terça-feira, 7 de junho de 2022

FMI pede apoio a vulneráveis com aumento dos preços de alimentos e combustíveis


FMI pede apoio a vulneráveis com aumento dos preços de alimentos e combustíveis

Logo do FMI em sua sede em Washington


Por Rachel Savage
 

LONDRES (Reuters) – O Fundo Monetário Internacional disse nesta terça-feira que os governos em luta contra o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis deveriam direcionar ajuda aos cidadãos vulneráveis, em vez de um auxílio generalizado que corre o risco de aumentar as pressões sobre as finanças públicas.

Mais da metade dos 134 países pesquisados disseram ter adotado subsídios ou cortes de impostos para aliviar o golpe do aumento dos preços provocado pela guerra na Ucrânia, disse o FMI em blog.

A invasão russa da Ucrânia levou a saltos acentuados nos preços de alimentos e combustíveis, agravando os temores econômicos globais, especialmente para as economias em desenvolvimento que têm lutado mais do que as mais ricas para se recuperar da pandemia da Covid-19.

“As autoridades devem permitir que os altos preços globais passem para a economia doméstica enquanto protegem as famílias vulneráveis afetadas pelos aumentos”, disse o blog do FMI.

“Isso é, em última análise, menos custoso do que manter os preços artificialmente baixos para todos, independentemente de sua capacidade de pagamento.”

O FMI freqüentemente faz da remoção de subsídios uma condição para a concessão de ajuda.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/fmi-pede-apoio-a/


Compra do Big é Concluída


Carrefour Efetiva Negócio e Anuncia Novo Conselho


Compra do Big é Concluída

  O Grupo Carrefour Brasil anuncia, hoje (07), a conclusão da aquisição do Grupo Big. Com isso, o varejista expande seus formatos de cash & carry, hipermercados e supermercados, e ingressa em novos modelos, como o clube de compras Sam's Club. Nos próximos meses, grande parte das lojas do Grupo Big será convertida para bandeiras do Carrefour, sendo a maioria para Atacadão. Desta forma, a companhia passará a contar com mais de 1.000 pontos de venda pelo país e receberá 15 milhões de novos consumidores, ampliando sua base atual de 45 milhões de clientes por mês. No Nordeste, serão mais de 250 unidades convertidas. Já na região Sul, o número de lojas vai triplicar, passando para aproximadamente 200 operações.

Nova Estrutura Acionária
 
  O pagamento da transação, no valor de R$ 7 bilhões, ocorreu 70% em dinheiro e 30% por meio de emissão de novas ações do Carrefour Brasil. Após o negócio, a participação acionária será distribuída em 67,7% para o Grupo Carrefour Global, 7,2% para a Península Participações e 5,6% para a Advent International e o Walmart. A expectativa é que a integração do Big adicione R$ 2 bilhões anuais ao Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia a partir de 2025.

Mudanças no Conselho
 
  O Carrefour anuncia, ainda, mudanças em seu Conselho de Administração. O novo quadro conta com Alexandre Bompard (CEO global do Grupo Carrefour) como presidente e Abilio Diniz como vice-presidente. Entre os novos membros, estão: Patrice Etlin (Managing Partner da Advent International na América Latina), Laurent Vallée (General Secretarie global do Carrefour), Elodie Perthuisot (Chief Digital Officer global do Carrefour), Claudia Almeida e Silva (membro independente) e Vânia Neves (membro independente). Os novos executivos se juntam a Matthieu Malige (CFO global do Carrefour e ex-presidente do conselho no Brasil), Jérôme Nanty, Claire du Payrat, Stéphane Maquaire e Eduardo Rossi. 
 
A nova composição será submetida aos acionistas em assembleia extraordinária.  
 
 https://www.gironews.com/supermercado/compra-do-big-e-concluida-68537/

 

Humanização do Shopper


Tecnologia Resgata o Varejo de Antigamente


Humanização do Shopper
Texto: Luís Henrique Moreira

  Há alguns anos, a tecnologia busca recriar realidades de outras gerações do varejo, principalmente para reaproximar o comércio de seu shopper. Reconhecer o cliente, seu rosto, produtos favoritos, foram fatores que se perderam com o crescimento do setor, com a criação dos grandes grupos, e que a tecnologia busca agora resgatar. Assim como o CRM agrega conhecimento, para o varejo voltar a saber o que seu consumidor gosta, como fazia nas antigas mercearias de balcão, a crescente investida em biometria facial busca agora resgatar o reconhecimento do shopper, ampliar o apelo de fidelidade e, além disso, otimizar a operação para a prevenção de fraudes.

