terça-feira, 1 de novembro de 2016

Justiça de SP aprova plano de recuperação da OAS


O julgamento da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu parcialmente dois pedidos pontuais dos agravantes,




São Paulo – O grupo OAS informou nesta segunda-feira que a Justiça de São Paulo aprovou o plano de recuperação judicial da companhia após julgar nesta sessão os 19 agravos movidos por credores contra a proposta do grupo de engenharia.

De acordo com a companhia, o julgamento da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu parcialmente dois pedidos pontuais dos agravantes, mas preservou a essência econômica e a estrutura jurídica do plano.

“A decisão do Tribunal de Justiça põe fim às incertezas do processo de recuperação da empresa, pois permite concluir os compromissos pactuados com os credores e destravar o futuro da empresa”, afirmou o diretor financeiro do grupo, Josedir Barreto, na nota enviada à imprensa.

O julgamento havia sido suspenso em 17 de outubro depois que o desembargador Fábio Guidi Tabosa Pessoa pediu vista.

O plano de recuperação da OAS foi aprovado em assembleia de credores em dezembro do ano passado.

Segundo a empresa, dos cerca de 3 mil credores, 19 recorreram à Justiça para alterar a repactuação sancionada naquela ocasião, sob o argumento de que as condições de pagamento estipuladas para os credores de mesma classe apresentavam distinções entre si.


Embraer quer cortar US$ 200 milhões em custos até o fim do ano


A maior parte dos cortes, de US$ 100 a US$ 130 milhões, virá da redução da força de trabalho




São Paulo – A Embraer revelou um plano para cortar US$ 200 milhões em custos até o fim do para melhorar as suas margens. A maior parte dos cortes, de US$ 100 a US$ 130 milhões, virá da redução da força de trabalho. Outros US$ 70 milhões virão de outras despesas.

Até agora, 1.600 funcionários, ou quase 8% de sua força de trabalho, já se inscreveram, gerando redução de cerca de US$ 110 milhões nos gastos, afirmou a fabricante de aeronaves.

No entanto, o programa irá custar US$ 118 milhões para ser implementado, em pagamentos e benefícios àqueles que se inscreverem. Para conseguir pagar esse valor no futuro, a Embraer fez provisões no terceiro trimestre desse ano. Esse é um dos custos não recorrentes, ou seja, que não se repetem nos próximos anos, que minaram os resultados da companhia esse trimestre.

Outro gasto dessa natureza foi uma provisão para pagamento de um acordo para encerrar investigações sobre subornos para fechamento de vendas.

Excluindo itens não recorrentes, a empresa teria Ebitda ajustado positivo, de US$ 95 milhões, ao invés dos US$ 29 milhões negativos. A companhia apresentou prejuízo líquido de RS 111,4 milhões no terceiro trimestre do ano.


Entregas e pedidos


As entregas de aeronaves comerciais subiram para 29 em relação a 21 no terceiro trimestre do ano passado. Por outro lado, a Embraer entregou menos jatos executivos, 25 no período em relação a 30 no ano passado.

Ainda que o número de entregas tenha crescido, o nível de pedidos, ou backlog da companhia, encolheu para US$ 21,4 bilhões, em comparação aos US$ 22,8 bilhões um ano antes.

A companhia afirmou que possui um inventário de cerca de US$ 200 milhões em aeronaves que foram fabricadas mas ainda não vendidas. No entanto, ela não irá sacrificar as suas margens de lucro em troca do volume de vendas, afirmou o diretor financeiro José Antonio Filippo.


Suspeitas de suborno


Em investigações internas iniciadas em 2010, a Embraer encontrou evidências de problemas em vendas na Arábia Saudita, Índia, Moçambique e República Dominicana no período de cinco anos até 2011.

Ela era investigada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e Securities and Exchange Comission (SEC), e, no Brasil, pelo Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Esse trimestre, a companhia acertou o pagamento de US$ 206 milhões para autoridades brasileiras e norte-americanas para encerrar o caso de pagamentos de subornos.

O acordo “virou a página” da companhia em relação a essas investigações, afirmou Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da companhia. “A empresa cometeu esse erro anos atrás e é responsável pelas consequências. Mas acreditamos que o caso está acabado e vamos focar nas nossas operações para o futuro”, disse ele.

