quinta-feira, 8 de setembro de 2022

De olho em mercado bilionário, Bossanova cria comitê e passa a investir em startups de games

 

Novo comitê Bossa Game Labs mira empresas ligadas ao mercado de games e reformula tese de investimentos do fundo de venture capital
 
 
 
 
 
 Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)
 
Maria Clara Dias

 Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)

Maria Clara Dias

 

 Um imperativo no mercado de startups, o desejo de encontrar as melhores oportunidades de investimento desperta a atenção para as tendências mais proeminentes ligadas a tecnologias em ascensão. De olho nisso — e no potencial financeiro de alguns segmentos — o fundo de venture capital Bossanova Investimentos acaba de criar uma vertical totalmente dedicada à análise e investimentos em startups ligadas ao mercado de games.

Um novo comitê, chamado de Bossa Game Labs, tem como objetivo encontrar e investir em empresas do segmento, com um adicional de capacitação a empreendedores do setor e empresas em estágios iniciais. A projeção é investir e mentorar pelo menos 10 empresas nos próximos três anos.

 

Por que a Bossanova vai investir no mercado de games

A abertura do leque para empresas do setor é uma novidade para a Bossanova, que desde 2011 não incluía em sua tese negócios com soluções destinadas exclusivamente ao mercado de games, ao governo, a lojas de e-commerce ou que necessitassem de investimento em hardware.

Em 2021, o mercado global de jogos eletrônicos movimentou cerca de US$ 180 bilhões, segundo a consultoria Newzoo. No Brasil, o total foi de US$ 2,3 bilhões. Em ritmo acelerado, o setor cresce algo como 8,5% globalmente, e 9% no Brasil.

Os grandes números chamaram a atenção da Bossanova, que tratou de não dispensar o potencial do segmento ao passar a aceitar empresas do setor no portfólio e também atrair investidores já interessados nesse universo.

Segundo Antonio Patrus, diretor da Bossanova, a percepção de que há potencial nesta vertical já vem de longa data. Faltava ao fundo, porém, um parceiro estratégico para pivotar essa análise mais azeitada de empresas de games. “Agora com um líder adequado, trazemos um mercado de alto potencial de forma eficiente e com oportunidades de coinvestir em empresas verdadeiramente promissoras”, diz.

“Não podíamos ignorar que os números positivos registrados nos últimos anos e a tendência cada vez maior de crescimento são consequências da evolução e da diversificação do mercado de games, tanto no Brasil como no mundo. Nos deparamos com um novo cenário e tomamos uma decisão baseada em dados”, afirma João Kepler, CEO e fundador da Bossanova.

Como vai funcionar o comitê de games da Bossanova

A intenção do fundo é investir em até 20 startups nos próximos três anos. Os cheques devem variar de R$100 mil a R$300 mil, podendo chegar a R$ 5 milhões.

“Somos o quinto maior consumidor de games do mundo, mas só o 12º em faturamento. Ou seja, consumimos, mas ainda criamos muito pouco nesse setor”, afirma Ricardo Fernandes, um dos líderes do comitê. “Esse é um mercado ainda pouco organizado no Brasil, se compararmos com o cenário geral de startups que temos aqui. O movimento que iniciamos busca impulsionar essas soluções para que se desenvolvam junto às outras áreas”, complementa.

Por trás dos cheques está também uma tese baseada na capacitação das empresas escolhidas e a conexão dessas companhias com parceiros estratégicos do mercado.

No caso de estúdios de games, por exemplo, a Bossanova pretende ampliar a conexão com publishers, responsáveis pela publicação e comercialização dos games, que mais se relacionam com a proposta do estúdio em si. Já para os publishers, companhias já com certa maturidade, o principal incentivo deve ser o financeiro. Nesta frente, a Bossanova deve conectá-los a fundos maiores e globais que podem ser os viabilizadores de rodadas futuras.

“A ideia é entender o que cada empresa necessita em suas diferentes fases de maturação e fazê-las chegar lá para fomentar este mercado no Brasil e não lá fora”, diz Ricardo Fernandes, líder do comitê.

Quem está por trás do comitê

À frente do recém-lançado comitê está o empreendedor Ricardo Fernandes, fundador da startup Legal Labs, vendida por US$ 26 milhões para a Neoway (empresa adquirida pela B3). Atualmente, Fernandes é também líder da Labs Capital,  fundo de investimento em startups, estúdios e empresas de mídia ligadas ao mercado de games. Além de Fernandes está Daniel Cambraia, também sócio fundador da Bluestone e da TDR Family Office.

