terça-feira, 15 de junho de 2021

De novo na moda: Chanel vê recuperação pós-pandemia forte


Crédito: Arquivo / Reuters

A Chanel é uma das maiores marcas globais do setor de luxo (Crédito: Arquivo / Reuters)

PARIS/MILÃO (Reuters) – A Chanel acredita que suas vendas crescerão dois dígitos neste ano na comparação com os níveis pré-pandêmicos de 2019, disse o principal executivo financeiro do grupo de luxo francês nesta terça-feira, depois de ver a crise do coronavírus causar uma queda nas vendas em 2020.

A Chanel, conhecida por seus ternos de tweed, suas bolsas de mão acolchoadas e o perfume No. 5, é uma das maiores marcas globais do setor de luxo, que movimentam 340 bilhões de dólares, ao lado da Louis Vuitton, da LVMH.

No ano passado, as vendas totais do grupo totalizaram 10,1 bilhões de dólares, um recuo de 18% (considerando a taxa de câmbio constante), pior do que o registrado por alguns rivais. As rendas da LVMH caíram 16% de 2020, e as da Hermès só regrediram 6%.

“No momento em que falamos, já estamos crescendo dois dígitos neste ano, e não vemos razão para esta tendência mudar”, disse Philippe Blondiaux, executivo financeiro da Chanel, à Reuters, mais um sinal de que os grandes grupos de luxo estão emergindo da crise mais rapidamente do que se esperava inicialmente.

Ele disse que a China e os Estados Unidos, em particular, estão impulsionando a recuperação, que ele viu como mais do que uma disparada temporária provocada pela privação das compras.

“Estamos além do que alguns chamam de compra por vingança, acreditamos que é um ímpeto profundo e duradouro, o que pode não ser verdade para todos os participantes do setor de luxo, mas é verdade para as grandes marcas que continuaram a investir, como fizemos.” 


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Advent investe US$430 milhões na Ebanx

Advent investe US$430 milhões na Ebanx

Advent investe US$430 milhões na Ebanx

Por Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) – Os fundos geridos pela Advent International vão investir 430 milhões de dólares na empresa de pagamentos brasileira Ebanx, financiando seu crescimento na América Latina antes de uma oferta pública inicial de ações planejada para os próximos meses, disse o presidente-executivo da Ebanx nesta terça-feira.

O CEO e cofundador João Del Valle disse que a empresa planeja usar os recursos em aquisições para expandir ainda mais as operações da companhia em países como México, Colômbia e Argentina. A Advent também está comprando uma participação dos investidores existentes da Ebanx.

Os fundos da América Latina, global e de tecnologia da Advent, além da subsidiária Sunley House, estão investindo 400 milhões de dólares na Ebanx neste momento, e a firma de private equity também se comprometeu a investir mais 30 milhões de dólares no futuro IPO da Ebanx nos EUA. A Ebanx deve lançar uma oferta de ações até o no início de 2022, disse Del Valle.

As empresas não divulgaram a avaliação da Ebanx ou o tamanho da participação minoritária adquirida pela Advent.

Fundada em 2012, a Ebanx se concentra principalmente no processamento de pagamentos na América Latina de clientes de sites globais como o AliExpress, do Alibaba, o Airbnb e o serviço de streaming de música Spotify. Globalmente, um de seus pares é a empresa holandesa Adyen NV.

Este ano, a Ebanx deve processar mais de 7 bilhões de dólares em volume total de pagamentos (TPV), dobrando em relação a 2020, acrescentou Del Valle.


Como parte do negócio, a Advent vai nomear um conselheiro para a Ebanx, disse Brenno Raiko, diretor-gerente da Advent no Brasil. “Este é o maior cheque da Advent para uma empresa de tecnologia da América Latina”, afirmou.

Além da Advent e dos três fundadores da Ebanx, a FTV Capital também é investidora da Ebanx, que alcançou o status de unicórnio em 2019.

O negócio é o mais recente exemplo de como os aportes em fintechs brasileiras vivem um momento bastante agitado. Na semana passada, o Nubank anunciou uma rodada de financiamento de 750 milhões de dólares, liderada pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett.


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Na Trybe, mais dinheiro e aquisições para resolver um dos principais gargalos do Brasil


A edtech pretende formar milhares de profissionais de tecnologia no País. Para isso, levantou mais capital e acaba de anunciar a aquisição da desenvolvedora de software Jungle Devs. Matheus Goyas, cofundador e CEO da startup, conta os planos com exclusividade ao NeoFeed


Matheus Goyas, cofundador e CEO da Trybe

O problema é crônico no mundo inteiro, mas, no Brasil, é alarmante. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o País terá um déficit de profissionais de tecnologia que pode chegar a 260 mil até 2024.

