quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

CVM manda Kepler Weber refazer contrato de venda com a AGCO





Multinacional norte-americana anunciou antecipadamente a pretensão de fechar o capital da fabricante de silos gaúcha


Da Redação
redacao@amanha.com.br
CVM trava compra da Kepler Weber pela AGCO


A Kepler Weber (foto) divulgou um comunicado na terça-feira (15) dando conta que a multinacional norte-americana AGCO terá de refazer a proposta de compra divulgada na semana passada. O problema apontado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o anúncio antecipado de que a AGCO pretende fechar o capital da Kepler. De acordo com a CVM, a Oferta Pública de Ações (OPA) para cancelamento de registro de companhia aberta só pode ser formulada pela companhia emissora de ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta ou indiretamente – ou seja, a própria a Kepler e não a AGCO. Outro problema é que empresa fez, ao mesmo tempo, duas ofertas públicas, o que também não é permitido. Uma foi para aquisição do controle e outra para o fechamento do registro na Bovespa. A proposta feita pela AGCO foi de R$ 578,9 milhões (R$ 22 por ação). 

Na sexta-feira (10), a AGCO, proprietária das marcas Massey Ferguson e Valtra, anunciou que havia feito acordo para comprar a totalidade de ações da Previ e da BB Investimentos, duas sócias da Kepler. A empresa condicionou o negócio à aquisição posterior da totalidade de ações da fabricante de silos em mãos de outros investidores. A AGCO poderá assumir a liderança no mercado brasileiro de armazenagem de grãos, já que também é dona da GSI, de Marau (RS), que atua no mesmo segmento. 

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O etanol será definitivamente inserido na matriz energética brasileira?


O etanol será definitivamente inserido na matriz energética brasileira?
Por Mirian Rumenos Piedade Bacchi


O setor sucroenergético brasileiro, desde a época da implantação do Proálcool na década de 1970 até os dias de hoje, vem sofrendo questionamentos sobre seus potenciais impactos econômicos, ambientais e sociais e, também, sobre a validade de se ter políticas públicas que incentivem seu crescimento.

Diante disso, não há um posicionamento firme, até o momento, sobre a importância do etanol na matriz energética brasileira, o que tem motivado a ausência de regras claras que assegurem menor risco nesse importante segmento do agronegócio brasileiro.

Vivenciado a expansão das atividades da cadeia da cana-de-açúcar no período mencionado, temos ciência das preocupações que existiram sobre os feitos desse crescimento, as quais versavam principalmente sobre as seguintes temáticas: em primeiro lugar, tem-se a questão "cana combustível versus alimento", que tratava da ocupação da terra, visando a fabricação de combustíveis renováveis em detrimento do direcionamento dessas áreas para a produção de alimentos.
 
Um segundo aspecto diz respeito ao fator trabalho e, nesse caso, tem-se duas vertentes: (i) a descontinuidade na ocupação de mão de obra na atividade canavieira. Sendo a demanda maior na época de colheita, necessitando absorver trabalhadores de outras regiões do País, questionava-se se essa migração poderia ser responsável por aumento da criminalidade nas localidades que recebiam esse contingente de trabalhadores; (ii) condições de trabalho insalubres dos cortadores de cana.
 
Um terceiro argumento contrário à expansão encontrava respaldo na questão das queimadas dos canaviais para facilitar a colheita manual, o que era fonte de poluição nos centros urbanos próximos aos canaviais.

Os argumentos relacionados ao primeiro fator mencionado, a questão da "cana combustível versus alimento", caem por terra quando se identifica que o uso do solo visando a produção do etanol é pequeno em relação à área total agricultável brasileira e menor ainda quando se considera apenas a área destinada a culturas e florestas plantadas.
 
No ano de 2015, a área plantada com cana destinada à fabricação do etanol representou aproximadamente 7% da área agrícola brasileira e um percentual bastante pequeno quando considerada, em conjunto, as áreas agrícola, de pecuária e da silvicultura.

