terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Tebet anuncia linha de financiamento do BNDES para projeto de rota de integração sul-americana

Tebet diz que nova regra fiscal pode ser apresentada publicamente na  sexta-feira (31) | CNN Brasil

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá linha de financiamento de US$ 10 bilhões para projeto da rota de integração sul-americana, mapeado pelo Planejamento e que envolverá obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ela, a maior parte das obras já está contemplada no programa, o que não trará custos extras ao Orçamento.

O anúncio se dá no esforço do governo federal em estreitar a relação com países da América do Sul.

De acordo com Tebet, esse movimento é necessário.

A ministra participou da abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, cuja reunião nesta terça-feira, 12, teve a apresentação das recomendações de comissões temáticas e grupos de trabalho em áreas como Economia do Futuro, Transição Energética, Primeira Infância, e ampliação ao crédito.

Tebet disse que o Ministério fez cinco rotas de integração das Américas para mapear as obras. Além do apoio do BNDES, a linha de financiamento também contará com o suporte de outros bancos de desenvolvimento.


 

Prorrogado até 2024, Desenrola não exige mais nível prata e ouro na conta Gov.br


Prorrogado até 2024, Desenrola não exige mais nível prata e ouro na conta Gov.br

A medida beneficia 12,7 milhões de pessoas que se encaixam no perfil do programa e têm conta bronze. (Crédito: Reprodução)

Consumidores que aderirem ao Desenrola não precisam mais ter conta com nível prata ou ouro na plataforma Gov.br. O critério foi anunciado após o governo federal aprovar uma Medida Provisória que prorroga o funcionamento do programa até março de 2024.

O público alvo são pessoas que recebem até 2 salários mínimos ou inscritos no CadÚnico e possuem débitos de até R$ 5 mil. Para participar do programa, é imprescindível se cadastrar na Plataforma GOV.BR

O cadastro é realizado diretamente no portal do governo federal e  poder negociar, os devedores devem se habilitar no GOV.BR. No entanto, quem cria o cadastro e adquire o nível Bronze, o primeiro da categoria, também pode negociar. A medida beneficia 12,7 milhões de pessoas que se encaixam no perfil do programa e têm conta bronze.

Ao realizar o cadastro, o cidadão preenche um formulário e seus dados podem ser validados na Receita Federal ou no INSS. O cadastro também pode ser realizado em uma Agência do INSS ou nos postos do Senatran.

O que é a conta GOV.BR?

A Conta GOV.BR é a identificação que comprova em meios digitais que o cidadão é o cidadão. Com ela, é possível se identificar com segurança na hora de acessar serviços digitais, como a Declaração de Imposto de Renda, Serviços do SUS, Portal e-Social e Enem. Ela é gratuita e está disponível para todos os brasileiros.

Além do acesso aos serviços, uma conta no GOV.BR também possibilita apresentar seus documentos digitais – como a Carteira de Trânsito Digital, assinar documentos eletronicamente e realizar a prova de vida digital.

 

Venda de carnes bovinas e de aves sobem enquanto suínos e peixes despencam no terceiro trimestre


O movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a 10% na carne bovina  e 16% na aviária

 

 

Carnes

O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5% (Crédito: Freepik)

 

A partir de pesquisa realizada com dados captados em mais de 40 mil pontos de venda (PDVs) dos supermercados e atacarejos em todo Brasil, a Scanntech apontou que, no terceiro trimestre de 2023, o volume de venda de carnes bovinas cresceu 14% enquanto a aviária, 11%.

O movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a 10% na carne bovina  e 16% na aviária no 3º trimestre de 2023 na comparação entre períodos com 2022. Outra proteína que merece destaque positivo neste ano foi o ovo, que começou o ano com queda de 12% no primeiro trimestre e atingiu um aumento de 17% no 3º trimestre.

Na contramão, os peixes e suínos amargam um ano de retração com queda no volume de vendas de 11% e 13%. Os peixes, proteína com maior preço médio por kg, de R$ 45,85, foi a que registrou o maior aumento de preços no 3º trimestre, de 11%.

 

“Os dados obtidos em nosso estudo prova que realmente 2023 deve se observar uma forte alta no consumo de carne bovina. O aumento do rendimento médio da população aliado à queda de preços da proteína observada desde o início do ano, exercem forte contribuição para este desempenho positivo”, destaca Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech

 

 



Carne Bovina – O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5%. Em segundo lugar ficou a peça de alcatra com 29,2% em volume e queda de 14,4% no valor pago pelo consumidor. Os dois cortes representam mais de 25% do faturamento do varejo alimentar de carnes bovinas em todo Brasil. Somados a coxão mole, patinho e acém totalizam 52,3% da proteína vermelha vendida no país.