Ela já havia feito provisões de US$ 200 milhões em julho deste ano. Nesse trimestre, a companhia ainda separou mais US$ 6 milhões em provisões para o pagamento de multas relacionadas ao caso.

A empresa ainda será monitorada por autores independentes pelos próximos três anos. Em relação ao seu programa de compliance, a fabricante de aeronaves afirmou que mais de 20.000 pessoas foram treinadas até o fim de 2015, incluindo funcionários, gerência e parceiros comerciais.
 

Venezuelanos começam a pesar dinheiro ao invés de contar notas

O bolívar, que chegou a ser uma das moedas mais fortes do mundo, agora é um estorvo. Para fazer qualquer compra é preciso levar centenas de notas



No balcão de uma mercearia no leste de Caracas, Humberto González retira as fatias de queijo branco salgado da balança e as substitui por uma pilha de notas de bolívares entregues pelo cliente. A moeda está tão desvalorizada e cada compra exige tantas notas que, em vez de contá-las, ele prefere pesá-las.

“É triste”, diz González. “A esta altura eu acho que o queijo vale mais.”

Esse é também um dos sinais mais claros de que a hiperinflação pode estar tomando conta de um país que se recusa a publicar dados de preços ao consumidor regularmente. Não é em todo lugar que estão pesando o dinheiro, mas isso está se popularizando, o que lembra cenas de alguns dos episódios de hiperinflação mais caóticos do século passado: a Alemanha depois da Primeira Guerra Mundial, a Iugoslávia na década de 1990 e o Zimbábue uma década atrás.

“Quando começam a pesar dinheiro, esse é um sinal de que a inflação está fora de controle”, disse Jesús Casique, diretor financeiro da consultoria Capital Market Finance. “Mas os venezuelanos não sabem exatamente como está a situação porque o governo se recusa a publicar números.”


Mochilas cheias de dinheiro


O bolívar, que chegou a ser uma das moedas mais fortes do mundo, agora é um estorvo. Para fazer qualquer compra é preciso levar centenas de notas. As pessoas colocam pilhas de dinheiro nas mochilas e se aventuram pelas ruas assoladas pelo crime e os lojistas guardam o dinheiro em caixas e gavetas que transbordam. Diante da falta de dados oficiais, os economistas precisam adivinhar qual é a taxa da inflação. As estimativas para este ano vão de 200 por cento a 1.500 por cento.

Até agora, com o bolívar afundando, o governo se recusava a imprimir notas de maior valor. A nota de 100 bolívares – a maior do país – vale menos do que dez centavos de dólar.

No entanto, algumas semanas atrás, o governo solicitou discretamente a cinco empresas que apresentassem ofertas para imprimir bolívares de maior valor – 500, 1.000, 5.000, 10.000 e talvez 20.000 –, segundo uma pessoa com conhecimento direto do pedido.

As notas deveriam estar prontas a tempo para pagar as bonificações do Natal. Normalmente, uma encomenda dessas leva de quatro a seis meses para ser entregue e, por enquanto, nenhuma oferta foi escolhida. A fim de minimizar tempo e custos, o governo está considerando trocar apenas a cor, não o layout, das notas atuais, e acrescentar zeros, disse a pessoa. O banco central disse que não faria comentários.


Pablo Escobar


Enquanto isso, pessoas como Bremmer Rodrigues, 25, gerente de uma padaria no subúrbio de Caracas, não sabem o que fazer com seus sacos de dinheiro. Todos os dias a padaria recebe centenas de milhares de bolívares, que ele esconde pelo escritório até embalá-los para depositar no banco. Ele disse que se alguém o visse, poderia confundi-lo com um traficante.

“Eu me sinto como Pablo Escobar”, disse ele. “É uma montanha de dinheiro, cada dia mais.”


Codesul projeta criar corredores de infraestrutura


A ideia é criar um caderno com cronograma de ações e valores para ser entregue pelos governadores em Brasília

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Governadores do Codesul projetam criar corredores de infraestrutura

Os governadores dos Estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) querem incentivar a formação de grandes corredores rodoviários entre Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A ideia é ligar os quatro Estados, formando um corredor de rodovias federais para melhorar o transporte e o escoamento de produção na região. 

