terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Agro é pop para o Magalu


Consórcio Magalu, uma das empresas do grupo, registra crescimento de 152% na venda de cotas para o segmento agrícola em 2020.

Crédito: Rhapsody Media

O agronegócio foi um dos poucos setores da economia brasileira que passaram praticamente incólumes pela pandemia em 2020. Apresentou crescimento de 9% e receita bruta de R$ 1,75 trilhão, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. E, com base na estimativa de 3% de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2021, o Consórcio Magalu, braço da rede varejista Magazine Luiza, deu ênfase ao segmento de máquinas agrícolas, após registrar alta de 152% nas vendas no período 2019-2020 – o restante do portfólio teve aumento de 25%. A origem em Franca, no interior paulista, onde há muitos fazendeiros, também serviu de atrativo para a aposta. “Temos um plano de negócios que prevê crescimento consistente em 2021”, afirmou à DINHEIRO o paulistano Alexandre Luís dos Santos, diretor do Consórcio Magalu. “Não seremos maiores que o Magazine Luiza. Mas queremos ser o segundo do grupo.”

A intenção é atender os produtores rurais que, muitas vezes, pretendem adquirir maquinários, mas esbarram na limitação de linhas de crédito e nos juros – nem sempre convidativos – cobrados por bancos, cooperativas de crédito e fabricantes.

Na empresa, a taxa média de administração no setor agrícola varia de 14% a 16%, enquanto que, em imóveis, é de 18%. “Para se ter uma ideia, em um contrato de 200 meses isso vai dar 1% ao ano, enquanto que em um banco, apenas com a reposição da Selic (taxa básica de juros da economia), será em torno de 4% ao ano.”

A taxa mais atrativa, no entanto, ainda não reflete totalmente na carteira de clientes do Consórcio Magalu. Dos 80 mil participantes ativos, apenas 1% (800 pessoas) está em grupos voltados ao setor agrícola. Santos aposta em um crescimento geral de 25% até o fim de 2021, puxado também por cotas de automóveis, veículos pesados, imóveis e eletroeletrônicos. “O segmento de tratores e caminhões, por exemplo, teve aumento de 120%”, disse.

Levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) revelou avanço no total de clientes ativos. De março de 2015 a meados de 2020, o setor cresceu 68,2% no volume de participantes – de 69,5 mil para 116,9 mil. Do total, 60,4% (70,6 mil) eram produtores pessoas físicas; 31,6% (36,9 mil) pessoas jurídicas; e 8% (9,4 mil) outros prestadores de serviços.

Para Paulo Roberto Brossi, presidente da Abac, o avanço está apoiado em fatores como a disponibilização de crédito, prazos e taxas. “No consórcio, por se tratar de autofinanciamento, o participante pode aderir a qualquer momento em grupos em formação ou em andamentos, podendo escolher o período mais adequados às suas necessidades, com opções de créditos”, afirmou.

A e estimativa de crescimento dos grupos agrícolas deve provocar o aumento do tíquete médio do Consórcio Magalu, atualmente em torno de R$ 45 mil. “Como o Magazine Luiza trabalha muito com eletro e eletroeletrônicos, isso acaba reduzindo o tíquete médio”, afirmou o diretor. A ideia é ampliá-lo até o fim do ano para R$ 70 mil, impulsionado por cotas de imóveis. Já no agronegócio o tíquete deve chegar a R$ 150 mil devido ao alto valor dos investimentos em máquinas e terrenos, por exemplo.

Diante da perspectiva de alta nos negócios, a empresa investiu R$ 6 milhões para expansão da estrutura, o que incluiu a abertura de três lojas próprias no Sul – estão previstas mais 15 pelo País até dezembro –, além do apoio operacional dos 1,3 mil pontos pertencentes à holding. A ampliação da área de atuação foi acompanhada pelo aumento de colaboradores. Eram 200 quando Santos, ex-presidente da BB Consórcios, do Banco do Brasil, assumiu, em abril de 2019, e já são 600, número que deve dobrar até dezembro. “Queremos ter um gestor de negócios em cada loja do Magazine Luiza”, disse. Há ainda profissionais que trabalham para o Consórcio Magalu de maneira terceirizada, em seus próprios pontos de vendas.

Divulgação

“Desde junho, nossas vendas têm crescido 10% ao mês. Tivemos mais eficiência e reduzimos as desistências” Alexandre Luís dos Santos, diretor do consórcio Magalu.

A aceleração nos investimentos em 2021 visa recuperar o tempo perdido com a pandemia. O Consórcio Magalu previa crescer 60%, mas teve de rever os planos – os números relativos ao ano ainda não foram divulgados. Diante das limitações impostas pelo isolamento social, a companhia buscou novas maneiras de fazer negócios. “Antecipamos a era digital na empresa. Hoje, não precisamos de espaço físico para vender”, disse Santos. “Desde junho, nossas vendas têm crescido 10% ao mês. Com o trabalho realizado pelos gestores, tivemos uma eficiência maior e reduzimos as desistências dos consorciados.”