Foi de olho nesse gap que a Trybe, uma escola de formação de desenvolvedores, nasceu em agosto de 2019. E surgiu com bons cartões de visita. Investimentos seed e série A que somavam US$ 15,4 milhões até o fim do ano passado. Esse era o montante captado até então revelado. Mas tem mais aí.

Matheus Goyas, cofundador e CEO da Trybe, contou com exclusividade ao NeoFeed que, em janeiro deste ano, a companhia recebeu uma extensão da rodada série A no valor de US$ 6 milhões, liderada pelo Base Partners, o mesmo que investiu em Nubank e Wildlife. E, com esse dinheiro, está indo às compras.

A Trybe Holding, companhia que controla a edtech Trybe e a fintech Trybe SCD, acaba de adquirir 100% da desenvolvedora de softwares Jungle Devs, de Santa Catarina. Parte do pagamento será feita em dinheiro e a outra parte em ações do grupo. O valor do negócio não é revelado.

“As conversas vinham desde o ano passado, mas na época não fizemos a aquisição para não expor a Trybe a um investimento que seria maior do que ela suportava”, diz Goyas ao NeoFeed. O empresário, de 30 anos, soube esperar a hora certa para concretizar o negócio.

A Jungle Devs trabalha majoritariamente com clientes internacionais – 75% de seus projetos são feitos para empresas de fora do Brasil. E tem um modelo que chamou a atenção da Trybe porque mescla essa experiência com clientes estrangeiros com uma dinâmica educacional.

Os funcionários ocupam 75% de seu tempo em projetos específicos de clientes e os outros 25% são direcionados a um programa de formação de quatro anos. Aprendem desde inglês a questões técnicas, com mentoria com os funcionários mais experientes. “É uma empresa escola”, diz Goyas.

Além de absorver parte do conhecimento da companhia com uma perspectiva global, a Trybe também indicará alunos formados para a empresa. “É a mesma lógica de uma residência médica de um hospital”, diz Goyas. Aliás, esse é um dos maiores gargalos da Jungle Devs. “É ter acesso a um pool de pessoas preparadas”, diz Antonio Duarte, cofundador e CEO da Jungle Devs, ao NeoFeed.

A Trybe também deverá alavancar os negócios da Jungle Devs, uma empresa fundada em 2018, hoje com pouco mais de 80 funcionários. “A Trybe vai trazer o relacionamento com investidores e isso é estratégico para a gente”, afirma Duarte.

 

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São, de fato, investidores de referência. Quando buscaram o seed money de US$ 3,7 milhões, Goyas e seus sócios conseguiram atrair fundos como Canary, Maya Capital e e.bricks e Joá (que se uniram e viraram Igah) e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.

Na primeira rodada série A, em janeiro de 2020, quando a Trybe captou US$ 11,7 milhões, entraram fundos como Atlântico, Global Founders Capital, Norte Ventures, e investidores como José Galló e Nizan Guanaes.

O interesse é óbvio. “A Trybe está formando profissionais para a maior demanda do mercado. E o aluno paga depois, quando tiver renda”, diz Guanaes, da N Ideias, ao NeoFeed. E prossegue. “É uma empresa que cumpre papel social e ganha dinheiro.” Trata-se, na opinião de Guanaes, de uma companhia que atua dentro dos preceitos do shared value, o que é fundamental para o sucesso nos novos tempos.

Ela vem para resolver um gap no mercado. Não há um único empresário ou executivo brasileiro que não reclame da falta de profissionais de tecnologia no mercado. Contratar virou quase que um jogo de rouba-monte, dada a escassez de profissionais preparados.

Em recente entrevista ao NeoFeed, Rodrigo Dantas, que vendeu sua startup Vindi para a Locaweb por R$180 milhões, disse que o PIB do Brasil pode parar de crescer caso não forme mais profissionais. Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, também relatou ao NeoFeed o problema da falta de mão de obra nessa área e disse que tem apostado na formação “dentro de casa”.

Além da Trybe, outras empresas têm entrado com força nesse segmento. É o caso da Alura, do empresário Paulo Silveira, que atua na educação voltada para competências tecnológicas; e da Inteli, uma universidade bancada pelos sócios do BTG Pactual, que terá cursos como engenharia da computação, engenharia de software, ciência da computação e sistemas de informação.

