terça-feira, 13 de setembro de 2016

Nunca se cogitou aumentar jornada de trabalho, diz ministro






Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados
Ronaldo Nogueira, novo ministro do Trabalho de Michel Temer
Ronaldo Nogueira: a jornada de trabalho de 44 horas semanais também não será alterada, disse o ministério


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reforçou hoje (13) que a jornada de trabalho não será aumentada na Reforma Trabalhista, em estudo pelo governo. O ministro participou, em Brasília, das comemorações dos 50 anos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Temos 39 milhões de contratos formais de trabalho de brasileiros que cumprem sua jornada de trabalho. Jornada de trabalho que nunca se cogitou aumentar”, disse o ministro.

No último dia 8, o ministro gerou polêmica ao dizer que a reforma formalizaria a jornada diária de até 12 horas. No dia seguinte, o Ministério do Trabalho divulgou uma nota para explicar que não haverá aumento da jornada diária de oito horas de trabalho.

A jornada de trabalho de 44 horas semanais também não será alterada, disse o ministério.

De acordo com o ministério, o que está em estudo é a possibilidade de permitir que convenções coletivas ajustem a forma de cumprimento da jornada de 44 horas semanais da maneira que seja mais vantajosa ao trabalhador.

O objetivo da medida é dar segurança jurídica às jornadas que ainda não são reconhecidas formalmente. Como exemplo, a nota cita a escala de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso e o cumprimento da jornada semanal de 44 horas semanais em cinco dias da semana.

50 anos do FGTS


O FGTS completou 50 anos com R$ 498 bilhões em ativos. Segundo a Caixa Econômica Federal, nesse período, mais de R$ 426 bilhões foram aplicados em obras de moradias populares, rodovias, portos, hidrovias, aeroportos, ferrovias, energia renovável e saneamento básico.

Os investimentos a serem aplicados, até 2019, em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, ultrapassam R$ 218 bilhões, conforme orçamento aprovado pelo Conselho Curador do FGTS.

Criado no dia 13 de setembro de 1966, o FGTS funciona como uma poupança paga pelo empregador em nome do empregado, equivalente a 8% da remuneração, sem descontar do salário do trabalhador. 

Desde sua criação, já foram realizados mais de 702 milhões de saques das contas vinculadas totalizando mais de R$ 890 bilhões injetados na economia brasileira.

Para celebrara a data, foi lançado hoje um selo comemorativo dos Correios, bilhete especial da loteria, além da premiação de concurso de monografias sobre o FGTS.

Rentabilidade do FGTS


Após o evento de comemoração, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que é especulação a possibilidade de mudança na rentabilidade do FGTS.

“Se comenta na imprensa. Não existe estudo com relação a essa mudança. Com certeza se houver hoje um aumento da remuneração do Fundo de Garantia para o Trabalhador haverá, como consequência, aumento das taxas de juros nos investimentos na habitação, nos investimentos na infraestrutura. É necessário que tenhamos o devido cuidado por conta do equilíbrio entre aquilo que se remunera na conta do fundo de garantia e daquilo que se aplica como investimentos”, argumentou.

“Se houver uma nova forma de remuneração a partir de um determinado momento, sem desequilibrar aquilo que já foi feito, acredito que é possível também. Mas isso é apenas especulação. Ao menos na Caixa Econômica a gente não foi chamado para, em nenhum momento, haver essa discussão”, acrescentou.

Occhi falou ainda em “melhoria” da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano. 

“Acho que vamos buscar é um equilíbrio da melhoria também da taxa de juros, Selic. Isso é uma meta do governo federal, do presidente Temer, do presidente do Banco Central [Ilan Goldfajn] de buscar a redução da taxa de juros, da sociedade brasileira como um todo”, disse.


Concessões iniciais incluem aeroportos e campos de petróleo







Paulo Pinto / Fotos Públicas
Passageiros caminham pelo Aeroporto de Guarulhos (SP)
Aeroporto: os primeiros projetos a sair do papel deverão ser as concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza



Brasília - O governo federal divulgou hoje (13) a lista dos primeiros projetos que serão concedidos à iniciativa privada, por meio do programa Crescer.

Os integrantes do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) estão reunidos neste momento, no Palácio do Planalto, para definir as prioridades de concessões na área de infraestrutura, mudanças regulatórias e venda de ativos.

Os primeiros projetos a sair do papel deverão ser as concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza, que terão edital publicado no quarto trimestre deste ano e leilão no primeiro trimestre do ano que vem.

