Enquanto a soja está em começo de colheita e o volume da
oleaginosa é limitado, açúcar e carnes reinam no saldo da balança
comercial.
No mês passado, as exportações com açúcar subiram 121%, somando US$ 955 milhões. Esse é um setor que deverá crescer em volume e em receitas nas exportações deste ano.
As usinas devem enviar pelo menos 48% da cana para a produção de açúcar na safra 2017/18, segundo estimativas da consultoria Datagro, um percentual superior ao de 2016/17.
Em janeiro, as usinas colocaram 2,22 milhões de toneladas de açúcar bruto e refinado no mercado externo. O volume foi 48% superior ao de igual mês de 2016, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento.
As carnes também iniciam o ano em bom ritmo. O setor de suíno, repetindo o desempenho do ano passado, já obteve uma evolução de 40% no volume do primeiro mês, em relação a igual período de 2016.
As
carnes bovina e de frango tiveram aumento médio de 13% neste início de
ano no volume exportado, em relação a janeiro do ano passado.
As receitas dos três tipos de carne (suína, bovina e de frango) somaram US$ 1 bilhão, 31% mais do que no início do ano passado.
A
liderança fica com a carne de frango, cujas exportações atingiram US$
525 milhões. Os dados do Ministério do Desenvolvimento referentes às
carnes incluem apenas as receitas e o volume com os produtos "in
natura".
A partir deste mês, quando o ritmo de colheita de soja
avançar, a oleaginosa deverá retomar a liderança da balança comercial
brasileira, superando até petróleo e minério de ferro, os dois mais bem
colocados no mês passado.
As exportações de petróleo renderam US$ 1,76 bilhão, acima do US$ 1,62 do minério de ferro.
MILHO
MILHO
Uma
das baixas da balança comercial deste início de ano é o milho. Em
janeiro do ano passado, quando o dólar era favorável e o cereal
brasileiro estava bastante competitivo no mercado externo, as
exportações somaram 4,4 milhões de toneladas. Neste ano, recuaram para
1,45 milhão.
Apesar do aumento da produção em 2017, as exportações de
milho não devem repetir o recorde de 2015, quando saíram próximo de 30
milhões de toneladas do país.
O dólar já não está tão favorável, e a
melhora dos preços nos dois últimos anos permitiu uma evolução de
produção também em outros concorrentes do Brasil, como a Argentina.
Os Estados Unidos, tradicionalmente os líderes mundiais em produção, também obtiveram boa safra .
(Folha de S.Paulo )