SÃO PAULO (Reuters) – O grupo de construção peruano Aenza entregou uma proposta para comprar uma participação de 14,9% da empresa de concessões de infraestrutura CCR, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
A Aenza, controlada pelo fundo de private equity IG4 Capital, entregou a proposta ao BTG Pactual, mandatado pela Andrade Gutierrez, que está vendendo sua participação para pagar credores, segundo as fontes, que pediram anonimato.
Com base no preço de fechamento na sexta-feira, a participação na CCR vale 3,77 bilhões de reais. Em 2021, o IG4 Capital ofereceu 4,6 bilhões de reais por essa fatia, oferta que teria a adesão do grupo australiano Macquarie, mas a oferta foi rejeitada porque a IG4 pediu mudanças de governança na CCR que não foram aceitas pelos outros controladores, os grupos Soares Penido e Mover Participações (antiga Camargo Corrêa).
A proposta atual da Aenza, que tem negócios semelhantes aos da CCR no Peru, não inclui nenhuma mudança de governança. Um outro interessado é o banco Opportunity.
A gestora focada em reestruturações Prisma Capital analisou o negócio, mas não entregará proposta, segundo uma terceira fonte a par do assunto. O grupo Votorantim também não deve participar do processo, segundo uma quarta fonte. O Votorantim comprou uma fatia de 6% na CCR no ano passado em aquisições na bolsa de valores.
A Andrade Gutierrez preferiu não comentar. BTG Pactual, Votorantim, Prisma Capital e Opportunity não comentaram o assunto de imediato. Aenza e IG4 não comentaram.