quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Ativos brasileiros serão penalizados em 2022, mas sinais de presidenciáveis podem amenizar pressão, diz Rio Bravo

Empresas brasileiras perderam R$ 719 bi na Bolsa em 2021. Veja lista

SÃO PAULO (Reuters) – Os ativos brasileiros ainda devem ser penalizados neste ano, como é típico em período eleitoral, mas algumas sinalizações iniciais de presidenciáveis sobre âncora fiscal e preços já descontados podem limitar os sobressaltos ao longo de 2022, avaliou nesta quinta-feira o economista da gestora Rio Bravo João Leal.

Mesmo fatores externos, sobretudo o provável início do aperto monetário nos Estados Unidos em meio a uma inflação elevada, parecem estar mais no preço, amenizando, assim, eventual impacto adicional sobre os mercados domésticos, disse o economista.

Para Leal, o foco dos investidores hoje está nas indicações de como o futuro presidente da República lidará com uma “dura” restrição orçamentária em 2023.

O economista disse que acenos feitos na véspera pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a potenciais aliados de campos políticos tradicionalmente rivais enviaram um sinal positivo ao mercado sobre gestão mais responsável das contas públicas, mas que ainda há informações “desencontradas” acerca do tema vindas de economistas próximos ao petista.

“Sim, talvez a situação das contas públicas no ano que vem… haja uma gestão de responsabilidade fiscal, com Lula trazendo Geraldo (Alckmin) como vice-presidente. Talvez a gente tenha, se Lula eleito, um governo mais pragmático, mais perto do que foi 2002.”

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/ativos-brasileiros-serao-penalizados/


 

Cinco cursos gratuitos e online para se tornar um gerente de projetos



Com alta demanda e escassez de talentos, o Project Management Institute Brasil ajuda os profissionais a se destacarem neste mercado cada dia mais aquecido

 


Nos últimos anos, diversas empresas têm passado por um processo de transformação organizacional. O termo reflete a necessidade de atualização em pontos cruciais de uma empresa, como cultura, valores e processos, a fim de tornar suas ações e propósitos mais coerentes não apenas com as exigências do mercado, mas da sociedade como um todo.

Megatendências globais, como a crise climática, o avanço da tecnologia e as mudanças geracionais, são fatores que colocam a transformação em pauta. Adicionalmente, os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus aceleraram, mais do que nunca, essa necessidade de adequação.

O relatório Pulse of the Profession® 2021, elaborado anualmente pelo Project Management Institute (PMI), a associação profissional líder mundial para uma comunidade crescente de milhões de profissionais de projetos e agentes de mudança em todo o mundo, revelou que as chamadas “empresas ágeis” conseguiram alcançar o sucesso ao mudar de maneira mais ágil e flexível em comparação com as empresas tradicionais, mesmo diante de um cenário tão adverso.

Conforme descrito na pesquisa, essas são aquelas organizações líderes, capazes de prosperar, pois se concentram nos resultados em vez de no processo, com uma noção clara de como equilibrar estrutura e governança, enquanto abraçam a mudança.

Elas capacitam seus colaboradores para que isso aconteça, permitindo que eles dominem diferentes formas de trabalho e se tornem profissionais completos, elevando suas habilidades de poder e se tornando agentes de mudanças.

Gerente de projetos: alta demanda, poucos profissionais

Os projetos e os agentes de mudança que os colocam em prática desempenham um papel vital no processo de transformação organizacional. “Todas as empresas fazem projetos, seja para implementar um sistema, um programa de educação ou um plano vacinal”, exemplifica Ricardo Triana, diretor-geral do PMI.

São ações complexas que, geralmente, demandam o envolvimento de diversas áreas, assim como o desenvolvimento e o acompanhamento de recursos, cronogramas, orçamento, além de agilidade e flexibilidade para lidar com problemas e sugerir soluções assertivas.

“É importante ter a habilidade e o conhecimento de como fazer a integração entre todos esses aspectos. É isso que faz um gerente de projetos”, completa o executivo.

Por isso, aumentar a qualificação da força de trabalho e capacitar uma nova geração de talentos com habilidades de gerenciamento de projetos é ponto vital para o sucesso econômico e a longevidade das empresas.

De acordo com outro estudo, o “Talent Gap: Ten-Year Employment Trends, Costs, and Global Implications”, também desenvolvido pelo PMI, o aumento no número de empregos que exigem habilidades específicas e as taxas de aposentadoria devem criar uma demanda global de 25 milhões de novos profissionais de projetos até 2030.

