quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Cade aprova compra do controle da Heringer pela EuroChem

FHER3 - FERTILIZANTES HERINGER SA | Monitor do Mercado

 Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra do controle da Fertilizantes Heringer pela EuroChem, em decisão publicada no fim da tarde da terça-feira, 25. A transação foi anunciada pela Heringer, que tem capital aberto e está em recuperação judicial, em 20 de dezembro. O valor do negócio foi de R$ 554,562 milhões.

Com a transação, a EuroChem vai assumir 51,48% de ações do capital social total e votante da Heringer. A Heringer informou que metade do valor (50%) será pago à vista, em moeda corrente nacional, no dia do fechamento da operação; 15% será retido pela compradora para fins de garantia dos ajustes de preço; e 35% será retido como garantia de indenizações a serem pagas pelos vendedores à compradora, de acordo com comunicado da empresa ao mercado.

A companhia afirmou também que a EuroChem vai realizar oferta pública de aquisição das ações de emissão da Heringer pelo mesmo preço e nas mesmas condições oferecidas aos vendedores.

Em nota divulgada após o acordo, a EuroChem disse que a compra da participação majoritária da Heringer fomenta sua estratégia de crescimento no Brasil e permitirá atender melhor todo o mercado nacional. 

 A Heringer conta com 14 unidades de armazenamento, mistura e distribuição nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste, sendo a quarta maior distribuidora do País em termos de capacidade instalada, com mais de 4 milhões de toneladas por ano e vendas de 1,5 milhão de toneladas nos últimos 12 meses encerrados no terceiro trimestre do ano.

 

Ex-banqueiro suíço defende gastos em casa de striptease como ligados a negócios



Ex-CEO de banco gastou quase R$ 1,2 mi em clubes de strip

ZURIQUE (Reuters) – Um ex-banqueiro suíço acusado de ganhar milhões de dólares por meio de acordos fraudulentos disse na terça-feira que uma conta de despesas de quase 200 mil francos suíços (217.675 mil dólares) para visitas a clubes de striptease era em grande parte ligada a negócios.

Pierin Vincenz, que já foi “banqueiro do ano”, também disse a um tribunal de Zurique que um jantar de 700 francos com uma mulher que ele conheceu no Tinder foi justificado, porque ele a considerava para um emprego imobiliário, e uma viagem à Austrália aconteceu para examinar caixas eletrônicos do país.

A maioria das acusações enfrentadas por Vincenz está ligada a alegações de comércio ilegal enquanto ele era diretor executivo do banco Raiffeisen Switzerland.

Mas a abertura de seu julgamento, transferido de um tribunal para o teatro Volkshaus de Zurique devido ao intenso interesse no caso, centrou-se no suposto uso indevido da conta de despesas corporativas do homem de 65 anos.

Os promotores disseram que Vincenz, que nega as acusações, apresentou mais de meio milhão de francos suíços em despesas impróprias. As contas incluíam o conserto de um quarto de hotel cinco estrelas danificado durante uma “grande briga” entre Vincenz e uma dançarina de strip que ele namorava na época.

 

 

 

De olho na conversa com cliente, Take Blip compra startup Stilingue


Empresa de tecnologia que cria ferramentas de comunicação entre marcas e consumidores anunciou aquisição da mineira Stilingue, que monitora comentários em redes sociais com ajuda de IA


A startup Take Blip, dedicada a criar soluções de comunicação para empresas que substituam os arcaicos SMS, está de olho no valor criado a partir dos comentários de clientes. Nesta quarta-feira, 26, a companhia anunciou a aquisição da startup mineira Stilingue, que monitora comentários de usuários em redes sociais a fim de mostrar a empresas o que o público tem a dizer sobre uma marca.

A inovação pode alavancar seu negócio. Descubra o passo a passo para colocá-la em prática.

A compra, que não teve valor divulgado, vem para posicionar a Take Blip como líder na criação de tecnologias que conectem consumidores e marcas.

