quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Todos os setores no Caged tiveram abertura de vagas em outubro, exceto o agropecuário


Todos os setores no Caged tiveram abertura de vagas em outubro, exceto o agropecuário

Agropecuária foi o único setor que registrou fechamento de vagas no mês, segundo o Caged: foram destruídos 1.656 postos de trabalho. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

A abertura líquida de 190.366 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 109.939 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 49.647 vagas.

Já a indústria geral gerou 20.954 vagas em outubro, enquanto houve um saldo de 11.480 contratações na construção civil.

A agropecuária foi o único setor que registrou fechamento de vagas no mês: foram destruídos 1.656 postos de trabalho no mês.

Unidades da Federação

No décimo mês do ano, 26 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged.

O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 69.442 postos de trabalho.

Já o pior desempenho foi de Roraima, que registrou o fechamento de 115 vagas em outubro.

Salário médio

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.029,33 em outubro.

Comparado ao mês anterior, houve queda real de R$ 5,18 no salário médio de admissão, uma baixa de 0,3%.

 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Centronave diz que PL da Praticagem desagrada e que setor buscará mudanças no Senado

O Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que representa as 19 maiores empresas de navegação de longo curso atuando no Brasil, diz que não há acordo sobre o projeto que prevê a regulamentação econômica da praticagem, serviço obrigatório para a condução de navios nos portos. Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o diretor executivo da entidade, Claudio Loureiro de Souza, afirma que o setor de navegação não teve demandas levadas em consideração e que o ritmo de aprovação surpreende negativamente.

O projeto original de 2019 teve a tramitação acelerada nas últimas semanas. Em 8 de novembro, a Câmara aprovou a urgência. No dia 17, o relator da matéria, deputado Coronel Meira (PL-PE), apresentou suas conclusões na forma de um substitutivo a outro projeto, o 757, de 2022, de origem do Poder Executivo. No dia 21, o projeto foi aprovado na Câmara e chegou ao Senado no dia 24. Designado no mesmo dia como relator, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) apresentou seu parecer de forma imediata, liberando o projeto para votação em caráter terminativo na terça-feira, 28, em uma reunião extraordinária da Comissão de Serviços e Infraestrutura da Casa.

“Se posicionar se tornou quase uma obrigação. Até então achávamos que as nossas contribuições seriam levadas em consideração e não foram. Essa velocidade de tramitação está gerando um desconforto muito grande. Precisamos chamar atenção para os pontos problemáticos e na velocidade que fez com que o projeto não fosse discutido em nenhuma comissão”, diz Souza, que rebate a tese de que a rapidez seria fruto de acordo: “Afirmam que houve acordo e não houve. É importante deixar isso claro”.

Reclamações

A praticagem é a atividade que conduz os navios na entrada e saída dos portos, tanto na sua navegação no canal de acesso quanto na atracação e desatracação. O serviço é realizado a bordo pelo prático, profissional que embarca de sua lancha no navio em movimento, a partir de uma escada estendida no costado da embarcação. A atividade busca trazer maior segurança na navegação em áreas com tráfego mais intenso e outras características que um comandante pode não ter familiaridade.

No caso das empresas que são representadas pelo Centronave, com operações de longo curso, há dois pontos que mais desagradam. O primeiro é o estabelecimento de rodízio dos práticos na lei, o que hoje é uma norma infralegal da Marinha. “Isso deve continuar sendo uma questão técnico-administrativa da Marinha. É preciso liberdade para chegar à conclusão de que em determinada zona não é necessário o rodízio ou por dinâmica diferente. Isso tornará o monopólio do setor uma lei”, diz.

O segundo ponto é a atuação de comissão para avaliar a prática de preços abusivos. O texto atual diz que os preços seguirão sendo livremente negociados entre a navegação e a praticagem. Mas há possibilidade de que esses valores sejam questionados e, em caráter extraordinário, excepcional e temporário -, comprovado abuso de poder econômico ou defasagem de preço, que a Marinha instaure comissão para emitir parecer consultivo sobre o preço. Pelo texto, agora a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) também poderá fazer parte dessa comissão, um pleito antigo da navegação.

