terça-feira, 18 de abril de 2023

Fintechs do Reino Unido estão sob pressão após turbulência bancária, dizem executivos

As empresas de finanças digitais no Reino Unido terão mais dificuldade em levantar fundos devido às taxas de juros mais altas e à cautela dos investidores após o colapso do banco de tecnologia norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), disseram executivos em um evento do setor nesta segunda-feira.

O Banco da Inglaterra (BoE) aumentou as taxas de juros 11 vezes desde dezembro de 2021 em uma tentativa de conter a inflação crescente, que comprimiu os padrões de vida. No entanto, os aumentos também levaram a custos de financiamento mais altos para as empresas.

“A barra foi aumentada para capital, de uma época em que havia (efetivamente) taxas de juros de 0% e acesso relativamente fácil a dinheiro e capital”, disse TS Anil, presidente-executivo do banco digital britânico Monzo, falando na conferência Innovate Finance em Londres.

Anil disse que a turbulência do setor bancário no mês passado, provocada pela falência do SVB que assustou os investidores, pode contribuir para uma ampla sacudida no setor de finanças digitais.

Os bancos digitais do Reino Unido precisarão de apoio nos próximos meses para ajudá-los a lidar com as consequências do fim do SVB no mercado, alertou o órgão comercial Innovate Finance no mês passado.

Tim Levene, presidente-executivo da Augmentum, empresa de investimentos com foco em fintechs, disse no evento que provavelmente mais problemas virão e que as startups sofrerão mais impactos em suas avaliações.

Vamos ver histórias nos próximos 12 meses de negócios que falharam, mas isso faz parte do capital de risco”, acrescentou.

O BoE está considerando uma revisão de seu esquema de garantia de depósitos, o que pode incluir o aumento do valor coberto para empresas se os bancos tiverem problemas, informou o Financial Times no domingo.

“O Banco da Inglaterra analisando os regulamentos… é o caminho sensato a tomar”, disse Sam Everington, executivo sênior do banco digital britânico Starling, no evento em Londres.

Os chefes das empresas de finanças digitais disseram estar confiantes de que o setor pode enfrentar condições econômicas difíceis, mas que a pressão sobre os modelos de negócios está aumentando.

Lisa Jacobs, presidente-executivo da fintech Funding Circle, disse que grande parte do setor de finanças digitais só conheceu taxas de juros baixas, mas que está confiante de que o setor ainda poderá mostrar seu valor. ((Tradução Redação São Paulo))


Nomes de indicados ao BC sairão “logo”, diz Haddad


Nomes de indicados ao BC sairão “logo”, diz Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas nesta terça-feira que os nomes de indicados do governo para compor a diretoria do Banco Central serão anunciados “logo”, mas não ofereceu mais detalhes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve indicar em breve nomes para ocupar as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização do Banco Central, para substituir, respectivamente, Bruno Serra e Paulo Souza.

Anteriormente, três fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters que Lula havia aprovado as indicações de Rodolfo Fróes para o cargo de diretor de Política Monetária e de Rodrigo Monteiro para a área de Fiscalização. No entanto, após o vazamento dos nomes o debate no governo sobre as indicações retrocedeu por conta de críticas internas e do mercado.

Mais cedo neste mês, Lula disse que os próximos nomes que indicará para diretorias do BC serão de pessoas que defendem os interesses do governo.

Depois de escolhidos, os indicados do presidente ainda precisarão ser aprovados pelo Senado.

 

Celebridades de Hollywood diversificam investimentos; saiba onde aplicam a fortuna


Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Atriz acumula, além de cachês milionários por seus filmes e séries, alguns resultados de investimentos em ações (Crédito: Reprodução / Redes Sociais)

Além de dedicar tempo nas telas do Cinema, alguns astros de Hollywood também apostam em outros negócios, seja por filantropia ou simplesmente para aumentar seu portfólio e riqueza. Startups, imóveis, ações em empresas conhecidas, como a Uber e o Skype, aumentam o patrimônio das estrelas.

Veja abaixo alguns artistas que investem além das telas:

Ashton Kutcher 

Entusiasta das startups, Kutcher domina uma carreira de investidor em Tecnologia por meio do fundo A-Grade Investments, fundado em 2010 junto com o empresário de entretenimento Guy Oseary e o bilionário Ron Burkle. “Agora posso apenas me preocupar em desempenhar os papéis que quero desempenhar”, declarou o ator.

Também é co-fundador da empresa de capital de risco Sound Ventures, que liderou um investimento de US$15 milhões na empresa de tecnologia climática Choose. Ele também soma aportes em empresas como SoundCloud, Airbnb, Uber, Pinterest e Skype.