Também está previsto para este ano o edital para a concessão dos terminais de combustíveis de Santarém (PA) e do terminal de trigo do Rio de Janeiro.

Já para o ano que vem, devem ser lançados os editais de cinco trechos rodoviários, entre eles as BRs 364 e 365, entre Goiás e Minas Gerais; as BRs-101, 116, 290 e 386, no Rio Grande do Sul.

Também estão na lista de concessões para o ano que vem a ferrovia Norte-Sul, que passará por São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Tocantins, a chamada Ferrogrão, que integrará o Mato Grosso e o Pará e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Baia.

Ainda neste ano deve ser lançado o edital da quarta rodada de licitações de campos marginais de petróleo e gás natural, sob o regime de concessão.

No ano que vem está prevista a 14ª rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás natural sob o regime de concessão e a segunda rodada de licitações sob o regime de partilha de produção, todos para o ano que vem.

Na área de energia, também está prevista a venda de ativos da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, e a privatização da Amazonas Distribuidora de Energia, da Boa Vista Energia, da Companhia de Eletricidade do Acre, da Companhia Energética de Alagoas, da Companhia Energética do Piauí e das Centrais. Elétricas de Rondônia.
 

Projeto Crescer


O governo estabeleceu algumas mudanças para a concessão de projetos à iniciativa privada. A partir de agora, os editais de concessão só serão lançados depois de passar pelo debate público e obter o aval do Tribunal de Contas da União (TCU).

Outra mudança é que os editais serão publicados em português e inglês, para atrair investidores estrangeiros. O prazo mínimo do edital vai aumentar para cem dias, para permitir que um número maior de investidores se prepare para participar das concessões.

Segundo o governo, o projeto Crescer tem como objetivo oferecer à iniciativa privada projetos técnica e economicamente factíveis, elaborados para melhorar a qualidade do serviço prestado.
Também é objetivo do programa a geração de empregos e a retomada do crescimento econômico.

O Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos é composto pelo presidente Michel Temer; pelo secretário-executivo do PPI, Moreira Franco; pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; do Planejamento, Dyogo Oliveira; da Fazenda, Henrique Meirelles; dos Transportes, Maurício Quintela; de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho; do Meio Ambiente, José Sarney Filho; e pelos presidentes da Caixa, Gilberto Occhi; do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli; e do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques.


Líderes com mão de ferro ameaçam comércio mundial, diz FMI





Nicholas Kamm/AFP
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde participa de coletiva de imprensa, em Washington, DC
Christine Lagarde: "As recentes notícias sobre negociações comerciais multilaterais têm sido bastante desalentadoras" 

Da AFP


A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta terça-feira que os políticos que fazem campanhas com promessas de protecionismo e barreiras econômicas ameaçam o comércio mundial.

"Há um risco crescente de políticos que buscam um posto com a promessa de 'mão de ferro' com os parceiros de comércio exterior através de tarifas punitivas ou de outras restrições ao intercâmbio (comercial)", disse Lagarde.

Tanto o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump como sua rival democrata Hillary Clinton já anunciaram sua oposição ao acordo de livre-comércio transpacífico (TPP) assinado por Obama e que precisa ser ratificado pelo Congresso.

Trump propôs taxar as mercadorias chinesas e denunciou o acordo de livre-comércio dos Estados Unidos com México e Canadá.

Sem mencionar um político em particular, Lagarde descreveu um clima adverso para o comércio e lembrou que a taxa de crescimento do comércio mundial se mantém em 2%.

"As recentes notícias sobre negociações comerciais multilaterais têm sido bastante desalentadoras", disse Lagarde.

Ela acrescentou que as reformas comerciais poderiam ganhar impulso "se seus benefícios forem adequadamente explicados".

O comércio, disse, gera mais indústrias competitivas, mais inovação e preços mais baixos para os consumidores.

Temer fala em “abertura extraordinária” à iniciativa privada




Ueslei Marcelino / Reuters
Michel Temer em reunião em Brasília
Temer: segundo ele, sob o comando do secretário Executivo do PPI, Moreira Franco, foram feitos estudos condizentes para promover a abertura


Brasília - O presidente Michel Temer disse hoje (13) que, por meio das concessões que estão sendo objeto de estudo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), o governo brasileiro fará “uma abertura extraordinária” da infraestrutura brasileira à iniciativa privada.

A declaração foi feita durante a primeira reunião do PPI, iniciada há pouco no Palácio do Planalto.