A percepção de Fernandes é de que há um desequilíbrio entre os estágios de maturação do mercado de startups e de games no Brasil. “Enquanto um já está maduro e estruturado, o outro ainda engatinha e é muito baseado na perspectiva artística, dos criadores de games. Isso acaba repercutindo em uma migração de cérebros brasileiros para gigantes gringas”, diz. “Por isso nosso objetivo é fomentar e criar toda uma comunidade de games no Brasil. Assim retemos talentos”, diz.

O fundo, que começa com R$ 1,5 milhão, pode chegar a R$ 5 milhões nos próximos anos.

 

 https://exame.com/negocios/bossanova-cria-comite-para-investir-em-startups-de-games/
 

United anuncia investimento na Eve e compra de 200 aeronaves da Embraer

Planador, guerras, logotipo: veja 10 curiosidades sobre a ...

A Embraer informou que a United anunciou nesta quinta-feira, 8, um investimento de US$ 15 milhões na Eve Air Mobility e um acordo de compra condicional para 200 aeronaves elétricas de quatro lugares e mais 200 opções, com as primeiras entregas previstas já em 2026.

Segundo a fabricante brasileira, o acordo marca outro investimento significativo da United em táxis aéreos – ou eVTOLs (veículo elétrico de decolagem e pouso vertical). Pelos termos do acordo, as empresas pretendem trabalhar em projetos futuros, incluindo estudos sobre o desenvolvimento, uso e aplicação das aeronaves da Eve e do ecossistema de mobilidade aérea urbana (UAM).

“A United realiza investimentos iniciais em várias tecnologias de ponta em todos os níveis da cadeia de suprimentos, fortalecendo nossa posição de liderança em sustentabilidade e inovação na aviação”, explica Michael Leskinen, presidente da United Airlines Ventures. “Nosso acordo com a Eve mostra nossa confiança no mercado de mobilidade aérea urbana e serve como referência em direção à nossa meta de zerar as emissões de carbono até 2050 – sem o uso de compensações tradicionais. Juntas, acreditamos que nosso conjunto de tecnologias de energia limpa revolucionará as viagens aéreas como as conhecemos e servirá como catalisador para a indústria da aviação se movimentar em direção a um futuro sustentável”, afirma.

A United foi a primeira grande companhia aérea dos Estados Unidos a criar um fundo de capital de risco, o United Airlines Ventures (UAV), projetado para apoiar o compromisso 100% verde da companhia de atingir zero emissões líquidas até 2050, sem o uso de compensações tradicionais. 

 Por meio da UAV, a United tem liderado no setor os investimentos em eVTOLs e aeronaves elétricas, motores com célula de combustão a hidrogênio e combustível de aviação sustentável. No mês passado, a United fez um depósito de US$ 10 milhões a uma companhia californiana de eVTOLs para 100 aeronaves.

Além disso, a United se juntou ao consórcio liderado pela Eve em Chicago, que simulará operações de UAM a partir de 12 de setembro.

Em vez de motores a combustão tradicional, o eVTOL é projetado para usar motores elétricos, proporcionando voos sem emissão de carbono, e será utilizado como ‘táxi aéreo’ em mercados urbanos.

Com alcance de 60 milhas (100 quilômetros), a aeronave da Eve tem potencial não somente para oferecer uma viagem sustentável, mas também para reduzir o nível de ruído em 90%, quando comparado a uma aeronave convencional. A Eve também está criando uma solução de gerenciamento de tráfego aéreo, projetada para desenvolver com segurança o setor de UAM.

 

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Executivo do Credit Suisse vê investidor em compasso de espera por eleições no Brasil

Credit Suisse avalia demitir cerca de 5 mil funcionários, diz fonte

 

 

Por Paula Arend Laier

 

SÃO PAULO (Reuters) – Investidores estão em compasso de espera para o resultado das eleições no Brasil, particularmente por causa de incertezas ligadas à política fiscal a partir de 2023, avalia o diretor de investimentos do Credit Suisse para a América Latina.

“Tem que esperar a definição de quem vai conduzir as políticas do ano que vem para, de fato, conseguir entender qual o risco fiscal que tem à frente”, afirmou Luciano Telo em entrevista à Reuters, citando que isso é um componente que atrasa um pouco o investimento.

O mercado quer entender se quem sair vitorioso buscará conter o nível de gastos, segundo o executivo. “Essa é a grande discussão, independente do candidato que for eleito”, afirmou, destacando também um foco voltado às reformas do país.

“A eleição vai definir não só o presidente, mas também o Congresso, e essa eleição se desdobra para o presidente da Câmara dos Deputados no ano que vem; então essa configuração de forças é importante para entender se realmente vai ter pauta de reformas, uma pauta mais abrangente”, acrescentou.

