sábado, 5 de fevereiro de 2022

Cerveja azul: Conheça a Line, sucesso de vendas na França


Crédito: Instagram

Batizada de Line, a cerveja é feita com spirulina (Crédito: Instagram )

Uma cerveja de cor azul está atraindo a curiosidade de cervejeiros na França. Batizada de Line, a bebida é feita com spirulina, alga cultivada no país. A ficocianina, componente da alga, ao ser acrescentada à cerveja no processo de preparo, garante a cor azul da bebida.

A ideia é popularizar a alga como um suplemento de dieta ao mesmo tempo que a cervejaria oferece bebidas diferenciadas. “A cerveja está vendendo bem, disse Sebastien Verbeke, funcionário da Hoppy Urban Brew, que fabrica a bebida, segundo o Uol.

A cervejaria vendeu 1.500 garrafas da cerveja azul, entre outubro e dezembro do ano passado, e se prepara para aumentar a produção.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/cerveja-azul-conheca-a-line-sucesso-de-vendas-na-franca/

 

Presidente do Spotify perde R$ 5,3 bilhões após queda de ações da empresa


Crédito: Reprodução YouTube

Daniel Ek, presidente do Spotify perdeu R$ 5,3 bilhões apenas com queda das ações (Crédito: Reprodução YouTube )

Daniel Ek, presidente do Spotify, perdeu mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,33 bilhões). As ações da empresa caíram quase um terço este ano e Daniel Ek é dono de 8% da plataforma.

O patrimônio de Ek caiu para US$ 2,6 bilhões (R$ 13,85 bilhões) até esta terça-feira (1), segundo o portal Uol.

A manutenção do podcast do humorista Joe Rogan, apontado como negacionista da pandemia e das vacinas, gerou uma polêmica entre o Spotify e artistas como Neil Young e Joni Mitchell que, em protesto, saíram da plataforma.

Os resultados do último trimestre divulgados, esta semana, pelo Spotify mostram que o número de assinantes e usuários ficou abaixo do esperado pelos investidores.

 

O Facebook também teve queda de 500 mil usuários diários e as ações da Meta, dona da rede social, caíram 26%.

Para outras empresas de tecnologia, a situação é diferente. Os papéis da Snap, proprietária do Snapchat, dispararam mais de 50% após divulgação de resultados acima das expectativas do mercado.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/presidente-do-spotify-perde-r-53-bilhoes-apos-queda-de-acoes-da-empresa/

 

Moro não decola e há dois motivos

Um país faminto não tem tempo pra bravatas eleitorais

Sérgio Moro tem um problema para além de todos os demais problemas que tem. Historicamente, no Brasil, os temas mais relevantes em anos eleitorais giram em torno de Saúde, Segurança, Educação e Renda, conforme mostra o histórico dos institutos de pesquisa. Houve, no entanto, um momento em que uma palavra se intrometeu entre as preocupações correntes da população: no auge da Lava Jato, a Corrupção chegou a ser a segunda mais citada.  Na semana passada eu conversei com Mauro Paulino (Datafolha) e Márcia Cavallari (Ipec, o ex-Ibope). Os mais experientes executivos de institutos de levantamento popular do país disseram o mesmo: a corrupção não deve ser eleitoralmente relevante, este ano, para decidir as eleições. Sabem quantas vezes Moro falou a palavra “corrupção” em uma entrevista dia desses? O canal Galãs Feios contou: 50. É morotemático.Moro tem outro problema: o antipetismo está voltando a seu curso natural pré-Lava Jato. Sempre houve antipetismo no Brasil. Na eleição de 1989, lembro claramente da circulação de fake news pré-internet dizendo que o PT, caso vencesse as eleições, iria colocar estranhos morando nas nossas casas. Uma amiga, ainda criança, assustada, chegou a separar as bonecas que mais gostava – todas as outras ela teria que dar, compulsoriamente, para crianças que não tinham bonecas. A mando do PT, claro. O antipetismo que definiu a eleição de Jair Bolsonaro não deve ter a mesma força esse ano. A popularidade do PT voltou a aumentar depois de junho de 2019, quando vocês sabem o que aconteceu. Moro teria muita força eleitoral caso antipetismo e combate à corrupção estivessem entre as prioridades da população. A impactante foto registrada no ano passado pelo jornalista Domingos Peixoto deveria gritar no rosto de Moro: há coisas mais urgente lá fora, e o governo que o senhor ajudou a eleger e do qual participou é responsável por elas.

