quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Casino quer vender ao menos US$500 milhões em ações do Assaí em oferta pública

Assaí Atacadista Logo PNG Vector (PDF) Free Download

SÃO PAULO (Reuters) – O Assaí afirmou nesta quarta-feira ter sido avisado por seu controlador, o francês Casino, de que iniciou estudos para possível venda de participação na rede de atacarejo por cerca de 500 milhões dólares.

Segundo o fato relevante, o valor da venda “poderá ser aumentado a depender das condições de mercado”.

Nesta quarta-feira, as ações do Assaí encerraram em queda de 3,45%, cotadas a 17,08 reais, enquanto o Ibovespa mostrou recuo de 1,6%.

A potencial venda pelo Casino pode envolver cerca de 158 milhões de ações do Assaí, considerando o fechamento do papel nesta quarta-feira. Isso corresponde a cerca de 28,5% da fatia de 41% detida atualmente pelo grupo francês na segunda maior rede de atacarejo do país.

O Casino contratou BTG Pactual, Itaú BBA e JPMorgan para assessorá-lo no negócio que, se executado, deve ocorrer por meio de oferta pública secundária até o fim de novembro.

O comunicado encerra dias de especulações do mercado em torno da potencial venda de participação do grupo francês, que atravessa uma estratégia de redução de dívida com venda de ativos.

Na semana passada, o Assaí chegou a negar as especulações sobre uma potencial venda de participação pelo grupo francês, afirmando que questionou o Casino a respeito e que a resposta do controlador foi “desconhecer qualquer evento que possa ter causado as oscilações registradas com as ações”.


Dexco: lucro líquido cai 39,6% no 3º trimestre, para R$ 154,148 milhões

Dexco

 

 

A Dexco – fabricante de louças e metais sanitários, pisos e revestimentos cerâmicos, peças de madeira e celulose – viu seus resultados encolherem. O lucro líquido caiu 39,6% no terceiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo intervalo de 2021, indo a R$ 154,148 milhões.

O lucro líquido no critério recorrente (que exclui despesas com a reestruturação das unidades produtivas e itens que não fazem parte da rotina) também caiu. A baixa foi de 39,1%, para R$ 162,896 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente encolheu 31,2% na mesma base de comparação, para R$ 415,594 milhões. A margem Ebitda teve retração de 8,5 pontos porcentuais, para 19,2%.

A receita líquida consolidada do grupo teve um leve recuo de 0,7%, indo a R$ 2,161 bilhões.

A Dexco explicou que o impacto nos resultados teve origem no aumento dos custos em função da pressão de insumos, combinada com a menor diluição do custo fixo decorrente do menor volume vendido.

“É importante lembrar que o ano de 2021 foi bastante favorável para os resultados da companhia, dado o cenário de valorização do lar observado durante o período pandêmico, que acabou por favorecer o setor. Ainda, em 2022 notou-se um enfraquecimento da economia local e mundial”, descreveu a administração em seu balanço.

O custo dos produtos vendidos subiu 11,4%, totalizando R$ 1,412 bilhão, enquanto as despesas com vendas aumentaram 11%, para R$ 267,859 milhões. Já as despesas gerais e administrativas tiveram alta de 6,9%, chegando a R$ 81,763 milhões.

Outra fonte de impacto no lucro da Dexco foi o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que ficou negativo em R$ 150,560 milhões. Esse montante foi 18,6 vezes maior na comparação anual. “A contínua alta da taxa básica de juros impactou diretamente os encargos financeiros da companhia”, descreveu a direção no balanço.

A Dexco encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de R$ 3,828 bilhões, salto de 124,5% na comparação anual. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda nos últimos 12 meses) cresceu de 0,81x para 1,96x no período.

O custo médio dos financiamentos encerrou o período em 112% do CDI, um aumento de 3,0 p.p. sobre o segundo trimestre deste mesmo ano, com prazo médio de vencimento 4,0 anos.

A Dexco encerrou o terceiro trimestre do ano com o investimento total de R$ 195,2 milhões em suas operações. Desse total, foram R$ 74,7 milhões relativo à recomposição de seu ativo florestal e R$ 120,3 milhões para manutenção, modernização fabril e digitalização das atividades.