Evitar a saída está entre os principais desafios do Consórcio Magalu. “O setor deveria pensar nisso. Ter o cliente como um valor da empresa. E cuidar para que fique até o final do plano.” Os do Consórcio Magalu para o setor agrícola têm duração média de 180 meses, mas é possível encontrar grupos de 24 a 120 meses. A retirada do bem será definida pelo cliente. A cota máxima é de R$ 200 mil e o participante pode adquirir mais de uma.

Independentemente do prazo e da pandemia, o sistema de consórcio parece ter caído no gosto dos brasileiros em 2020. O número de inscritos chegou a 7,7 milhões, recorde na história do modelo, com R$ 150 bilhões em negócios até novembro, segundo a Abac. “O consórcio não é uma dívida, é uma poupança. O cliente tem que olhar a prestação dele, se programar para dar o lance. Ele aprende educação financeira. E acaba trocando o imediatismo pela conscientização”, afirmou o diretor do Consórcio Magalu.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/agro-e-pop-para-o-magalu/

 

Luiza Trajano lidera movimento com meta de vacinar brasileiros até setembro


Crédito: Reprodução - Twitter

Liderado pela empresária Luiza Trajano, o movimento apartidário é composto por empresários e outros atores da sociedade civil (Crédito: Reprodução - Twitter)

A presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, divulgou nesta segunda-feira, 8, em suas redes sociais o programa Unidos pela Vacina. Liderado por ela, o movimento apartidário é composto por empresários e outros atores da sociedade civil. A mobilização trabalha com a meta de que todos brasileiros sejam vacinados até setembro de 2021.O grupo se propõe a reduzir os entraves existentes hoje para a vacinação. “Queremos ajudar a garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do País, superando todo e qualquer obstáculo”, disse, em sua postagem no Instagram.

“O programa Unidos pela Vacina começou com o meu chamado ao Grupo Mulheres do Brasil, com mais de 75 mil mulheres no Brasil e no mundo, e hoje é um movimento da sociedade civil como um todo”, escreveu na publicação.

 

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Trabalhador que recusar vacina pode ser demitido por justa causa, diz MPT


Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 sem apresentar razões médicas poderão ser demitidos por justa causa, diz MPT (Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 sem apresentar razões médicas documentadas poderão ser demitidos por justa causa, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A orientação do órgão é para que as empresas invistam em conscientização e negociem com seus funcionários, mas o entendimento é de que a mera recusa individual e injustificada à imunização não poderá colocar em risco a saúde dos demais empregados.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, embora não possa forçar ninguém a se vacinar, o Estado pode impor medidas restritivas a quem se recusar a tomar o imunizante. Apesar de nenhum governo até o momento ter anunciado sanções aos negacionistas da vacina, essas medidas poderiam incluir multa, vedação a matrículas em escolas e o impedimento à entrada em determinados lugares.

Um guia interno elaborado pela área técnica do MPT segue o mesmo critério. “Como o STF já se pronunciou em três ações, a recusa à vacina permite a imposição de consequências. Seguimos o princípio de que a vacina é uma proteção coletiva. O interesse coletivo sempre vai se sobrepor ao interesse individual. A solidariedade é um princípio fundante da Constituição”, diz o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro.

Ainda assim, a orientação do MPT é de que as demissões ocorram apenas como última alternativa após reiteradas tentativas de convencimento por parte do empregador da importância da imunização em massa.

“Na questão trabalhista é preciso ter muita serenidade. A recusa em tomar vacina não pode ser automaticamente uma demissão por justa causa. Todos temos amigos e parentes que recebem diariamente fake news sobre vacinas. O primeiro papel do empregador é trabalhar com informação para os empregados”, diz o procurador-geral.

Ele lembra que toda empresa precisa incluir em seu Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) o risco de contágio de covid-19 e considerar a vacina no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), a exemplo do uso de máscaras, que já se tornou obrigação básica no ambiente de trabalho desde o começo da pandemia.

“Não são meros protocolos de papel, eles têm que ser levados a sério. É obrigação do empregador ter o fator covid-19 como risco ambiental e a vacina como meio de prevenção. Ter planejamento é fundamental e gera a simpatia dos órgãos de fiscalização”, recomenda.

Balazeiro enfatiza que a exigência da vacina no trabalho deve seguir a disponibilidade dos imunizantes em cada região e o Plano Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, que determina quais grupos têm prioridade na fila da vacinação.