No Brasil, é esperada, a cada ano, a abertura de 27.317 vagas de emprego orientadas para a gestão de projetos (PMOE). Entretanto, o país pode enfrentar uma escassez de 1,9 milhão de profissionais na área até 2030, segundo Ricardo Triana.

Em um esforço para capacitar mais líderes de projetos, assim como suas equipes e o público mais amplo de agentes de mudança, em todos os níveis e setores, o PMI trabalha em quase todos os países do mundo para amadurecer ainda mais a profissão com padrões reconhecidos globalmente, certificações, comunidades, recursos, ferramentas, pesquisa acadêmica, publicações, cursos de desenvolvimento profissional e oportunidades de networking.

“Precisamos qualificar profissionais com conhecimentos de gerenciamento de projetos. E, adicionalmente, fomentar essas habilidades nos outros profissionais que vão fazer parte do time de projetos”, diz o diretor-geral do PMI.

Confira, abaixo, cinco cursos gratuitos e online oferecidos que vão capacitar profissionais a apoiar e liderar mudanças, ajudando suas organizações a seguir em constante evolução e modernização:

1 - KICKOFF: um programa gratuito, destinado ao desenvolvimento de competências de gestão de projetos em toda a empresa, uma característica essencial para o novo ecossistema de trabalho. Disponível em português e entregue online em apenas 45 minutos para quem quer aprender rapidamente os fundamentos da gestão estratégica e eficaz de projetos e alcançar resultados tangíveis para qualquer projeto, em qualquer setor. Você pode acessar o KICKOFF gratuitamente no PMI.org para baixar tutoriais e modelos, e efetivamente lançar um projeto do início ao fim. Após a conclusão, os participantes recebem um crachá digital como certificado, que pode ser compartilhado em seus perfis nas redes sociais.

2 - Noções básicas de DA (Disciplined Agile): disponível em português, o kit de ferramentas Disciplined Agile (DA) fornece orientação direta para ajudar você e sua organização a otimizar seus processos de maneira sensível ao contexto, fornecendo uma base sólida para a agilidade dos negócios.

3 - Project Management for Beginners: disponível em inglês e destinado a iniciantes, fornece a você o conhecimento básico necessário para ingressar em uma equipe de projeto ou dar o primeiro passo no caminho para uma carreira em gerenciamento de projetos. Fornece, também, uma visão geral da terminologia e inclui tópicos básicos, como a importância dos projetos, como os ambientes influenciam o sucesso do mesmo e a função do gerente de projetos.

4 - Business Continuity: oferecido em inglês, tem o objetivo de ajudar você e a empresa em que trabalha a se adaptarem, em tempo real, para garantir que as equipes remotas estejam engajadas e a colaboração virtual seja produtiva.

Com mais empresas com funcionários em regime de home office e eventos do setor se tornando virtuais, a pandemia de covid-19 criou uma necessidade imediata de repensar como trabalhar e fazer negócios. Por isso, o curso oferece uma coleção de recursos relevantes para ajudar tanto líderes quanto colaboradores a se adaptarem neste momento desafiador.

5 - Free Introduction: Basics of Disciplined Agile: nessa introdução rápida, em inglês, são apresentadas as noções básicas do Disciplined Agile e como ele pode ajudar você, sua equipe e sua organização. O treinamento ajuda as companhias a aplicar o método na prática e ensina estratégias complementares para otimizar a eficácia da abordagem escolhida. Além disso, é possível ter um vislumbre do que pode ser aprendido no curso online completo, Noções básicas da Disciplina Agile, e seus benefícios para a equipe e organização.

 

 https://exame.com/carreira/cinco-cursos-gratuitos-e-online-para-se-tornar-um-gerente-de-projetos/

Gerdau vai investir R$ 200 milhões em usina no Rio Grande do Sul


A usina tem capacidade para 450 mil toneladas de aço bruto e de 495 mil toneladas de produtos acabados

 


A Gerdau anunciou nesta quinta-feira investimento de 200 milhões de reais na usina que possui em Sapucaia do Sul (RS) para modernização e reforma da aciaria.

 A companhia afirmou que as atividades na aciaria da unidade serão interrompidas em fevereiro, com retorno previsto para o início de 2023, após a conclusão dos investimentos e reformas previstas.

A usina tem capacidade para 450 mil toneladas de aço bruto e de 495 mil toneladas de produtos acabados, incluindo vergalhão, fio-máquina, barras, trefilados e pregos, afirmou a Gerdau em comunicado à imprensa.

A empresa afirmou que os recursos serão usados para "modernização das instalações da aciaria", implementação de tecnologias de digitalização e outras melhorias que incluem atualização de sistema de despoeiramento.

