terça-feira, 7 de novembro de 2023

Proporção de famílias endividadas cai a 76,9%, menor nível desde fevereiro de 2022, diz CNC

Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços - CNC - Insper: Ensino  Superior em Negócios, Direito, Engenharias e Ciência da Computação

A proporção de famílias endividadas no País recuou de 77,4% em setembro para 76,9% em outubro, menor nível desde fevereiro de 2022, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Há um ano, em outubro de 2022, a fatia de endividados era de 79,2%.

A fatia de inadimplentes também diminuiu, passando de 30,2% em setembro para 29,7% em outubro. Em outubro de 2022, a proporção de famílias com contas em atraso era de 30,3%.

“A inflação corrente mais comportada e o mercado de trabalho formal ainda absorvendo pessoas de menor instrução favorecem os orçamentos domésticos, fazendo com que menos pessoas recorram ao crédito. As políticas de transferência de renda mais robustas (valorização do Bolsa Família e salário mínimo, saques alternativos do FGTS) também auxiliam a renda disponível e a redução do volume de consumidores endividados”, justificou a CNC, em nota.

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

Na passagem de setembro para outubro, a melhora no endividamento foi puxada pelas classes de renda mais baixas. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados caiu de 79,4% em setembro para 78,7% em outubro.

Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados diminuiu de 77,9% para 77,2%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 74,3% para 74,9%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia ficou estável em 74,9%.

Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso recuou de 38,6% em setembro para 37,7% em outubro. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes caiu de 27,6% para 26,8%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 22,1% para 23,2%. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes ficou estável em 14,8%.

A proporção de famílias que afirmam não terem condições de pagar as dívidas atrasadas, permanecendo assim inadimplentes, ficou estável em 13,0% na passagem de setembro para outubro.

“A redução dos juros e as renegociações de dívidas começam a ser sentidas pelos consumidores. No entanto, do total de consumidores com atrasos, 48,5% estão com atrasos acima de 90 dias, proporção que ainda mostra crescimento (6,6 pontos no ano)”, ressaltou a CNC.

O cartão de crédito manteve a liderança como modalidade de dívida mais utilizada, citada por 87,0% dos entrevistados, seguida por carnês (17,0%), crédito pessoal (9,4%), financiamento de casa (8,0%) e financiamento de carro (7,8%).

 

Fábrica da Cacau Show que pegou fogo é responsável por 19% de toda a produção da marca


Fábrica da Cacau Show que pegou fogo é responsável por 19% de toda a produção da marca

Incêndio começou durante a madrugada e, no início da manhã, os bombeiros ainda trabalhavam para controlar as chamas. Segundo a Cacau Show, não há feridos. (Crédito: Reprodução/CNN Brasil)

Na manhã desta terça-feira, 7, uma fábrica da Cacau Show, em Linhares, no Espírito Santos, pegou fogo, causando grandes estragos e o isolamento do local onde a rede de chocolates produz boa parte de seus produtos. Segundo a Cacau Show, a planta responde por 19% de toda a cadeia produtiva da marca.

O incêndio começou durante a madrugada e, no início da manhã, os bombeiros ainda trabalhavam para controlar as chamas. Segundo a corporação e a própria Cacau Show, não há feridos.

A empresa informou, por meio de nota, que está acompanhando de perto a ocorrência e monitora, junto às autoridades locais, o controle da situação e os próximos passos a seguir.

“A Cacau Show possui três fábricas e a planta de Linhares representa 19% de toda a produção da nossa marca. Estamos reorganizando nossa cadeia de Supply Chain para que não haja qualquer impacto de produção”, afirmou a companhia.

Não há previsão de término do trabalho de combate ao incêndio. Assim que as chamas forem extintas, o corpo de bombeiros ainda precisará realizar o trabalho de rescaldo – resfriamento total do ambiente – para evitar novas chamas.

