terça-feira, 14 de maio de 2019

Processo de recuperação gradual da economia foi interrompido, diz BC

Processo de recuperação gradual da economia foi interrompido, diz BC
Apesar das movimentações de Paulo Gudes na Economia, o Copom diz que os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019
O processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas a expectativa é de retomada adiante. Essa é a conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu na última quarta-feira (8) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano.

Segundo ata da reunião do Copom, o arrefecimento da atividade observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019. “Em particular, os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, diz o documento.

O Copom acrescenta que os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019. “Essas revisões refletem um primeiro trimestre aquém do esperado, com implicações para o “carregamento estatístico” [herança do que ocorreu no ano anterior], mas também embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos trimestres”, destacou.

Nesse cenário, o Copom avaliou que seria necessário manter a Selic em 6,5% ao ano.

“O comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, diz a ata. O Copom acrescentou que essa avaliação sobre o desempenho da economia demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo. “O comitê ressalta que os próximos passos da política monetária [definição da taxa Selic] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou.

Inflação

 

Na ata, o Copom destaca ainda que a inflação acumulada em 12 meses deve atingir um pico no curto prazo para, em seguida, recuar e encerrar 2019 em torno da meta. Para 2019, a meta de inflação é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O comitê ressalta, entretanto, que “a consolidação desse cenário favorável, com inflação nas metas no médio e longo prazos, depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, que são fundamentais para a manutenção do ambiente com expectativas de inflação ancoradas”.

O Copom fez projeções para a inflação de acordo com dois cenários. Na hipótese de a Selic terminar 2019 em 6,5% ao ano e ser elevada a 7,5% ao ano em 2020, com taxa de câmbio que termina 2019 em R$ 3,75 e 2020 em R$ 3,80, a inflação fica em torno de 4,1% para neste ano e 3,8% para 2020. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados (controlados pelo governo, como gás, energia e gasolina) são de 5,3% para 2019 e 5% para 2020.

No cenário com taxas contantes – Selic em 6,50% ao ano e de câmbio em R$ 3,95 -, as projeções para a inflação do Copom ficam em torno de 4,3% para 2019 e 4% para 2020. A estimativa para a inflação de preços administrados são de 5,6% para 2019 e 5,1% para 2020.

Taxa Selic

 

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Quando mantém o juros básicos, o comitê considera que alterações anteriores na taxa foram suficientes para alcançar a meta de inflação.

Natura está perto de concluir compra da Avon, diz fonte


Natura recebeu ofertas de bancos locais como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil e da Morgan Stanley para bancar financiamento

 





São Paulo — A Natura Cosméticos está perto de fechar um acordo para comprar a Avon Products, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira, 13.

Segundo a fonte, o acordo pode ser anunciado a partir de sexta-feira, ou na próxima semana. Não ficou claro se a Natura pagaria um prêmio sobre os preços atuais do mercado ou não.

A Natura e a Avon, que tem um valor de mercado de 1,4 bilhão de dólares, não comentaram imediatamente sobre o assunto.

As discussões sobre o financiamento da proposta atrasaram o anúncio, acrescentou a fonte. Inicialmente, o UBS, que está assessorando a Natura no negócio, e o Morgan Stanley ofereceram o financiamento.

Mas a Natura recebeu ofertas de bancos locais como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, acrescentou a fonte. O Citigroup também pode se juntar ao financiamento, disse a fonte, embora os bancos brasileiros agora possam fornecer a maior parte.

Representantes dos bancos não comentaram o assunto de imediato.


 https://exame.abril.com.br/negocios/natura-esta-perto-de-concluir-compra-da-avon-diz-fonte/

quarta-feira, 8 de maio de 2019

América do Norte puxa resultado da Gerdau


Geração de caixa dobrou no primeiro trimestre 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
América do Norte puxa resultado da Gerdau


A Gerdau encerrou o primeiro trimestre de 2019 com R$ 10 bilhões de receita líquida, 3,5% a menos sobre o ano anterior, influenciada pela diminuição dos volumes vendidos, em razão dos desinvestimentos concluídos em 2018: operações no Chile, na Índia e de grande parte das unidades de vergalhão e fio máquina nos Estados Unidos. Os desinvestimentos da Gerdau também influenciaram na redução de 23% nas vendas físicas de aço (3 milhões de toneladas) e de 20% nos volumes de produção (3,3 milhões de toneladas). O bem-sucedido plano de desinvestimentos da Gerdau conduzido nos últimos anos, que alcançou o valor econômico de cerca de R$ 7 bilhões, resultou na redução de forma expressiva do endividamento da Empresa. A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 2,7x para 1,8x na comparação entre o primeiro trimestre de 2019 e o mesmo período do ano anterior. 

