quinta-feira, 25 de maio de 2023

China: medo de nova onda de covid derruba ações da Alibaba e pressiona yuan

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As ações da gigante do comércio eletrônico Alibaba caíram mais de 10% nos últimos cinco dias, afetadas pelo medo de que uma nova onda de covid-19 obrigue a China a retomar restrições à mobilidade para conter o vírus.

Enquanto isso, a JD, outro gigante da tecnologia chinesa, registrou queda de quase 9% nos últimos cinco dias.

A retomada de restrições seria catastrófica para a economia local, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda vai enfrentar a maior onda do vírus.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, refletiu o mau desempenho das empresas, e caiu 1,9% hoje, no terceiro dia consecutivo de quedas e a pior sequência em mais de dois meses.

A moeda chinesa, o yuan, também sentiu o impacto da pressão pela nova onda de covid-19.

As American Depositary Receipts (ADRs) da Alibaba caíram 1,26% por volta das 14h50 (Brasília), e as da DW caíam 4,21% no mesmo horário.

 

BB, BNDES e Caixa distribuirão os R$ 7,429 bilhões adicionais do Plano Safra 2022/23


Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa distribuirão os R$ 7,429 bilhões adicionais do Plano Safra 2022/23, ainda vigente, que serão viabilizados pela aprovação de mais R$ 200 milhões para a equalização de taxas de juros de linhas do plano. Os novos limites de crédito com taxas equalizáveis das três instituições financeiras consta da Portaria 446 publicada nesta quarta-feira, 24, pelo Ministério da Fazenda.

O ato altera a Portaria 6.454, de 19 de julho 2022, que havia autorizado o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais no âmbito do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho, segundo comunicado do Ministério da Agricultura.

Com a mudança na Portaria 6.454, o limite de crédito com taxas equalizadas a ser concedido pelo Banco do Brasil até 30 de junho passa a ser de mais de R$ 56,632 bilhões; o do BNDES, R$ 22,679 bilhões, e o da Caixa, R$ 2,442 bilhões.

O crédito adicional será destinado a programas de investimentos, como Moderfrota (máquinas agrícolas) e outros, bem como ao custeio no programa Pronamp, focado em médios produtores, conforme a nota da Agricultura.

Ainda de acordo com a portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento publicada no dia 11 de maio, dos R$ 200 milhões adicionais para equalização de taxas, R$ 89,1 milhões serão alocados em operações de custeio agropecuário e R$ 110,8 milhões de investimentos.

 

Três montadoras já desistiram de layoff após anúncio de medidas, revela Anfavea

Diretoria e Conselho
  

O efeito da desoneração dos três impostos federais (PIS, Cofins e IPI) sobre os carros anunciada nesta quinta-feira, 25, pelo governo é imediato, disse no período da tarde desta quinta o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite. Tanto é imediato que, de acordo com Leite, três montadoras já informaram à associação nesta quinta que desistiram de colocar em prática a suspensão de contratos de trabalho (layoff) que estavam previstas.

“Apenas agora, neste momento, nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns que estavam previstos. Então o efeito é imediato e por isso a urgência destas medidas. Na nossa avaliação, isso contribui sim para a redução das paralisações nas fábricas”, disse o presidente da Anfavea, participante do “Dia da Indústria”, evento que acontece desde as 9 horas da manhã na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, e que contará ainda nesta quinta com as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ele não quis dar os nomes das três montadoras sob a alegação de que elas não o teria autorizado a identificá-las.

Sabe-se que a Volkswagen, que tinha cogitado a possibilidade de suspender contratos com seus funcionários, mesmo antes do anúncio da desoneração dos carros, havia postergado para o mês que vem.

Leite disse também que nesta quinta, durante reunião do setor com o presidente Lula, teria sido discutido a questão do emprego nas montadoras e sua relevância para a economia, mas não há nenhum compromisso de manutenção dos postos de trabalho por parte das empresas.