Diante da aceleração digital e da necessidade de mais profissionais no mercado, nem mesmo todas juntas conseguem suprir a demanda. Até hoje, a Trybe já formou cerca de 200 profissionais. As primeiras turmas começaram em setembro de 2019 e cada curso dura 12 meses.

Goyas afirma que, do total dos alunos, 96% arrumaram emprego em até 90 dias após a formatura. Empresas como Ambev, Arco Educação, Itaú, Localiza e Méliuz estão entre as que absorveram profissionais saídos do curso da Trybe, que são 100% online e ao vivo.

Toda a grade curricular é montada pelo time da startup, que conta com 235 pessoas. Por enquanto, o único produto é o curso de desenvolvimento de software web. Em 2022, entretanto, a startup planeja ter cursos de desenvolvimento mobile, data science, entre outros voltados para a tecnologia.

A meta da Trybe é ter 3 mil pessoas estudando até o fim de 2021 e, em 2022, dobrar para 6 mil alunos. O preço do curso varia de acordo com o modo de pagamento. À vista, sai por R$ 18 mil. O parcelado, em dez vezes, custa R$ 20 mil. Já o modelo de sucesso compartilhado, pago somente quando o aluno tiver uma renda mensal a partir de R$ 3 mil, é vendido por R$ 36 mil. “Nesse caso, o aluno paga 17% de sua renda por mês”, diz Goyas.

Oitenta e cinco por cento dos alunos que se matriculam optam pelo modelo de sucesso compartilhado. E, como tem emprego sobrando para quem sai do curso, ao que parece, o risco de inadimplência tem sido baixo. Tanto que a Trybe aumentou sua aposta recentemente e, em abril, levantou um FDIC de R$ 50 milhões para bancar essa empreitada.

A vida dentro de uma escola

A história de vida de Goyas, mineiro de Belo Horizonte, se mistura com o setor de educação. Sua mãe, uma professora de português e espanhol, chamada Tânia, dava aula em vários colégios para sustentar a família. De manhã, ela deixava o filho na escola, buscava no horário do almoço e o levava para o colégio onde daria aula a tarde e, em seguida, para onde lecionaria à noite.

“Dos 3 anos aos 14 anos, eu vivia o dia inteiro dentro de escola”, diz Goyas. “Ficava na cantina, na sala dos professores, na secretaria. Vivi a educação a minha vida toda.” Aos 14 anos de idade, ganhou bolsa para estudar no colégio Santo Antônio, um dos mais tradicionais da capital mineira. “Em 2004, quando estava na sétima série, queria fazer as mesmas coisas que os meus amigos nos finais de semana, mas não tinha dinheiro”, diz Goyas.

A saída foi começar a dar aulas particulares de matemática. E ali, naquele ambiente, acabou fazendo amizade com as pessoas se transformariam em seus sócios. Em 2008, ainda na escola, criou ao lado do amigo Rafael Luiz uma escola de tutoria chamada Tire Dúvida.

O negócio foi tocado até 2012, mas os sócios perceberam que era um negócio restrito. “Não tinha o impacto que queríamos”, diz Goyas. Por conta disso, montaram a edtech App Prova para ajudar em testes do Enem. Os alunos faziam testes em um aplicativo e a empresa entregava um relatório com o diagnóstico das matérias que deveriam ser estudadas.

Em 2013, a companhia ganhou o prêmio Startup Brasil; em 2014, foi acelerada pela Fundação Lemann; em 2015, recebeu Série A da Igah; em 2017, o Google investiu na empresa; e, em seguida, a Somos Educação comprou a startup que tinha 5 milhões de usuários e mais de 1 mil instituições de ensino como clientes.

Em 2018, quando a Kroton comprou a Somos, o processo de saída de Goyas e seus sócios foi acelerado por conta de uma cláusula no contrato que estipulava o adiantamento do earn-out em caso de mudança de controle na Somos. No início de 2019, todos estavam prontos para empreender novamente. Dos 74 funcionários da App Prova, 60 acabaram indo para a Trybe.

“É a máfia do pão de queijo”, brinca Goyas. Mas, antes de montar a startup, os sócios viajaram o mundo para mapear o mercado e ver qual problema focariam em resolver. “Eu fui para a para a China, a África do Sul, vários países da Europa, os Estados Unidos e para vários da América Latina. O Rafael foi para o Japão, Coreia do Sul, Austrália.” Cada um foi buscar o que existia de problemas e soluções. Daí veio o problema da empregabilidade. A senha para a criação da Trybe.