Fundada em 2014 na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, a Stilingue trabalha com o que chama de social listening. Na prática, a empresa é responsável por monitorar, com a ajuda de inteligência artificial (uma combinação de processamento de linguagem natural, visão computacional e machine learning), todos os comentários feitos a respeito de uma marca em rede sociais, posts, blogs, noticiários e até memes.

A premissa é de que a varredura ajuda empresas na tomada de decisões. Afinal, conhecendo clientes, funcionários e entendendo a experiência de pessoas com a marca, uma empresa pode decidir em quais frentes deve atacar, quais problemas solucionar — e como fazer isso. A operação das empresas seguirá independente, mas a compra pode pavimentar caminhos para novas frentes de atendimento em breve, diz a empresa.

Com a Stilingue, a Take Blip passa a oferecer o monitoramento social para seus mais de 2.500 clientes — entre os brasileiros estão Itaú, Coca-Cola, Localiza, Claro, Nestlé, Renner e Hotmart. A empresa também já está em mais de 170 países graças a sua solução em nuvem que desenvolve ferramentas digitais para que empresas falem com seus clientes. Um exemplo está nas plataformas de mensagens, como o WhatsApp — hoje uma importante ferramenta de comunicação corporativa.

“Acreditamos que o futuro das relações digitais é a capacidade de entender, conhecer e interagir em tempo real com os clientes", diz Roberto Oliveira, CEO e cofundador Take Blip. "A Stilingue nos ajudará a alcançar essa visão, expandindo nossa capacidade de ouvir os consumidores nas aplicações conversacionais e sociais, além de evoluir de forma ágil nossa plataforma".

De acordo com a empresa, a intenção é criar uma receita anual conjunta que supere os R$ 600 milhões em 2022. Em 2021, a Take Blip teve receitas recorrentes de R$ 360 milhões.

 

 https://exame.com/pme/take-blip-compra-startup-stilingue/

Credit Suisse eleva projeção para IPCA a 6,2% em 2022, com riscos inclinados para cima


Credit Suisse eleva projeção para IPCA a 6,2% em 2022, com riscos inclinados para cima

Moedas de real

SÃO PAULO (Reuters) – O Credit Suisse aumentou sua estimativa para a alta dos preços ao consumidor no Brasil neste ano e disse que os riscos a suas perspectivas –que já projetam inflação bem acima do teto da meta, de 5%– estão inclinados para uma pressão ainda maior.

O banco privado suíço espera agora que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2022 com alta acumulada de 6,2%, ante previsão anterior de 6,0%.

Isso deixaria a inflação acima do objetivo do Banco Central, de 3,5% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, pelo segundo ano consecutivo, depois que o IPCA subiu 10,06% em 2021.

O centro da meta para o ano passado era de 3,75%, também com margem de tolerância de 1,5 ponto.

“Os riscos para nossa previsão permanecem inclinados para cima, já que o processo de desinflação no país tem sido, historicamente, muito longo e desafiador, requerindo uma combinação de apreciação cambial, ancoragem das expectativas de inflação e aumento na folga da economia”, escreveram em relatório Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, e Lucas Vilela, economista.

A revisão do credor suíço veio após leitura mais alta do que o esperado para o IPCA-15, considerado prévia do IPCA, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. O índice teve alta de 0,58% em janeiro –abaixo da taxa de 0,78% de dezembro, mas acima da expectativa mostrada em pesquisa Reuters com economistas, de 0,43%.

Os dados de mais cedo “continuam mostrando uma dinâmica altamente preocupante para a inflação” no Brasil, disseram os especialistas do Credit Suisse.

“A inflação elevada entre os serviços tem sido impulsionada por dois fatores que não devem recuar no curto prazo: a reabertura da economia e inércia. Esta… afetará diretamente os preços do aluguel e taxas, salários e energia e, indiretamente, os preços de cursos educacionais, comida fora de casa, serviços pessoais e outros.”

Segundo o Credit Suisse, um risco que pode significar inflação mais baixa do que as projeções atuais seria uma possível redução nos impostos federais sobre combustíveis e eletricidade, por meio da PEC que já está sendo elaborada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

A PEC teria “potencial de reduzir a inflação medida pelo IPCA em 0,9 ponto percentual, mas representa forte risco fiscal para as já frágeis contas públicas” do Brasil, disseram Srour e Vilela.