Em reunião nesta segunda-feira (31) no Palácio Iguaçu, em Curitiba, o governador Beto Richa, que preside o Codesul, e os governadores Raimundo Colombo (SC) e José Ivo Sartori (RS) anunciaram que a intenção é identificar esses principais corredores rodoviários e ferroviários e detectar quais os pontos (regiões) necessitam de investimentos federais na infraestrutura. 

“Esse encontro foi importante para afinarmos o discurso e nos unir em torno de mudanças que protejam o interesse dos Estados”, declarou Richa. “O foco é a ampliação do porcentual de investimentos em infraestrutura no orçamento federal. Com aumento de investimentos em infraestrutura vamos ajudar não só o Sul, mas o país, a encontrar o caminho de desenvolvimento e de geração de empregos”, afirmou. 

A ideia é reunir a informação de cada Estado e criar um caderno com cronograma de ações e valores para ser entregue pelos governadores em Brasília. Alguns exemplos de possíveis corredores rodoviários que fazem parte da proposta são: BR-163, BR-158, BR-153, BR-101, BR-280.

"Nos interessa especialmente a ligação com Santa Catarina e nos interessa atender a população do Sul do Rio Grande do Sul. A produção agrícola representa metade do PIB do Estado. Os corredores nacionais e regionais vão trazer ganhos muito grandes no futuro”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. 

De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, é possível unir esforços em torno de corredores que são interessantes para os quatro Estados. “É o caso da BR-163 que entra pelo Mato Grosso do Sul e avança pelo Paraná, Santa Catarina e vai até um pedaço do Rio Grande do Sul. É possível unir mais de uma rodovia, como a BR-487, a Boiadeira, descer pela PR- 158, no centro do Estado, e voltar até a 163 que vai até o final do Rio Grande do Sul. Esse é um dos corredores possíveis”, explicou.


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

STF estabelece tese de repercussão geral para questão da desaposentação


Foto: Nelson Jr./SCO/STF


O Supremo Tribunal Federal aprovou, nesta quinta-feira (27/10), a tese de repercussão geral relativa à decisão tomada nessa quarta (26/10), por maioria de votos, em que o Plenário considerou inviável o recálculo do valor da aposentadoria por meio da chamada desaposentação.

A tese fixada foi: “No âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por hora, previsão legal do direito à ‘desaposentação’, sendo constitucional a regra do artigo 18, parágrafo 2º, da Lei 8.213/1991”.

O placar do julgamento da desaposentação terminou 7 a 4, tendo prevalecido o entendimento do ministro Dias Toffoli, que apresentou sua tese em sessão de outubro de 2014. Na ocasião, foi acompanhado por Teori Zavascki.

Toffoli afirmou que, embora não exista vedação constitucional expressa à desaposentação, também não há previsão desse direito. Ele ressaltou que a Constituição Federal dispõe de forma clara e específica que compete à legislação estabelecer as hipóteses em que as contribuições previdenciárias repercutem diretamente no valor dos benefícios, como é o caso da desaposentação, que possibilitaria a obtenção de benefício de maior valor a partir de contribuições recolhidas após a concessão da aposentadoria.


Veja como cada ministro entendeu a questão:
 


Rosa Weber

A ministra seguiu o entendimento do relator do Recurso Extraordinário 661.256, ministro Luís Roberto Barroso, de que a legislação é omissa no que diz respeito à desaposentação. Na visão da ministra, não existe proibição legal expressa a que um aposentado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que tenha continuado a trabalhar obtenha novo benefício, com base nas novas contribuições.

A ministra observou que a filiação à previdência social é um vínculo jurídico que gera direitos e obrigações recíprocas e as novas contribuições vertidas pelo aposentado, por sua continuidade ou retorno ao mercado de trabalho, devem ser consideradas para cálculo de novo benefício. “Não identifico no artigo 18, parágrafo 2º, da Lei 8.213/1991, vedação expressa à desaposentação, considerada a finalidade de, a partir do cômputo de novo período aquisitivo, obter mensalidade de aposentadoria de valor maior” afirmou.