 

MDIC corrige Alckmin: desconto máximo para carros com desonerações pode chegar a 10,96%

logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) retificou informação dada mais cedo pelo vice-presidente da República e chefe da pasta, Geraldo Alckmin, e esclareceu que o preço dos automóveis pode cair até 10,96% com os cortes de impostos anunciados pelo governo. Alckmin havia falado em 10,79%.

Com critérios sociais, industriais e ambientais, o governo irá promover um desconto por tempo limitado no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e em Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) de automóveis que hoje custam até R$ 120 mil como forma de baratear o valor dos carros no País.

Os descontos, que dependem das montadoras, devem oscilar entre 1,5% e 10,96%. O impacto fiscal ainda não foi calculado, e a duração da medida ainda não foi definida.

“O benefício incluirá redução de PIS, Cofins e IPI de veículos com preços de mercado até R$ 120 mil, envolvendo, ao todo, 33 modelos de 11 marcas”, afirmou o MDIC em comunicado.

No programa de estímulo à indústria automobilística, o governo vai usar o instrumento da “depreciação acelerada” para renovar o parque fabril brasileiro, com impactos no abatimento de IRPJ e CSLL por empresários.

“Toda vez que adquire um bem de capital, o empresário pode abater seu valor na declaração do IRPJ e da CSLL. Em condições normais, esse abatimento é paulatino, feito ano a ano, conforme o bem vai se depreciando. Com a depreciação acelerada, o abatimento poderá ser antecipado – o que aumenta o fluxo de caixa das empresas e alavanca a chamada Formação Bruta de Capital Fixo – que mede a capacidade produtiva futura com a aquisição de maquinário”, diz o governo.

Lufthansa compra fatia minoritária da italiana ITA Airways

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A companhia aérea alemã Lufthansa afirmou que chegou a um acordo com o Ministério de Economia e Finanças da Itália para adquirir fatia de 41% na ITA Airways, antes conhecida como Alitalia. Com isso, a Lufthansa terá mais exposição ao terceiro maior mercado aéreo na Europa.

A companhia alemã informou na quinta-feira que injetará 325 milhões de euros (US$ 329,4 milhões) na ITA Airways para comprar a participação, enquanto o governo italiano se compromete a injetar mais 250 milhões de euros.

O acordo, sujeito a aval regulatório, permite que a Lufthansa eleve participação na empresa ou mesmo a compre na totalidade, tornando o preço de compra da ITA dependente de se alcançar metas combinadas conjuntas para dívida líquida e lucro. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Minério e exterior por temor com dívida dos EUA impedem alta do Ibovespa


Minério dívida EUA

Ao mesmo tempo, o mercado espera a conclusão da votação do arcabouço fiscal, com a análise de quatro destaques (Crédito: REUTERS/Muyu Xu) 

 

A cautela externa expressada principalmente nos mercados acionários e no minério de ferro são fatores de baixa ao Ibovespa no início do pregão desta quarta-feira, 24. Ao mesmo tempo, o mercado espera a conclusão da votação do arcabouço fiscal, com a análise de quatro destaques. No fim da noite de terça, o texto foi aprovado em plenário da Câmara com regras mais duras, por 372 votos favoráveis e 108 contrários.

O placar da votação das novas regras fiscais foi melhor do que o da urgência da proposta (367 votos a 102), na semana passada, o que eleva perspectivas de avanço da reforma tributária e pressão para início da queda da taxa Selic. “O que mais pesa positivamente é o placar da votação”, diz a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese.

Na visão de Helena, era para o Ibovespa estar “bombando” após a aprovação das novas regras fiscais, mas o exterior atrapalha. “Essa questão da dívida americana não é novidade e sempre acaba sendo negociada, mas traz desconforto de curto prazo”, afirma.

