Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
SÃO PAULO (Reuters) – Os ativos brasileiros ainda devem
ser penalizados neste ano, como é típico em período eleitoral, mas
algumas sinalizações iniciais de presidenciáveis sobre âncora fiscal e
preços já descontados podem limitar os sobressaltos ao longo de 2022,
avaliou nesta quinta-feira o economista da gestora Rio Bravo João Leal.
Mesmo fatores externos, sobretudo o provável início do aperto
monetário nos Estados Unidos em meio a uma inflação elevada, parecem
estar mais no preço, amenizando, assim, eventual impacto adicional sobre
os mercados domésticos, disse o economista.
Para Leal, o foco dos investidores hoje está nas indicações de como o
futuro presidente da República lidará com uma “dura” restrição
orçamentária em 2023.
O economista disse que acenos feitos na véspera pelo ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva a potenciais aliados de campos políticos
tradicionalmente rivais enviaram um sinal positivo ao mercado sobre
gestão mais responsável das contas públicas, mas que ainda há
informações “desencontradas” acerca do tema vindas de economistas
próximos ao petista.
“Sim, talvez a situação das contas públicas no ano que vem… haja uma
gestão de responsabilidade fiscal, com Lula trazendo Geraldo (Alckmin)
como vice-presidente. Talvez a gente tenha, se Lula eleito, um governo
mais pragmático, mais perto do que foi 2002.”
Com alta demanda e
escassez de talentos, o Project Management Institute Brasil ajuda os
profissionais a se destacarem neste mercado cada dia mais aquecido
Por exame.solutions
Alta demanda e escassez de talentos: no Brasil, a expectativa é de 27.317 vagas anuais de emprego orientadas para a gestão de projetos (10'000 Hours/Getty Images)
Nos últimos anos, diversas
empresas têm passado por um processo de transformação organizacional. O
termo reflete a necessidade de atualização em pontos cruciais de uma
empresa, como cultura, valores e processos, a fim de tornar suas ações e
propósitos mais coerentes não apenas com as exigências do mercado, mas
da sociedade como um todo.
Megatendências globais, como a crise
climática, o avanço da tecnologia e as mudanças geracionais, são fatores
que colocam a transformação em pauta. Adicionalmente, os desafios
impostos pela pandemia do novo coronavírus aceleraram, mais do que
nunca, essa necessidade de adequação.
O relatório Pulse of the Profession® 2021, elaborado anualmente pelo Project Management Institute
(PMI), a associação profissional líder mundial para uma comunidade
crescente de milhões de profissionais de projetos e agentes de mudança
em todo o mundo, revelou que as chamadas “empresas ágeis” conseguiram
alcançar o sucesso ao mudar de maneira mais ágil e flexível em
comparação com as empresas tradicionais, mesmo diante de um cenário tão
adverso.
Conforme descrito na pesquisa, essas são
aquelas organizações líderes, capazes de prosperar, pois se concentram
nos resultados em vez de no processo, com uma noção clara de como
equilibrar estrutura e governança, enquanto abraçam a mudança.
Elas capacitam seus colaboradores para
que isso aconteça, permitindo que eles dominem diferentes formas de
trabalho e se tornem profissionais completos, elevando suas habilidades
de poder e se tornando agentes de mudanças.
Gerente de projetos: alta demanda, poucos profissionais
Os projetos e os agentes de mudança que os colocam em prática
desempenham um papel vital no processo de transformação organizacional.
“Todas as empresas fazem projetos, seja para implementar um sistema, um
programa de educação ou um plano vacinal”, exemplifica Ricardo Triana,
diretor-geral do PMI.
São ações complexas que, geralmente, demandam o envolvimento de
diversas áreas, assim como o desenvolvimento e o acompanhamento de
recursos, cronogramas, orçamento, além de agilidade e flexibilidade para
lidar com problemas e sugerir soluções assertivas.
“É importante ter a habilidade e o
conhecimento de como fazer a integração entre todos esses aspectos. É
isso que faz um gerente de projetos”, completa o executivo.
Por isso, aumentar a qualificação da
força de trabalho e capacitar uma nova geração de talentos com
habilidades de gerenciamento de projetos é ponto vital para o sucesso
econômico e a longevidade das empresas.
De acordo com outro estudo, o “Talent Gap: Ten-Year Employment Trends, Costs, and Global Implications”,
também desenvolvido pelo PMI, o aumento no número de empregos que
exigem habilidades específicas e as taxas de aposentadoria devem criar
uma demanda global de 25 milhões de novos profissionais de projetos até
2030.