“Esta é uma primeira reunião em que se farão avaliações para verificar quais os atos normativos que logo serão produzidos.Aos poucos, na medida em que haja consenso vamos produzindo esses atos”, disse Temer durante a abertura da reunião.
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Segundo ele, sob o comando do secretário Executivo do PPI, Moreira Franco, foram feitos estudos condizentes para promover uma "abertura extraordinária à iniciativa privada”.

“Vamos cada vez mais ressaltar que o poder público não pode fazer tudo. Tem de ter a presença da iniciativa privada como agente indutor do desenvolvimento e produtor de empregos no país”, completou.

Temer lembrou que nas décadas de 1960 e 1970 a administração era exclusivamente centralizada até que o Estado viu a necessidade de descentralização, criando as autarquias.

Em seguida, lembrou Temer, vieram as empresas públicos e sociedades de economia mista, para trazer regras da iniciativa privada para a atividade pública.

"Quer dizer, todo o capítulo da intervenção do Estado e do domínio econômico pouco a pouco foi revelando a necessidade de participação cada vez maior da atividade privada”, argumentou o presidente.

“Até que, num dado momento, chegou-se à conclusão que nós deveríamos transferir em definitivo: ou desestatizando – o que é uma hipótese – ou fazendo com que os serviços públicos fossem concedidos ou autorizados.

Por essa razão a Constituição de 88 abriu expressamente a oportunidade para as concessões. Ora, é preciso dar execução a esse dispositivo constitucional”, acrescentou.

Os integrantes do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos estão reunidos neste momento no Palácio do Planalto, para definir as prioridades de concessões na área de infraestrutura, mudanças regulatórias e venda de ativos.

São 25 projetos nas áreas de transportes, energia e saneamento. De acordo com Moreira Franco, o PPI está sendo desenvolvido com o esforço de ministérios e agências em uma força tarefa que tem "o objetivo de destravar o processo de concessão e de melhoria da infraestrutura brasileira".

ANTIAMERICANISMO PATOLÓGICO: 15 ANOS DO ATENTADO QUE CHOCOU O MUNDO CIVILIZADO


blog

por Rodrigo Constantino. Artigo publicado em
(Publicado originalmente em rodrigoconstantino.com, em 11/09)


11 de setembro de 2016: 15 anos do atentado terrível que chocou o mundo civilizado, mas levou ao orgasmo os doentes mentais que alimentam um antiamericanismo patológico. Em homenagem a todos que morreram naquele dia terrível, segue um texto meu antigo sobre essa patologia que assola tantos “intelectuais” e artistas engajados na América Latina: Antiamericanismo patológico

“Para os latino-americanos é um escândalo insuportável que um punhado de anglo-saxãos, chegados ao hemisfério muito depois dos espanhóis, tenham se tornado a primeira potência do mundo”. (Carlos Rangel)

O povo brasileiro, segundo algumas pesquisas apontam, é um dos que têm maior sentimento negativo em relação aos Estados Unidos. A grande causa, creio, está na ignorância alimentada pela inveja. A falta de conhecimento acerca de inúmeros fatos, junto com décadas de lavagem cerebral ideológica, transformou a nação do norte num demônio, assim como no perfeito bode expiatório para nossos problemas.

Não será meu objetivo aqui esgotar o assunto, pois seria necessário, para tanto, um livro inteiro. Sugiro então a leitura de A Obsessão Antiamericana, do francês Jean-François Revel. Ou, para quem preferir um estilo mais irônico, Manual do Perfeito Idiota Latinoamericano, o qual tem, entre os autores, Álvaro Vargas Llosa. Nesse artigo irei tratar do tema de forma sucinta.

Uma das principais acusações contra os Estados Unidos diz respeito ao seu poderio militar e seu aspecto belicoso. Muitos chegam ao absurdo de afirmar que é o poder americano que representa a maior ameaça à paz mundial, não a corrida armamentista de Irã, Coreia do Norte ou China. Chamam o país de “império”, e acham que sua força inigualável gera instabilidade no mundo. Não param para refletir que, mesmo com tanto poder, os Estados Unidos jamais foram conquistadores.

Ignoram que entraram em várias guerras apenas de forma reativa, defendendo sempre o lado correto. Até mesmo a mais fracassada de todas as guerras, com o Vietnã, costuma gerar muito calor nos debates, mas pouca luz. Esquecem o contexto, e ignoram que o regime de Ho Chi Min, depois da partida americana, matou em poucos anos cerca de três vezes mais que as duas décadas de guerra com os Estados Unidos.