Em relação à segurança alimentar, deixa-se de considerar, quando se argumenta que a alocação de solo para a produção de biocombustível deve restringir a oferta de alimentos, os aumentos de produtividade observados na agricultura e pecuária brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nas palavras do ministro Blairo Maggi, hoje, 17% da área nacional é destinada à pecuária, da qual metade pode ser revertida para a produção agrícola sem que haja redução do rebanho.

A questão da alimentação insatisfatória de grande parte da população brasileira está mais relacionada, como aponta a literatura sobre o tema, à falta de renda para adquirir alimentos do que à retração da oferta e do efeito que esta diminuição possa ter sobre os preços. Como se sabe, o Brasil ocupa posição de destaque nas exportações mundiais de produtos do agronegócio, podendo-se citar, entre outros, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango e soja e derivados.

Ainda tratando do tema alimento, diversos trabalhos têm mostrado uma associação positiva ente crescimento da atividade sucroenergética e o aumento de renda e emprego, sendo constatado um efeito de transbordamento, que trata de benefícios também para regiões próximas àquelas onde ocorre a expansão.
 
Conclui-se, assim, que a questão do uso do solo no Brasil para a produção de biocombustíveis não deve ameaçar a questão da oferta de alimentos e a segurança alimentar; pelo contrário, o aumento de renda proporcionado pela expansão das atividades do setor sucroenergético pode levar a melhoria das condições econômicas e alimentares das famílias.

Em relação a emprego, nos aspectos sobre o crescimento do setor sucroenergético e os problemas relacionados ao trabalho temporário na época de colheita, tem-se a argumentar que, no Centro-Sul, maior região produtora de cana do País, essa fase do processo produtivo está quase que totalmente mecanizada, antecipando cronogramas estabelecidos em acordos ente produtores de cana e o Estado.
 
Ao mecanizar a colheita e outras etapas do processo produtivo, o segmento agrícola da cadeia teve como contrapartida um aumento significativo da linearidade no uso da mão de obra. A insalubridade do trabalho na atividade canavieira e a até então existente também nos centros urbanos que sofriam os efeitos das queimadas de cana não são mais observados.

Os argumentos desfavoráveis à expansão da atividade canavieira apontados ao longo dos últimos 40 anos, relatados de forma sucinta neste texto, são hoje refutados. A preocupação atual, também não procedente, é de que a expansão do setor sucroenergético no Brasil possa levar à ocupação de biomas que devem ser preservados. No entanto, o Zoneamento Agroecológico, estabelecido em passado recente, atendendo rígidos critérios de preservação, definiu áreas onde a expansão da atividade canavieira pode se dar sem ser prejudicial ao ambiente.

Ainda em termos do trabalho, a atividade canavieira é hoje referência no âmbito do agronegócio brasileiro no que diz respeito ao emprego. Além de ser uma atividade mão de obra intensiva, relativamente a outras atividades no campo, mesmo após o advento da mecanização da colheita, ela é a que tem o maior nível de formalização - 86,8% dos trabalhadores da atividade canavieira trabalham com carteira assinada -, a média para o conjunto das atividades agrícolas e florestais é de 45,1%, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

A atividade canavieira é também referência quanto à parceria existente entre os elos da cadeia: produtor rural e indústria esmagadora, quando se trata da comercialização de seus produtos. O Sistema Consecana, que rege essa parceria e tem como finalidade definir valores que são considerados "piso" para pagamento da matéria-prima fornecida por produtores independentes e para pagamento de áreas arrendadas, é bem estruturado, havendo revisões periódicas, visando à adequação do programa às modificações em técnicas de produção e às condições de mercado.

Dessa forma, conclui-se que, em análises de custo e benefícios sobre a expansão da atividade canavieira visando a produção de etanol, certamente os benefícios prevalecerão sobre custos, se por ventura houver algum. Pode-se citar entre os benefícios o aumento da renda e emprego, matriz energética limpa, efeitos positivos sobre balança de pagamentos, reduzindo a necessidade de importação de derivados de petróleo, entre outros aspectos.