A fábrica da Cacau Show fica localizada no bairro Canivete, às margens da BR-101. Vídeos postados nas redes sociais no início da manhã mostram grandes labaredas e uma fumaça escura que chega a dezenas de metros de altura.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou em uma rede social que acompanha a situação e que “felizmente, [não há] nenhuma vida perdida no incêndio de grandes proporções na fábrica da Cacau Show”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/fabrica-da-cacau-show-19-de-toda-a-producao/

3tentos registra lucro líquido de R$ 217,86 milhões no 3º trimestre, alta de 28,8% ante um ano

Resultado 3T22: 3Tentos anuncia data de divulgação

A 3tentos, empresa de Santa Bárbara do Sul (RS) que atua no varejo de insumos agrícolas, originação e trading de grãos e industrialização, registrou lucro líquido de R$ 217,86 milhões no terceiro trimestre de 2023, aumento de 28,8% em relação ao apurado no terceiro trimestre de 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 177,69 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 63% na mesma base de comparação. A margem Ebitda ficou em 7,4%, ante 5,6% no terceiro trimestre de 2022.

Já a receita operacional líquida chegou a R$ 2,4 bilhões no período de julho a setembro, crescimento de 22,7% ante o intervalo correspondente do ano passado e recorde histórico da empresa. O destaque foi o segmento de Indústria, com crescimento de 67,7%, para R$ 1,279 bilhão.

“O marco se deve, sobretudo, à expansão para Mato Grosso, que passa a contar com sete lojas e com uma indústria de processamento de soja e produção de biodiesel, a terceira e maior planta da 3tentos no Brasil”, disse a empresa no documento de divulgação dos resultados.

 


Banco Central do Brasil



As concessões dos bancos no crédito livre subiram 2,1% em setembro ante agosto, para R$ 474,6 bilhões, informou na manhã desta terça-feira, 7, o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o aumento foi de 5,0%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 5,00% em setembro, para R$ 249,4 bilhões. Em 12 meses, há alta de 10,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 11,2% em setembro ante agosto, para R$ 225,2 bilhões. Em 12 meses, há um recuo de 1,0%.


Mercado não espera déficit zero mas é importante perseguir meta fiscal, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto: quem é o presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 7, que os participantes do mercado não esperam déficit zero nas contas públicas primárias em 2024, mas é importante que o governo persiga essa meta fiscal. Segundo ele, um afrouxamento da meta pioraria as expectativas para as contas públicas a partir de 2025, gerando assim um maior prêmio de risco.

Durante fórum de estratégias de investimento da Bradesco Asset e Bradesco Global Private, Campos Neto manifestou que apoia o esforço do Ministério da Fazenda em reforçar “o máximo possível” a intenção de cumprir a meta.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o governo dificilmente vai conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2024, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações de que a intenção é cumpri-la.

 

Cenário internacional tem se mostrado mais volátil e adverso, diz BC na ata do Copom

Apesar de pressão do governo pela redução dos juros, Copom mantém taxa  básica em 13,75% - Portal do Cooperativismo Financeiro


Como já sinalizado no comunicado que se seguiu à decisão de reduzir a Selic para 12,25% ao ano, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 7, deu grande ênfase ao cenário internacional. De acordo com os membros do colegiado, o quadro externo tem se mostrado “mais volátil e adverso”.

“Há múltiplos mecanismos de transmissão da economia internacional para a economia doméstica, financeiros e econômicos, que devem ser incorporados na tomada de decisão”, observou o documento, relatando que um dos membros do Copom avalia que o cenário externo introduz um viés assimétrico altista no balanço de riscos para a inflação.

Já os demais membros consideraram que o cenário internacional afeta primordialmente o grau de incerteza relativo ao balanço de riscos. O Comitê foi unânime, portanto, ao avaliar que o aumento da incerteza no cenário global exige cautela.

 

Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação


Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação

Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes. (Crédito: Rovena Rosa / Agência Brasil)

 

A Grande São Paulo teve perdas que chegam a R$ 126 milhões no comércio, após chegar a mais de 72h com falta de energia em dezenas de municípios. É o que estima a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em nota divulgada nesta segunda-feira, 6. Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes.

A restrição na circulação causada pelas chuvas resultou em mais de 800 mil unidades consumidoras sem energia, prejudicando diretamente mais de 1,2 milhão de pessoas. Nesta terça-feira, 7, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as concessionárias vão estudar opções para ressarcimento a moradores. A Enel, que distribui energia elétrica para 24 municípios de SP, obteve então apoio do gestor estadual, que resistiu responsabilizar a companhia de luz.

Na avaliação do economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia, mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores.

A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).

 

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