aquisição, o Sabin alcança as cinco regiões do país
 
 
 
O laboratório Sabin, quinto maior grupo de medicina diagnóstica do país, acaba de realizar sua terceira aquisição neste ano.

A empresa comprou o controle do concorrente Cetel, que fatura 12 milhões de reais ao ano.

O bioquímico Ricardo Moita, filho do fundador Paulo Roberto Moita, e a bioquímica Audrey de Souza Marquez permanecem na gestão do Cetel, como acionistas minoritários.

Com a aquisição, o Sabin alcança as cinco regiões do país ao começar a atender na região Sul, nas 12 unidades do Cetel em Londrina, Paraná.

E pretende investir 10 milhões de reais nos próximos dois anos para abrir mais unidades de atendimento na região.

O grupo Sabin planeja crescer 30% em 2016. 

Caixa vai liberar R$ 10 bilhões para indústria da construção





John Macdougall/AFP
Construção civil
Construção: recursos virão do retorno da carteira de habitação, captações da poupança, FGTS e LCI
 
Murilo Rodrigues Alves, do Estadão Conteúdo


Brasília - A Caixa Econômica Federal lançará um pacote de crédito para as construtoras na segunda-feira, 25, quando as linhas de financiamento estarão em vigor. 

O banco pretende liberar, no mínimo, R$ 10 bilhões, informou o vice-presidente de Habitação do banco, Nelson Antônio de Souza.

Ele afirmou que os recursos virão de um mix de fontes, que inclui o retorno da carteira de habitação, captações da poupança, FGTS e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Ao ampliar os financiamentos para as construtoras, a Caixa quer estimular o setor, cujo nível de atividade ainda se encontra muito abaixo do usual.

A medida está em linha com o pedido do presidente em exercício, Michel Temer, de destravar o crédito como forma de impulsionar a economia. O principal problema do setor, porém, é a falta de demanda.

Na última segunda-feira, 18, a Caixa divulgou que dobrou o teto de financiamento para R$ 3 milhões no âmbito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

As construtoras poderão pegar esse crédito para financiar obras que se enquadram nesse limite, mas também para moradias mais populares, enquadradas no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que tem limite de R$ 750 mil para grandes centros urbanos.

Com isso, a parcela de financiamento subiu de 70% para 80% para imóveis novos e de 60% para 70% no caso dos usados. Essas mudanças também entram em vigor na segunda.

Dentro do pacote para as construtoras, a Caixa vai facilitar o acesso ao crédito para as empresas. Será possível contratar a operação tanto para a construção - desde que 20% das unidades estejam vendidas, o que cobriria o custo da obra - quanto para financiar potenciais compradores (neste caso, bastará que 80% do empreendimento esteja concluído).


As empresas brasileiras que podem virar “anjos caídos”





S&P revela quais companhias correm o risco de perder grau de investimento 

Da Redação
redacao@amanha.com.br


Mais candidatos à zona de rebaixamento do que ao título. Se o relatório da Standard & Poor's (S&P) sobre as empresas brasileiras com grau de investimento fosse um torneio de futebol, esta seria a realidade. No país, existem mais companhias com chances de perder o selo de bom pagador do que de ganhá-lo. 

Na análise da S&P, 11 das 83 corporações da América Latina com grau de investimento correm o risco de perder este status. Deste grupo, chamado de “potencial fallen angels” (ou “potenciais anjos caídos”, em português), oito são brasileiras: Gerdau, Braskem, Aché Laboratórios, Vale, Globo Comunicações, Raízen e Natura. Segundo a agência de classificação de risco, a maioria destas empresas será rebaixada a grau especulativo caso o rating do Brasil seja diminuído a “BB-” em moeda estrangeira.  Em setembro passado, S&P retirou o selo de bom pagador do país e o rebaixou ao índice “BB+”. Para a Gerdau (foto), o potencial de perda do grau de investimento é ainda acentuado pelos baixos preços de minério de ferro e de cobre.

Na ponta oposta, somente quatro companhias latino-americanas são consideradas potenciais candidatas a ganhar o grau de investidor. Entre as “rising stars”, (estrelas em ascensão, em português), a Hypermarcas é a única representante brasileira. Porém, mesmo com desempenho financeiro promissor, a farmacêutica também terá sua chance de upgrade minada caso o rating do Brasil seja novamente rebaixado, de acordo com o relatório da agência.

O número de empresas com grau de investimento na América Latina caiu 27% entre 2015 e este ano. 

Na avaliação da S&P, o grupo se tornou mais exclusivo devido à crise brasileira e à queda de preços das commodities. As companhias com alta exposição ao setor público, como concessionárias de serviço de utilidade pública e empresas de infraestrutura, além daquelas dos setores de petróleo e gás e de siderurgia e mineração, foram as que mais perderam grau de investimento no período de um ano.


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