“A comissão pode ser importante, mas depende de como será regulamentado. O grande defeito que vemos no texto atual é de como isso vai funcionar. Em um processo de negociação, em que momento vai ser caracterizado que é abuso? Não está escrito qual é o gatilho para acionar a comissão”, afirma Souza. Ainda sobre a comissão, o representante defende que a mesma deveria ser permanente ou há o risco de não ser efetiva.

“Se não tiver funcionamento permanente, não acompanhará condições de mercado e não verá o que se pratica no Brasil e ao redor do mundo”, diz. Segundo o Centronave, os preços de praticagem no Brasil são cinco vezes maiores que os do Extremo Oriente e quatro vezes maiores que os da Costa Oeste da América Latina.

Na tentativa de reverter o quadro considerado negativo para a navegação, os representantes estão com agenda de reuniões com parlamentares. “Estamos estudando emendas para serem levadas aos senadores. Espero que no Senado o caminho seja diferente. Se aprovar do jeito que está, acredito que vai judicializar em alguns pontos”, aponta Souza.

Obrigatoriedade

A Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), que representa as empresas de transporte marítimo ao longo da costa, já havia se manifestado contra o PL. Além de concordar com a tese de que o texto reforça o monopólio da atividade de praticagem, a Abac reclama dos obstáculos para a dispensa do uso do prático.

Na proposta original, de 2019, previa-se que a autoridade marítima poderia “habilitar comandantes de navios de bandeira brasileira a conduzir a embarcação sob seu comando no interior de Zona de Praticagem específica ou em parte dela, sem a assessoria de prático”.

Agora, o texto diz que a dispensa não será possível para embarcações com mais de 500 AB (quinhentas arqueação bruta). As exceções são para as hipóteses previstas pela autoridade marítima em regulamento específico, e “embarcações regionais, empurradores, balsas e comboio integrado de balsas, classificadas para operar exclusivamente na navegação interior”.

Para as dispensas feitas pela autoridade marítima, deverá ser observado que essa possibilidade se limita a navios de até 100 metros de comprimento, tendo que ser o comandante brasileiro com experiência mínima de seis meses na área, com dois terços da tripulação também brasileira, mediante análise de risco prévia.

Praticagem defende

Com outro ponto de vista, o presidente da Praticagem do Brasil e vice-presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos (IMPA), prático Ricardo Falcão, considera que os deputados chegaram a um consenso sobre a legislação, “buscando padrões mundiais de regulação da atividade nos aspectos técnico e econômico”.

“Deixamos claro nas discussões que a praticagem, na verdade, é um item de redução do Custo Brasil. Além de assegurar a entrada e saída de navios, mantendo os portos funcionando plenamente para a economia, a atividade investe continuamente em estudos, treinamento e tecnologias que contribuem para superar as limitações portuárias que impactam o Custo Brasil. Esses investimentos possibilitam que os navios carreguem mais e demorem menos tempo para entrar nos portos e deles sair. Somos referência em eficiência e segurança. O texto da Câmara traz estabilidade regulatória a esse sistema”, defende Falcão.

 

Lovin’ Wine quer captar R$ 1,25 milhão para expandir operações

Lovin' Wine quer captar R$ 1 25 milhão

A Lovin’ Wine, que atua no mercado de vinhos em lata, anuncia uma nova rodada de captação de investimentos na Captable, plataforma de investimentos em startups. A meta é captar R$ 1,25 milhão para acelerar sua expansão.

A startup gaúcha registrou aumento de 134% na base de clientes e alta de 140% no faturamento em dois anos. “Esta nova captação é um passo decisivo na jornada da Lovin’ Wine para fortalecer nossa presença no mercado e acelerar nosso crescimento com ainda mais melhoria de margem”, explica o CEO Lucas Aguiar.