Moody’s afirma rating BAA3 para a Vale com perspectiva estável


Moody’s afirma rating BAA3 para a Vale com perspectiva estável

Logo da Vale


(Reuters) – A Moody’s atribuiu à Vale nesta quarta-feira o rating BAA3, de perspectiva estável, destacando “forte perfil de produção” da mineradora, além de um portfólio de ativos de vida longa.

A agência de classificação risco afirmou, ainda, que a Vale ocupa posição de baixo custo e forte balanço patrimonial, com alavancagem abaixo de 1x (relação entre a dívida total e o Ebitda) desde 2020.

No âmbito produtivo, a Moody’s disse esperar que a Vale atinja sua capacidade de produção de minério de ferro (400 milhões de toneladas) assim que ela desenvolver capacidade de empilhamento a seco e processamento a úmido em Minas Gerais, após o gradual retorno das operações suspensas desde o acidente de Brumadinho, em 2019.

A agência afirmou também que apesar da posição substancial em metais básicos (níquel e cobre), o perfil de negócios da Vale é limitado pela concentração em minério de ferro para geração de fluxo de caixa, o que aumenta a exposição dos fluxos de caixa à volatilidade dos preços do minério no mercado internacional.

Em relação a questões sociambientais, a Moody’s destacou o avanço no programa de descaracterização de barragens que vem sendo conduzido pela Vale, além de remoção preventiva de trabalhadores e população civil de áreas de maior risco.“A perspectiva estável reflete a expectativa da Moody’s de uma recuperação gradual dos níveis de produção, bem como avanços no descomissionamento de rejeitos de upstream de acordo com o cronograma da empresa”, disse em análise.

(Por Rafaella Barros)

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Credit Suisse pagará 238 milhões de euros para finalizar caso de fraude

Ficheiro:Credit Suisse Logo.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre


O Credit Suisse Group informou nesta segunda-feira, 24, que chegou a um acordo de 238 milhões de euros com promotores franceses por um caso envolvendo fraude fiscal, avançando de outro caso jurídico enquanto busca uma reabilitação de reputação.

O credor suíço pagará uma multa de 123 milhões de euros por serviços bancários privados transnacionais históricos, incluindo uma devolução de lucros – um recurso para lucros obtidos por conduta ilícita – de 65,6 milhões de euros, e o pagamento de mais 57,4 milhões de euros. O Credit Suisse também pagará 115 milhões de euros ao Estado francês em danos.

O acordo com o promotor financeiro nacional da França, o Parquet National Financier, não inclui um reconhecimento de responsabilidade criminal, disse o banco. As autoridades francesas confirmaram o acordo. As investigações preliminares sobre fraude fiscal e lavagem de dinheiro iniciaram em 2016.

“O banco está satisfeito em resolver este assunto, que marca mais um passo importante na resolução proativa de litígios e questões herdadas”, disse o Credit Suisse em comunicado.

O credor em dificuldades, cujas ações caíram quase 50% em 2022 até o momento, vem tentando reparar seu balanço e reputação como parte de um esforço de reestruturação, cuja atualização importante deve ser divulgada no resultado do terceiro trimestre nesta quinta-feira.




 

Acionista da Meta quer corte de empregos e de despesas


Acionista da Meta quer corte de empregos e de despesas

Meta Platforms

(Reuters) – A Meta, dona do Facebook, precisa cortar empregos e despesas, disse seu acionista Altimeter Capital Management nesta segunda-feira em carta ao presidente-executivo Mark Zuckerberg.

A empresa perdeu a confiança dos investidores ao aumentar os gastos e se voltar para o metaverso, disse o fundo de hedge focado em tecnologia, que tem uma fatia de 0,1%, e sugeriu um plano de três etapas.

A Altimeter disse que o fluxo de caixa anual livre pode dobrar para 40 bilhões de dólares se reduzir o número de empregados em pelo menos 20%, cortar gastos de capital em pelo menos 5 bilhões a 25 bilhões de dólares por ano e limitar o investimento anual no metaverso para 5 bilhões de dólares, em vez dos atuais 10 bilhões de dólares.