Um país faminto não tem tempo pra bravatas eleitorais

Sérgio Moro tem um problema para além de todos os demais problemas que tem. Historicamente, no Brasil, os temas mais relevantes em anos eleitorais giram em torno de Saúde, Segurança, Educação e Renda, conforme mostra o histórico dos institutos de pesquisa. Houve, no entanto, um momento em que uma palavra se intrometeu entre as preocupações correntes da população: no auge da Lava Jato, a Corrupção chegou a ser a segunda mais citada.  Na semana passada eu conversei com Mauro Paulino (Datafolha) e Márcia Cavallari (Ipec, o ex-Ibope). Os mais experientes executivos de institutos de levantamento popular do país disseram o mesmo: a corrupção não deve ser eleitoralmente relevante, este ano, para decidir as eleições. Sabem quantas vezes Moro falou a palavra “corrupção” em uma entrevista dia desses? O canal Galãs Feios contou: 50. É morotemático.Moro tem outro problema: o antipetismo está voltando a seu curso natural pré-Lava Jato. Sempre houve antipetismo no Brasil. Na eleição de 1989, lembro claramente da circulação de fake news pré-internet dizendo que o PT, caso vencesse as eleições, iria colocar estranhos morando nas nossas casas. Uma amiga, ainda criança, assustada, chegou a separar as bonecas que mais gostava – todas as outras ela teria que dar, compulsoriamente, para crianças que não tinham bonecas. A mando do PT, claro. O antipetismo que definiu a eleição de Jair Bolsonaro não deve ter a mesma força esse ano. A popularidade do PT voltou a aumentar depois de junho de 2019, quando vocês sabem o que aconteceu. Moro teria muita força eleitoral caso antipetismo e combate à corrupção estivessem entre as prioridades da população. A impactante foto registrada no ano passado pelo jornalista Domingos Peixoto deveria gritar no rosto de Moro: há coisas mais urgente lá fora, e o governo que o senhor ajudou a eleger e do qual participou é responsável por elas.

 

 

 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Com fábrica de projetos e caixa robusto, BNDES mergulha no ESG



Em carta, presidente da instituição, Gustavo Montezano, afirma que mundo assiste uma explosão da filosofia ESG e promete defender o “S” com unhas e dentes
Gustavo Montezano, presidente do BNDES: problemas na divulgação

(F¡A/FUTURA PRESS)

Rodrigo Caetano

Repórter ESG| rodrigo.sabo@exame.com



O BNDES irá entrar de cabeça no universo do ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês). O presidente da instituição, Gustavo Montezano, deixou claro, em carta ao mercado, que os critérios socioambientais e de governança permearão a estratégia do banco de fomento para 2022. Montezano prometeu defender a letra “S” com unhas e dentes, incororar um “G” maiúsculo nesse processo de reconstrução, e classificou o Brasil como uma potência ambiental capaz de liderar a corrida tecnológica da economia verde.

Montezano já havia mencionado a intenção de dar uma guinada em direção ao novo capitalismo. Em entrevista à EXAME durante a COP26, conferência do clima da ONU realizada em novembro, na Escócia, ele afirmou que o retorno sobre os investimentos não é mais só financeiro, é climático. O que estamos vendo é como uma mudança da força gravitacional. A economia como um todo terá de se adaptar, e quem não fizer terá dificuldade de colocar seus produtos no mercado”, disse. “A transição se dará com esforços conjuntos entre público e privado.”