No terceiro trimestre deste ano, a empresa vendeu 89,2 mil latas, contra 30,2 mil no mesmo período de 2021. Com o aporte, a startup planeja intensificar sua presença nas principais redes supermercadistas do Brasil, segmento no qual já tem parceria com o Pão de Açúcar.

 

https://www.gironews.com/startup/mercado-de-vinhos-em-lata-73443/

 

 

Brasileira Petrobras admite compra de ativos colocados à venda na Argentina

MARCELO SAYAO/EPA


Brasília, 24 nov 2023 (Lusa) - O presidente da petrolífera brasileira Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu hoje a possibilidade de compra dos ativos que deverão ser colocados à venda pelo Presidente eleito argentino, Javier Milei.

"É claro que todo tipo de ativo e oportunidade a gente analisa, mas hoje em dia eu diria que o ambiente ainda está muito indefinido”, afirmou em conferência de imprensa, Jean Paul Prates, citado pela imprensa local.

Javier Milei já anunciou que quer privativar a YPF, a empresa petrolífera argentina.

“Não é porque o Presidente [eleito] anunciou a privatização da YPF que a gente vai se atirar imediatamente para comprar alguma coisa", retorquiu o presidente da petrolífera brasileira Petrobras.

Prates reconheceu que, embora a Petrobras tenha vendido vários dos seus ativos no país vizinho como parte de um ambicioso processo de desinvestimento nos últimos anos, ainda possui um terço de uma fábrica de processamento de gás natural em Vaca Muerta, que tem capacidade para processar 41 biliões de metros cúbicos.

Um dos três sócios dessa fábrica é precisamente a YPF.

Na mesma conferência de imprensa, o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano Leite, lembrou que uma parte importante dos 11 mil milhões de dólares que a empresa reservou para investir em novos projetos nos próximos cinco anos será utilizada para aquisições.

 

MIM // MLL

Lusa/Fim

 

 

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/africa/brasileira-petrobras-admite-compra-de-ativos-colocados-%C3%A0-venda-na-argentina/ar-AA1kudCA?ocid=finance-verthp-feeds

Diante de dúvidas sobre futuro do Mercosul, indústria defende ‘fortalecimento rápido’ do bloco

Em meio a preocupações sobre o futuro do bloco após a eleição na Argentina, o Mercosul precisa passar por um “fortalecimento rápido”, na avaliação da Indústria dos seus integrantes – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O setor defende a robustez do conglomerado por meio de um documento apresentado aos governos nesta segunda-feira, 27, e que lista as medidas prioritárias para a agenda do bloco.

No domingo, numa guinada de comportamento em relação à campanha, o presidente eleito argentino, Javier Milei, deu sinais mais favoráveis ao bloco.

A conclusão do tratado comercial Mercosul-União Europeia e a implementação do acordo de facilitação de comércio do grupo econômico estão entre as medidas apontadas como fundamentais pelo Conselho Industrial do Mercosul, formado pela União Industrial Argentina (UIA), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela União Industrial Paraguaia (UIP) e pela Câmara de Indústrias do Uruguai.

A declaração conjunta foi apresentada durante o XI Fórum Empresarial do Mercosul, evento prévio à cúpula do bloco, promovido pela CNI e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Além de firmar o compromisso de colaborar ativamente com o desenvolvimento do Mercosul, a Indústria enfatizou a importância da cooperação com as agendas para estimular o crescimento sustentado e aprofundar a parceria estratégica entre os países da região. “O Mercosul tem importante papel no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Por exemplo, cada R$ 1 bilhão exportado pelo País para o Mercosul, em 2022, gerou quase 25 mil empregos e mais de R$ 550 milhões em renda na economia brasileira”, calculou o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi.

O Brasil é atualmente o presidente temporário do bloco. “A parceria econômica com o Mercosul é fundamental para o Brasil e tem papel estratégico no processo de fortalecimento da indústria nacional”, avaliou o presidente da CNI, Ricardo Alban. “Na agenda externa, uma das principais recomendações é a conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia, uma oportunidade que não podemos perder se quisermos de fato dar um salto na inserção competitiva das nossas economias”, continuou.