Edson Fachin


O ministro Edson Fachin acompanhou a divergência aberta pelo ministro Dias Toffoli, dando provimento ao RE 661.256 por entender que o STF não pode suplantar a atuação legislativa na proteção aos riscos previdenciários. Em seu entendimento, cabe ao legislador, ponderando sobre o equilíbrio financeiro e atuarial do RGPS, dispor sobre a possibilidade de revisão de cálculo de benefício de aposentadoria já concedido em razão de contribuições posteriores.

O ministro Fachin destacou que a Constituição Federal consagra o princípio da solidariedade e estabelece que a Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta. Ressaltou que o legislador constitucional, ao tratar da previdência social, dispôs que especificamente sobre os riscos que devem estar cobertos pelo RGPS, mas atribuiu ao legislador infraconstitucional a responsabilidade de fixar regras e critérios a serem observados para a concessão dos benefícios previdenciários.


Luís Roberto Barroso

 
Relator do RE 661.256, o ministro Luís Roberto Barroso reafirmou o voto proferido por ele em outubro de 2014 quando deu provimento parcial ao recurso no sentido de considerar válido o instituto da desaposentação. Na sessão de hoje, ele aplicou a mesma conclusão ao RE 381.367, de relatoria do ministro Marco Aurélio. Quanto ao Recurso Extraordinário 827.833, o ministro Barroso reajustou o voto para negar provimento, ao entender que não há possibilidade de acumulação de duas aposentadorias pelo RGPS.



Luiz Fux

 
Para o ministro Luiz Fux, o instituto da desaposentação desvirtua a aposentadoria proporcional. “No meu modo de ver, trata-se de expediente absolutamente incompatível com o desiderato do constituinte reformador que, com a edição da Emenda Constitucional 20/1998, deixou claro seu intento de incentivar a postergação das aposentadorias”, disse o ministro ao ressaltar que a contribuição de uma pessoa serve para ajudar toda a sociedade. Segundo ele, a obrigatoriedade visa preservar o atual sistema da seguridade e busca reforçar a ideia de solidariedade e moralidade pública, entre outras concepções. Dessa forma, o ministro Luiz Fux deu provimento aos recursos extraordinários 661.256 e 827.833 e negou provimento ao RE 381.367.


Ricardo Lewandowski




O ministro Ricardo Lewandowski acompanhou a corrente vencida que reconheceu o direito do segurado à desaposentação. Segundo ele, diante da crise econômica pela qual passa o país, não é raro que o segurado da previdência se veja obrigado a retornar ao mercado de trabalho para complementar sua renda para sustentar a família. Para o ministro é legalmente possível ao segurado que retorna ao mercado de trabalho renunciar à sua primeira aposentadoria para obter uma nova aposentadoria mais vantajosa. “A aposentadoria, a meu ver, constitui um direito patrimonial, de caráter disponível, pelo que se mostra legítimo, segundo penso, o ato de renúncia unilateral ao benefício, que não depende de anuência do estado, no caso o INSS”, concluiu.


Gilmar Mendes

 
O ministro Gilmar Mendes votou no sentido de negar o direito à desaposentação por entender que, se o segurado se aposenta precocemente e retorna ao mercado de trabalho por ato voluntário, não pode pretender a revisão do benefício, impondo um ônus ao sistema previdenciário, custeado pela coletividade. Para o ministro o artigo 18, parágrafo 2º, da Lei 8.213/1991, não deixa dúvida quanto à vedação da desaposentação no âmbito do ordenamento previdenciário brasileiro. “O dispositivo é explícito ao restringir as prestações da Previdência Social, na hipótese dos autos, ao salário-família e à reabilitação profissional”, afirmou. Da mesma forma, segundo ele, o Decreto 3.048 é “cristalino” quanto à  irreversibilidade e à irrenunciabilidade da aposentadoria por tempo de contribuição.