No Brasil, é esperada, a cada ano, a
abertura de 27.317 vagas de emprego orientadas para a gestão de projetos
(PMOE). Entretanto, o país pode enfrentar uma escassez de 1,9 milhão de
profissionais na área até 2030, segundo Ricardo Triana.
Em um esforço para capacitar mais líderes
de projetos, assim como suas equipes e o público mais amplo de agentes
de mudança, em todos os níveis e setores, o PMI trabalha em quase todos
os países do mundo para amadurecer ainda mais a profissão com padrões
reconhecidos globalmente, certificações, comunidades, recursos,
ferramentas, pesquisa acadêmica, publicações, cursos de desenvolvimento
profissional e oportunidades de networking.
“Precisamos qualificar profissionais com conhecimentos de
gerenciamento de projetos. E, adicionalmente, fomentar essas habilidades
nos outros profissionais que vão fazer parte do time de projetos”, diz o
diretor-geral do PMI.
Confira, abaixo, cinco cursos gratuitos e online oferecidos que vão
capacitar profissionais a apoiar e liderar mudanças, ajudando suas
organizações a seguir em constante evolução e modernização:
1 -KICKOFF: um
programa gratuito, destinado ao desenvolvimento de competências de
gestão de projetos em toda a empresa, uma característica essencial para o
novo ecossistema de trabalho. Disponível em português e entregue online
em apenas 45 minutos para quem quer aprender rapidamente os fundamentos
da gestão estratégica e eficaz de projetos e alcançar resultados
tangíveis para qualquer projeto, em qualquer setor. Você pode acessar o
KICKOFF gratuitamente no PMI.org
para baixar tutoriais e modelos, e efetivamente lançar um projeto do
início ao fim. Após a conclusão, os participantes recebem um crachá
digital como certificado, que pode ser compartilhado em seus perfis nas
redes sociais.
2 - Noções básicas de DA (Disciplined Agile): disponível
em português, o kit de ferramentas Disciplined Agile (DA) fornece
orientação direta para ajudar você e sua organização a otimizar seus
processos de maneira sensível ao contexto, fornecendo uma base sólida
para a agilidade dos negócios.
3 -Project Management for Beginners: disponível
em inglês e destinado a iniciantes, fornece a você o conhecimento
básico necessário para ingressar em uma equipe de projeto ou dar o
primeiro passo no caminho para uma carreira em gerenciamento de
projetos. Fornece, também, uma visão geral da terminologia e inclui
tópicos básicos, como a importância dos projetos, como os ambientes
influenciam o sucesso do mesmo e a função do gerente de projetos.
4 -Business Continuity: oferecido
em inglês, tem o objetivo de ajudar você e a empresa em que trabalha a
se adaptarem, em tempo real, para garantir que as equipes remotas
estejam engajadas e a colaboração virtual seja produtiva.
Com mais empresas com funcionários em regime de home office e eventos
do setor se tornando virtuais, a pandemia de covid-19 criou uma
necessidade imediata de repensar como trabalhar e fazer negócios. Por
isso, o curso oferece uma coleção de recursos relevantes para ajudar
tanto líderes quanto colaboradores a se adaptarem neste momento
desafiador.
5 -Free Introduction: Basics of Disciplined Agile:
nessa introdução rápida, em inglês, são apresentadas as noções básicas
do Disciplined Agile e como ele pode ajudar você, sua equipe e sua
organização. O treinamento ajuda as companhias a aplicar o método na
prática e ensina estratégias complementares para otimizar a eficácia da
abordagem escolhida. Além disso, é possível ter um vislumbre do que pode
ser aprendido no curso online completo, Noções básicas da Disciplina
Agile, e seus benefícios para a equipe e organização.
A usina tem capacidade para 450 mil toneladas de aço bruto e de 495 mil toneladas de produtos acabados
Por Reuters
Usina em Sapucaia do Sul (RS) será modernizada (Germano Lüders/Exame)
AGerdau
anunciou nesta quinta-feira investimento de 200 milhões de reais na
usina que possui em Sapucaia do Sul (RS) para modernização e reforma da
aciaria.
A companhia afirmou que as atividades na aciaria da unidade serão
interrompidas em fevereiro, com retorno previsto para o início de 2023,
após a conclusão dos investimentos e reformas previstas.
A usina tem capacidade para 450 mil toneladas de aço bruto e de 495
mil toneladas de produtos acabados, incluindo vergalhão, fio-máquina,
barras, trefilados e pregos, afirmou a Gerdau em comunicado à imprensa.