“O dia começou um pouco mais nervoso lá fora, diante dessa falta de solução do teto da dívida americana. Ainda tem a ata do Fomc hoje, que pode dar algum sinal. Temos visto praticamente dois mercados: o da tecnologia, com algumas ações se destacando em alta, e a economia real, com outros setores sofrendo pelas questões associadas ao crédito e ao temor de recessão. As commodities sentem”, avalia João Piccioni, analista da Empiricus Research.

A principal mudança no texto das novas regras fiscais é a que retirou o aumento automático de 2,5% das despesas do governo em 2024. A proposta aprovada agora condiciona a elevação de gastos no ano que vem ao aumento de receitas. Com a modificação, ainda em 2023, se calcula o limite de despesas para 2024 com base na variação de 70% da receita acumulada em 12 meses até junho.

Conforme a LCA Consultores, o arcabouço fiscal veio reduzir (mas não eliminar) as incertezas quanto à condução da política econômica e em relação à dinâmica da dívida pública.

Para Piccioni, da Empiricus, o mercado já precificou a aprovação do arcabouço fiscal. “Não acho que virá alguma surpresa em relação à votação dos destaques. De todo modo, a aprovação tira o bode da sala de a dívida do País de explodir”, avalia.

Em meio à falta de avanço nas negociações sobre o teto da dívida americana e dúvidas sobre demanda, o minério de ferro fechou em baixa de 4,61% em Dalian, abaixo da marca dos US$ 100 por tonelada, a US$ 96,97. Já o petróleo amplia ganhos da véspera, com forte queda nos estoques nos Estados Unidos. As ações da Petrobras sobem, enquanto as da Vale caem em torno de 2,00%.

Dividido entre o otimismo com o arcabouço fiscal e o temor externo, o Ibovespa fechou nesta terça-feira em queda de 0,26%, perdendo o importante nível dos 110 mil pontos (109.928,53 pontos). Com isso, marcou dois pregões seguidos de baixa.

Às 11h15, cedia 0,47%, aos 109.408,78 pontos, depois de recuar 1,05%, na mínima aos 108.774,83 pontos.

Nesta quarta, a agenda de indicadores está esvaziada internamente, lá fora os destaques são a divulgação da ata da última reunião de política montaria do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e falas de autoridades monetárias, que poderão ajudar nas apostas para os juros nos EUA e na Europa.

 

Chanceler do Japão diz ter esperança na reforma tributária brasileira para elevar investimentos


Em reunião de aproximadamente 50 minutos com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, o chanceler do Japão, Yoshimasa Hayashi, afirmou ter esperança no avanço da reforma tributária brasileira como forma de ampliar os investimentos da nação asiática no País. A sinalização positiva por parte do Japão já havia sido feita na semana passada, em um encontro em Tóquio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com empresários locais.

Fechado, o encontro bilateral entre os chanceleres aconteceu em Hiroshima, no hotel em que a delegação brasileira está hospedada. Mauro Vieira acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na visita oficial ao Japão para participar da cúpula do G7, que acontece na cidade japonesa neste final de semana.“O ministro Hayashi expressou sua esperança no avanço da reforma tributária brasileira, afirmando que isso estimularia os investimentos das empresas japonesas”, diz o comunicado do Ministério de Negócios Estrangeiros do Japão. O Brasil ainda não se manifestou sobre a bilateral. De interesse do governo, a reforma tributária vai tramitar no Congresso Nacional após a aprovação do novo arcabouço fiscal.

De acordo com a nota japonesa, Hayashi se comprometeu a manter o apoio ao processo de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e manifestou o interesse em fortalecer os laços comerciais com o Brasil.

“Os dois ministros trocaram pontos de vista, entre outros, sobre a situação na Ucrânia e no Leste Asiático. Os dois ministros também compartilharam a opinião de que os dois países, como membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, trabalhariam juntos e liderariam as reformas do Conselho de Segurança em união como membros do G4”, limita-se a dizer o comunicado sobre o ponto nevrálgico das discussões multilaterais em Hiroshima, a guerra na Ucrânia.