Há muito se fala no Brasil da necessidade de se definir regras de comercialização que tragam menor risco para o setor de biocombustíveis, induzindo ao aumento da sua produção, que está estagnada. Esse segmento do agronegócio brasileiro tem enfrentado condições adversas de mercado, por conta de medidas imediatistas, quer relacionadas a preço de produto substituto distorcidos ou a questões tributárias.

Eis que surge agora uma proposta visando a expansão da produção de combustíveis renováveis no Brasil: o Renova Bio 2030. Proposto em 2016 e com audiências públicas marcadas para terem início em 2017, o programa visa tratar da sustentabilidade do setor de biocombustíveis, abrangendo os convencionais e novos biocombustíveis, como o etanol de segunda geração, o diesel de cana, o biogás/biometano, o bioquerosene e o biodiesel HVO (óleo vegetal hidrotratado).
 
Busca-se, por meio desse programa, estabelecer regras de comercialização e definir políticas que incentivem o investimento em renováveis. As audiências públicas a serem realizadas tratarão do detalhamento do programa e das ações a serem implementadas.

O Brasil, na COP21 (Conferência do Clina da ONU), se comprometeu, como fizeram outros países, com o enfrentamento dos problemas ambientais, compromisso que foi ratificado pelo Congresso e Presidência da República. Nesse contexto, pelo fato de ter uma tecnologia já bastante desenvolvida para o etanol, certamente ele terá um papel preponderante no cumprimento das metas estabelecidas, sendo estimado um crescimento substancial de sua produção (Mirian Rumenos Piedade Bacchi, professora da Esalq/USP e pesquisadora do Cepea, 14/2/17)



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Trump é incapaz de servir como presidente, alertam psiquiatras



Em carta divulgada pelo The New York Times, profissionais da saúde avaliam que fala e ações de Trump mostram sua instabilidade emocional



São Paulo – Um grupo de 35 psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais de diferentes instituições e universidades, como Harvard e Columbia, classificou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “incapaz” de servir com segurança no cargo de presidente pela instabilidade emocional notadas em seus discursos e ações.

A constatação foi publicada em uma carta divulgada pelo jornal The New York Times. Nela, o grupo liderado por Lance Dodes, ex-professor de psiquiatria da Harvard Medical School, e Joseph Schachter, ex-diretor da Associação Internacional de Psicanálise, fez uma breve análise de alguns dos traços comportamentais mais evidentes de Trump.

“As falas e ações demonstram a inabilidade em tolerar visões diferentes das suas, levando a reações raivosas”, consideraram os profissionais. “Suas palavras e comportamentos sugerem uma incapacidade profunda em simpatizar. Indivíduos com esses traços distorcem a realidade para que ela se encaixe em seu estado psicológico, atacando fatos e aqueles que os transmitem (jornalistas e cientistas). ”

“Em um líder poderoso, esses ataques tendem a aumentar, enquanto o seu mito pessoal de grandeza parece se confirmar”.

Embora exista um entendimento da Associação Americana de Psiquiatria que desencoraja esse tipo de avaliação de figuras públicas, o grupo crê haver “muito em jogo para continuar em silêncio”. Por essa razão, os profissionais decidiram se manifestar no espaço que a publicação reserva para a publicação de artigos de opinião.


Preocupações

 

 

A carta do grupo vem dias depois que o senador democrata Al Franken (Minessota) revelou à rede de notícias CNN que já existe uma preocupação entre alguns de seus colegas do Partido Republicano sobre a saúde mental de Donald Trump.

“Ele mente muito, ele diz coisas que não são verdade”, explicou o político , referindo-se ao episódio em que Trump disse que milhões de pessoas teriam votado ilegalmente nas eleições presidenciais. Contudo, não há evidências de que isso tenha acontecido. “Isso não é a norma para o presidente dos Estados Unidos ou qualquer ser humano”, pontuou Franken.