O negócio foi estruturado sobre alguns pilares. O primeiro é o da inteligência. No Brasil, as pessoas estudam a mesma coisa que estudavam na década de 1950. Era preciso, portanto, um currículo que conversasse com as demandas dos novos tempos, principalmente das empresas. O segundo era a dedicação exclusiva dos professores. E, por último, um rigoroso processo seletivo.

O processo seletivo tem três etapas. Na primeira, um desafio técnico para o qual a startup dá o “pré-vestibular” de graça para as pessoas. A segunda etapa envolve uma prova de raciocínio lógico e, no final, uma entrevista na qual as habilidades socioemocionais são avaliadas.

Quem acha que é só chegar, responder umas perguntas e pagar a conta, se engana. Desde a sua fundação, das 120 mil pessoas já se aplicaram para estudar na instituição, apenas 2 mil pessoas foram aprovadas.

 

Notre Dame aumenta aposta no Sul com Hospital Maringá


Compra no valor de R$ 92 milhões sucede aquisições em Londrina e em Porto Alegre 
 
Companhia mantém estratégia de crescimento no Sul

A NotreDame Intermédica anunciou que sua subsidiária BCBF adquiriu o Hospital Maringá, na cidade de Maringá (PR), por R$ 92 milhões. Uma parte do pagamento será à vista, em dinheiro, na data de fechamento, descontados o endividamento líquido, outra parcela no prazo de dois anos (sujeito ao atingimento de certas metas operacionais) e uma parcela retida por seis anos para eventuais contingências.

O Hospital Maringá é um dos mais tradicionais da região, contando com uma infraestrutura de 81 leitos (12 UTIs), sete consultórios e seis salas cirúrgicas em um imóvel próprio com uma área total de 6,3 mil metros quadrados. "O Hospital Maringá, em conjunto com a recente aquisição do Hospital do Coração de Londrina, busca impulsionar a presença da companhia na região, através das cidades de Maringá e Londrina, importantes polos de desenvolvimento populacional e econômico do Paraná, e que contam, de forma conjunta, com aproximadamente 1,9 milhão de habitantes e 555 mil beneficiários de planos de saúde", relata o fato relevante.

No ano passado, o Hospital Maringá apresentou uma receita líquida de R$ 42,9 milhões. O plano de integração prevê sinergias operacionais e administrativas com as operações da Clinipam do Paraná. Com o anúncio da transação, a companhia demonstra a intenção em manter sua estratégia de crescimento na região sul. Há uma semana o grupo também anunciou a aquisição do Centro Clínico Gaúcho (CCG) por R$ 1 bilhão.

A consumação da operação está sujeita a certas condições precedentes, no entanto a Notre Dame afirma que não está sujeita à aprovação prévia da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e nem do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

 

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Lojas Colombo compra a catarinense Feirão de Móveis


Aquisição faz parte da estratégia de expansão física no Sul 
 
 
O valor do negócio não foi informado pelas empresas

A Lojas Colombo anunciou a aquisição da catarinense Feirão de Móveis e suas 70 lojas e um centro de distribuição em Palhoça. A compra – liderada pelo vice-presidente Eduardo Colombo e sua equipe com o aval do presidente do Conselho e fundador da rede, Adelino Colombo – só depende, agora, da autorização dos órgãos competentes do setor. O valor do negócio não foi informado pelas empresas.

A aquisição faz parte da estratégia de consolidação de expansão física no Sul bem como do aumento da amplitude do e-commerce em nível nacional. "Ficaremos mais robustos, chegando a 303 lojas, e aumentaremos a eficiência da logística e a agilidade na entrega dos produtos aos consumidores", garante Eduardo. "Queremos aumentar ainda mais nossa qualidade e agilidade na entrega nos mercados em que estamos fisicamente, conquistando corpo nacional para o Sudeste e Nordeste", acrescenta o neto do fundador, Adelino, hoje com 90 anos.

Aos 62 anos, a Lojas Colombo se mantém em fase totalmente ascendente. O Grupo Colombo alcançou faturamento de R$ 1,9 bilhão em 2020, resultado mais de 20% superior a 2019. No próximo dia 23, está programada a abertura de mais uma operação em Viamão e, nas semanas subsequentes, outras 12 serão revitalizadas, incorporando-se a mais 50 unidades reformadas desde janeiro.