Projeção de Crescimento
 
  Um estudo da consultoria Allied Market Research aponta que a biometria facial deve movimentar US$ 9,6 bilhões (R$ 53 bilhões) em 2022. A aceleração deste modelo se deu em razão da pandemia e a necessidade de aumentar cuidados com a higiene minimizando contatos que podem ser evitados. Apostando nisso, empresas como Mastercard e Cielo buscaram parceiros para iniciar a modalidade em seus negócios no país.

Entrada no Varejo
 
  Através de parceria com a startup Payface, a Mastecard iniciou seu primeiro projeto de biometria facial em lojas da rede de supermercado St Marche. Usando apenas o rosto, o consumidor poderá se identificar no programa de fidelidade da bandeira para ter acesso a ofertas e benefícios exclusivos e, na hora do pagamento, concluir as compras sem precisar de cartão ou celular. A Cielo, em parceria com a mesma startup, iniciou sua operação com a modalidade no canal farma, na Drogaria Iguatemi do Shopping JK em São Paulo (SP).

Adesão Crescente
 
  Desde o ano passado, diversos varejistas começaram a testar a biometria facial em suas lojas. O Angeloni, que atua com 32 unidades em SC e PR, implementou em caixas rápidos e self-chekouts de uma loja em Florianópolis. O Muffato reinaugurou um pdv em Londrina (PR) com diversas soluções tecnológicas, incluindo o pagamento por reconhecimento facial.  Outras redes, como o Supermercados Frade do litoral de São Paulo e a o Super Apoio do Rio Grande do Sul, também já iniciaram seus testes com a solução. O Zona Sul do Rio de Janeiro, porém, já está indo além da fase de testes. A rede, que iniciou o projeto em setembro de 2021, anunciou a expansão desta forma de pagamento em suas lojas, com o plano de implementar em 145 checkouts e atingir mais de 200 mil clientes.
 
 
 https://www.gironews.com/supermercado/humanizacao-do-shopper-68536/

 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Embraer busca oportunidades de fusão e aquisição em serviços e manutenção

Planador, guerras, logotipo: veja 10 curiosidades sobre a Embraer | CNN  Brasil


Por Gabriel Araujo

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, São Paulo (Reuters) – A Embraer está avaliando oportunidades de fusões e aquisições no segmento de serviços e manutenção em um momento em que busca otimizar operações como parte de um plano de crescimento, disse o diretor da área nesta quarta-feira.

A busca está relacionada a serviços de manutenção para o segmento de jatos executivos, complementares aos negócios já operados pela divisão Services & Support da empresa.

Michael Amalfitano, presidente-executivo de jatos executivos da Embraer, disse durante evento da empresa que a maior parte destas oportunidades estaria nos Estados Unidos e na Europa, onde está grande parte dos clientes de aviação executiva.

Segundo ele, as oportunidades poderiam ser complementares a ações de fusão e aquisição pela unidade de serviços da Embraer.

“Estamos reavaliando nossa rede, perguntando qual é o equilíbrio correto. Há alguma oportunidade para nós criamos ou buscarmos uma fusão ou aquisição que nos dê uma forma mais otimizada de atender nossos clientes nos quatro segmentos de aviação executiva?”, disse o executivo durante o evento.

A demanda por jatos executivos tem crescido e a Embraer espera que atinja entregas entre 100 e 110 unidades neste ano. Atualmente, a carteira de pedidos da empresa no segmento vai até o terceiro trimestre de 2024, disse Amalfitano.

“Fusões e aquisições é algo que estamos buscando para crescer”, disse o presidente-executivo da divisão Services & Support, Johann Bordais.

“A prioridade está sobre a aviação executiva. Queremos ter certeza que estamos ampliando nossa presença no lado de serviços no mercado de aviação executiva e também em aviação comercial”, disse Bordais.

A empresa espera que a divisão Services & Support alcance receita de 2 bilhões de dólares em 2026. A unidade respondeu por 45% da receita líquida da Embraer no primeiro trimestre.