Sandra Bullock

A atriz aposta em investimentos imobiliários: possui propriedades nos EUA, no sul da Califórnia, Nova Orleans, Manhattan, Texas e Jackson Hole (Wyoming). Suas propriedades valem pelo menos US $ 80 milhões. Ela listou várias propriedades na Geórgia por US$ 6,5 milhões em 2019, US$ 2 milhões a mais do que pagou pelo terreno em 2001/2002.

Bullock também vendeu propriedades em Hollywood e West Hollywood nos últimos anos. Atualmente, ela está alugando sua casa à beira-mar em Malibu por US$ 30.000 por mês.

Brad Pitt 

Conhecido por investir em sustentabilidade, como na construção de casas sustentáveis em cidade devastada pelo furacão Katrina por meio de sua ONG Make it Right, o astro de ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’ também esticou seus investimentos para áreas de Beleza e Consumo. 

Recentemente, Pitt assumiu um lugar na indústria da beleza e lançou a linha de cuidados de pele chamada Le Domaine. Segundo o portal Marca.com, o produto mais barato que da marca custa 70; os mais caros custam pelo menos 350. 

 

 Mila Kunis

Segundo a Forbes, a atriz acumula, além de cachês milionários por seus filmes e séries, alguns resultados de investimentos em ações; sem contar aportes na Uber, como fez seu marido, Ashton Kutcher. Ao lado de dele, ela coleciona propriedades caras, como a que saiu para venda em 2020: uma casa no Hidden Valley, Beverly Hills, por US $ 14 milhões.

Robert Downey Jr.

Com foco em desenvolvimento sustentável, o astro que interpreta o Homem de Ferro é fundador do Footprint Coalition Ventures, que mantém fundos para ajudar empresas em estágio inicial. O guarda-chuva é grande: quem quiser trabalhar com educação, energia, transporte ou agricultura pode procurar o investimento. 

No mesmo tema, ele também colocou investimentos na empresa Atlas Food, startup que produz bacon de fungos. 

Keanu Reeves

Além de ser o inesquecível Neo, de Matrix, Keanu Reeves é dono da ARCH Motorcycle, fundada em 2011 para ‘desafiar a percepção do que uma motocicleta americana poderia ser’. Em 2021, um modelo foi lançado por US$128 mil (cerca de R$ 681 mil, na cotação da época).

Keanu também tem participação na produtora Company Films, além de ser escritor de quadrinhos da série BRZRKZ.

 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

BNDES anuncia linha de R$21 bi para pequenos empresários


BNDES anuncia linha de R$21 bi para pequenos empresários

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

SÃO PAULO (Reuters) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou nesta segunda-feira uma linha para microempreendedores individuais (MEIs), além de micro, pequenos e médios empresários, que terá disponibilidade de 21 bilhões de reais, segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

O banco de fomento vai repassar os recursos para cerca de 70 parceiros, mas também poderá operar diretamente.

Segundo o presidente do banco, a vantagem é que o BNDES garante até 80% do risco da operação.

“Como a gente garante o risco, ajudamos a diminuir a crise de confiança para que empresários possam ter mais crédito e capacidade de investimentos”, comentou ele.

A linha usará a Taxa de Longo Prazo do banco.(Por Roberto Samora)


BNDES anuncia linha de R$2 bi para agricultor que tem recebíveis em dólar


BNDES anuncia linha de R$2 bi para agricultor que tem recebíveis em dólar

Entrada do edifício-sede do BNDES no Rio de Janeiro

SÃO PAULO (Reuters) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou nesta segunda-feira uma nova linha de financiamento para produtores agrícolas que têm recebíveis em dólar, em programa que terá inicialmente disponibilidade de 2 bilhões de reais, disse o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

Segundo ele, trata-se de uma “inovação” em momento em que há “certa crise de confiança no crédito”.

“Vamos começar com 2 bilhões de reais para a agricultura”, disse Mercadante, ressaltando que apenas poderão usar este financiamento aqueles produtores que têm recebíveis (receita) em dólar.

O anúncio confirma reportagem da Reuters, que noticiou em março que o BNDES e o Ministério da Agricultura anunciariam uma linha nesses moldes.

A linha terá taxa de juros fixa de 7,59% ao ano mais a variação do câmbio.

“No caso (do produtor) que tem o recebível em dólar, esta variação não tem relevância”, destacou Mercadante.

“É uma taxa muito abaixo da Selic”, disse o presidente do banco, comparando com a taxa básica atual de 13,75%.

A linha terá 24 meses de carência e até 120 meses para pagamentos do financiamento, segundo o presidente do banco. 