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

EUA: Kraft Heinz conclui aquisição de 85% na startup de tecnologia Just Spices

O acordo proposto foi anunciado pela primeira vez em 10 de dezembro de 2021.

 

A companhia de alimentos Kraft Heinz, dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira que concluiu a aquisição de uma participação de 85% na empresa de tecnologia Just Spices, com sede na Alemanha. Os 15% restantes foram mantidos entre os três fundadores da startup, que continuarão atuando na empresa. O acordo proposto foi anunciado pela primeira vez em 10 de dezembro de 2021.

Lançada em 2014, a Just Spices é uma startup com vendas anuais de aproximadamente 60 milhões de euros. Com mais de 170 produtos no portfólio, a empresa oferece misturas de especiarias, molhos para salada, kits de refeições rápidas e ofertas orgânicas. Atualmente, a Just Spices vende em torno de 70% de suas misturas de especiarias prontas diretamente aos consumidores e, além de lojas físicas, também tem o modelo de compra online na Alemanha, Espanha, Áustria e Suíça. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

 


sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Boeing quer construir seu próximo avião no ‘metaverso’



Por Eric M. Johnson e Tim Hepher


SEATTLE/PARIS (Reuters) – Na fábrica do futuro da Boeing, projetos imersivos de engenharia 3D serão combinados com robôs que se comunicam, enquanto mecânicos serão conectados em todo o mundo por headsets HoloLens de 3.500 dólares fabricados pela Microsoft <MSFT.O >.

Tudo isso faz parte da nova estratégia ambiciosa da fabricante de aeronaves para unificar as amplas operações de design, produção e serviços aéreos em um único ecossistema digital – em apenas dois anos.

A empresa entra em 2022 lutando para reafirmar seu domínio na engenharia, após a crise do 737 MAX, enquanto lança bases para um futuro programa de aeronaves. Também visa prevenir futuros problemas de fabricação, como as falhas estruturais que cercaram seu 787 Dreamliner no ano passado.

“É sobre reforçar a engenharia”, disse o chefe de engenharia da Boeing, Greg Hyslop, à Reuters em sua primeira entrevista em quase dois anos. “Nós estamos conversando sobre mudar o jeito que trabalhamos por toda a companhia”.

Empresas como a Ford e a Meta, dona do Facebook, estão aderindo a um mundo virtual imersivo algumas vezes chamado de metaverso – um espaço digital compartilhado que muitas vezes usa realidade virtual ou realidade aumentada e é acessível através da internet.

Como a Airbus, a aposta da Boeing para sua próxima nova aeronave é construir e conectar réplicas virtuais tridimensionais do jato e um sistema de produção capaz de executar simulações.

A revisão de práticas pode trazer mudanças poderosas. Mais de 70% dos problemas de qualidade na Boeing remontam a algum tipo de problema de design, disse Hyslop. A Boeing acredita que essas ferramentas digitais serão essenciais para trazer uma nova aeronave, do zero ao mercado, em apenas quatro ou cinco anos.

Ainda assim, o plano enfrenta enormes desafios. Alguns críticos apontam para problemas técnicos no mini-jumbo 777X da Boeing e no jato de treinamento militar T-7A RedHawk, que foram desenvolvidos usando ferramentas digitais.

A Boeing também deu muita ênfase aos retornos para os acionistas às custas de um domínio na engenharia e continua a cortar gastos com pesquisa e desenvolvimento, disse o analista do Teal Group, Richard Aboulafia.

A própria Boeing começou a entender que tecnologia digital sozinha não vai resolver todos os problemas, e que ela precisa vir em conjunto com mudanças organizacionais e de cultura por toda a companhia, fontes da indústria disseram.

A empresa recentemente contratou a engenheira Linda Hapgood para supervisionar a “transformação digital”.

A Boeing “construiu” os primeiros jatos T-7A em simulação, seguindo um projeto modelo. O T-7A foi lançado no mercado em apenas 36 meses. Mesmo assim, o programa está lutando contra a escassez de peças, atrasos no projeto e requerimentos de testes adicionais.

“Este é um jogo longo”, disse o engenheiro-chefe da Boeing, Greg Hyslop. “Cada um desses esforços estava resolvendo parte do problema. Mas agora o que queremos é fazer de ponta a ponta.”