Segundo Bordais, porém, um intervalo de 20% a 25% seria uma participação “mais normal”, uma vez que a divisão de aviação comercial se recupera da crise causada pela pandemia.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/embraer-busca-oportunidades-de-2/

 

 



 

Subsídio para amortecer alta de commodities é boa solução, mas gera risco, diz Campos Neto


Crédito: REUTERS/Adriano Machado

O presidente do Banco Central quer responsabilizar os bancos por fraudes no Pix (Crédito: REUTERS/Adriano Machado)

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – A implementação de subsídios para mitigar os impactos sociais da alta das commodities é uma boa solução, disse nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ponderando que medidas nesse sentido carregam risco de se tornarem gastos públicos permanentes.

Em painel do Banco de Compensações Internacionais (BIS) sobre o papel dos bancos centrais na transição verde, Campos Neto apresentou possíveis alternativas para governos lidarem com a disparada de preços desses insumos.

 Ao afirmar que o Brasil tem ganhos nesse cenário por produzir mais commodities do que consome, ele ponderou que há o lado negativo na área social, com impacto sobre a população mais pobre.

Campos Neto disse que países podem ser liberais e deixar os preços flutuarem até alcançarem equilíbrio, mas avaliou que essa alternativa não é socialmente ou politicamente viável.

A segunda opção, que tem tido a preferência de países segundo ele, é a interferência em preços de commodities, como petróleo e energia.

O presidente do BC voltou a dizer, porém, que essa ideia impacta negativamente investimentos e compromete o setor produtivo.

“Você pode adotar a terceira solução, que é transferir parte do choque positivo para resolver os problemas sociais por meio de subsídios. Essa é uma boa solução, mas o problema é que uma vez criado o subsídio, há o risco de se tornar um gasto permanente”, disse.

Na apresentação, Campos Neto também afirmou que o Banco Central vai monitorar e divulgar riscos gerados pelas mudanças climáticas e ameaças desses eventos para a estabilidade financeira.

Em setembro do ano passado, o BC anunciou novas regras que obrigam os bancos a incorporar a seus testes de estresse riscos relacionados a eventos como secas, inundações e incêndios, a partir de julho de 2022.

Para o presidente do BC, o Brasil está muito conectado com a volatilidade de preços de alimentos e viveu vários eventos climáticos recentemente que impactam o setor, junto com a pandemia de Covid-19.

Além do monitoramento de riscos climáticos, o presidente do BC disse que a autarquia desenvolve outros projetos na área de sustentabilidade. Entre eles, citou o bureau verde, sistema de crédito rural sustentável dentro do arcabouço do open finance, com critérios sociais, ambientais e climáticos.

Campos Neto afirmou que o redesenho das cadeias globais de valor gerado pela pandemia e a guerra na Ucrânia vai consumir mais energia e ser menos eficiente. Ele ressaltou que o cenário atual tem sinais vermelhos nas áreas de energia e alimentos, com investimentos travados e impacto sobre preços.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/subsidio-para-amortecer-alta-de-commodities-e-boa-solucao-mas-gera-risco-diz-campos-neto/

 

terça-feira, 31 de maio de 2022

Natura &Co: CFO assume diálogo com mercado após tombo de 70% na B3

Mudança ocorre após críticas do mercado sobre comunicação da companhia
Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
Por Graziella ValentiPublicado em 31/05/2022 09:24 | Última atualização em 31/05/2022 09:41Tempo de Leitura: 7 min de leitura

A Natura &Co, dona também das marcas Avon, The Body Shop e Aesop, ouviu e entendeu as queixas do mercado. Guilherme Castellan, que está à frente da diretoria financeira global desde julho de 2021, agora assume também a área de relações com investidores. Longe de ser uma medida burocrática, o movimento é parte da reação da companhia aos últimos eventos na sua rotina com os acionistas não controladores.

