quinta-feira, 6 de outubro de 2016

TCU condena Guido Mantega e Arno Augustin por "pedaladas fiscais"

Guido Mantega deve se afastar da vida pública por cinco anos.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin foram multados em R$ 54 mil por causa dos atrasos no repasses a bancos públicos de valores destinados ao pagamento de benefícios de programas sociais — prática apelidada de "pedaladas fiscais", um dos argumentos que levou ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5/10) pelo Tribunal de Contas da União, que também os proibiu de exercer cargos comissionados e funções de confiança. Arno Augustin deverá se afastar de funções públicas por oito anos, enquanto Mantega ficará inabilitado por cinco anos.

O TCU também multou em R$ 30 mil ex-presidentes de instituições: Alexandre Tombini (Banco Central), Jorge Hereda (Caixa Econômica Federal), Aldemir Bendine (Banco do Brasil) e Luciano Coutinho (BNDES).

Foram multados ainda em R$ 30 mil o ex-chefe do Departamento Econômico do Banco Central Tulio Maciel e o ex-subsecretário de Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional Marcus Pereira Aucélio. Todos ainda podem recorrer.

O relator do caso no TCU, ministro José Múcio, afastou qualquer sanção a outras nove pessoas que prestaram esclarecimentos, como dois ex-ministros da Fazenda interinos — Nelson Barbosa e Dyogo Oliveira, que hoje é ministro do Planejamento. Também estão na lista os ex-ministros Manoel Dias (Trabalho), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) e Gilberto Occhi (Cidades), hoje presidente da Caixa.

Em abril do ano passado, o TCU convocou 17 integrantes da equipe econômica do primeiro mandato da ex-presidente Dilma para explicarem as "pedaladas". Para o tribunal de contas, o governo violou a Lei de Responsabilidade Fiscal em 2013 e 2014 ao deixar de repassar valores a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios.

Os procedimentos faziam com que, na prática, os bancos públicos emprestassem os valores à União, o que é vedado pela legislação. Para o ministro José Múcio, Mantega e Augustin foram os principais responsáveis pelas operações de crédito.


Carne e osso
 

“As transações não constituem simples atrasos financeiros, e seus efeitos não são meramente uma questão contábil. Pelo contrário, as dificuldades enfrentadas pelo governo federal em 2015 para o pagamento das dívidas relacionadas aos empréstimos mostram que elas são de carne e osso e podem causar impacto nas finanças federais e no desempenho econômico do país”, disse o relator.

Ele afirmou ainda que as operações foram consideradas graves o suficiente para fundamentar decisão do TCU para a rejeição das contas do governo de 2014. Múcio também argumentou que o Banco Central foi omisso em não registrar os passivos da União nas estatísticas fiscais.

De acordo com o relator, o fato de Tombini não ser o responsável direto pelos registros não o isenta de culpa. “Não é plausível conceber que seria difícil ao presidente o controle e acompanhamento da apuração das estatísticas fiscais. Não poderia o dirigente máximo da instituição ficar alheio às falhas e omissões observada nessas estatísticas.”

A defesa de Guido Mantega e Arno Augustin disse que houve uma mudança no entendimento do TCU sobre a operação e pediu que o tribunal não considere de forma retroativa a interpretação de que o atraso no pagamento seja considerado como operação de crédito. Alexandre Tombini alegou que não poderia ser responsabilizado, pois o Banco Central não foi responsável pelas "pedaladas" e foi o órgão que comunicou a prática às instâncias administrativas competentes.

Na manhã desta quarta-feira (5/10), os ministros já tinham atendido, por unanimidade, recomendação ao Congresso Nacional pela rejeição das contas de Dilma Rousseff. 

Com informações da Agência Brasil.

 http://www.conjur.com.br/2016-out-05/tcu-condena-guido-mantega-arno-augustin-pedaladas-fiscais


Sorvetes Rochinha é vendida a grupo de empresários




Daniela Barbosa/Exame.com
Processo de produção dos sorvetes Rochinha
Rochinha: novos donos prometem manter as receitas e querem ter 1.500 pontos de venda até o ano que vem 


 
 
São Paulo - A Sorvetes Rochinha, tradicional no litoral norte de São Paulo, não pertence mais à família Lopes, sua fundadora.

A empresa acaba de ser 100% vendida à H&M Participações, grupo que já a administrava desde 
2014, quando ela iniciou o processo de profissionalização da marca.

O valor da transação não foi divulgado.

A Rochinha foi criada em 1981 e ganhou fama com seus picolés de fruta. A companhia tem lojas no litoral norte e também na capital paulista e uma fábrica em São José dos Campos, interior do estado.

Os novos donos prometem manter o processo de fabricação e as receitas originais dos sorvetes, "feitos com fruta de verdade", bem como os vendedores e distribuidores atuais.

A H&M Participações pertence a um grupo de empresários que, originalmente, atuam no ramo de aluguel de imóveis próprios.