Em relação ao impacto da inflação na conduta da política monetária, o Credit Suisse afirmou que o Banco Central “não terá muito espaço para desacelerar seu ritmo de aperto monetário ao longo dos próximos meses”.

O banco privado manteve expectativas de que a taxa Selic –atualmente em 9,25% ao ano– será elevada em 1,5 ponto percentual em fevereiro, 1 ponto em março e 0,5 ponto em maio, chegando a 12,25%.

(Por Luana Maria Benedito)

 

Correntistas resgatam R$ 900 mil esquecidos em bancos


Cerca de 79 mil pessoas consultaram nova ferramenta do Registrato 
 
Segundo o BC, atualmente existem R$ 8 bilhões esquecidos em instituições financeiras no Brasil

Nos dois primeiros dias de funcionamento da nova funcionalidade do Registrato, correntistas resgataram R$ 900 mil esquecidos em bancos e instituições financeiras, informou o Banco Central (BC). Antes de o órgão tirar o sistema do ar por causa do grande volume de acessos, cerca de 79 mil pessoas consultaram a ferramenta, com 8,5 mil pedidos de devolução de recursos.

"O Sistema Valores a Receber (SVR) teve grande aceitação entre os cidadãos, gerando demanda muito superior à esperada. A despeito da instabilidade que essa demanda gerou no site, 79 mil cidadãos conseguiram consultar o SVR e 8,5 mil solicitações de devolução foram formalizadas, somando cerca de R$ 900 mil, os quais serão transferidos via Pix em até 12 dias úteis", informou o BC em nota.

Segundo o BC, atualmente existem R$ 8 bilhões esquecidos em instituições financeiras no Brasil. Desse total, até R$ 3,9 bilhões podem ser resgatados por até 28 milhões de pessoas e de empresas na primeira fase da ferramenta. Nos próximos meses, o serviço será ampliado para outras modalidades de saque.

Um dia após o lançamento do serviço de consulta a valores esquecidos, o site do Banco Central saiu do ar durante a manhã por causa do excesso de demanda. Durante a tarde, o órgão tirou o sistema do ar, para tentar normalizar o acesso ao portal, que continua apresentando instabilidade.

Consultas

 
Sistema do BC que agora fornece um extrato de relacionamentos do cidadão com instituições financeiras, até então fornecia consultas apenas sobre dívidas (abertas ou liquidadas), abertura de contas bancárias (ativas ou inativas) e remessas de dinheiro ao exterior. Com o novo serviço, a ferramenta também fornecerá informações sobre valores a receber esquecidos em bancos.

Para reaver os recursos, o cidadão poderá pedir o resgate de duas formas. A primeira será diretamente via Pix na conta indicada no Registrato, caso a instituição tenha aderido a um termo específico com o BC. Nos demais casos, o beneficiário informará os dados de contato no sistema, e a instituição financeira informará o meio de pagamento ou de transferência.

Nesta primeira fase, podem ser devolvidos recursos de contas correntes ou poupanças encerradas e não sacadas, cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito com termo de compromisso assinado com o BC e cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.

Ao longo do ano, o BC pretende ampliar a consulta para a devolução de valores decorrentes de tarifas ou obrigações de crédito cobradas indevidamente não previstas em termo de compromisso, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível, contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários e demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

Segundo o BC, os dados e os valores fornecidos no Registrato são de responsabilidade das próprias instituições financeiras. Em alguns casos, o saldo a receber pode ser de pequeno valor, mas o órgão orienta o cidadão a sacar o dinheiro que lhe pertence de forma simples e ágil, por meio do novo serviço.

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Meta da Bibi é chegar em 100 lojas na América Latina até 2030


No Brasil, marca transformou as unidades em minicentros de distribuição 
 
 
Para 2022, a projeção é que haja um crescimento de 20% no faturamento anual tanto na indústria quanto na rede de loja

A Bibi é a 15ª marca mais consumida em países da América Latina. Hoje, a rede conta com 146 franquias, sendo 15 delas internacionais localizadas no Peru, Chile, Equador e Guatemala. Uma das metas da calçadista no mercado externo é chegar em 100 lojas em diferentes países da América Latina até 2030. Para este ano, o plano de expansão da Bibi visa a implantação de 37 unidades, sendo 25 em território nacional e 12 no exterior, para fechar o ano com 183 pontos de venda.

