Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
BERLIM (Reuters) – O estado alemão de Brandemburgo convocou uma
coletiva de imprensa para a sexta-feira para anunciar aprovação para
início de operações de uma fábrica de 5 bilhões de euros da Tesla perto
de Berlim, se certas condições forem atendidas.
“O procedimento de aprovação para a fábrica de carros elétricos e
baterias da empresa norte-americana Tesla em Gruenheide, em
Brandemburgo, está quase concluído”, disse o governo estadual em
comunicado.
A Tesla aguarda há meses a aprovação de uma licença para iniciar a
produção na fábrica e no complexo de baterias em Gruenheide, perto de
Berlim, em meio a protestos locais.
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, tornou conhecida sua
irritação com a legislação e burocracia alemã, dizendo em uma carta às
autoridades no ano passado que os complexos requisitos de planejamento
do país estavam em desacordo com a urgência necessária para se combater
as mudanças climáticas.
Musk esperava ter a fábrica – decisiva para suas ambições de
conquistar o mercado europeu, onde a Volkswagen atualmente detém a
vantagem com uma participação de 25% nas vendas de veículos elétricos
ante 13% da Tesla – em funcionamento há seis meses.
Após atrasos, Musk disse em outubro do ano passado que esperava ver a
instalação em operação até dezembro. A empresa ainda não atualizou seu
cronograma para o lançamento.
BENGALURU, Índia (Reuters) – A Nike disse nesta
quinta-feira que fechará temporariamente todas suas lojas na Rússia,
juntando-se a uma série de marcas ocidentais que suspenderam negócios no
país após a invasão na Ucrânia.
A Nike tornou indisponíveis na Rússia as vendas de mercadorias em seu
site e aplicativo no início da semana e havia direcionado os
consumidores no país para suas lojas físicas.
A nova decisão abrange também as lojas da marca no país.
A Nike também disse que sua fundação doará 1 milhão de dólares ao
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e ao Comitê
Internacional de Resgate para apoiar esforços de socorro.
Mais cedo, a rede norte-americana de varejo TJX disse que venderá sua
participação de 25% na varejista russa de roupas de baixo custo
Familia, com dois de seus executivos também renunciando aos cargos de
diretor e observador.
Projeto desenvolverá uma série de soluções para testes na rede 5G com foco no conceito de cidades inteligentes
Redação
Cao Ming, presidente da linha de produtos LTE da Huawei
Wireless Network e Leonardo Capdeville, CTIO da TIM Brasil na cerimônia
de assinatura da parceria, no Mobile World Congress, em Barcelona
A
TIM Brasil e a Huawei anunciam nesta quarta-feira (2), durante o Mobile
World Congress, em Barcelona, a assinatura de um acordo de colaboração
(MoU) para desenvolvimento do projeto "Cidade 5G", uma iniciativa que
pretende trabalhar o conceito de cidade inteligente a partir da
implementação de redes 5G, prevendo a evolução da tecnologia,
monitoramento de redes e aperfeiçoando a experiência do usuário. A
primeira cidade escolhida será a capital paranaense, Curitiba. O acordo é
válido por dois anos, podendo ser prorrogado, e os primeiros testes
devem ser finalizados até dezembro de 2023.
A cooperação entre as
empresas permitiu a ampliação e a implementação de redes 2, 3, 4 e 5G.
TIM e Huawei são responsáveis pela construção da maior rede baseada em
mMIMO (massive MIMO) do mundo, um recurso que amplia o alcance da
transmissão de sinais, utilizando uma grande quantidade de antenas, e
que auxiliam na entrega de dados com mais qualidade. Para o projeto
Cidade 5G, a rede mMIMO poderá ajudar a atingir as mais altas
velocidades do 5G com baixíssima latência, um dos diferenciais da
próxima tecnologia de redes móveis.
Líder em cobertura 4G e
pioneira em projetos 5G no Brasil, a TIM segue trabalhando para oferecer
a melhor rede e a melhor experiência para o consumidor final. Para
Leonardo Capdeville, CTIO da TIM Brasil, o movimento faz parte de uma
estratégia consolidada da operadora para expansão do serviço 5G e o
objetivo de tornar a TIM uma das principais operadoras móveis no mundo:
"O projeto Cidade 5G é um desdobramento do trabalho de sucesso realizado
pela TIM, em parceria com a Huawei, para implementação de redes 5G no
Brasil. Estamos muito satisfeitos em construir, em Curitiba, um projeto
que pode ter grande impacto para o desenvolvimento econômico para todo o
país".