A Colombo está presente em 190 municípios do Sul, convertendo-se na oitava rede de eletromóveis do Brasil em 2019, conforme a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. A Colombo é a 107ª maior empresa da região e também a 39ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

 

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Advent adquire fatia da fintech paranaense Ebanx por US$ 430 milhões


Maior parte do aporte será usada para expansão do negócio 
 
Investimento também apoiará potencial IPO nos Estados Unidos

O Ebanx anunciou que recebeu um investimento de US$ 430 milhões feito pela Advent International. Com o acordo, a Advent investe agora US$ 400 milhões e compromete outros US$ 30 milhões para apoiar o futuro IPO da companhia paranaense, a ser realizado nos Estados Unidos. Após o aporte, a Advent entra como sócio minoritário e os fundadores do Ebanx permanecem como majoritários. A FTV Capital, que investiu no Ebanx em outras rodadas, continua entre os sócios.

Por meio das soluções financeiras da fintech, mais de 70 milhões de consumidores latino-americanos já pagaram pelos produtos e serviços de empresas como Spotify, Uber, Shopee, Alibaba e Amazon. A empresa cresceu em um ritmo exponencial nos últimos anos e processou mais de 145 milhões de transações só em 2020.

Desde 2008, a Advent já investiu mais de US$ 5 bilhões em onze empresas de pagamentos e apoiou essas companhias em mais de 40 aquisições.

 

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

MadeiraMadeira compra startup de logística e abre sua temporada de aquisições

 


Depois de receber um aporte de US$ 190 milhões e virar unicórnio, a plataforma online de móveis e artigos para casa inaugura sua estratégia de aquisições com a compra da iTrack Brasil, startup de softwares de rastreamento e roteirização de entregas

 


Guide Shop da MadeiraMadeira, em Curitiba

Em janeiro, quando anunciou um aporte de US$ 190 milhões liderado pelo Softbank e pela Dynamo, a MadeiraMadeira abriu a temporada de unicórnios brasileiros em 2021. Cinco meses depois, com o caixa reforçado, a plataforma online de móveis e produtos para casa está inaugurando uma agenda de aquisições.

A empresa anuncia nesta quarta-feira, 9 de junho, a compra da iTrack Brasil, startup paulistana de softwares para logística. A transação é a primeira aquisição da MadeiraMadeira e marca o início de uma estratégia de crescimento inorgânico da empresa.

O valor da transação não foi revelado. Pelos termos do acordo, que envolveu dinheiro e troca de ações, Daniel Drapac, fundador da iTrack Brasil, permanecerá no comando da startup, que seguirá operando de forma independente, mas compartilhará estruturas de backoffice com a MadeiraMadeira.

“A logística é um dos pilares para destravar o potencial da nossa categoria, que tem entregas muito complexas”, diz Daniel Scandian, cofundador e CEO da MadeiraMadeira, ao NeoFeed. “E a compra da iTrack está alinhada com a necessidade de incorporar tecnologias para lidar com essa questão.”

A aproximação entre as duas empresas teve início quando a MadeiraMadeira passou a adotar parte dos sistemas da iTrack Brasil. A empresa viu nesse portfólio uma alternativa para antecipar o desenvolvimento de softwares destinados à sua área de logística.

Fundada em 2017, a iTrack Brasil tem um portfólio que cobre e ajuda a gerenciar todas as etapas do transporte de mercadorias. O leque inclui desde softwares de rastreamento de carga e de roteirização até um programa de avaliação, mensuração e compensação de emissões de CO2 nas entregas.

Com essa oferta, a empresa tem atualmente uma carteira de 200 clientes e mais de 46 mil motoristas ativos integrados à sua plataforma. A startup já rastreou aproximadamente 3,6 milhões de entregas desde a sua fundação.

“Vamos ser acionistas, mas seguiremos como clientes da iTrack”, conta Scandian. Ele observa que a MadeiraMadeira vai injetar mais recursos na startup, especialmente para ampliar a estrutura de desenvolvedores da operação, além das áreas de vendas e de marketing.

Daniel Scandian, cofundador e CEO da MadeiraMadeira

A aquisição da iTrack Brasil integra os investimentos da MadeiraMadeira para consolidar a Bulky Log, seu braço de logística, criado há pouco mais de dois anos. Hoje, a divisão já conta com 14 unidades, entre centros de distribuição e operações de última milha.