Na carta, ele deu detalhes da estratégia. O banco buscará ter um papel relevante no desenvolvimento do mercado de créditos de carbono, com especial destaque para o setor de florestas e o mercado voluntário. “A exemplo do que o Banco fez no mercado de capitais brasileiro no início do século, podemos ter um papel-chave no desenvolvimento desses novos mercados”, afirmou Montezano.

A agenda climática estará presente, de maneira transversal, a todos os setores. Em infraestrutura, Montezano falou em reduzir o hiato em mobilidade urbana e resíduos sólidos, replicando nesses segmentos a agenda de saneamento em curso atualmente. Na área social, o foco estará na educação “Vamos atuar na educação básica e em projetos 14 de qualificação profissional, promovendo capacitação e contribuindo para a redução do desemprego estrutural”, disse.

Balanço do ano passado

Montezando também fez um balanço das ações realizadas no ano passado. Ele destacou o processo de desinvestimentos implementado, que promoveu a venda de 80 bilhões de reais em participações detidas pelo BNDES em empresas maduras. Sobre a pandemia, destacou o papel do banco no financiamento de pequenas empresas, disponibilizando mais de 90 bilhões de reais para o setor.

Outro destaque foi a “Fábrica de Projetos”, criada para resolver o que o presidente chama de a maior carência do BNDES. “Num país com âncora fiscal e juros “terrenos”, nossas maiores carências passam a ser bons projetos: boas modelagens, análise ambiental, planos de engenharia, contratos de concessões, adequação aos órgãos de controle e parametrização financeira inteligente”, afirmou.

“Formamos uma carteira de 160 projetos, com um investimento potencial acima de R$ 300 bilhões entre transações já concluídas com sucesso e a serem realizadas”, disse Montezano. “Sejam elas de infraestrutura, imobiliárias ou de concessões ambientais, essa carteira será um dos grandes legados para gerações futuras. Gerenciamos hoje, como exemplo, o maior programa de concessões de ativos ambientais do planeta.”


 

 

 

 Nova Marca BTG Pactual - YouTube

 

O BTG Pactual anunciou nesta sexta-feira um novo acordo com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), de um repasse de US$ 200 milhões, que favorecerá pequenas e médias empresas no Brasil. Os recursos serão utilizados para empréstimos a pequenas e médias empresas.

Em nota, o banco destaca que a linha de crédito, somada a outras iniciativas já realizadas, impulsionará as iniciativas do BTG+ business, plataforma digital de soluções para pequenas e médias empresas do BTG Pactual (BPAC11), que conta hoje com um portfólio de mais de R$ 14 bilhões em financiamentos.

Segundo o banco, a parceria com a Jica, assim como a recente transação concluída com o DFC (US International Development Finance Corporation) em 2021, terá como meta os critérios do 2X Challenge, visando as PMEs lideradas por mulheres (tanto em propriedade quanto em representação na gestão), representação feminina na força de trabalho e produtos que beneficiam as mulheres, além de empreendimentos de regiões menos desenvolvidas economicamente no Norte e Nordeste do Brasil.

Com essa linha, o BTG Pactual já conta com US$ 500 milhões captados e destinados a estas iniciativas, fortalecendo sua capacidade de oferecer financiamento a pequenas e médias empresas no Brasil. “Esta transação reforça ainda mais o comprometimento e o foco estratégico do BTG Pactual com o desenvolvimento social e ambiental em suas atividades, juntando-se às diversas iniciativas desenvolvidas desde o início de 2020 em suas captações a mercado, somando aproximadamente US$ 1,2 bilhão. Ao final de 2020, o Banco emitiu sua primeira nota verde de US$ 50 milhões e assegurou uma linha de financiamento verde de US$ 140 milhões com DEG e Proparco, dois dos principais organismos multilaterais europeus”, aponta.