O projeto "Cidade 5G" consiste na implementação de ampla
cobertura 5G para a cidade. Um dos objetivos é, além de monitorar a
rede, mapear oportunidades para aprimorar a experiência dos usuários por
meio do desenvolvimento de equipamentos e soluções sustentáveis, de
baixo consumo de energia e custo, e que mantenham a alta qualidade de
entrega de serviços.
"Estamos muito felizes em levar a Curitiba
nosso projeto de parceria com a TIM, para desenvolvimento de uma rede 5G
de alto nível. Nosso propósito é manter a operadora em uma posição de
liderança global para o desenvolvimento de redes 5G. Huawei e TIM têm,
em comum, a busca pela inovação e pela excelência, e acredito que este
será mais um projeto de sucesso na história das empresas para as
telecomunicações brasileiras", afirma Gustavo H. Nogueira, diretor de
vendas da Huawei.
Combustíveis, alimentos e câmbio sofrem efeitos do conflito
Redação
Uma mulher visita o que costumava ser seu jardim de rosas na Ucrânia (Foto: Jakob Dall/Cruz Vermelha Dinamarquesa/Arquivo)
A
invasão da Ucrânia por tropas russas pode produzir impactos econômicos a
mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os
efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis,
alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas
impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros,
comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço
para a melhoria dos preços e do consumo.
Segundo a
pesquisa Sondagem da América Latina, divulgada pela Fundação Getulio
Vargas (FGV), as turbulências na Ucrânia devem agravar as incertezas que
pairam sobre a economia global nos últimos meses. No Brasil, os
impactos deverão ser ainda mais intensos. Uma das razões é a exposição
maior aos fluxos financeiros globais que o restante da América Latina,
com o dólar subindo e a bolsa caindo mais que na média do continente.
A
própria pesquisa, que ouviu 160 especialistas em 15 países, constatou a
deterioração do clima econômico. Na média da América Latina, o Índice
de Clima Econômico caiu 1,6 ponto entre o quarto trimestre de 2021 e o
primeiro trimestre deste ano, de 80,6 para 79 pontos. No Brasil, o
indicador recuou 2,8 pontos, de 63,4 para 60,6 pontos, e apresentou a
menor pontuação entre os países pesquisados.
Grande parte da queda
atual deve-se ao Índice de situação atual, um dos componentes do
indicador, que reflete o acirramento das tensões internacionais e o
encarecimento do petróleo no início de 2022. O outro componente, o
índice de expectativas, continuou crescendo, tanto no continente como no
Brasil, mas a própria FGV adverte que o indicador que projeta o futuro
também pode deteriorar-se caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se
prolongue.
Segundo a FGV, existem diversos canais pelos quais a
crise entre Rússia e Ucrânia pode chegar à economia brasileira. O
principal é o preço internacional do petróleo, cujo barril do tipo Brent
encerrou a semana passada em US$ 105, no maior nível desde 2014. Porém,
nesta quinta-feira (3) o valor já ultrapassou a barreira de US$ 110. O
mesmo ocorre com o gás natural, produto do qual a Rússia é a maior
produtora global, cujo BTU, tipo de medida de energia, pode chegar a US$
30. O Brasil usa o gás natural para abastecimento das termelétricas.
Em
relação à gasolina, a recuperação da safra de cana-de-açúcar está
reduzindo o preço do álcool anidro, o que também ajuda a segurar a
pressão do barril de petróleo num primeiro momento. Desde novembro do
ano passado, o litro do etanol anidro acumula queda de 24,6% em São
Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(Cepea) da Universidade de São Paulo. As maiores pressões sobre
combustíveis estão ocorrendo sobre o diesel, que não tem a adição de
etanol e subiu 3,78% em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação
oficial.
Outro canal pelo qual a guerra no Leste europeu pode
afetar a economia brasileira são os alimentos. A Rússia é a maior
produtora mundial de trigo. A Ucrânia ocupa a quarta posição. Nesse
caso, o Brasil não pode contar com outros mercados porque a seca na
Argentina, tradicionalmente maior exportador do grão para o Brasil, está
comprometendo a safra local.