(Reportagem de Eric M. Johnson, em Seattle e Tim Hepher em Paris; edição de Matthew Lewis)

 

 

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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Ações europeias ampliam rali recorde após conversa entre Xi e Biden; Prosus e Kering oferecem impulso


Ações europeias ampliam rali recorde após conversa entre Xi e Biden; Prosus e Kering oferecem impulso

Bolsa de Valores de Frankfurt


(Reuters) – Alguns índices de ações europeus ampliaram seu rali recorde nesta terça-feira, impulsionados pelas ações da investidora de tecnologia holandesa Prosus e pelo grupo de luxo francês Kering, ajudados ainda pelo otimismo sobre algum alívio das tensões entre Estados Unidos e China.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,2%, a 1.893 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,17%, a 489 pontos.

A Prosus saltou 4,2% após prever lucro maior para o primeiro semestre de 2022, pois levantou 12,3 bilhões de dólares com a venda de parte de sua participação na Tencent em abril.

A Kering ficou no topo do índice francês CAC 40, ganhando 4,4% depois que sua principal marca, Gucci, disse esperar que as receitas de 2021 fiquem em linha ou acima dos níveis pré-pandemia. O HSBC elevou a ação da empresa para “compra”.

Os mercados permaneceram otimistas durante o dia, que começou com a notícia de uma reunião importante entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder chinês Xi Jinping, que foi vista como uma evidência de melhora no relacionamento tenso entre os dois países.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,34%, a 7.326,97 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,61%, a 16.247,86 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,34%, a 7.152,60 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,23%, a 27.804,93 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,61%, a 9.040,20 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,17%, a 5.654,18 pontos.


https://www.istoedinheiro.com.br/acoes-europeias-ampliam-rali/


Como o Grupo Fleury está criando “o maior marketplace” de saúde do Brasil


Plataforma Saúde iD oferece consultas remotas, agendamento de consultas de especialidades, compra de exames com descontos e até aquisição de cirurgias. Hans Lenk, CEO da Saúde iD, explica os próximos passos

Poucos setores passaram por transformações tão intensas nos últimos anos quanto a saúde. Cirurgias realizadas por robôs, exames de alta precisão e medicamentos cada vez mais sofisticados abriram novas perspectivas para médicos e pacientes.

Com a pandemia, as inovações tecnológicas ganharam ainda mais velocidade. O ambiente digital – e as diversas possibilidades trazidas por ele – passou a ser um aliado tão eficaz quanto indispensável.

Em sintonia com a nova realidade, o Grupo Fleury lançou em setembro do ano passado a startup Saúde iD, uma plataforma digital que permite a realização de consultas por telemedicina, compra de exames, descontos em medicamentos e até a compra de cirurgias, além de muitos outros serviços.

“Somos, acima de tudo, uma plataforma que tem como principal objetivo unir usuários com prestadores, e fazer com que eles tenham uma interação de sucesso”, diz Hans Lenk, CEO da Saúde iD.

Na entrevista a seguir, Lenk detalha as soluções oferecidas pela plataforma, revela quais são os planos daqui por diante e analisa os novos desafios do setor da saúde no pós-pandemia.

 

Como surgiu a ideia da plataforma Saúde iD?

 
Começamos a avaliar em 2017 modelos de negócios para o Fleury ampliar a sua atuação. Em 2018, o Fleury comprou a SantéCorp, empresa especializada em soluções para a gestão de saúde. Em paralelo, mapeamos o que havia de melhor no mundo para eventualmente adaptar a estratégia à realidade brasileira. No início de 2020, veio a pandemia e iniciamos o nosso produto de telemedicina, que já era o passo inicial para a plataforma. Em setembro de 2020, lançamos a Saúde iD e rapidamente nos tornamos um dos principais players do Brasil em telemedicina.

 

Qual é o volume de atendimentos em telemedicina hoje em dia?

 
Fazemos atualmente entre 40 mil e 60 mil atendimentos por mês. O ponto não é só volume. Nosso NPS (Net Promoter Score, indicador que mede o nível de satisfação dos clientes) está acima de 80, o que é fantástico para a área de saúde. Já o índice de resolutividade é superior a 90% – ou seja, eu soluciono o caso do paciente sem que ele precise se deslocar ao hospital ou ao consultório físico. Isso gera uma experiência fenomenal para o usuário, porque ele foi atendido por um médico no conforto da sua casa.

Hans Lenk, CEO da Saúde iD

Qual é o efeito prático de números como esses para o sistema de saúde?

 
Com a telemedicina eficiente, nós ajudamos a desafogar e desonerar o sistema de saúde, porque possivelmente o usuário iria para o pronto-socorro, seja ele público ou privado. Isso, porém, é apenas uma das frentes da plataforma Saúde iD. Há muitas outras. A Saúde iD é uma empresa de telemedicina? Não, mas nós temos telemedicina. É um marketplace? Não, mas temos um marketplace. Somos, acima de tudo, uma plataforma que tem como principal objetivo unir usuários com prestadores, e fazer com que eles tenham uma interação de sucesso, em uma verdadeira relação “ganha-ganha”. Esse é a nossa missão.