A partir da disponibilidade da vacina para cada grupo, caberá ao trabalhador comprovar a sua impossibilidade de receber o imunizante com a apresentação de laudo médico. Mulheres grávidas, pessoas alérgicas a componentes das vacinas ou portadoras de doenças que afetam o sistema imunológico, por exemplo, podem ser excluídas da vacinação. Nesses casos, a empresa precisará negociar para manter o funcionário em home office. “A saúde não se negocia quanto ao conteúdo, mas sim quanto à forma. Não posso negociar para que uma pessoa não use máscara, mas posso negociar se ela vai ficar em casa. O limite é a saúde, que é um bem coletivo”, acrescenta.

Por isso, para proteger os demais funcionários, o empregador deve impedir a permanência no ambiente de trabalho de quem não se imunizar. “E sem uma recusa justificada, a empresa pode passar ao roteiro de sanções, que incluem advertência, suspensão, reiteração e demissão por justa causa. A justa causa é a última das hipóteses. O guia do MPT não é um convite à punição, mas à negociação e à informação. O que não pode é começar com justa causa nem obrigar ninguém a trabalhar em condições inseguras.”

Na demissão por justa causa, o trabalhador fica sem vantagens da rescisão, com direito apenas ao recebimento do salário e das férias proporcionais ao tempo trabalhado. Por outro lado, fica impedido de receber o aviso prévio e 13.° salário proporcional. Além disso, o empregador não precisa pagar a multa rescisória de 40% do FGTS, enquanto o trabalhador fica barrado de habilitar o seguro-desemprego e sacar o Fundo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Norsk Hydro é alvo de ação coletiva de grupo brasileiro por acusação de poluição


 
 

Norsk Hydro
A Hydro disse nesta terça-feira que responderá às acusações diante da Justiça holandesa, onde a ação foi registrada (Imagem: Flickr/Hydro/Bård Gudim)

 

Cerca de 40 mil brasileiros entraram com uma ação coletiva contra a produtora norueguesa de alumínio Norsk Hydro em meio a acusações de que a companhia teria causado poluição com rejeitos tóxicos na região Norte do país.

A ação foi impetrada por um grupo de comunidades que vivem na região amazônica, no Pará, principalmente membros da chamada Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), que representa cerca de 11 mil famílias.

Eles buscam compensação pelo que chamam de “disposição incorreta de rejeitos tóxicos no rio Murucupi, bem como por outros efeitos da presença das instalações da Norsk Hydro na região”, disse em comunicado a firma de advocacia PGMBM, que representa o grupo.

A Hydro disse nesta terça-feira que responderá às acusações diante da Justiça holandesa, onde a ação foi registrada.

“Os assuntos trazidos à luz pela Cainquiama já estão sendo discutidos junto à Justiça brasileira e autoridades do Brasil”, disse a Hydro em comunicado enviado à Reuters.

“A associação Cainquiama entrou desde 2017 com cinco ações no Brasil contra diferentes empresas da Hydro no país”, acrescentou.

Alunorte

A Hydro possui três instalações no Pará, incluindo a mina de bauxita de Paragominas, sua refinaria Alunorte, onde a bauxita é transformada em alumina, e a Albras, onde as fundições transformam alumina em alumínio.

“As vítimas foram expostas a resíduos tóxicos do processamento de alumínio, que podem causar problemas de saúde, como aumento da incidência de câncer, Alzheimer, doenças de pele, problemas de estômago e diarreia”, disseram os advogados representando a Cainquiama.

A ação também se refere a acusações sobre emissões de rejeitos registradas em 2018 na Alunorte.

A Hydro possui três instalações no Pará, incluindo a mina de bauxita de Paragominas, sua refinaria Alunorte, onde a bauxita é transformada em alumina, e a Albras, onde as fundições transformam alumina em alumínio (Imagem: Flickr/ Hydro)

No início de 2018, a Hydro se desculpou pelo que classificou como liberação “completamente inaceitável” de água não tratada durante fortes chuvas na região da Alunorte, mas negou que isso tenha resultado na contaminação do meio ambiente local.

Nesta terça-feira, a Hydro reiterou que “em relação ao evento relacionado às chuvas de 2018, não houve vazamento e nenhuma evidência de contaminação”.

A liberação não autorizada de água levou autoridades e a Justiça a exigir que a Hydro cortasse a produção de alumina da Alunorte, provocando o desligamento parcial da Albras e resultando em interrupções que duraram mais de 15 meses.

Os advogados que ajuizaram a ação contra a Hydro disseram que seus clientes não entraram com o processo no Brasil porque estavam “frustrados com a falta de progresso no sistema jurídico brasileiro”.