O objetivo é que Castellan, com seus quase 20 anos de experiência no mercado financeiro no Brasil e nos Estados Unidos e como executivo do grupo AB Inbev, estabeleça uma dinâmica nova e mais próxima ao mercado. Gerir expectativa é algo que conhece bem e, por vir de fora do grupo, traz um olhar fresco para o assunto. Antes de assumir a cadeira na Natura &Co, foi o CFO e relações com investidores da unidade asiática do grupo de bebidas, responsável pelo IPO de 2019 em Hong Kong, que avaliou o negócio em mais de US$ 40 bilhões. Com o anúncio de hoje, a companhia retoma o modelo que tinha até 2019, com o mesmo executivo na liderança financeira e de relações com investidores.

"A primeira coisa importante para ressaltar é que a gente escutou o mercado, de maneira transparente, e a ideia é reforçar muito a comunicação. A Natura &Co sempre presou pela governança e pelo ESG. Acho que minha experiência, de companhia pública na Ásia, com diversos tipos de investidores ajudará muito nessa tarefa. E acredito que o investidor local quer mesmo essa conexão mais próxima com o grupo", disse Castellan, em exclusiva ao EXAME IN.

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Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
 
 

 

A Natura &Co, dona também das marcas Avon, The Body Shop e Aesop, ouviu e entendeu as queixas do mercado. Guilherme Castellan, que está à frente da diretoria financeira global desde julho de 2021, agora assume também a área de relações com investidores. Longe de ser uma medida burocrática, o movimento é parte da reação da companhia aos últimos eventos na sua rotina com os acionistas não controladores.

O objetivo é que Castellan, com seus quase 20 anos de experiência no mercado financeiro no Brasil e nos Estados Unidos e como executivo do grupo AB Inbev, estabeleça uma dinâmica nova e mais próxima ao mercado. Gerir expectativa é algo que conhece bem e, por vir de fora do grupo, traz um olhar fresco para o assunto. Antes de assumir a cadeira na Natura &Co, foi o CFO e relações com investidores da unidade asiática do grupo de bebidas, responsável pelo IPO de 2019 em Hong Kong, que avaliou o negócio em mais de US$ 40 bilhões. Com o anúncio de hoje, a companhia retoma o modelo que tinha até 2019, com o mesmo executivo na liderança financeira e de relações com investidores.

"A primeira coisa importante para ressaltar é que a gente escutou o mercado, de maneira transparente, e a ideia é reforçar muito a comunicação. A Natura &Co sempre presou pela governança e pelo ESG. Acho que minha experiência, de companhia pública na Ásia, com diversos tipos de investidores ajudará muito nessa tarefa. E acredito que o investidor local quer mesmo essa conexão mais próxima com o grupo", disse Castellan, em exclusiva ao EXAME IN.

 Desde o terceiro trimestre de 2021, quando a receita líquida consolidada da companhia caiu 8,5%, para R$ 9,5 bilhões, os investidores começaram a castigar as ações da Natura &Co, preocupados especialmente com o desempenho de Avon. De lá para cá, a sensação de acionistas relevantes consultados é que a companhia se fechou. Essa dificuldade de diálogo foi alvo de críticas. Para alguns, o entendimento é de que isso agravou a "percepção" de crise, fazendo-a parecer maior.

Em julho de 2021, a ação da empresa chegou a superar os R$ 61, com a empresa avaliada em aproximadamente R$ 83 bilhões na B3. Hoje, os papéis são negociados abaixo de R$ 17 – a companhia vale menos de R$ 23 bilhões. É uma perda superior a 70% em relação ao pico histórico. Na mínima, o papel bateu em R$ 15,15.

Na opinião de Castellan, o crescimento da Natura &Co, com as diversas marcas e modelos de negócios, tornou o entendimento da empresa mais complexo. "Quem não segue a companhia há muito tempo e não está tão familiarizado com a história, não entende muito bem. Uma das grandes coisas que vamos tentar mudar é trazer uma comunicação mais clara, simples e direta sobre cada uma das unidades", afirma. A ideia é dar um direcionamento mais claro sobre a rentabilidade e o caminho de cada uma.

Apesar das frustrações entre o fim de 2021 e começo deste ano, não faltou tentativa da empresa de alertar o mercado sobre o cenário. Desde outubro do ano passado, o presidente global da Natura &Co, Roberto Marques, inclusive em duas entrevistas exclusivas ao EXAME IN, apontava a dificuldade do ambiente macroeconômico, brasileiro e global: uma combinação de demanda mais fraca, com inflação elevada nas matérias-primas da indústria.