Em dezembro de 2016, semanas antes de o republicano assumir o posto, um trio de psiquiatras (dois da Universidade de Harvard e um da Universidade da Califórnia) já havia se manifestado sobre o tema em uma carta escrita ao então presidente Barack Obama e que foi obtida pelo site de notícias Huffington Post.

Nela, recomendaram que Trump recebesse uma avaliação psiquiátrica completa. “Seus sintomas de instabilidade mental – incluindo a grandiosidade, impulsividade, hipersensibilidade e desprezo a críticas, inabilidade de distinguir fantasia da realidade – nos faz questionar a sua aptidão para assumir as imensas responsabilidades do cargo”, escreveram.

Para os aliados do magnata, no entanto, essas preocupações são infundadas. “Se ele é louco, é louco como uma raposa”, disse à CNN Chris Ruddy, amigo pessoal de Trump e CEO da NewsMax Media. “Eu não subestimaria suas habilidades”, disse ele em resposta aos comentários sobre a saúde mental do atual presidente.


Feira tem oportunidades de imigração, cursos e trabalho no Canadá

 

 

De 2006 a 2015, 18.697 brasileiros se mudaram de vez para o país, segundo o governo canadense. Evento grátis dá o caminho das pedras a quem tem esse sonho

 





São Paulo – Mais da metade dos estudantes internacionais no Canadá (51%) tem planos de conseguir a residência permanente e ficar de vez no país.

A informação vem do Escritório Canadense de Educação Internacional, ligado ao governo do país, que, em 2015, tinha nada mais nada menos do que 353 mil estudantes estrangeiros.

As instituições de ensino, cuja qualidade é a primeira razão que leva muita gente a escolher o Canadá como destino segundo o governo de lá, são a principal porta de entrada para muitos interessados em imigração. De 2006 a 2015, 18.697 brasileiros se mudaram de vez para o país, segundo informações oficiais do governo canadense.

Quem deseja saber mais sobre imigração e as instituições de ensino pode participar do projeto “Brazil Education Tour – Canadá é com canadenses” que será promovido pela Canadá Intercâmbio de 6 a 9 de março nas cidades de Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Ribeirão Preto (SP). As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site da Canada Intercâmbio.

Além de conectar o público às instituições de ensino do país e à sua oferta de cursos de idiomas, de especialização, graduação, o evento também traz informações sobre ofertas profissionais para os brasileiros, já que lá os estudantes estrangeiros também podem trabalhar.

Entre as instituições canadenses já confirmadas estão: Humber College, Seneca College, Sheridan College, Conestoga College, Vanwest College, Sol School e Cornerstone College.

Seus representantes vão apresentar as opções de formações em áreas como, por exemplo, TI, negócios, animação, artes, engenharia, marketing, saúde, idiomas. A ideia é que seja criado um canal direto entre as escolas e os interessados.

As melhores estratégias de imigração serão tema de palestras realizadas pelo diretor de operações da Canadá Intercâmbio e consultor de imigração regulamentado, Eduardo Santos.

“Ficamos felizes em oferecer um canal de comunicação onde estudantes e interessados em imigração podem tirar suas dúvidas e conhecer melhor a cultura canadense, bem como ficar a par de temas como segurança, saúde pública, economia, etc.”, afirma Santos, em nota.


Confira o calendário:

Rio De Janeiro – RJ
Data: 06 de março, segunda-feira
Local 1: UERJ – Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro
Endereço: Rua São Francisco Xavier, 524 – 1º Andar, Auditório 11 – Maracanã/RJ
Horário: 10h
Local 2: Consulado Geral do Canadá
Endereço: Av. Atlântica, 1130, 5º Andar – Copacabana/RJ
Horário: 15h
Brasília – DF
Data: 7 de março, terça-feira
Local: Hotel Gran Mercure Brasília
Endereço: SHN Quadra 5, Bloco G, Asa Norte, Sala Jequitibá
Horário: 19h
Belo Horizonte – MG
Data: 8 de março, quarta-feira
Local: Centro Universitário Newton Paiva
Endereço: Campus Carlos Luz – Auditório 1º andar – Avenida Presidente Carlos Luz, 220 – Bairro Caiçara – BH
Horário: 19h
Ribeirão Preto – SP
Data: 9 de março, quinta-feira
Local: Colégio Marista
Endereço: Rua Comandante Marcondes Salgado, 1280, Higienópolis – Ribeirão Preto
Horário: 19h