Essa malha conta ainda com uma unidade de 35 mil metros quadrados, em Jundiaí (SP). No local, a companhia está tocando um projeto-piloto de serviços de fulfillment há dois meses, com sete clientes. A ideia é estender essa oferta, gradativamente, a outras empresas da sua base.

Até o fim de 2021, a empresa planeja ampliar essa estrutura de logística em até 50%. A expansão vai priorizar regiões como o estado de São Paulo e pode passar ainda por investimentos no Nordeste. Nesse caminho, estão previstos outros dois centros de oferta de fulfillment.

Hoje, a MadeiraMadeira tem cerca de 10 mil vendedores e uma oferta de mais de 2,5 milhões de itens em sua plataforma. Em menos de cinco meses, a empresa saiu de um quadro de 900 funcionários para 1,8 mil profissionais, muitos deles, alocados nas operações de logística.

“A logística é o grande desafio para as plataformas online da categoria”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Além dos gargalos tradicionais de infraestrutura, ele destaca que questões como tamanho e materiais envolvidos complicam ainda mais as entregas.

Ao mesmo tempo, empresas como a MadeiraMadeira ainda não têm a capilaridade de rivais tradicionais, que contam com a estrutura de suas lojas físicas para apoiar a logística. “Fica inviável entregar um produto em estoque em dez dias se uma Tok&Stok fizer o mesmo em 48 horas.”

Aquisições, lojas físicas e marca própria

Em um contexto mais amplo, a compra da iTrack Brasil é parte da estratégia de aquisições da MadeiraMadeira, que começou a tomar forma em 2020, com a montagem de um time destinado a essa frente. Essa questão ganhou fôlego com o aporte captado no início do ano.

Assim como aconteceu nesse primeiro acordo, um dos critérios será manter os fundadores à frente dos ativos adquiridos. “Nossos investidores sempre nos deram muita autonomia”, diz Scandian. “E queremos replicar esse modelo com os empreendedores que trouxermos para operação.”

Além do alinhamento desses empreendedores com a estratégia da MadeiraMadeira, as aquisições terão como foco áreas como tecnologia, logística e a oferta de serviços complementares, mais relacionados ao dia a dia da operação.

“Não vemos nenhum acordo transformacional. A ideia é acelerar o que já estamos fazendo”, afirma Scandian. Ele acrescenta que não há limite para o tamanho dos cheques a serem assinados, bem como para o número de aquisições. “No momento, temos meia dúzia de conversas mais avançadas.”

Uma parcela do montante levantado junto aos investidores será reservada à expansão das Guide Shops, lojas físicas da marca. O formato começou a ser estruturado em 2020 e inclui unidades, em média, de 170 metros quadrados, nas quais os consumidores têm acesso a parte do catálogo ofertado.

Atualmente, a MadeiraMadeira tem 42 Guide Shops e a projeção é encerrar 2021 com uma rede de 120 lojas. Além de reforçar a presença no Sul e no Sudeste, especialmente no estado de São Paulo, a empresa também avalia levar o modelo para a região Nordeste.

A MadeiraMadeira tem cerca de 10 mil vendedores e uma oferta de mais de 2,5 milhões de itens em sua plataforma

Outra prioridade é a construção da marca própria da companhia, lançada recentemente. Com móveis e outros itens de preço mais acessível, essa oferta conta com aproximadamente 400 produtos e já responde por 20% das vendas da empresa.

Com todas essas iniciativas, a MadeiraMadeira é uma das empresas que estão buscando ampliar a fatia do online no mercado de móveis e decoração, que movimenta, anualmente, cerca de R$ 90 bilhões no País, segundo a consultoria IEMI Inteligência de Mercado.

Além de nomes tradicionais, que começam a migrar para o online, a MadeiraMadeira disputa a preferência dos consumidores com duas rivais que nasceram no digital e abriram capital recentemente: Mobly e Westwing, que levantaram, respectivamente, R$ 812 milhões e R$ 1,16 bilhão em seus IPOs.

As duas companhias também estão destinando parte dessas cifras à logística. A Mobly ampliou a malha da Mobly Log, sua empresa voltada à última milha, com dois centos de distribuição e planeja adicionar ao menos mais uma unidade a essa estrutura ainda nesse ano.

Já a Westwing também planeja reforçar sua malha logística, batizada de Westlog. Atualmente, essa estrutura inclui um centro de distribuição, um hub urbano em São Paulo e uma frota de veículos próprios e de parceiros responsável pelas entregas na Grande São Paulo.

 

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