A Altimeter disse que investimentos tão grandes “em um futuro desconhecido são superdimensionados e aterrorizantes, mesmo para os padrões do Vale do Silício”.

A Meta, que deve divulgar os resultados do terceiro trimestre na quarta-feira após o fechamento dos mercados, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

Brad Gerstner, presidente da Altimeter que incentivou investimentos agressivos em inteligência artificial, disse que a empresa quer se envolver com a Meta.

A Meta cortou em pelo menos 30% em junho os planos de contratar engenheiros, com Zuckerberg alertando os funcionários para se prepararem para uma desaceleração econômica.

(Por Akash Sriram)


Petrobras vai licitar tecnologia inovadora para as plataformas


Crédito: Petrobras/Divulgação

A estatal recebe até o fim do mês a proposta de três empresas para a construção do primeiro Hisep (Crédito: Petrobras/Divulgação)

Este mês de outubro é chave para o avanço de uma tecnologia desenvolvida pela Petrobras que vai mudar o grau de eficiência da produção de petróleo no mundo. A estatal recebe até o fim do mês a proposta de três empresas para a construção do primeiro Hisep, sistema capaz de separar, ainda no fundo do mar, o gás rico em carbono que fica misturado ao óleo e reinjetá-lo ali mesmo, em alta profundidade, nos poços.

Com o Hisep, abreviação do termo separação em alta pressão, em inglês, o gás natural com CO2 não vai precisar ser levado até o navio- plataforma, o que vai reduzir o gasto de energia e o espaço para armazenamento e processamento do insumo nessas unidades.

Petrobras, Fábio Passarelli, projeta para 2028 a maturidade da tecnologia. A essa altura, o aparelho já estará testado em campo e pronto para replicação em outros campos da empresa ou eventual comercialização.

Passarelli diz que o Hisep terá capacidade de reinjetar cerca de 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia diretamente no fundo do mar. “Um FPSO (navio-plataforma) típico do pré-sal manuseia em média entre 6 milhões e 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Então, o Hisep consegue quase dar conta desse volume todo”, diz. Uma parcela do gás vai continuar chegando ao navio, inclusive para gerar energia para sua operação.

ECONOMIA DE ENERGIA

Essa separação e reinjeção do gás na boca do ponto de extração do óleo, diz ele, vai poupar 40% da energia consumida hoje por um navio-plataforma – gerada por gás natural ou óleo diesel – e, mais do que isso, vai liberar espaço nos navios para o recebimento de quantidades maiores de petróleo, produto de maior valor agregado.

 

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Meta aceita ordem do Reino Unido para vender Giphy após batalha antitruste





 

 

 File:Giphy-logo.svg - Wikimedia Commons

 

 

 

Por Paul Sandle

 

LONDRES (Reuters) – O regulador de concorrência do Reino Unido mandou nesta terça-feira a Meta vender a plataforma de imagens animadas Giphy, após um tribunal afirmar que a compra pode prejudicar rivais e remover um potencial concorrente em publicidade.

A Meta disse que aceita o pedido da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) para desfazer o acordo de 2020.

“Estamos desapontados com a decisão da CMA, mas aceitamos a decisão de hoje como a palavra final sobre o assunto”, disse um porta-voz da Meta em comunicado. “Trabalharemos em estreita colaboração com a CMA no desinvestimento do Giphy.”

A decisão foi a primeira vez que um regulador forçou uma gigante de tecnologia a vender uma empresa já adquirida e sinalizou uma nova determinação de examinar negócios digitais.

O órgão observou que os usuários do Reino Unido procuram 1 bilhão de GIFs por mês no Giphy, e 73% do tempo que passam nas mídias sociais está no Facebook, Instagram e WhatsApp, da Meta.

A empresa recorreu da decisão, mas um tribunal manteve a decisão da CMA em cinco dos seis motivos em junho.

“Este acordo reduz significativamente a concorrência em dois mercados”, disse Stuart McIntosh, presidente de um grupo de investigação independente. “A única maneira de resolver isso é com a venda do Giphy”, acrescentou.

(Reportagem adicional de Supantha Mukherjee)