Pesquisas recentes têm mostrado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente nas intenções de votos na corrida presidencial, seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para Telo, decidida a eleição, pode haver algum alívio no mercado. Mas ele chamou a atenção para a necessidade de a nova equipe trabalhar rapidamente a comunicação com agentes financeiros após o resultado.

No caso da bolsa brasileira, mesmo avaliando que os preços estão baixos, Telo prefere não alocar mais recursos no momento, esperando os sinais sobre o crescimento do país 2023, além das dúvidas sobre o fiscal e a volatilidade eleitoral.

“Estamos muito perto da eleição, de diminuir uma incerteza. Não vale a pena colocar mais posições de bolsa neste momento”, disse, acrescentando que ações de bancos e de empresas atreladas a commodities são as que o Credit enxerga mais valor atualmente.

Em outros países na América Latina, afirmou, o mercado não conseguiu enxergar claramente uma diretriz pós-eleição e pediu uma desconto após o pleito. “Serve de aprendizado”, observou.

 O Credit Suisse vê a renda fixa como melhor oportunidade de investimentos no momento, tendo elevado posições em crédito indexado ao CDI e, mais recentemente, em ativos ligados à inflação, como NTN-Bs, dada a avaliação de que juros estão em um patamar restritivo, que levará a inflação para baixo.

Telo destacou que a discussão atual sobre o próximo ano é de redução da Selic, o que ele considera factível a partir do segundo semestre.

Para a taxa de câmbio, o executivo afirmou ver o dólar na faixa de 5,10 a 5,20 reais para o fim de 2022, próximo do patamar atual, refletindo termos de troca, com a valorização de commodities, mas algum desconto por componentes de incerteza.

No entanto, ele entende que uma sinalização fiscal mais clara, que significaria menos risco, e as commodities “comportadas” poderiam levar o dólar abaixo de 5 reais.

“Se você tem uma relação dívida/PIB sustentável, projetada como controlada no longo prazo, você tira essa incerteza e pode trabalhar mais perto do que seria um nível de comércio”, explicou, lembrando o choque positivo das commodities.

Ele ponderou, contudo, que qualquer cenário para os ativos financeiros brasileiros passa pelos próximos passos do Federal Reserve. “Isso é o mais importante para (determinar) a aversão a risco do que qualquer elemento regional”, afirmou Telo.

O banco central dos Estados Unidos tem elevado a taxa de juros para controlar a inflação no país. Recentemente, o chair do Fed, Jerome Powell, indicou que aquela economia precisará de uma política monetária apertada “por algum tempo”.

(Edição Aluísio Alves)

Senacon suspende venda de iPhones sem carregador no país


Senacon suspende venda de iPhones sem carregador no país

Apple

 

SÃO PAULO (Reuters) -A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou nesta terça-feira a suspensão em todo o país das vendas de iPhones, da Apple, desacompanhados de carregador de bateria, segundo decisão publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. 

 O Ministério da Justiça e Segurança Pública também aplicou multa à Apple de 12,275 milhões de reais e determinou a cassação do registro junto ao regulador de telecomunicações Anatel dos smartphones da marca a partir do modelo iPhone12, de acordo com nota assinada pelo secretário nacional do consumidor, Rodrigo Henrique Pires, e entidades ligadas à causa.

Procurada pela Reuters, a Apple não quis comentar de imediato.

Na defesa à secretaria, a Apple alegou que a decisão de não fornecer os carregadores em conjunto com os smartphones teria sido por preocupação ambiental, para estimular o consumo sustentável, segundo comunicado da Senacon.

 A secretaria, entretanto, afirmou que os argumentos não foram suficientes, uma vez que a medida transferiu “ao consumidor todo o ônus”.

“A fabricante poderia tomar outras medidas para a redução de impacto ambiental, como o uso do conector de cabos e carregadores tipo USB-C, adotados como padrão pela indústria atualmente”, disse o comunicado.

As acusações à Apple, que passou a vender iPhones sem carregador a partir do iPhone 12, incluem venda casada e venda de produto incompleto ou despido de funcionalidade essencial. 

 A medida vem um dia antes de a Apple anunciar seu novo iPhone.

A Senacon destaca que a Apple já havia sido multada por Procons regionais, como de São Paulo e Santa Catarina, e condenada judicialmente no âmbito da questão, e que ainda assim não tomou medida para endereçá-la, enquanto outros fabricantes têm apresentado propostas para solução.