Não citam Camboja, que não teve intervenção americana, e por isso mesmo viu o Khmer Vermelho, do comunista Pol-Pot, trucidar algo como 30% de sua população. Não pensam que a ajuda americana na Coreia foi o que possibilitou a sulista ser próspera e livre hoje, e não como sua irmã do norte. Mas ainda tem gente que pensa que o mundo seria mais calmo se o Irã tivesse o mesmo poder bélico dos Estados Unidos.

Durante a Guerra Fria, havia uma divisão mais igual de forças, com o império soviético dividindo com os Estados Unidos a hegemonia. Alguém por acaso acha que o mundo era mais seguro? A hegemonia unilateral dos americanos hoje é bem mais tranquilizadora que a situação anterior, com um império maligno, que objetivava a exportação do terror mundo afora, ameaçando a paz e a liberdade dos povos.

Graças ao poder americano o mundo não caiu nas garras comunistas. Não fossem os americanos e seu poder bélico, talvez boa parte do mundo hoje falasse russo e obedeceria a uma nomenklatura ditatorial, com os dissidentes jogados num campo de concentração qualquer da Sibéria. Se Hitler fracassou, devemos isso aos americanos, e se Stalin e seus seguidores também fracassaram, novamente devemos isso ao poder dos americanos. Todos que defendem a liberdade, ou seja, repudiam o nazismo e o socialismo, deveriam agradecer esta força militar americana que hoje tanto condenam, sem reflexão alguma.

Os Estados Unidos nunca conquistaram nações. Foram atacados tanto pelo Japão como pela Alemanha, reagiram, venceram, e garantiram a liberdade nesses países, que hoje desfrutam das maiores economias do globo. Sobre o Islã, é relevante destacar que nas intervenções na Somália, Bósnia ou Kosovo, assim como pressões sobre o governo macedônio, tiveram por objetivo defender as minorias islâmicas. Quem ataca de facto os muçulmanos são os próprios muçulmanos, como no caso do Iraque no Kwait, que foi defendido pelos americanos, ou na Argélia, onde o próprio povo que se massacra sozinho.

Como que tamanha contradição pode passar despercebida? Em 1956, foram os americanos que detiveram a ofensiva militar anglo-francesa-israelense contra o Egito, na chamada “Expedição Suez”. 

Nada disso é relevante para os povos obstinados e imbuídos de fé cega, assim como pesada lavagem cerebral de seus líderes, que utilizam os Estados Unidos como perfeito bode expiatório para justificar suas atrocidades domésticas.

Há muito mais o que se falar no campo militar, mas podemos partir para o caso econômico também. 

Os Estados Unidos são acusados de exploradores comerciais, mas ignoram que o país possui um déficit com praticamente todas as demais nações. São mais de US$ 700 bilhões importados todo ano a mais do que exportam. Em outras palavras, os consumidores americanos garantem o emprego de milhões de pessoas mundo afora, e ainda são acusados de exploradores e “consumistas”. Dependem do consumo dos americanos, mas vivem condenando-o.

Criticam o embargo a Cuba, esquecendo que este país apontou mísseis para a Flórida e tomou na marra as empresas americanas na ilha, sem notar ainda a contradição de que culpam a ausência do comércio com os Estados Unidos pelos males do país comunista ao mesmo tempo que culpam o comércio pela pobreza de outros países. É preciso decidir se ser parceiro comercial dos americanos é solução para a miséria ou exploração que leva à miséria!

Enfim, a lista de acusações infundadas seria infindável. Claro que existe muito o que se criticar nos Estados Unidos, não há dúvida. Mas está muito evidente que estas pessoas não estão utilizando a razão para tanto. Não são críticas racionais, mas sim passionais, totalmente desprovidas de lógica. 

Não é razoável alguém bradar contra os Estados Unidos ao lado de Chávez, por exemplo. Não há um pingo de lógica em alguém que justifica um Bin Laden, achando causas para seu terrorismo nos próprios Estados Unidos, por exemplo.