O banco lembra ainda que em janeiro de 2021, foi a primeira instituição financeira brasileira a emitir um Green Bond no mercado internacional no valor de US$ 500 milhões, sendo incluído na Green Bond Transparency Platform do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e na Nasdaq Sustainable Bond Network. Desde então, garantiu mais US$ 500 milhões em financiamentos sociais com Jica e DFC e ampliou suas possibilidades de captação para depósitos sustentáveis.“Dado o objetivo deste financiamento, continuamos na vanguarda dos esforços ESG no mercado local. Com mais de US$ 1 bilhão em recursos, sendo 500 milhões para ajudar as PMEs brasileiras com foco no 2x Challenge, podemos alavancar os empresários locais em seus objetivos ambientais e sociais, ajudando-os em suas atividades e, consequentemente, gerando um enorme potencial positivo em suas comunidades”,ressalta em nota Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

A Jica é uma agência do governo do Japão encarregada de promover investimento privado com foco em desenvolvimento econômico e social de países em desenvolvimento Com sede em Tóquio, no Japão, possui 15 Escritórios Domésticos e 103 Escritórios Internacionais. No Brasil, a Jica é responsável pela implementação da Cooperação Técnica e Empréstimo ODA, e atua também no apoio às Comunidades Nikkeis, Projetos Comunitários e Parcerias Público Privadas.

OEA alerta para ambiente de medo, intimidação e milícia nas eleições no Brasil


Por 

Em relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, a Organização dos Estados Americanos (OEA) expressou preocupação em relação ao ambiente de medo e intimidação que impede eleitores e candidatos de se envolverem na política no Brasil, além da presença e influência de milícias.

Eleições de 2020 no Brasil registraram aumento expressivo de casos de violência
Tânia Rêgo/Agência Brasil

O alerta foi feito no documento preparado pela Missão de Observação Eleitoral (MOE) que esteve no país para acompanhar as eleições municipais de 2020. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, recebeu o relatório na quarta-feira (2/2), em Washington, nos Estados Unidos.

Participaram da missão 15 observadores de nove nacionalidades diferentes. Eles identificaram aumento no discurso agressivo e discriminatório nas campanhas eleitorais, especialmente por meio do uso da violência física e digital. Relatos apontam para ataques principalmente contra candidatas e pessoas de populações indígenas e afrodescendentes.

"A missão também expressa preocupação pelo ambiente de medo e intimidação que impede os eleitores e candidatos de se envolverem na política", indica o relatório.

"Além disso, a MOE/OEA recebeu informações sobre a presença e influência de milícias e observa com preocupação que grupos associados ao crime se envolvam no processo eleitoral em algumas zonas do país", acrescentou.

 

Dados da violência

 
Dentre os relatos recolhidos pelos observadores da OEA estão a ocorrência de ameaças de morte, violência física e psicológica, assédio sexual, difamação, ameaças e insultos. Ainda apontaram como fator determinante o uso de notícias fraudulentas para atacar adversários políticos, apesar dos muito elogiados esforços do TSE no combate às fake news.

Relatório de observadores da OEA alertou para clima de medo e intimidação eleitoral
Rovena Rosa/Agência Brasil

Após o primeiro turno, em 15 de novembro de 2020, o ministro Barroso divulgou dados de ocorrências. Relatou a diminuição dos crimes eleitorais, como compra de votos, campanha e transporte ilegal de eleitores, mas o aumento de homicídios, tentativas de homicídios e ameaças.

Dados consolidados só foram divulgados pelo TSE em 24 de novembro, depois de recomendação da OEA em relatório preliminar, diante da falta de informações. Entre janeiro e o segundo turno de 2020, foram 263 registros de violência política. Destes, 200 ocorreram entre setembro e novembro. Foram 99 casos de homicídio tentado ou consumado.

Levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Rio de Janeiro corrobora o crescimento da violência política em 2020.