 

Quais soluções a plataforma oferece?

 
O nosso marketplace tem três verticais principais de negócios. Uma delas é consulta, seja no Pronto Atendimento Digital ou presencial. A segunda vertical é oferecer exames a um preço competitivo e com qualidade. O terceiro ponto são os procedimentos de baixa complexidade e alta previsibilidade de desfecho, como cirurgias de vesícula, varizes, alguns tipos de hérnias e de olhos, entre outras.

 

A ideia, portanto, é que o usuário encontre diversos tipos de serviços e produtos em um mesmo lugar?

 
A plataforma se prontifica a ser um lugar seguro para a pessoa fazer toda a coordenação da jornada de saúde dela. A partir dos dados que disponho, incluindo histórico de consultas, utilização de medicamentos e uso do sistema de saúde, eu consigo, com a ajuda da tecnologia, ter um retrato preciso do usuário e identificar as necessidades dele. Se a pessoa precisar de algo em termos de saúde, certamente irá encontrar o que deseja dentro da plataforma.

 

A plataforma mantém parcerias com outras empresas?

 
Sim, com várias delas. O sucesso de Saúde iD depende de parcerias com diversas empresas. Fechamos um acordo com a AIG, que permitirá aos segurados da empresa acessar o nosso serviço de Pronto Atendimento Digital. Também assinamos uma parceria com a Smiles, que passará a oferecer para os seus clientes os produtos da Saúde iD.

“A conta é a seguinte: apenas 25% da população do Brasil têm plano de saúde, ou seja, estou falando dos outros 75%. É um mercado estimado entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões”

 

Que público que a plataforma espera alcançar?

 
A conta é a seguinte: apenas 25% da população do Brasil têm plano de saúde, ou seja, estou falando dos outros 75%. É um mercado estimado entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões. O segmento, obviamente, traz muitos desafios. Para alguns brasileiros, fazer o download de um app no celular pode ser algo complicado, já que muitas vezes o aparelho ou a conexão sequer comportam um aplicativo pesado. Para eu engajar essa pessoa, preciso ser muito eficiente. É isso o que buscamos. Além de ter como missão aumentar o acesso a saúde de quem não tem um plano de saúde, nós também somos uma alternativa para o segmento da população que tem plano de saúde, mas precisa gastar do bolso, seja por questões de restrição de rede ou co-participação.

Como a plataforma gera receitas?

 
Pense no Mercado Livre. Funcionamos com a mesma lógica, o mesmo modelo de negócio. O Saúde iD é uma plataforma remunerada por uma taxa de transação. Nesse sentido, não cobramos nada pela coordenação da jornada do usuário.

A plataforma mantém parcerias com redes de farmácias?

 
Sim, temos parceria com a ePharma e com a Pague Menos. Além de vender medicamentos com descontos, lançamos o serviço de atendimento dentro das farmácias Pague Menos. Para isso, usamos dispositivos portáteis desenvolvidos pela empresa israelense TytoCare que permitem a realização de exames físicos, como ausculta cardíaca e pulmonar e avaliação de garganta e ouvido, entre outros. O usuário da Pague Menos vai na farmácia e, num box exclusivo, consegue fazer os exames. Isso é o que chamamos de telemedicina ampliada.

A telemedicina ampliada parece oferecer inúmeras possibilidades.

 
Sim. Pretendemos, por exemplo, lançar contêineres para espalhar o conceito de telemedicina ampliada para áreas públicas. Também planejamos ofertar o serviço para pequenas e médias empresas que não conseguem bancar um médico full time na empresa. Como os dispositivos da TytoCare, tudo isso passa a ser possível.

A pandemia acelerou a transformação digital da saúde no Brasil?

 
Com certeza. Desde o início da pandemia, vimos surgir uma quantidade impressionante de startups na área de saúde. Estimo que hoje existam mais de mil empresas dedicadas a esse ramo de negócio. A pandemia confirmou várias hipóteses. Uma delas é que o brasileiro aprecia a praticidade da tecnologia. Atualmente, você vê os consumos nas plataformas e marketplaces crescer trimestre atrás de trimestre. Com a telemedicina é a mesma coisa. É uma evolução contínua e sustentável.

Para mais informações, clique aqui.

 

 https://neofeed.com.br/blog/home/como-o-grupo-fleury-esta-criando-o-maior-marketplace-de-saude-do-brasil/