Além do adensamento da marca nos principais mercados-alvo, fatores como a inovação, transformação digital e sustentabilidade fizeram com que a Bibi registrasse um incremento de 40% no faturamento, se comparado a 2020. Para 2022, a projeção é que haja um crescimento de 20% no faturamento anual tanto na indústria quanto na rede de loja.

Os últimos dois anos trouxeram a oportunidade de melhorar a eficiência industrial nas duas plantas fabris da empresa, localizadas em Parobé, no Rio Grande do Sul, e em Cruz das Almas, na Bahia. O movimento gerou investimentos na faixa de R$ 4 milhões, que promoveram uma mudança no layout das fábricas reduzindo o tempo da produção e, consequentemente, fases de retrabalho, além da aquisição de máquinas modernas e de última geração, como injetoras que aumentam a capacidade fabril na área de solados na planta baiana.

"Nosso plano é aumentar a produção de calçados para 2,5 milhões de pares neste ano. Além disso, seguimos expandindo por meio de franquias nos principais shopping centers de cada região, mas também há espaço para operações em pontos estratégicos na rua, de acordo com o potencial de cada local. Em dezembro, efetuamos a mudança da nossa plataforma de e-commerce, melhorando a navegabilidade dos consumidores. Agora, quando o cliente entra no site, insere o CEP e já consegue visualizar quais as lojas mais próximas", explica Andrea Kohlrausch, que assumiu a presidência meses antes da pandemia dar sinais no Brasil e no mundo.

Para este ano, o foco da Bibi será continuar os investimentos em inovação, em manufatura e na eficiência das lojas. Além disso, a sustentabilidade é outro tema que está em alta na empresa e contextualiza ações em diferentes âmbitos, sendo eles ambiental, econômico e social. Um dos programas é voltado para diminuir em 20% a geração de resíduos no desenvolvimento de novos produtos e operações industriais até 2025. Já no quesito novos produtos e tendências, ao longo do ano, a marca apresentará ao mercado as duas novas coleções de Verão e Inverno, além de lançamentos pontuais de modelos que prometem arrebatar o coração dos pequenos e dos papais.

Para quem deseja se tornar um franqueado, a Bibi disponibiliza dois modelos de negócios. O formato de loja Standard, com investimento a partir de R$ 580 mil, foi criado para ser implantado em shopping centers de capitais e grandes metrópoles. Já o conceito Light, com custo de R$ 450 mil, é indicado para cidades com, em média, 200 mil habitantes. Os valores de investimentos para as duas operações já incluem as instalações, soluções tecnológicas, primeiro estoque, capital de giro e taxa de franquia. 

 

 https://amanha.com.br/categoria/empresa/meta-da-bibi-e-chegar-em-100-lojas-na-america-latina-ate-2030?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Meta+da+Bibi+%C3%A9+chegar+em+100+lojas+na+Am%C3%A9rica+Latina+at%C3%A9+2030+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+26_01_2022

 

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Creditas tem aporte de US$ 260 mi em rodada liderada pela Fidelity

 



Rodada Series F avalia a fintech especializada em crédito com garantia em US$ 4,8 bilhões, ou R$ 26,4 bilhões, e atrai gigante de investimentos nos EUA
Sergio Furio, da Creditas: espera de nove meses para conseguir abrir a Creditas | Germano Lüders

Süders/EXAME


Por Felipe Marques e Vinícius Andrade

A Fidelity Investments comprou uma participação na Creditas, avaliando a fintech brasileira em 4,8 bilhões de dólares (cerca de 26,4 bilhões de reais ao câmbio da segunda-feira, dia 24). O anúncio foi feito na manhã desta terça, dia 25.