Dona da Peugeot discute acordo para comprar marca europeia da GM

México planeja contra-ataque a Trump e Brasil pode sair ganhando


 

Senador mexicano diz para a CNN que vai colocar na mesa uma proposta para comprar milho dos brasileiros ao invés dos americanos

 





São Paulo – O México já está planejando seu contra-ataque a Donald Trump.

Uma pista foi dada pelo senador Armando Rios Piter, líder do comitê de relações internacionais no Congresso mexicano, durante um protesto anti-Trump na Cidade do México no domingo.

“Vou mandar um projeto sobre o milho que compramos do Meio-Oeste [americano] mudando para Brasil ou Argentina”, disse ele para a CNN.

Os Estados Unidos são o maior produtor e exportador de milho do mundo, seguido por China e Brasil, e o cereal é parte importante da culinária mexicana.

As exportações de milho dos americanos para os mexicanos explodiram desde que foi celebrado o NAFTA, acordo de livre comércio entre EUA, Canadá e México – que agora está sendo renegociado.

Outro alvo do presidente americano é a imigração ilegal de mexicanos, e ele promete construir um muro físico na fronteira. A conta seria enviada para o México, que já avisou que não vai pagar.

Trump passou então a afirmar que o dinheiro seria alocado agora e compensado depois, talvez por meio de tarifas comerciais de até 20% sobre produtos mexicanos.

De acordo com especialistas, esses tipos de restrições elevariam os custos para os consumidores americanos e tornariam a indústria americana menos competitiva, além de fortalecer o dólar, pressionando novamente para cima os déficits comerciais.


Política no México e oportunidades no Brasil


A tensão entre México e EUA está fortalecendo Andrés Manuel López Obrador, ex-prefeito da Cidade do México, um populista de esquerda que perdeu por pouco nas últimas duas eleições presidenciais.

Ele deve ser candidato novamente em 2018 e está em primeiro nas pesquisas. Obrador começou no domingo, em Los Angeles, uma pequena turnê por cidades americanas com grandes comunidades mexicanas.

Após uma reunião com o embaixador dos EUA no Brasil, Michael Mckinley, o diretor do departamento de Relações Institucionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto, afirmou ao Estadão Conteúdo que Trump não preocupa o Brasil.

Entre as questões discutidas, ele citou a sinergia dos setores do agronegócio, “que não tem sido devidamente explorada”.

“Se você pegar os países do Mercosul e os EUA, nós somos a resposta à segurança alimentar no mundo. Então podemos trabalhar nisso”, disse ele.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou recentemente que as políticas de Trump estão abrindo oportunidades para o Brasil e que uma rodada de negócios com empresários mexicanos está agendada para o dia 20 de fevereiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima safras recordes de soja e milho no Brasil na atual temporada graças ao clima favorável na maior parte do país e a um aumento no cálculo da área semeada do cereal.

O Brasil é uma das grandes economias mais fechadas do planeta e tem déficit comercial com os americanos. Isso faz com que o país não seja alvo privilegiado de Trump ao mesmo tempo em que tem espaço para ampliar suas relações com parceiros deixados de escanteio.

Mas uma guerra comercial de proporções globais teria consequências inesperadas, e a agência de classificação de riscos Fitch apontou em relatório recente que o Brasil é vulnerável pelo alto estoque de investimento americano na sua manufatura.