Na verdade, esse antiamericanismo, em grau impressionante no Brasil, é totalmente patológico. É uma doença mesmo, fruto de uma inveja indomável. Certas pessoas jamais irão perdoar o fato desses “broncos” americanos terem criado em poucos séculos a nação mais próspera do mundo, com base em ampla liberdade individual. Não vão perdoar também o fato deles não terem deixado os soviéticos acabarem com a liberdade no mundo. A patologia é tanta, em alguns casos, que gostariam que a Al Qaeda conseguisse aquilo que os comunistas não conseguiram: a destruição dos americanos. Caso para a psiquiatria mesmo…
 


Conselho da Monsanto deve decidir sobre venda para Bayer





John Macdougall/AFP
Sede da Bayer, em Berlim
Bayer: o conselho supervisor da Bayer também espera analisar o acordo, na quarta-feira
 
Da REUTERS


Frankfurt / Nova York - O Conselho de Administração da gigante norte-americana do setor de sementes Monsanto deverá reunir-se nesta terça-feira para decidir se aprova a venda da companhia para a alemã Bayer por mais de 65 bilhões de dólares, após mais de quatro meses de negociações, disseram fontes com conhecimento do assunto.

O acordo deverá avaliar a Monsanto um pouco acima da proposta melhorada de 127,5 dólares por ação feita pela Bayer na semana passada, disseram as fontes à Reuters.
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O conselho supervisor da Bayer também espera analisar o acordo, na quarta-feira, e ainda é possível que surjam entraves com o conselho de alguma das duas companhias, alertaram as fontes.

As fontes pediram anonimato porque as discussões são confidenciais. A Bayer e a Monsanto não quiseram contentar.


Petrobras quer adotar "modelo Ambev" de gestão



Adriano Machado / Reuters
Pedro Parente, novo presidente da Petrobras, dia 19/05/2016
Pedro Parente: a base da nova gestão, presente já no plano estratégico, será o conceito de orçamento base zero 

Antonio Pita e Fernanda Nunes, do Estadão Conteúdo


Rio de Janeiro - Pedro Parente mira na Ambev para projetar o que será a Petrobras depois de virada a página da sua maior crise. O modelo de gestão da gigante multinacional de bebidas está na base das metas e planos de ação que a petroleira adotará nos próximos cinco anos.

As diretrizes do novo plano de negócios, antecipadas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 11, serão discutidas pelo conselho de administração da petroleira na próxima segunda-feira, segundo comunicado da estatal divulgado na última segunda-feira, 12.

A base da nova gestão, presente já no plano estratégico, será o conceito de orçamento base zero, um modelo adotado no País desde a década de 50.

A ideia é desconsiderar o histórico orçamentário e de receitas, para redefinir a cada ano os projetos e investimentos prioritários. O objetivo é buscar melhor eficiência de gastos e evitar orçamentos inflados em projetos desvinculados das prioridades da empresa.

"Metodologia é uma coisa muito importante. A Petrobras tinha planos estratégico e anual diferentes. 

Não era uma maneira boa, só por coincidência o plano anual perseguia os objetivos estratégicos. 

Agora, não tem hipótese de inconsistência", afirmou Pedro Parente, na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

A gestão será a marca de Parente nos próximos dois anos em que planeja estar à frente da Petrobras.

Para tanto, o executivo trouxe à diretoria executiva o ex-presidente da BG no País Nelson Silva, para quem foi criado o cargo de diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão.
 

Modelo


Assim como Jorge Paulo Lemann nos anos 90, o presidente da estatal aposta na cartilha do guru brasileiro da meritocracia, Vicente Falconi, para desenhar a nova petroleira, saneada em até cinco anos.

As bases da estratégia podem ser resumidas em quatro letras: PDCA - iniciais em inglês das palavras planejamento, execução, acompanhamento e padronização.

A fórmula criada por Falconi na década de 80 já foi replicada em 5,9 mil projetos liderados pela sua consultoria em empresas de diferentes segmentos, da mineração ao varejo. O método consiste em estabelecer metas mensais para os empregados - e não para a empresa.

Além das duas metas principais da companhia, financeira e de segurança operacional, cada nível hierárquico terá objetivos específicos.

"Vamos ter acompanhamento do cumprimento de metas com reuniões trimestrais nos diversos níveis da companhia chegando até a diretoria executiva", explicou Parente.

Na segunda-feira, após a confirmação da divulgação do plano de negócios na próxima semana, as ações da petroleira subiram 3,26% (PN) e 3,42% (ON), influenciada por bons resultados de bolsas estrangeiras e pelos resultados da produção no mês de agosto. Em relatório, o banco UBS indicou que o cenário para a estatal é "positivo".

"Nossa recomendação segue a crença de que mais valor pode ser desbloqueado com mudanças regulatórias no curto e médio prazos e com a tendência positiva dos preços do petróleo", informa o documento distribuído a clientes.

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.