O movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a 10% na carne bovina e 16% na aviária
O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5% (Crédito: Freepik)
A
partir de pesquisa realizada com dados captados em mais de 40 mil
pontos de venda (PDVs) dos supermercados e atacarejos em todo Brasil, a
Scanntech apontou que, no terceiro trimestre de 2023, o volume de venda
de carnes bovinas cresceu 14% enquanto a aviária, 11%.
O
movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que
chegaram a 10% na carne bovina e 16% na aviária no 3º trimestre de 2023
na comparação entre períodos com 2022. Outra proteína que merece
destaque positivo neste ano foi o ovo, que começou o ano com queda de
12% no primeiro trimestre e atingiu um aumento de 17% no 3º trimestre.
Na contramão, os peixes e suínos amargam um ano de retração com queda no volume de vendas de 11% e 13%. Os peixes, proteína com maior preço médio por kg, de R$ 45,85, foi a que registrou o maior aumento de preços no 3º trimestre, de 11%.
“Os dados obtidos em nosso estudo prova que realmente 2023 deve se observar uma forte alta no consumo de carne bovina. O aumento do rendimento médio da população aliado à queda de preços da proteína observada desde o início do ano, exercem forte contribuição para este desempenho positivo”, destaca Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech
Carne Bovina – O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5%. Em segundo lugar ficou a peça de alcatra com 29,2% em volume e queda de 14,4% no valor pago pelo consumidor. Os dois cortes representam mais de 25% do faturamento do varejo alimentar de carnes bovinas em todo Brasil. Somados a coxão mole, patinho e acém totalizam 52,3% da proteína vermelha vendida no país.
Suína – De todos os produtos originados da carne suína, a bisteca, linguiça calabresa, pernil e salsicha foram os responsáveis pelo pior desempenho nas vendas. Respectivamente, os produtos registraram queda de 16,1%, 15,8%, 12,2% e 14,2% no 3º trimestre deste ano na comparação com 2022. Dos citados anteriormente, somente a linguiça calabresa teve uma variação de preços positiva de 7,4%.
Aves – No terceiro trimestre, observou-se um alto consumo de filé de peito pelo brasileiro. As vendas subiram 29% na comparação com 2022, muito por causa da queda do preço de 26%. Outros cortes como coxinha da asa também tiveram aumento de 11,7% e uma redução de 11,7% no preço.
Ovo – Representando 57,8% do faturamento de ovos no Brasil, o tipo branco cresceu nas vendas 29,2% com uma queda de preços de 1,6% no terceiro trimestre de 2023. Em segundo lugar, está o ovo vermelho com aumento de 3,2% nas vendas apesar de um aumento de preços de 10,3% registrada no período. A importância desse segundo tipo de ovo no faturamento do varejo é de 31,1%.
Peixes – Com a maior participação no faturamento de peixes (47%), a tilápia teve queda de 23,7% no volume de vendas durante o terceiro trimestre e o motivo pode estar no aumento de preço de 21,4%. Em segundo lugar em queda de consumo está o bacalhau com 22% com um incremento de preço de 28,5%. Contrariando a tendência dos pescados, as vendas de salmão aumentaram 61,6% em 2023, diante de uma queda de preços de 24,3%.