Pessoas com inteligência emocional evitam dizer estas 5 frases


Autor do livro Inteligência Emocional 2.0 listou no LinkedIn expressões que indicam falta de consciência social. Confira algumas para evitar no trabalho

 




São Paulo – Você pode até não ter ouvido falar em consciência social, mas provavelmente sabe reconhecer quando está diante de alguém com essa habilidade.

São aquelas pessoas que parecem ler os pensamentos dos outros, que percebem qual a melhor hora para fazer piada e rir junto com alguém e qual o momento de falar sério ou de apenas ouvir.

Segundo Travis Bradberry, um dos autores do livro Inteligência emocional 2.0 (HSM), a consciência social é a faceta da inteligência emocional que se volta para o exterior. É a capacidade de observação e reconhecimento das emoções de indivíduos e também de grupos, uma destreza que permite ajustar o comportamento adequando-o ao clima daquele instante.

Quem tem consciência social sabe a hora certa de pedir um aumento ao chefe, por exemplo, e consegue ter a presença de espírito de adiar uma conversa difícil ao reconhecer que o seu interlocutor está no limite das emoções.

Mas em um mundo em que as pessoas parecem não ouvir, apenas aguardar a sua vez de falar, essa competência está comprovadamente em falta, afirma Bradberry em texto publicado na plataforma Pulse do LinkedIn.  Com o foco voltado para nós mesmos, perdemos completamente a capacidade de enxergar o outro.

“Não podemos esperar entender alguém até que voltemos toda a nossa atenção em sua direção”, escreve Bradberry. Segundo ele, a vantagem de estimular a consciência social é que pequenas correções de rota melhoram drasticamente o relacionamento com as outras pessoas.

Entre as pequenas adaptações com grande poder de resultado, ele indica riscar algumas frases do vocabulário. Pessoas com inteligência emocional certamente evitam expressões que podem ofender seus colegas de trabalho, chefes e subordinados, por exemplo. Reunimos algumas que podem atrapalhar especialmente seus relacionamentos profissionais:


“Você sempre” ou “Você nunca”


Frases definitivas deixam as pessoas na defensiva e criam um obstáculo para que elas escutem a mensagem que você quer transmitir, diz Bradberry.

Atenha-se aos fatos, sugere o autor de Inteligência Emocional 2.0. Se a frequência da atitude que o incomoda é uma questão você pode sempre dizer: “parece que você faz isso frequentemente” ou “ Você fez isso o bastante para que eu percebesse”, indica.


“Como eu já tinha dito”


Essa frase dá destaque para o fato de que a informação está sendo repetida e pode sugerir que isso o aborreceu.  Sentir-se ofendido por ter que dizer algo já mencionado revela insegurança ou arrogância, ou as duas coisas, segundo o autor.

Ao repetir uma informação certifique-se de que está sendo mais claro do que da primeira vez, escreve Bradberry.


“Boa sorte”


“Essa é sutil. Certamente não é o fim do mundo desejar sorte a alguém mas você pode fazer melhor já que essa frase traz implícita a ideia de que as pessoas precisarão de sorte para ter sucesso”, diz o especialista.

Certamente trocar o boa sorte por “ tenho certeza de que você tem o que é preciso para chegar lá” vai aumentar o nível de confiança de quem recebe a mensagem.


“Você que sabe” ou “O que você preferir”


É inegável a aura de indiferença que paira na conversa quando um dos participantes solta frases como essas duas.

Sua opinião é importante para quem a pede, diz Bradberry, por isso esforçar-se para fazer alguma consideração sobre o que foi dito mostra que você se importa com o interlocutor.


“Pelo menos eu nunca”


Essa frase é carregada da agressividade típica de quem prefere apontar o dedo para o erro alheio na tentativa de tirar a atenção dos próprios equívocos.

Admitir erros é o melhor jeito de evitar que uma discussão tome proporções maiores, na opinião do especialista. Você pode substituir a frase acima por um pedido de desculpas e levar a conversa na direção de um possível entendimento.