A empresa afirmou que os recursos serão usados para "modernização das
instalações da aciaria", implementação de tecnologias de digitalização e
outras melhorias que incluem atualização de sistema de despoeiramento.
A companhia de alimentos Kraft Heinz, dos Estados Unidos,
informou nesta quarta-feira que concluiu a aquisição de uma participação
de 85% na empresa de tecnologia Just Spices, com sede na Alemanha. Os
15% restantes foram mantidos entre os três fundadores da startup, que
continuarão atuando na empresa. O acordo proposto foi anunciado pela
primeira vez em 10 de dezembro de 2021.
Lançada em 2014, a Just Spices é uma startup com vendas anuais de
aproximadamente 60 milhões de euros. Com mais de 170 produtos no
portfólio, a empresa oferece misturas de especiarias, molhos para
salada, kits de refeições rápidas e ofertas orgânicas. Atualmente, a
Just Spices vende em torno de 70% de suas misturas de especiarias
prontas diretamente aos consumidores e, além de lojas físicas, também
tem o modelo de compra online na Alemanha, Espanha, Áustria e Suíça.
Fonte: Dow Jones Newswires.
SEATTLE/PARIS (Reuters) – Na fábrica do futuro da Boeing,
projetos imersivos de engenharia 3D serão combinados com robôs que se
comunicam, enquanto mecânicos serão conectados em todo o mundo por
headsets HoloLens de 3.500 dólares fabricados pela Microsoft <MSFT.O
>.
Tudo isso faz parte da nova estratégia ambiciosa da
fabricante de aeronaves para unificar as amplas operações de design,
produção e serviços aéreos em um único ecossistema digital – em apenas
dois anos.
A empresa entra em 2022 lutando para reafirmar seu domínio na
engenharia, após a crise do 737 MAX, enquanto lança bases para um futuro
programa de aeronaves. Também visa prevenir futuros problemas de
fabricação, como as falhas estruturais que cercaram seu 787 Dreamliner
no ano passado.
“É sobre reforçar a engenharia”, disse o chefe de engenharia da
Boeing, Greg Hyslop, à Reuters em sua primeira entrevista em quase dois
anos. “Nós estamos conversando sobre mudar o jeito que trabalhamos por
toda a companhia”.
Empresas como a Ford e a Meta, dona do Facebook, estão aderindo a um
mundo virtual imersivo algumas vezes chamado de metaverso – um espaço
digital compartilhado que muitas vezes usa realidade virtual ou
realidade aumentada e é acessível através da internet.
Como a Airbus, a aposta da Boeing para sua próxima nova aeronave é
construir e conectar réplicas virtuais tridimensionais do jato e um
sistema de produção capaz de executar simulações.
A revisão de práticas pode trazer mudanças poderosas. Mais de 70% dos
problemas de qualidade na Boeing remontam a algum tipo de problema de
design, disse Hyslop. A Boeing acredita que essas ferramentas digitais
serão essenciais para trazer uma nova aeronave, do zero ao mercado, em
apenas quatro ou cinco anos.
Ainda assim, o plano enfrenta enormes desafios. Alguns críticos
apontam para problemas técnicos no mini-jumbo 777X da Boeing e no jato
de treinamento militar T-7A RedHawk, que foram desenvolvidos usando
ferramentas digitais.
A Boeing também deu muita ênfase aos retornos para os acionistas às
custas de um domínio na engenharia e continua a cortar gastos com
pesquisa e desenvolvimento, disse o analista do Teal Group, Richard
Aboulafia.
A própria Boeing começou a entender que tecnologia digital sozinha
não vai resolver todos os problemas, e que ela precisa vir em conjunto
com mudanças organizacionais e de cultura por toda a companhia, fontes
da indústria disseram.
A empresa recentemente contratou a engenheira Linda Hapgood para supervisionar a “transformação digital”.
A Boeing “construiu” os primeiros jatos T-7A em simulação, seguindo
um projeto modelo. O T-7A foi lançado no mercado em apenas 36 meses.
Mesmo assim, o programa está lutando contra a escassez de peças, atrasos
no projeto e requerimentos de testes adicionais.
“Este é um jogo longo”, disse o engenheiro-chefe da Boeing, Greg
Hyslop. “Cada um desses esforços estava resolvendo parte do problema.
Mas agora o que queremos é fazer de ponta a ponta.”