A crise no mercado de petróleo
também pressiona os alimentos. Isso porque a Rússia é o maior produtor
mundial de fertilizantes, que também são afetados pelo petróleo mais
caro. Atualmente, o Brasil compra 20% dos fertilizantes do mercado
russo. O aumento do diesel também interfere indiretamente no preço da
comida, ao ser repassado por meio de fretes mais caros. A venda de
fertilizantes agrícolas ao Brasil foi suspensa por parte de Belarus, de
acordo com a Embaixada do país em Brasília. O fornecimento teria sido
interrompido por causa de um bloqueio feito pela Lituânia. Porém, o
governo brasileiro admite que o mercado nacional terá fertilizantes ao
menos até outubro.
Dólar e juros
O terceiro fator pelo qual a crise entre Rússia e Ucrânia pode impactar
a economia brasileira será por meio do câmbio. O dólar, que chegou a
atingir R$ 5 na quarta-feira (23), fechou a sexta-feira (25) a R$ 5,15
após a ocupação de cidades ucranianas por tropas russas. Na manhã desta
quinta-feira (3), no entanto, a divisa norte-americana valia R$ 5,08.
Por enquanto, os efeitos no câmbio são relativamente pequenos porque o
Brasil se beneficiou de uma queda de quase 10% da moeda norte-americana
no acumulado de 2022.
O prolongamento do conflito, no entanto,
pode anular a baixa do dólar no início do ano. Nesta quinta, por
exemplo, russos e ucranianos debatem pela segunda vez para tentar chegar
a um acordo de paz. Na quarta-feira, Dmitry Kulena, ministro
ucraniano de Relações Externas, manifestou a expectativa pela retomada
do diálogo, mas notou que as demandas de Moscou não tinham alterado e
afirmou que não aceitaria nenhum ultimato.
Na semana passada, o
secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que o Brasil está
preparado para os impactos econômicos da guerra. Segundo ele, o país tem
grandes reservas internacionais e baixa participação de estrangeiros na
dívida pública, o que ajudaria a enfrentar os riscos de uma turbulência
externa prolongada. No entanto, caso o dólar continue a subir e a
inflação não ceder, o Banco Central pode ver-se obrigado a aumentar a
taxa Selic (juros básicos da economia) mais que o previsto. Nesse caso, o
crescimento econômico para este ano ficaria ainda mais prejudicado.
LONDRES (Reuters) – É muito provável que a Rússia dê um calote em
sua dívida externa e sua economia sofrerá uma contração de dois dígitos
este ano depois que o Ocidente lançou sanções sem precedentes em escala
e coordenação, disse um grupo de lobby do setor bancário global nesta
segunda-feira.
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) estimou que metade das
reservas estrangeiras do Banco Central da Rússia são mantidas em países
que impuseram congelamentos de seus ativos, reduzindo severamente o
poder de fogo do banco na formulação de políticas.
O Banco Central, que na segunda-feira elevou as taxas de juros e
introduziu controles de capital, priorizaria a proteção de poupadores
domésticos com investidores estrangeiros sendo colocados como “um dos
últimos da lista”, disse o IIF.
“Se ficarmos aqui e isso (a crise) aumentar, o default e a
reestruturação são prováveis”, disse Elina Ribakova,
vice-economista-chefe do grupo de lobby, a repórteres durante uma
teleconferência.
Segundo ela, o calote seria “extremamente provável”, embora o tamanho
relativamente pequeno das participações estrangeiras – em torno de 60
bilhões de dólares – na dívida russa limitaria as consequências.
A inadimplência em títulos no mercado interno era muito menos provável, acrescentou.
O Banco Central da Rússia e o Ministério das Finanças russo não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada, levando o Ocidente a
impor uma série de sanções. Entre elas, o congelamento dos ativos do
Banco Central russo, a remoção de muitos bancos russos do sistema global
de pagamentos SWIFT e uma lista de indivíduos e entidades com ativos
bloqueados no exterior. A Rússia chama sua ação militar na Ucrânia de
“operação especial”.
As sanções fizeram com que o rublo despencasse para mínimas recordes
na segunda-feira, e os investidores ocidentais estão lutando para se
livrar de ativos russos à medida que o país se encontra cada vez mais
isolado.
Ribakova, do IIF, disse que as medidas, que ainda podem vir a ser
mais duras, são “as sanções econômicas mais severas já impostas a um
país” e colocariam a economia russa em queda livre, com uma contração de
dois dígitos neste ano e a inflação subindo para um percentual de dois
dígitos também.
Ela disse que a conversão das participações cambiais domésticas
russas em rublos também está na mesa, embora o banco central esteja
relutante em implantá-la inicialmente, pois tenta poupar os poupadores
domésticos prejudicados.