Cinco pontos

A declaração conjunta listou as cinco prioridades do setor. A primeira é a implementação do acordo de facilitação de comércio no Mercosul e, a segunda, a conclusão do acordo com o bloco europeu. O terceiro ponto é o da promoção da agenda de comércio e sustentabilidade da região; o quarto, a realização de progressos para a convergência de regulamentação, e o quinto é a necessidade de criar um mecanismo de diálogo formal com o setor produtivo.

De acordo com a CNI, o Mercosul é o terceiro principal parceiro comercial do Brasil. As exportações têm grande participação da indústria de transformação, especialmente de bens de consumo duráveis de bens de capital. Em 2022, o bloco foi o principal destino das exportações brasileiras desses produtos. A entidade lembrou que uma pesquisa realizada neste mês revelou que associações empresariais de indústria e empresas brasileiras têm agenda para fortalecer e ampliar o Mercosul: 78% das entidades setoriais e 76% das empresas avaliam que, na agenda externa, a prioridade deve ser a conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia.

O acordo Mercosul-Canadá também foi apontado como prioridade pela maioria dos respondentes, indicado por 59% das entidades e por 51% das empresas. Ao todo, 104 entidades e 222 empresas brasileiras foram ouvidas sobre as principais ações necessárias ao bloco durante a gestão brasileira.


 

Lula indica Flávio Dino para o STF e Paulo Gonet para comandar a PGR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou nesta segunda-feira, 27, o ministro da Justiça, Flávio Dino, para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e o subprocurador-geral da República Paulo Gonet para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois nomes serão analisados pelo Senado. Quando Dino foi incluído na lista dos prováveis indicados por Lula, senadores da oposição vieram a público protestar, avisando que fariam de tudo para tentar barrar a nomeação.

Dino e Gonet se reuniram com o presidente no Palácio do Alvorada antes de o petista embarcar para Riad, capital da Arábia Saudita, em uma viagem para participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Depois, Lula seguirá para a Alemanha, retornando ao Brasil em 5 de dezembro.

As indicações foram encaminhadas para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de acordo com publicação da equipe de Lula no X (antigo Twitter).

Os dois nomes serão sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Após essa etapa, os nomes são submetidos ao plenário da Casa.

Minutos após a confirmação da indicação para o Supremo, Flávio Dino agradeceu a Lula e afirmou que dialogará para ter o apoio dos senadores.

“O presidente Lula me honra imensamente com a indicação para ministro do STF. Agradeço mais essa prova de reconhecimento profissional e confiança na minha dedicação à nossa nação. Doravante irei dialogar em busca do honroso apoio dos colegas senadores e senadoras. Sou grato pelas orações e pelas manifestações de carinho e solidariedade”, disse Dino em seu perfil no X.

Lula se reuniu com ministros do STF

Lula promoveu um jantar no Alvorada, na quinta-feira, 23, com os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Foi uma tentativa de distensionar o ambiente depois que o Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para restringir poderes da Corte. A PEC contou com o apoio do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o que foi considerado pelos magistrados como uma “traição”.

Dino e o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), também estavam presentes ao jantar. Messias e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, disputavam a vaga do STF com o titular da Justiça. Sob reserva, ministros disseram que, após a saída de Dino e de Messias da reunião no Alvorada, Lula confirmou a eles suas escolhas.

 

Mercado reduz previsão da inflação de 4,55% para 4,53% este ano


Mercado reduz previsão da inflação de 4,55% para 4,53% este ano

Para 2024, a projeção do Copom para a inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

 

Pela terceira semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve redução, passando de 4,55% para 4,53% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (foto) (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda se situa dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. A última reunião do Copom em 2023 ocorre em 12 e 13 de dezembro.

Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,85% para 2,84%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.