A decepção com a rotina da empresa em relação ao mercado alcançou o ápice pouco antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano. Ao iniciar uma conversa sobre a “temperatura dos números” com analistas, a companhia acabou revelando demais e teve de antecipar receita e Ebitda do período. Somente no pregão do dia em que a conversa ocorreu, as ações caíram 15,5%.

O número, que já não era dos mais animadores — uma queda 12,3%, para R$ 8,2 bilhões de receita líquida consolidada — ficou ainda mais amargo com a trapalhada. O Ebitda, que no terceiro trimestre de 2020 chegou a quase R$ 1,5 bilhão, somou apenas R$ 515 milhões de janeiro a março deste ano, depois de encolher 38% na comparação anual. E na divulgação do balanço, veio novo ajuste negativo dos papéis. Mais uma vez, um balde de água fria com os guidances dados na teleconferência sobre os resultados e com o tom da empresa. Mas nada que deveria ter surpreendido quem estava próximo da empresa, mesmo com todos os desafios no diálogo.

Investidores relevantes, como o fundo Verde, de Luis Stuhlberger, destacaram em carta aos cotistas (ou conversas) que o desempenho da carteira no mês passado sofreu, entre outras razões, pela posição em Natura &Co. Até onde o EXAME IN apurou, porém, nenhum grande fundo mudou a crença no negócio, mas muitos estavam bastante insatisfeitos com a dinâmica — ou a falta dela — da companhia com o mercado. "Não se consegue mais falar em profundidade com o C-level", disse um gestor, com ações da fabricante de produtos de higiene e beleza. Desde a aquisição da Avon, o grupo é o 4º maior do mundo no setor.

Quem acompanha o negócio de perto, nem mesmo acha que Avon seja um caso grave ao ponto de tirar tanto valor do negócio, mas acreditam que a empresa não está sendo hábil o suficiente para demonstrar de um jeito positivo o trabalho realizado. Os ajustes na operação internacional da marca, que sabidamente demandava uma profunda reestruturação de negócios e revitalização de nome, machucaram o desempenho consolidado, mas a crença é que o caminho está na direção correta.

 

 https://exame.com/exame-in/natura-co-cfo-assume-dialogo-com-mercado-apos-tombo-de-70-na-b3/


Dois diretores de empresa brasileira de investimentos verdes são condenados em Londres



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Kirstin Ridley

LONDRES (Reuters) – Dois diretores de empresas por trás de um esquema fraudulento de investimento verde no Brasil foram condenados na terça-feira por um júri de Londres por fraudar cerca de 2 mil investidores de cerca de 37 milhões de libras (47 milhões de dólares).

 Dois diretores de empresa brasileira de investimentos verdes são condenados em LondresAndrew Skeene e Omari Bowers foram considerados culpados de três acusações de conspiração de fraude e uma de má conduta durante a liquidação de uma empresa em Londres, disse o Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO).

A data da sentença deve ser definida na quarta-feira.

Timur Rustem, sócio-gerente do escritório de advocacia Rustem Guardian que representa Skeene, se disse desapontado com o veredicto e que seu cliente considera um recurso. Um advogado de Bowers não estava imediatamente disponível para comentar.

 Os dois homens apresentaram a Global Forestry Investments, que estabeleceu três esquemas brasileiros de investimento em árvores de teca, como um esquema de investimento para proteger a floresta amazônica e apoiar comunidades locais.

Mas a diretora do SFO, Lisa Osofsky, disse que uma investigação de sete anos expôs uma intrincada rede de transferências de dinheiro, documentos falsos e identidades inventadas usadas para “enganar pensionistas e poupadores de seu dinheiro sob o falso pretexto de proteção ambiental”.

O SFO, que disse que sua equipe viajou ao Brasil duas vezes durante a investigação e agradeceu ao Ministério Público Federal brasileiro e outros órgãos pela ajuda durante a investigação.

Bowers e Skeene dizem em sua página do LinkedIn que cofundaram a Global Forestry Investments há cerca de 15 anos, comprando terras no Brasil para o “plantio e colheita sustentável de árvores de teca para fins de investimento”.

A empresa afirmava ter escritórios em São Paulo, Londres, Dubai e Abu Dhabi.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/dois-diretores-de-empresa/