Dados do quarto trimestre daquele ano — período das eleições — indicam aumento de 93,5% dos casos de violência contra lideranças políticas em relação ao trimestre anterior. Esses dados são mais abrangentes e incluem não apenas candidatos, mas ex-políticos, ex-candidatos e funcionários da administração pública.

"A Missão reafirma a necessidade da atuação conjunta das instituições brasileiras, que devem continuar aprofundando a luta contra a violência e consolidando os dados, não só para identificar os casos, mas também para encontrar mecanismos e políticas que permitam reduzir esses episódios que limitam as liberdades políticas dos cidadãos e cidadãs", indica a OEA, no relatório.

 

Cota racial

 
De maneira geral, a avaliação da OEA sobre as eleições brasileiras é bastante elogiosa, inclusive pelos esforços do TSE em aumentar a segurança — física, sanitária, digital e institucional — do processo e por implementar parte das recomendações feitas pela entidade após o pleito de 2018.

Esforços do TSE nas eleições de 2020 foram muito elogiados no relatório da OEA
Abdias Pinheiro/TSE

Uma das pontas soltas identificada pelos observadores trata da questão das cotas raciais. Em agosto de 2020, o TSE , rejeitou a fixação de reserva de vagas nos partidos políticos para candidatos negros, nos mesmos termos do que ocorreu com as mulheres, que têm direito a 30%, por lei.

Mas definiu que candidatos negros devem receber distribuição de verbas públicas para financiamento de campanha e tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão em patamares mínimos e proporcionais.

Inicialmente, isso só seria obrigatório para a eleição de 2022. Por iniciativa do Psol, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a regra deveria ser aplicada já em 2020. Assim, os observadores identificaram que a Justiça Eleitoral não teve tempo suficiente para regulamentar a matéria, nem fazer a fiscalização.

Até o momento, o TSE não divulgou dados sobre o cumprimento ou não da determinação pelos partidos. A recomendação da OEA é pela regulamentação da nova medida, com diretrizes específicas de aplicação e mecanismos de controle e fiscalização. Também pede que se estabeleçam punições efetivas e específicas.

Na tentativa da ampliar a participação de negros e mulheres na política, o TSE aprovou em dezembro e publicou em janeiro uma atualização da Resolução 23.607/2019, que trata da gestão e a distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral para as Eleições Gerais de 2022.

Ela prevê que os partidos deverão repassar as verbas de campanha relativas às cotas raciais e de gênero de forma antecipada. Em 2020, em meio à correria para adaptação às regras determinadas pelo STF, identificou-se que essas verbas foram atrasadas e distribuídas apenas dias antes da votação.

A resolução prevê que o emprego ilícito de recursos do Fundo Especial de Financiamento das Campanhas, inclusive na hipótese de desvio de finalidade, sujeita  os responsáveis e beneficiários às sanções do artigo 30-A da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997).

 

 https://www.conjur.com.br/2022-fev-03/oea-alerta-ambiente-medo-intimidacao-milicia-eleicoes

Ministra anuncia venda de fábrica de fertilizantes da Petrobras à russa Acron



A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pré-candidata ao Senado, informou durante evento em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que a Petrobras fechou com o grupo russo Acron a compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), localizada na cidade.

Segundo a ministra, a informação foi recebida por telefone do próprio presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, conforme informa o site do governo do Estado anfitrião.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de MS, as condições da negociação devem ser divulgadas pela Petrobras em fato relevante na semana que vem.

Ele explicou, no site do governo do Estado, que o governo, a Prefeitura de Três Lagoas, a Petrobras e a Acron vão se reunir para negociar doação de terreno e concessão de incentivos fiscais.

A UFN3 teve a obra paralisada em dezembro de 2014. A estatal colocou a unidade à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

A empresa russa manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia. Com o avanço das negociações, a venda foi finalmente fechada, segundo a ministra.