“Não se verifica, portanto, uma omissão normativa em relação ao tema em apreço. As normas existem e são expressas na vedação à renúncia da aposentadoria de modo a viabilizar a concessão de outro benefício com o cálculo majorado”, disse o ministro, acrescentando que o conteúdo das normas está em consonância com preceitos adotados no sistema constitucional de Previdência Social, especificamente os princípios da solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial da seguridade social. O ministro citou dados da Advocacia Geral da União de que um eventual reconhecimento do direito à desaposentação pelo STF teria impacto de R$ 1 bilhão por mês aos cofres da Previdência Social. Para ele, se a matéria deve ser revista, isso cabe ao Congresso Nacional, com base nos parâmetros que a Constituição Federal determina, e não ao Poder Judiciário.


Marco Aurélio

 
Em seu voto, o ministro Marco Aurélio manteve sua posição já proferida como relator do RE 381.367, favorável à possibilidade de desaposentação, assegurado ainda ao contribuinte o direito ao recálculo dos proventos da aposentadoria após o período de retorno à atividade, adotando a mesma posição nos demais recursos.


Celso de Mello

 
O ministro Celso de Mello relembrou no início de seu voto a histórica afirmação pelo STF, em seus julgados sobre o Regime Geral da Previdência Social, dos postulados da solidariedade, universalidade, equidade e do equilíbrio financeiro e orçamentário. O parágrafo 5º do artigo 195 da Constituição estabelece a necessidade de existência de fonte de custeio para a criação ou ampliação de benefício, explicitando o princípio do equilíbrio atuarial.

A alteração introduzida em 1997 na Lei 8.213/1991 previu explicitamente que o aposentado que permanecer em atividade não faz jus a prestação da previdência, exceto salário família e reabilitação profissional. Isso revelou a intenção do legislador, que deixou de autorizar um direito que poderia ser entendido pelo beneficiário como estabelecido. A lacuna antes existente na legislação quanto ao tema não implicaria, nesse caso, a existência do direito. “Esse tema se submete ao âmbito da própria reserva de parlamento, que deve estar subordinada ao domínio normativo da lei”, afirmou.


Cármen Lúcia

 
Em seu voto, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia adotou a posição segundo a qual não há fundamento na legislação que justifique o direito à desaposentação. “Me parece que não há ausência de lei, embora essa seja matéria que possa ser alterada e tratada devidamente pelo legislador”. A Lei 8.213/1991 trata da matéria, e o tema já foi projeto de lei, portanto, para a ministra, não houve ausência de tratamento da lei, apenas o tratamento não ocorreu na forma pretendida pelos beneficiários. Os preceitos legais adotados, por sua vez, são condizentes com os princípios da solidariedade e com a regra do equilíbrio atuarial. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF. 


Empresa de tecnologia de hospitais Vitta comprou a Katu

 

 

Empresa de tecnologia de hospitais Vitta comprou a Katu, criadora de prontuários eletrônicos em nuvem



 
 
São Paulo- A desenvolvedora de tecnologias de gestão e pagamentos para clínicas e hospitais Vitta anunciou fusão com a Katu Sistemas, dona do ClinicWeb, criadora de prontuários eletrônicos em tecnologia de computação em nuvem.
 
O valor do negócio não foi revelado. A fusão, em que a Vitta será majoritária, cria uma das maiores empresas nacionais de tecnologia em saúde, atendendo cerca de 9 milhões de pacientes. A companhia estima transacionar 1,4 bilhão de reais em 2017 com o sistema de pagamentos.
 
O sistema, usados por redes como o Einstein e o Hospital do Coração, movimenta cerca de 400 mil exames por mês.
 
A Vitta já recebeu aportes de mais de 3 milhões de dólares e tem entre os investidores Arpex Capital e Finvest.


GE anuncia fusão com setor petroleiro da Baker Hughes


Segundo o acordo, a GE controlará 62,5% da nova entidade

 




O conglomerado industrial americano General Electric (GE) anunciou nesta segunda-feira a fusão de suas atividades tecnológicas com as de serviço do setor de petróleo e gás da companhia Baker Hughes, para criar uma nova empresa, que gerará 32 bilhões de dólares por ano.

Segundo o acordo, revelado em um comunicado, a GE dará aos acionistas da Baker Hughes um dividendo excepcional de 7,4 bilhões de dólares e controlará 62,5% da nova entidade.