 

 https://www.moneytimes.com.br/norsk-hydro-e-alvo-de-acao-coletiva-de-grupo-brasileiro-por-acusacao-de-poluicao/

 

Com mais bilhões no caixa, Oi terá gordura extra para enfrentar recuperação judicial


 
 

Oi OIBR3 Telecomunicações Operadoras
As intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
 

A Oi (OIBR3; OIBR4) pode respirar mais tranquila se o acordo com o fundo de private equity gerido pelo BTG Pactual (BPAC11) ganhar novos capítulos na saga da operadora, que busca vender sua unidade de fibra, conforme anunciado ao mercado na semana passada.

De acordo com a estrutura de capital escolhida pela Oi, o novo sócio deverá pagar R$ 6,5 bilhões, que vão para o caixa da empresa de comunicação, para ter controle de 51% das ações ordinárias da unidade móvel, a qual possui um valor de mercado estimado de R$ 20 bilhões, sem contar os seus R$ 2,4 bilhões de dívidas, dando ao ofertante 37% do capital total do ativo e 63% à Oi.

Ademais, o ofertante também deverá pagar R$ 5 bilhões em investimentos para os projetos da empresa de fibra óptica.

O fundo de investimento em participações (FIP) Economia Real tem 85 investidores, e sua oferta superou a que fora feita pelo Digital Colony, um grupo americano de comunicação global, que participava da negociação.

Na avaliação da Guide Investimentos, as intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi, uma vez que a companhia terá em torno de R$ 6,5 bilhões em seu caixa.

“O dinheiro contribuirá para o fortalecimento de sua posição de liquidez e por consequência a ajudando a enfrentar o atual processo de recuperação judicial“, reforça o analista Luis Sales, que assina o relatório a clientes.

 

 https://www.moneytimes.com.br/com-mais-bilhoes-no-caixa-oi-tera-gordura-extra-para-enfrentar-recuperacao-judicial/

Lucro do BTG Pactual cresce 24,5% no quarto trimestre e soma R$ 1,258 bilhão



Crise? Cadê? BTG Pactual encerra 2020 com mais receita e lucro (Imagem: LinkedIn/BTG Pactual)

O BTG Pactual (BPAC11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,258 bilhão no quarto trimestre. A cifra representa um crescimento de 24,5% sobre o mesmo período de 2019, e de 23,8% sobre o trimestre de julho a setembro de 2020.

No acumulado de 2020, o lucro líquido ajustado aumentou 5,7% sobre o ano retrasado e somou R$ 4,05 bilhões.

A receita total, no quarto trimestre, foi de R$ 2,825 bilhões, com alta de 13,6% na comparação com um ano atrás. Em 2020, a rubrica somou R$ 9,3 bilhões, 11,6% maior.

O ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio, na sigla em inglês) anualizado ficou em 19,1% entre outubro e dezembro, mesmo patamar de 12 meses antes. Para o acumulado de 2019, o indicador foi de 16,9%, sinalizando uma piora em relação a 2019, quando ficou também em 19,1%.

Veja o relatório de resultados do BTG Pactual.

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Voa, carro, voa


Embraer e Hyundai testam veículos aéreos para uso diário 
 
A inovação proposta é tão radical que vai trazer uma série de implicações legais, comportamentais e urbanísticas

Enquanto a Citroën tenta vencer a batalha da mobilidade do futuro pelo chão, com um veículo que nem é propriamente um carro (conforme post da semana passada, disponível aqui), outras três empresas pretendem fazê-lo pelo alto – literalmente.

Embraer (foto), Hyundai e Uber estão empenhados em construir, para uso urbano, veículos que se deslocam pelo ar – o popular "carro voador" das fantasias infantis e dos desenhos animados (mais detalhes aqui e aqui, para assinantes).

Disrupção à vista?

Se entendermos o conceito em sua acepção mais corriqueira, a de uma inovação radical que muda a vida das pessoas e cria mercados, claro que sim. O que não significa, necessariamente, que Embraer e cia. sairão vencedoras dessa corrida.

O motivo?

Bem, a inovação proposta por elas é tão radical que vai trazer uma série de implicações legais, comportamentais e urbanísticas. E são justamente essas implicações que tornam o projeto mais sujeito ao fracasso.

Não que a aposta em um modal de transporte individual aéreo urbano seja descabida. Mas é que, por serem pioneiras, Embraer, Hyundai e Uber tendem a sofrer toda a sorte de revés, deixando livre o caminho para as seguidoras. Afinal, a inovação é da mesma dimensão da mudança de comportamento exigida para que seja adotada, bem como da adaptação do poder público e da sociedade como um todo: imensa.

Por esses motivos, a aposta da Citroën é obviamente mais viável no curto e médio prazo, e, mesmo que não redefina mercado algum, pode ser suficiente para sustentar a transição da companhia até o futuro à la Jetsons que as companhias anunciam.

É esperar para ver.

 

 https://amanha.com.br/categoria/industria/voa-carro-voa