(Reportagem de Eric M. Johnson, em Seattle e Tim Hepher em Paris; edição de Matthew Lewis)
(Reuters) – Alguns índices de ações europeus ampliaram seu rali
recorde nesta terça-feira, impulsionados pelas ações da investidora de
tecnologia holandesa Prosus e pelo grupo de luxo francês Kering,
ajudados ainda pelo otimismo sobre algum alívio das tensões entre
Estados Unidos e China.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,2%, a 1.893 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,17%, a 489 pontos.
A Prosus saltou 4,2% após prever lucro maior para o primeiro semestre
de 2022, pois levantou 12,3 bilhões de dólares com a venda de parte de
sua participação na Tencent em abril.
A Kering ficou no topo do índice francês CAC 40, ganhando 4,4% depois
que sua principal marca, Gucci, disse esperar que as receitas de 2021
fiquem em linha ou acima dos níveis pré-pandemia. O HSBC elevou a ação
da empresa para “compra”.
Os mercados permaneceram otimistas durante o dia, que começou com a
notícia de uma reunião importante entre o presidente dos EUA, Joe Biden,
e o líder chinês Xi Jinping, que foi vista como uma evidência de
melhora no relacionamento tenso entre os dois países.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,34%, a 7.326,97 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,61%, a 16.247,86 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,34%, a 7.152,60 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,23%, a 27.804,93 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,61%, a 9.040,20 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,17%, a 5.654,18 pontos.
Plataforma Saúde iD oferece consultas remotas,
agendamento de consultas de especialidades, compra de exames com
descontos e até aquisição de cirurgias. Hans Lenk, CEO da Saúde iD,
explica os próximos passos
Poucos setores passaram por transformações tão intensas nos
últimos anos quanto a saúde. Cirurgias realizadas por robôs, exames de
alta precisão e medicamentos cada vez mais sofisticados abriram novas
perspectivas para médicos e pacientes.
Com a pandemia, as inovações tecnológicas ganharam ainda mais
velocidade. O ambiente digital – e as diversas possibilidades trazidas
por ele – passou a ser um aliado tão eficaz quanto indispensável.
Em sintonia com a nova realidade, o Grupo Fleury lançou em setembro
do ano passado a startup Saúde iD, uma plataforma digital que permite a
realização de consultas por telemedicina, compra de exames, descontos em
medicamentos e até a compra de cirurgias, além de muitos outros
serviços.
“Somos, acima de tudo, uma plataforma que tem como principal objetivo
unir usuários com prestadores, e fazer com que eles tenham uma
interação de sucesso”, diz Hans Lenk, CEO da Saúde iD.
Na entrevista a seguir, Lenk detalha as soluções oferecidas pela
plataforma, revela quais são os planos daqui por diante e analisa os
novos desafios do setor da saúde no pós-pandemia.
Como surgiu a ideia da plataforma Saúde iD?
Começamos a avaliar em 2017 modelos de negócios para o Fleury ampliar a
sua atuação. Em 2018, o Fleury comprou a SantéCorp, empresa
especializada em soluções para a gestão de saúde. Em paralelo, mapeamos o
que havia de melhor no mundo para eventualmente adaptar a estratégia à
realidade brasileira. No início de 2020, veio a pandemia e iniciamos o
nosso produto de telemedicina, que já era o passo inicial para a
plataforma. Em setembro de 2020, lançamos a Saúde iD e rapidamente nos
tornamos um dos principais players do Brasil em telemedicina.
Qual é o volume de atendimentos em telemedicina hoje em dia?
Fazemos atualmente entre 40 mil e 60 mil atendimentos por mês. O ponto
não é só volume. Nosso NPS (Net Promoter Score, indicador que mede o
nível de satisfação dos clientes) está acima de 80, o que é fantástico
para a área de saúde. Já o índice de resolutividade é superior a 90% –
ou seja, eu soluciono o caso do paciente sem que ele precise se deslocar
ao hospital ou ao consultório físico. Isso gera uma experiência
fenomenal para o usuário, porque ele foi atendido por um médico no
conforto da sua casa.
Qual é o efeito prático de números como esses para o sistema de saúde?
Com a telemedicina eficiente, nós ajudamos a desafogar e desonerar o
sistema de saúde, porque possivelmente o usuário iria para o
pronto-socorro, seja ele público ou privado. Isso, porém, é apenas uma
das frentes da plataforma Saúde iD. Há muitas outras. A Saúde iD é uma
empresa de telemedicina? Não, mas nós temos telemedicina. É um
marketplace? Não, mas temos um marketplace. Somos, acima de tudo, uma
plataforma que tem como principal objetivo unir usuários com
prestadores, e fazer com que eles tenham uma interação de sucesso, em
uma verdadeira relação “ganha-ganha”. Esse é a nossa missão.