O banco central mantém ferramentas para tentar acalmar os mercados,
incluindo aumentar ainda mais as taxas de juros, fornecer liquidez aos
bancos domésticos e limitar os fluxos de capital. Também pode ser
forçado a impor feriados bancários para impedir uma corrida aos bancos,
disse o IIF em um relatório divulgado na segunda-feira e escrito antes
das últimas sanções.
Ribakova disse que cerca de 10 bilhões de dólares foram retirados de bancos russos apenas na sexta-feira.
As sanções podem ficar mais duras, incluindo impedir que entidades
americanas e europeias negociem dívidas governamentais russas
existentes, expandindo a lista de instituições banidas do SWIFT e
removendo exclusões comerciais relacionadas à energia.
Tais medidas ampliariam os riscos financeiros, comerciais e de
contágio também para a economia global, e especialmente para a Europa,
acrescentou Ribakova.
Em seu relatório anterior, o IIF disse que se os maiores credores da
Rússia, Sberbank e VTB, forem expulsos do SWIFT, espera-se “uma
desestabilização fundamental de todo o sistema financeiro, com profundas
implicações para a economia real”.
Sob pressão para investir em energia renovável, a Chevron
está fazendo um de seus maiores investimentos em combustíveis
renováveis: anunciou a compra do Renewable Energy Group (REG) por US$
3,15 bilhões. A empresa produz diesel e outros combustíveis a partir de
fontes como milho e óleo de cozinha.
O REG, com 11 refinarias abastecidas principalmente por resíduos como
sebo e óleo de cozinha usado, ajudará a Chevron em sua busca por
oferecer uma variedade maior de combustíveis com menor pegada de carbono
do que o petróleo e o gás natural. Segundo o CEO da Chevron, Mike
Wirth, o plano é continuar fazendo aquisições na área e gastar dinheiro
na conversão de refinarias para que também possam processar fontes de
combustível de baixo carbono.
Em sinal da importância do acordo, a Chevron disse que a presidente e
diretora executiva do REG, Cynthia J. Warner, deve se juntar ao
conselho e o negócio de combustíveis renováveis da Chevron mudará sua
sede para Iowa (EUA), onde fica a do REG. (FONTE: DOW JONES NEWSWIRES)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Flapper, que conecta passageiros e voos executivos por meio
de uma plataforma online, é uma das empresas que já encomendou da
Embraer “carros voadores”. De acordo com o diretor executivo da Flapper,
Paul Malicki, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte
estão entre as primeiras cidades que receberão os eVTOLs (sigla em
inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem virtual, nome
oficial do “carro voador”). Além da encomenda feita com a Embraer, a
Flapper também tem fechado parcerias com outras empresas do setor aéreo
para trabalhar, nos próximos anos, com outros tipos de aeronaves
elétricas. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Estadão.
Como funcionará a parceria com a Embraer? A Flapper hoje não tem aeronaves próprias. Vocês vão comprar os eVTOLs?
Ainda não sei dizer se vai ser leasing (contrato de aluguel com um
terceiro que, ao final, oferece a opção de compra) ou compra direta da
aeronave, mas a ideia é que uma empresa com experiência no setor faça
essa operação.
O contrato foi fechado em número de horas de voo que a Embraer fornecerá, e não em total de veículos…
Como a capacidade de baterias deve melhorar nos próximos anos, não
sabemos se, para ter 25 mil horas de voos, precisaremos de cinco ou
quinze aeronaves. Fizemos um contrato que considera nossa demanda em
horas, que já existe, mas não estipula o número exato de aeronaves.
Quando e onde a Flapper deve começar a trabalhar com “carros voadores”?
Se a Embraer começar a entregar as aeronaves em 2026, podemos
imaginar que a Flapper será um dos primeiros clientes. Vamos operar em
cidades em que o aeroporto é longe do centro, que têm trânsito intenso e
população ampla. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba
serão prioridade. No longo prazo, nada impede de operarmos entre Angra
dos Reis e Rio, onde já temos muita demanda.
O que mudará na comparação com o que a Flapper oferece hoje?
Esse tipo de veículo abre um mercado que hoje está reservado para
pessoas mais ricas. A ideia é atender a classe média. Estamos falando de
um voo que talvez custe o dobro de uma corrida de Uber, mas que, no
longo prazo, vai ser mais barato. Estamos falando de criar algo
totalmente novo. Será um mercado sustentável e com aeronaves
silenciosas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.