A geração de caixa operacional (Ebtida) evoluiu 5% no primeiro trimestre, atingindo R$ 1,6 bilhão, o que representa o melhor desempenho da Gerdau para o período dos últimos onze anos. A margem Ebitda subiu para 15,5%, uma vez que a Empresa passou a focar em ativos com maior rentabilidade. O Ebitda da Operação de Negócio da América do Norte, por sua vez, cresceu 104% no período, alcançando R$ 506 milhões. Já as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) representaram 3,7% da receita líquida no primeiro trimestre, reduzindo o percentual apresentado no mesmo período do ano anterior e representando uma diminuição de 12% em termos absolutos, reflexo dos contínuos esforços de simplificação e inovação digital, além dos desinvestimentos realizados. O lucro líquido, por sua vez, chegou a R$ 453 milhões, em linha com os três primeiros meses de 2018 e 16,5% maior do que o último trimestre do ano passado. 

“Fechamos o primeiro trimestre com uma expressiva evolução nos resultados da América do Norte, um de nossos principais mercados de atuação. O desempenho positivo foi impulsionado pela vigência integral no período dos efeitos de estímulo à produção local decorrentes da Seção 232 e pelo nível recorde de spread metálico. O aumento do Ebitda consolidado em 5% com relação ao primeiro trimestre de 2018, apesar da redução de 23% nas vendas físicas e de 20% nos volumes de produção, demonstram o êxito do plano de desinvestimentos realizado nos últimos anos”, destaca  Gustavo Werneck, diretor-presidente da companhia. 

“No Brasil, apesar da lenta reação dos mercados de construção civil e indústria, além de uma forte pressão dos custos com matérias-primas, especialmente minério de ferro e carvão, tivemos um desempenho nas vendas de acabados – planos e longos – acima da média do mercado, influenciado pelo varejo. Revisamos nossa projeção de recuperação da economia do país, acreditando que deva ocorrer a partir do segundo semestre, após a aprovação da necessária Reforma da Previdência. Em razão desse cenário, continuaremos a ser seletivos com as aprovações dos nossos investimentos”, projeta Werneck. 

Ao longo dos três primeiros meses de 2019, a Gerdau investiu R$ 305 milhões em ativo imobilizado, sendo R$ 191 milhões em manutenção geral, R$ 37 milhões em manutenção de Ouro Branco e R$ 77 milhões em expansão e atualização tecnológica.  Como já divulgado anteriormente, a Gerdau mantém seu programa de investimentos para o período de três anos (2019-2021) de R$ 7,1 bilhões. Para o ano de 2019, a previsão dos investimentos é de R$ 2,2 bilhões. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/7472

Grupo Positivo vende sistema de educação por R$ 1,6 bilhão


A aquisição não inclui outros negócios, que abrangem 13 colégios, universidade, curso pré-vestibular e gráfica

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Grupo Positivo vende sistema de educação por R$ 1,6 bilhão


O Grupo Positivo fechou por R$ 1,65 bilhão a venda do sistema de educação Positivo para a Arco Educação, que surgiu no Ceará em 2006. A unidade adquirida vende produtos e serviços (como apostilas e orientação pedagógica) para 3,4 mil escolas privadas no país, sob a marca Positivo. O negócio, que atende a 650 mil alunos e tem 3 mil escolas conveniadas em todo o Brasil, depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa é de que os trâmites estejam concluídos em seis meses.

A aquisição não inclui outros negócios do Grupo Positivo, que abrangem 13 colégios, universidade, curso pré-vestibular, gráfica e o sistema de ensino Aprende Brasil, que atende escolas públicas. O faturamento desses negócios no ano passado somou R$ 849 milhões. As negociações com a Arco duraram cerca de um ano. Além da venda, as tratativas incluíram parcerias de longo prazo para que a gráfica do grupo continue a imprimir os materiais do sistema de ensino Positivo, que também continuará a ser utilizado pelas escolas próprias do grupo.