A companhia quer acelerar a expansão da marca por meio de franquias e “microfranquias”. A ideia é chegar a 1.500 pontos de venda até o final do ano que vem.

Ela promete quatro novas lojas franqueadas ainda neste ano – duas delas serão abertas em Campinas e no condomínio Alphaville no próximo mês. Para 2017,  dez novas unidades estão previstas.

Hoje, a Rochinha já tem três franquias (em São Paulo, Ilhabela e Ubatuba).

Já as recém-lançadas "microfranquias" são negócios de até 60.000 reais, exclusivos para shoppings, condomínios empresariais e galerias.


Magnesita sobe 20% após anúncio de fusão com austríaca































 
 

Petrobras negocia venda de campos a australiana Karoon Gas




.
bacia-de-campos1karoon-jpg.jpg
Bacia de Campos: transação faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras
Da REUTERS



São Paulo - A Petrobras informou nesta quinta-feira que está em negociação com a Karoon Gas Australia para a venda de participação nos campos de Baúna e Tartaruga Verde, nas bacias de Santos e de Campos, respectivamente, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

A transação faz parte do plano 2015-16 de desinvestimentos da petroleira, que tem buscado vender ativos para reduzir sua enorme dívida, com foco principalmente na negociação de empreendimentos que ainda demandarão muitos recursos, o que é o caso de Tartaruga Verde.
Publicidade

A Petrobras afirmou que a potencial transação envolveria a venda de 100 por cento do campo de Baúna, localizado em lâmina d'água rasa no pós-sal da Bacia de Santos, e de 50 por cento de Tartaruga Verde, no pós-sal da Bacia de Campos, em lâmina d'água profunda.

Atualmente, a Karoon já detém cinco concessões de exploração e produção no Brasil, segundo o comunicado.

O campo de Baúna está em operação desde fevereiro de 2013 e produz atualmente cerca de 45 mil barris por dia.

Já Tartaruga Verde encontra-se "em estágio inicial de desenvolvimento, com investimentos relevantes ainda a serem realizados", mas a Petrobras disse que continuará como operadora do campo.

A estatal tem afirmado que os desinvestimentos e parcerias previstos em seu plano de negócios poderão alavancar maiores investimentos no Brasil, ao atrair novas empresas que poderiam aplicar mais de 40 bilhões de dólares no setor de petróleo nos próximos dez anos.

O movimento da estatal tem gerado otimismo no segmento, que tem se mostrado animado com a perspectiva de mudanças relevantes na legislação após a mudança de governo no Brasil, onde a presidente Dilma Rousseff foi afastada após processo de impeachment e deu lugar a seu vice, Michel Temer, que passou a ocupar definitivamente a Presidência no final de agosto.

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira o texto base de um projeto que desobriga a Petrobras de ser operadora exclusiva de áreas do pré-sal sob o regime de partilha, e o Ministério de Minas e Energia tem discutido com o setor produtivo aperfeiçoamentos nas regras de conteúdo local.



Shoppings com Diferencias Mantém Crescimento

Fluxo de Client Fluxo de Clientes

 O setor ainda convive com a queda, porém, os modelos grandes e com diferencial competitivo cresceram em setembro, com alta de 2,8% no Iflux, índice que mede o fluxo nos shoppings. Esse grupo, que hoje representam 1/3 do mercado, é classificado pelo IBOPE Inteligência como "dominantes em seus mercados", com mais de 45 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) e mais de 4 anos de operação. "A resiliência destes shoppings aos efeitos da atual crise econômica mostra claramente a importância de desenvolver estratégias de posicionamento de mercado efetivas, baseadas em informação qualificada e diagnósticos precisos", diz a diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência, Márcia Sola.

 
Secundários
 
 
   Esses shoppings ganharam destaque após o setor registrar uma registrou queda de 3,5% no movimento em setembro em relação ao mesmo mês de 2015, sendo o terceiro mês de queda consecutiva e o segundo pior resultado do ano, atrás apenas de abril (-3,7%). Em números absolutos, foram menos 7,5 milhões de visitas aos shoppings do país. No entanto, a queda foi provocada pelos pelos shoppings secundários (classificados pelo IBOPE como shoppings sem posicionamento ou diferencial competitivo no mercado onde atuam) e aqueles que atendem um perfil de consumidor menos qualificado, concentrados nas classes B2C1.
 
 
 http://www.gironews.com/redes-shopping/fluxo-de-clientes-39604/

O mundo encantando da sombra da vida


Criatividade, absurdo e encantamento são pilares nas criações de um 'psicólogo-artista'
Por Tiago Bosco 



Um observador atento do "aspecto emocional dos humanos e das cores da vida". Este é Ciryl Rolando, um psicólogo clínico francês,que faz da mente humana o seu objeto de estudo. Mas ele vai mais longe: dá novo corpo a cada sentimento. E faz através de ilustrações digitais, onde o papel é o monitor de um computador.