A União Europeia aprovou em junho a exigência de uma única porta de carregador para telefones celulares, tablets e câmeras a partir de 2024, em um golpe para Apple, já que a entrada padronizada será a USB-C, utilizada em celulares com sistema operacional Android. Os iPhones são carregados a partir de um cabo Lightning.

 No Brasil, a Anatel abriu consulta pública no final de junho para proposta de padronização de carregadores de celulares por fio com padrão USB-C. A agência disse na ocasião que a escolha do padrão USB-C ocorre por já ser amplamente utilizado pela maioria dos fabricantes globais e possuir normatização internacionalmente reconhecida.

(Por Andre Romani, com reportagem adicional Peter Frontini; edição Paula Arend Laier)




 

Shopee corta dezenas de vagas dias antes de funcionários iniciarem na empresa, dizem fontes


Crédito: Divulgação/ Shopee

Shopee: corte de vagas é movimento que vem após sua controladora, Sea, relatar prejuízos crescentes e crescimento de receita acentuadamente mais lento (Crédito: Divulgação/ Shopee)

Por Chen Lin e Josh Ye

 

CINGAPURA/HONG KONG (Reuters) – A Shopee, maior empresa de comércio eletrônico do Sudeste Asiático, cancelou dezenas de ofertas de emprego nas últimas duas semanas, disseram fontes, em movimento que vem após sua controladora, Sea, relatar prejuízos crescentes e crescimento de receita acentuadamente mais lento.

Quatro pessoas entrevistadas pela Reuters que participaram de um grupo no WeChat de cerca de 60 pessoas, criado para discutir o fechamento das vagas da Shopee, disseram que suas posições foram suspensas apenas alguns dias antes da previsão de início no cargo.

 A Sea, com sede em Cingapura, disse que rescindiu recentemente algumas vagas da Shopee, mas não disse quantas.

“Devido a ajustes nos planos de contratação de algumas equipes de tecnologia, várias funções na Shopee não estão mais disponíveis. Estamos trabalhando em estreita colaboração para apoiar os impactados”, disse um porta-voz da empresa.

No início deste ano, algumas reportagens de veículos de imprensa disseram que a Shopee havia reduzido o número de funcionários no Sudeste Asiático, México e América Latina. A empresa não comentou sobre essas matérias.

 

TOM PESSIMISTA

 

Em março, a Sea disse que continuaria investindo na Shopee, que concorre com a Lazada, do Alibaba, no Sudeste Asiático, e que o crescimento da unidade permanecia como prioridade.

No entanto, no mês passado, a Sea retirou a projeção anual que tinha para o segmento de comércio eletrônico. O fundador e presidente-executivo da Sea, Forrest Li, disse que o ambiente de mercado estava cada vez mais incerto e enfatizou a necessidade de priorizar a lucratividade e a eficiência.

A Sea teve prejuízo líquido de 931 milhões de dólares no segundo trimestre, mais que o dobro do prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior. 

 “O tom deles nunca foi tão pessimista”, disse Ke Yan, analista-chefe da DZT Research, com sede em Cingapura, acrescentando que a estratégia da Sea de usar o fluxo de caixa da Garena, segmento de games do grupo, para compensar a queima de caixa da Shopee era insustentável.

O tratamento da Sea com as demissões foi “feio e embaraçoso” e provavelmente prejudicará sua reputação, disse ele.

A companhia viu seu valor de mercado subir para mais de 200 bilhões de dólares em outubro passado, após a Garena aumentar em popularidade durante a pandemia, mas as ações caíram desde então e agora a empresa vale 27 bilhões de dólares.

O Ministério do Trabalho de Cingapura disse que as autoridades relevantes estavam cientes das reclamações em relação à Shopee e que estava em contato com a empresa para mais informações. A pasta também disse que em tais situações as partes deveriam encontrar uma solução amigável.

As quatro pessoas entrevistadas pela Reuters disseram que, como compensação, a Shopee ofereceu um mês de salário e, nos casos em que as pessoas vieram do exterior, reembolsará o custo das passagens aéreas e acomodação temporária.

Embora uma potencial ação legal tenha sido discutida no WeChat, as pessoas impactadas estão mais preocupadas em encontrar um novo trabalho.

“O custo de uma ação legal é muito alto. Eu só quero seguir em frente e encontrar um novo emprego”, disse uma das quatro pessoas entrevistadas pela Reuters, que pediram anonimato.