A Creditas levantou 260 milhões de dólares em rodada Series F que foi liderada pela Fidelity, disse Sergio Furio, fundador e diretor-executivo da Creditas. Outros acionistas, como os fundos Vision e Latin America do SoftBank, também acompanharam a rodada, segundo Furio.

“O mercado estava ficando um pouco esquisito e queríamos estar bem capitalizados”, disse Furio em entrevista por vídeo. Ele espera aproveitar a volatilidade do mercado ao longo de 2022 para novas possíveis aquisições.

A Fidelity é uma gigante de investimentos nos Estados Unidos, com cerca de 40 milhões de investidores individuais e 11,1 trilhões de dólares em ativos sob administração.

Os recursos da rodada também serão usados para expandir a base de clientes da Creditas com o objetivo de dobrar a receita em 2022, disse Furio. A startup tem pela frente um ano difícil no Brasil, com uma economia que não deve crescer e uma eleição presidencial polarizada em outubro.

“Os brasileiros terão que tomar mais empréstimos com garantias, já que os bancos incumbentes vão recuar a oferta de outras linhas de crédito”, disse Furio.

A Creditas oferece uma série de empréstimos com garantias, usando casas, veículos e até iPhones como colaterais -- com taxas mais baixas do que a praticada por bancos tradicionais. Em uma rodada anterior de captação de recursos em dezembro de 2020, a empresa havia sido avaliada em 1,75 bilhão de dólares. Ou seja, a valorização foi de 175% em pouco mais de um ano.

A transação da Creditas dá início ao que promete ser mais um ano forte para as startups latino-americanas. No ano passado, empresas e fundos de venture capital investiram mais de 15 bilhões de dólares em startups da região, mais de três vezes o montante de 2020, segundo dados compilados pelo PitchBook.

O frenesi de negócios ajudou a criar novos bilionários e transformou as startups em algumas das maiores empresas da região.

A mais recente captação de recursos colocou a Creditas entre as cinco startups de capital fechado mais valiosas da região. Para comparação, a revendedora digital de carros usados ​​Kavak, do México, é avaliada em 8,7 bilhões de dólares, a colombiana Rappi, em 5,25 bilhões de dólares, e o brasileiro QuintoAndar, em 5,1 bilhões de dólares.

A questão agora é como essas startups se sairão quando for considerarem que chegou o momento de acessar o mercado público de ações. Devido à queda nos papéis de empresas de tecnologia ao redor do mundo, o Nubank (NU), que abriu seu capital em dezembro passado, agora está sendo negociado abaixo do preço de seu IPO.

A Creditas planeja fazer uma oferta pública inicial em algum momento, provavelmente em uma bolsa americana, de acordo com Furio, mas ainda não há um prazo definido. A nova rodada posterga esse momento, dado que a empresa fica capitalizada por mais alguns meses.

Crescimento no México

Furio, que é espanhol, fundou a Creditas em 2012, depois de ouvir de sua então namorada brasileira sobre os juros astronômicos do Brasil. Ele já havia trabalhado na divisão de banco corporativo e de banco de investimento do Deutsche Bank, seguido por um período de sete anos no The Boston Consulting Group, e chegou ao Brasil sem falar português.

Agora, a empresa que ele criou tem mais de 4.000 funcionários, com um escritório de tecnologia na Espanha e uma operação de empréstimo no México. A Creditas planeja usar parte dos recursos da rodada para acelerar o crescimento no México, mas não há por ora planos de expansão para outros países da América Latina.

Incluindo a rodada recente, a Creditas já levantou 829 milhões de dólares por meio de transações de ações, segundo Furio. Além da Fidelity, outros novos investidores incluem o fundo Actyus e a Greentrail Capital.

A empresa também é apoiada por QED Investors, Kaszek Ventures, Wellington Management e Advent International, por meio de sua afiliada Sunley House Capital.

“A Creditas é a rara fintech que realmente constrói relacionamentos profundos com seus clientes, reduzindo drasticamente o custo do crédito e melhorando a qualidade de vida daqueles que atendem”, disse Will Pruett, diretor da Fidelity.

 

 https://invest.exame.com/me/creditas-tem-aporte-de-us-260-mi-em-rodada-liderada-pela-fidelity