Segundo o acordo, metade do pagamento será feita no fechamento do negócio e a metade restante em cinco anos. Não haverá pagamentos em 2020, 10% serão quitados em 2021 e 2022 e 15% em 2023 e 2024. Com a aquisição do Positivo, a Arco Educação vai ganhar em escala e passará a atender a 4,8 mil escolas e mais de 1,2 milhão de estudantes. No ano passado, a Arco faturou R$ 381 milhões.
O foco do Positivo é se concentrar, a partir de agora, nas atividades de ensino. O grupo estuda novas oportunidades de negócios na educação. Segundo a companhia paranaense, aquisições não são descartadas e sondagens já foram feitas em várias regiões. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/7471

terça-feira, 7 de maio de 2019

Chinesa CNOOC quer expandir produção no Brasil, avalia leilão do pré-sal



 Resultado de imagem para cnooc brasil logo





RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira chinesa CNOOC quer expandir a produção no Brasil e está avaliando participar de rodada de licitação de áreas de petróleo e gás do Brasil, prevista para este ano, disse o presidente da unidade brasileira da companhia, Sheng Jianbo.

Além do leilão de petróleo no pré-sal, em 7 de novembro, o Brasil prevê realizar uma outra rodada de venda de campos na importante região produtora, dos excedentes da área da cessão onerosa, marcada para 28 de outubro.

A CNOOC, que já é parceira da Petrobras na mega área de Libra, avalia que esse projeto no pré-sal da Bacia de Santos está progredindo bem, com o Teste de Longa Duração produzindo 58 mil barris de óleo equivalente ao dia, disse Jianbo.

Ele disse também que a empresa busca parceiro para Bloco-592, no Espírito Santo.



(Por Rodrigo Viga Gaier; edição de Roberto Samora)

Hapvida fecha acordo para comprar grupo São Francisco por R$5 bi, diz fonte



Imagem relacionada


SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de planos de saúde Hapvida chegou a um acordo para adquirir o grupo rival São Francisco Saúde por 5 bilhões de reais, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

A Hapvida, que deve anunciar o acordo ainda nesta terça-feira, usará quase 3 bilhões de reais de seu caixa para financiar o negócio e também emitirá dívida. O blog financeiro Brazil Journal noticiou mais cedo sobre o negócio



Carolina Mandl

Brasil deixa ranking de países mais confiáveis para investimento estrangeiro


País aparecia no levantamento da consultoria A.T. Kearney desde o primeiro ranking, em 1998.

Por G1

O Brasil deixou de ser um país confiável para o investimento estrangeiro. Ao menos é o que indica o ranking da consultoria A.T.Kearney, que lista os 25 países mais confiáveis – e do qual o Brasil saiu pela primeira vez desde que o levantamento foi desenvolvido, em 1998. Sem o Brasil, nenhum país da América do Sul aparece no ranking. 

"A ausência de quaisquer países sul-americanos entre os 25 é notável, entretanto, dado que o Brasil foi incluído em todas as edições anteriores do ranking", aponta o estudo. Em 2018, o país já aparecia na 25ª e última posição. 

Posição do Brasil no ranking de confiança para investimento estrangeiro
 
Pela primeira vez, país não aparece no levantamento em 2019
 
Fonte: A.T. Kearney
 
O ranking é feito a partir de pesquisas com 500 executivos de companhias líderes mundiais. Ele é calculado com base em perguntas sobre a probabilidade das empresas dos pesquisados em fazer um investimento direto em mercados específicos ao longo dos três anos seguintes. 

Enquanto aqui a confiança cai, os Estados Unidos seguiram na primeira posição pelo sétimo ano seguido, "provavelmente refletindo seu grande mercado doméstico, continuada expansão econômica, impostos competitivos e capacidades tecnológicas e de inovação", aponta o estudo, que ressalta, no entanto, que a recente volatilidade das políticas podem estar reduzindo a atratividade. 

Alemanha aparece em segundo lugar, seguida pelo Canadá e Reino Unido. Já a China tombou no ranking, caindo para a 7ª posição – a pior desde o início do estudo.

Países mais confiáveis para investimento estrangeiro


Posição País  
1 Estados Unidos
2 Alemanha
3 Canadá
4 Reino Unido
5 França
6 Japão
7 China
8 Itália
9 Austrália
10 Cingapura
11 Espanha
12 Holanda
13 Suíça
14 Dinamarca
15 Suécia
16 Índia
17 Coreia do Sul
18 Bélgica
19 Nova Zelândia
20 Irlanda
21 Áustria
22 Taiwan
23 Finlândia
24 Noruega
25 México