 

(Por Roberto Samora)


PIB dos Brics ultrapassa o dos países do G7

 


Bandeiras dos Brics (foto: Marcelo Camargo/ABr)
Bandeiras dos Brics (foto: Marcelo Camargo/ABr)
 
 

As economias dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ultrapassaram as que compõem o G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia), informa o site Silk Road Briefing, usando dados da plataforma Megh Updates, com sede na Índia. Os cálculos sobre a participação no PIB mundial levam em conta o poder de paridade de compra (PPC).

A tendência deve continuar, mas a distância pode aumentar muito com a expansão do grupo de nações em desenvolvimento, no que é chamado de Brics+. Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos acabaram de ingressar no Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, e o México também pode se juntar ao bloco, assim como a Argentina.

Os atuais Brics agora contribuem com 31,5% do PIB global, enquanto a participação do G7 caiu para 30%. Espera-se que os Brics contribuam com mais de 50% do PIB global até 2030, com a ampliação proposta quase certamente antecipando isso. O PIB da China ultrapassou o dos Estados Unidos em 2015 ao comparar as economias em termos de paridade de compra.

“Isso dará início a mudanças globais significativas – exatamente o sentimento que o presidente chinês, Xi Jinping, declarou em suas palavras de despedida ao presidente russo, Vladimir Putin, quando partiu de Moscou de volta a Pequim após a cúpula da semana passada”, analisa o site. Sai o domínio do Império norte-americano, entra o multilateralismo.

“O campo de batalha geopolítico para o resto desta década se tornará cada vez mais partidário, com o perigo de divisões globais ocorrendo, a menos que o Ocidente encontre maneiras de acomodar China, Rússia e a agora ambivalente nova ordem global ocidental que está atualmente se aglutinando”, conclui o Silk Road Briefing.

 

 https://monitormercantil.com.br/pib-dos-brics-ultrapassa-o-dos-paises-do-g7/

Em Brasília, Lavrov agradece esforços do Brasil para solucionar conflito na Ucrânia


Em Brasília, Lavrov agradece esforços do Brasil para solucionar conflito na Ucrânia

O ministro russo Sergei Lavrov em Brasília

Por Lisandra Paraguassu

 

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, agradeceu nesta segunda-feira o Brasil por seus esforços para resolver o conflito na Ucrânia antes de um encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que incomodou Washington por seus comentários sobre a guerra.

Lavrov e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, falaram com jornalistas após uma reunião em Brasília, onde discutiram planos para aumentar as exportações de carne para a Rússia e para garantir a importação de fertilizantes para os agricultores brasileiros.

“Agradecemos aos nossos amigos brasileiros pela clara compreensão da gênese da situação (na Ucrânia). Agradecemos o desejo de contribuir para encontrar caminhos para resolver esta situação”, disse Lavrov.

O ministro russo se encontrará ainda nesta segunda-feira com Lula, que propôs a formação de um grupo de nações não envolvidas na guerra Rússia-Ucrânia para mediar a paz.

No fim de semana, voltando da China, onde discutiu o assunto com o presidente chinês, Xi Jinping, Lula disse que a decisão da guerra “foi tomada por dois países” e reiterou seu apelo para que os EUA parem de “incentivar a guerra” com o fornecimento de armas.

“Os Estados Unidos precisam parar de estimular a guerra e começar a falar em paz”, disse Lula em declarações a jornalistas transmitidas pela TV estatal brasileira.

“Estamos tentando formar um grupo de países sem nenhum envolvimento na guerra, que não querem a guerra e defendem a paz mundial para ter uma discussão com a Rússia e a Ucrânia”, disse ainda Lula. “Mas também temos que conversar com os EUA e a União Européia. Ou seja, temos que convencer as pessoas de que a paz é o caminho.”

Nesta segunda, durante reunião no Itamaraty, o chanceler Mauro Vieira repetiu a proposta brasileira para criar um grupo de países mediadores. Até agora, entre as nações ocidentais, apenas o presidente francês, Emmanuel Macron, mostrou apoio à iniciativa.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano Michael McCaul, fez uma dura repreensão à mensagem de Lula para Washington.

“Os comentários do presidente Lula sobre a Ucrânia são errados e imprudentes”, disse McCaul, em comunicado por escrito. “Putin, e Putin sozinho, é responsável pela guerra de agressão não provocada contra a Ucrânia.”

A Casa Branca e o Departamento de Estado dos EUA não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Os Estados Unidos e a União Europeia têm fornecido armas e outros tipos de apoio à Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país vizinho há mais de um ano. A Alemanha teria pedido ao Brasil para fornecer armas também, mas Lula recusou.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Anthony Boadle, Reportagem adicional de Patricia Zengerle em Washington)