Quais soluções a plataforma oferece?
O nosso marketplace tem três verticais principais de negócios. Uma delas
é consulta, seja no Pronto Atendimento Digital ou presencial. A segunda
vertical é oferecer exames a um preço competitivo e com qualidade. O
terceiro ponto são os procedimentos de baixa complexidade e alta
previsibilidade de desfecho, como cirurgias de vesícula, varizes, alguns
tipos de hérnias e de olhos, entre outras.
A ideia, portanto, é que o usuário encontre diversos tipos de serviços e produtos em um mesmo lugar?
A plataforma se prontifica a ser um lugar seguro para a pessoa fazer
toda a coordenação da jornada de saúde dela. A partir dos dados que
disponho, incluindo histórico de consultas, utilização de medicamentos e
uso do sistema de saúde, eu consigo, com a ajuda da tecnologia, ter um
retrato preciso do usuário e identificar as necessidades dele. Se a
pessoa precisar de algo em termos de saúde, certamente irá encontrar o
que deseja dentro da plataforma.
A plataforma mantém parcerias com outras empresas?
Sim, com várias delas. O sucesso de Saúde iD depende de parcerias com diversas empresas. Fechamos um acordo com a AIG,
que permitirá aos segurados da empresa acessar o nosso serviço de
Pronto Atendimento Digital. Também assinamos uma parceria com a Smiles,
que passará a oferecer para os seus clientes os produtos da Saúde iD.
“A conta é a seguinte: apenas 25% da população do
Brasil têm plano de saúde, ou seja, estou falando dos outros 75%. É um
mercado estimado entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões”
Que público que a plataforma espera alcançar?
A conta é a seguinte: apenas 25% da população do Brasil têm plano de
saúde, ou seja, estou falando dos outros 75%. É um mercado estimado
entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões. O segmento, obviamente, traz
muitos desafios. Para alguns brasileiros, fazer o download de um app no
celular pode ser algo complicado, já que muitas vezes o aparelho ou a
conexão sequer comportam um aplicativo pesado. Para eu engajar essa
pessoa, preciso ser muito eficiente. É isso o que buscamos. Além de ter
como missão aumentar o acesso a saúde de quem não tem um plano de saúde,
nós também somos uma alternativa para o segmento da população que tem
plano de saúde, mas precisa gastar do bolso, seja por questões de
restrição de rede ou co-participação.
Como a plataforma gera receitas?
Pense no Mercado Livre. Funcionamos com a mesma lógica, o mesmo modelo
de negócio. O Saúde iD é uma plataforma remunerada por uma taxa de
transação. Nesse sentido, não cobramos nada pela coordenação da jornada
do usuário.
A plataforma mantém parcerias com redes de farmácias?
Sim, temos parceria com a ePharma e com a Pague Menos. Além de vender
medicamentos com descontos, lançamos o serviço de atendimento dentro das
farmácias Pague Menos. Para isso, usamos dispositivos portáteis
desenvolvidos pela empresa israelense TytoCare que permitem a realização
de exames físicos, como ausculta cardíaca e pulmonar e avaliação de
garganta e ouvido, entre outros. O usuário da Pague Menos vai na
farmácia e, num box exclusivo, consegue fazer os exames. Isso é o que
chamamos de telemedicina ampliada.
A telemedicina ampliada parece oferecer inúmeras possibilidades.
Sim. Pretendemos, por exemplo, lançar contêineres para espalhar o
conceito de telemedicina ampliada para áreas públicas. Também planejamos
ofertar o serviço para pequenas e médias empresas que não conseguem
bancar um médico full time na empresa. Como os dispositivos da TytoCare,
tudo isso passa a ser possível.
A pandemia acelerou a transformação digital da saúde no Brasil?
Com certeza. Desde o início da pandemia, vimos surgir uma quantidade
impressionante de startups na área de saúde. Estimo que hoje existam
mais de mil empresas dedicadas a esse ramo de negócio. A pandemia
confirmou várias hipóteses. Uma delas é que o brasileiro aprecia a
praticidade da tecnologia. Atualmente, você vê os consumos nas
plataformas e marketplaces crescer trimestre atrás de trimestre. Com a
telemedicina é a mesma coisa. É uma evolução contínua e sustentável.