 

Apenas um grande incidente geopolítico pode impedir o IPO da Porsche, diz diretor


Apenas um grande incidente geopolítico pode impedir o IPO da Porsche, diz diretor

Porsche


Por Victoria Waldersee

BERLIM (Reuters) – A Porsche só voltará atrás na decisão de realizar um IPO em caso de graves problemas geopolíticos que fariam a importância de uma listagem diminuir comparativamente, disse o diretor financeiro da marca de carros esportivos nesta terça-feira.

“Você nunca sabe o que vai acontecer em relação a questões geopolíticas, mas se um potencial IPO (oferta pública inicial de ações) for interrompido agora, estamos falando de problemas graves”, disse Lutz Meschke a jornalistas.

A Volkswagen deu sinal verde para um IPO da Porsche AG na noite de segunda-feira, após meses de deliberação, mas alertou que o movimento ainda está sujeito às condições de mercado. 

Em uma conferência nesta terça-feira, Oliver Blume, presidente-executivo da Volkswagen e da Porsche, disse que a listagem pode ajudar a reviver os mercados de capitais atingidos pela desaceleração do crescimento global.

“Há muito capital no mercado”, disse Blume. “Achamos que o IPO da Porsche pode ser um quebra-gelo.”

Os investidores estimam uma avaliação da Porsche AG entre 60 bilhões e 85 bilhões de euros.

A Volkswagen deu sinal verde para um IPO da Porsche AG na noite de segunda-feira, após meses de deliberação, mas alertou que o movimento ainda está sujeito às condições de mercado. 

 Em uma conferência nesta terça-feira, Oliver Blume, presidente-executivo da Volkswagen e da Porsche, disse que a listagem pode ajudar a reviver os mercados de capitais atingidos pela desaceleração do crescimento global.

“Há muito capital no mercado”, disse Blume. “Achamos que o IPO da Porsche pode ser um quebra-gelo.”

Os investidores estimam uma avaliação da Porsche AG entre 60 bilhões e 85 bilhões de euros.

 

Os executivos da Volkswagen e da Porsche não comentaram sobre a avaliação esperada e afirmaram apenas acreditar que a Porsche seria atraente para os investidores, mesmo em tempos tão turbulentos.

“Se uma empresa é capaz de ter sucesso nessas difíceis condições de mercado, é a Porsche”, disse Meschke.

A Porsche teve lucro operacional 22% maior no primeiro semestre do ano, enquanto a marca Volkswagen registrou queda de 8%.

Blume, quando questionado sobre como os conflitos de interesse –ele permanecerá como presidente de ambas as empresas mesmo após uma listagem– seriam tratados, disse que o conselho executivo da Porsche AG terá autoridade para tomar decisões “100% por conta própria”.

Por volta de 11h40 (horário de Brasília), as ações da Volkswagen subiam cerca de 3,3%.

“Como alguns já temiam o cancelamento do IPO, neste momento, é um claro alívio”, disse Frank Schneider, trader da Alpha Wertpapierhandels em Frankfurt, sobre a decisão de dar aval ao IPO.

(Reportagem adicional de Danilo Masoni, em Milão)

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Credit Suisse avalia demitir cerca de 5 mil funcionários, diz fonte


Credit Suisse avalia demitir cerca de 5 mil funcionários, diz fonte

Credit Suisse


ZURIQUE (Reuters) – O Credit Suisse está avaliando planos para um corte de 5.000 empregos em todo o grupo, cerca de um décimo de sua força de trabalho, como parte de um esforço de redução de custos, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters.

As discussões estão em andamento e o número de cortes ainda pode mudar, disse a pessoa.

Procurado, o banco apenas reiterou comunicação anterior de que daria uma atualização sobre sua abrangente revisão de estratégia em conjunto com os resultados do terceiro trimestre, e que qualquer notícia sobre possíveis medidas antes disso é especulação.

O Credit Suisse nomeou em julho o chefe de gestão de ativos Ulrich Koerner como seu novo presidente-executivo, com a tarefa de diminuir a operação de banco de investimento e cortar mais de 1 bilhão de dólares em custos para ajudar na recuperação do banco, após uma série de escândalos e prejuízos.


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O Credit, o segundo maior banco da Suíça, classificou 2022 como um ano de “transição”, com uma mudança na alta administração da instituição e uma reestruturação destinada a reduzir ainda mais o banco de investimento e aumentar o negócio de gestão de patrimônio (‘wealth management’), sua principal frente de atuação.

As ações do Credit Suisse, que caíram mais de 40% este ano, recuaram 3,9% nesta quinta-feira, no menor nível de fechamento de sua história, em meio a uma sessão negativa para bancos em geral na Europa.

(Por Oliver Hirt) 

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/credit-suisse-avalia-demitir/