Quando este psicólogo francês deixa a veia artística expressar-se, o seu nome passa a ser Aquasixio (http://aquasixio.deviantart.com). É asim que assina as obras em que nos mostra um mundo transcendental com raízes no trabalho de Tim Burton e de Hayao Miyazaki.

"Gosto do movimento surrealista, especialmente do trabalho de Boris Vian", conta o psicólogo-artista. Todas as ilustrações de Aquasixio tem três pilares: a criatividade, o absurdo e o encantamento. Tudo isto cheio de cores, mas não de tons muito fortes.

"A sombra da vida é mais inspiradora que as pessoas felizes e seguras", afirma. 

Confira abaixo algumas ilustrações de Ciryl Rolando.

 
Save. Our. Souls" 
(Salve as nossas almas)


 
"Raw ambition" 
(Ambição bruta)


 
"A Painting As a Door" 
(Um quadro como uma porta)


"The Glimmers of Aurora" 
(O lampejar da aurora)


 
"Rage" 
(Fúria)


Panvel, maior rede de farmácias do Sul, avança e chega a SP





Fernando Scheller, doEstadão Conteúdo

25 - Panvel Farmácias
Panvel: para se diferenciar dos concorrentes, a rede aposta na venda de produtos de higiene e beleza


São Paulo - Criada há 43 anos a partir da união de dois negócios familiares do Rio Grande do Sul - a Panitz e a Velgos -, a rede de farmácias Panvel vai colocar os pés em São Paulo na semana que vem.
O grupo, que fatura R$ 2 bilhões por ano, vai usar a loja - que terá 370 metros quadrados de área - para planejar a expansão no Estado, que deverá ganhar velocidade a partir de 2018.
Apesar de ter mais de quatro décadas de tradição, sem contar a história das empresas que lhe deram origem, a Panvel só começou a crescer de forma expressiva fora de terras gaúchas a partir de 2010.
Hoje, tem 370 lojas na Região Sul, sendo 260 no Rio Grande do Sul, 50 em Santa Catarina e 60 no Paraná. Geralmente, a expansão começa pelas maiores cidades dos Estados e depois se estende aos principais polos regionais.
A Panvel faz parte do grupo Dimed, que é controlado por três famílias - Mottin, Weber e Pizzatto. Do total de receitas, 82% se concentram na rede de varejo, enquanto os 18% restantes são provenientes da distribuição de medicamentos.
O grupo ainda é dono de um laboratório que fabrica itens de higiene e beleza e fornece não só para a Panvel, mas também para terceiros, incluindo a Lojas Renner. A Panvel tem capital aberto na BM&FBovespa desde meados da década de 1980.
Segundo o presidente do grupo Dimed, Julio Ricardo Mottin Neto, a meta para 2017 é colocar o pé no acelerador quando o assunto é a abertura de lojas. Estão previstas 50 novas unidades para o ano que vem, contra as 38 de 2016.
O executivo diz que a empresa evitou investimentos exagerados nos tempos de bonança da economia e, por isso, tem condições agora aproveitar oportunidades trazidas pela crise. Neste ano, segundo ele, o crescimento nas vendas está na ordem de 16,5%, apesar da economia estar em recessão.
A entrada da Panvel no mercado de São Paulo é consequência da longa relação da rede com o Grupo Zaffari, que recentemente abriu um hipermercado no Shopping Morumbi Town, empreendimento recentemente inaugurado na Avenida Giovani Gronchi, na zona sul da capital.
"No Rio Grande do Sul, temos Panvel em todos os shoppings Bourbon. Esse relacionamento de longo prazo ajudou agora na nossa entrada no mercado paulista", diz Mottin. O investimento total na loja do Morumbi Town foi de R$ 1,2 milhão.
Para se diferenciar de concorrentes de maior porte muito bem estabelecidas em São Paulo - só a Raia Drogasil tem quase 800 lojas no Estado -, a Panvel tem a seu favor, segundo Mottin, o bom trabalho na área de higiene e beleza.
Hoje, o segmento responde por 35% das vendas da Panvel, quase o dobro da média do setor. Na líder Raia Drogasil, esse indicador gira entre 26% e 28%.

Consolidação

Embora o executivo da Dimed afirme que a Panvel não tem interesse em participar de um movimento de fusão ou aquisição, analistas que acompanham o mercado de varejo de medicamentos afirmam que as redes médias deverão passar por um processo de consolidação no longo prazo.
"Nós acreditamos que o mercado de varejo de medicamentos no Brasil será mais concentrado e vemos menos oportunidades para as redes de médio porte sobreviverem", aponta relatório do banco Brasil Plural sobre o setor, divulgado em setembro.
O banco ressalta que, embora a fatia de mercado dos dez maiores varejistas de medicamentos não tenha mudado muito nos últimos anos - mantendo-se ao redor de 41% -, a participação das redes independentes caiu de 33,7% para 29,6% somente nos últimos quatro anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.