Suína – De todos os produtos originados da carne suína, a bisteca, linguiça calabresa, pernil e salsicha foram os responsáveis pelo pior desempenho nas vendas. Respectivamente, os produtos registraram queda de 16,1%, 15,8%, 12,2% e 14,2% no 3º trimestre deste ano na comparação com 2022. Dos citados anteriormente, somente a linguiça calabresa teve uma variação de preços positiva de 7,4%.

Aves – No terceiro trimestre, observou-se um alto consumo de filé de peito pelo brasileiro. As vendas subiram 29% na comparação com 2022, muito por causa da queda do preço de 26%. Outros cortes como coxinha da asa também tiveram aumento de 11,7% e uma redução de 11,7% no preço.

Ovo – Representando 57,8% do faturamento de ovos no Brasil, o tipo branco cresceu nas vendas 29,2% com uma queda de preços de 1,6% no terceiro trimestre de 2023. Em segundo lugar, está o ovo vermelho com aumento de 3,2% nas vendas apesar de um aumento de preços de 10,3% registrada no período. A importância desse segundo tipo de ovo no faturamento do varejo é de 31,1%.

Peixes – Com a maior participação no faturamento de peixes (47%), a tilápia teve queda de 23,7% no volume de vendas durante o terceiro trimestre e o motivo pode estar no aumento de preço de 21,4%. Em segundo lugar em queda de consumo está o bacalhau com 22% com um incremento de preço de 28,5%. Contrariando a tendência dos pescados, as vendas de salmão aumentaram 61,6% em 2023, diante de uma queda de preços de 24,3%.

 

Justiça de SP aceita pedido de recuperação judicial da SouthRock, operadora do Starbucks

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O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo, aceitou o pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital, operadora de redes de restaurantes como Starbucks, TGI Fridays e a Brazil Airports. A decisão é desta terça-feira, 12.

Dos Santos admitiu o processamento mais de um mês após a solicitação da empresa. Ele cumpriu a determinação da semana passada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) de manter o Eataly e a Subway fora do processo.

Com o deferimento, o juiz suspendeu todas as ações e execuções contra a SouthRock por 180 dias. Ela tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial, que será submetido à aprovação em assembleia de credores.

O administrador nomeado foi a Laspro Consultores, que deve enviar relatório sobre a situação da empresa em dez dias. O laudo de constatação prévia opinou pelo deferimento da ação, não só no sentido da viabilidade operacional e possibilidade efetiva de recuperação, mas também quanto à regularidade e preenchimento dos requisitos documentais.

A perícia também constatou dependência financeira entre todas as empresas do grupo econômico, inclusive o Eataly e Subway. Porém, o TJ-SP decidiu que essas duas marcas não precisavam integrar o processo.

O pedido de recuperação judicial da SouthRock foi feito no dia 31 de outubro. As dívidas da empresa são estimadas em R$ 1,8 bilhão.

Seca no Amazonas faz produção de motos ficar estagnada em novembro, diz Abraciclo

Abraciclo Eleva Estimativa de Produção de Motocicletas Para 1,42 Milhão de  Unidades - Revista Moto Adventure

A produção de motos ficou perto da estabilidade na passagem de outubro para novembro, refletindo as dificuldades de recebimento de peças e escoamento da produção das montadoras do polo industrial de Manaus por conta da seca severa no rio Amazonas e seus afluentes. No total, 131,9 mil motos saíram das linhas de montagem, número ligeiramente superior ao de outubro: 131,3 mil.

O balanço foi divulgado nesta terça-feira pela Abraciclo, a associação que representa as fábricas de motos da Zona Franca de Manaus, onde está concentrada quase toda a produção nacional do veículo. Na comparação com o mesmo período de 2022, o volume corresponde a um aumento de 2,1% e ao melhor resultado para o mês desde 2013.

Com isso, a indústria de motos chega ao último mês do ano com 1,45 milhão de unidades montadas, crescimento de 9,6% frente aos onze primeiros meses de 2022 e o melhor resultado, entre iguais períodos, em onze anos.

Presidente da Abraciclo, Marcos Bento diz que os impactos da estiagem severa no Norte do País foram minimizados por alternativas logísticas adotadas pelas montadoras para manter o mercado abastecido.

O transporte de cargas por balsas, ou mesmo por aviões, apesar do frete mais caro, foi a saída diante da impossibilidade de acesso dos grandes navios cargueiros ao porto de Manaus. Mesmo assim, a Yamaha antecipou férias e parou a produção nos dez primeiros dias do mês.

Segundo Bento, a demanda por motocicletas deve se manter aquecida nos próximos meses, favorecida pela migração dos consumidores a um veículo mais barato e econômico no consumo de combustível. “É um veículo com preço acessível, econômico e de baixo custo de manutenção. Além disso, é uma opção para evitar os congestionamentos nos grandes centros urbanos.”

A Abraciclo espera que o ano termine com 1,56 milhão de motocicletas produzidas, 10,4% acima do total registrado em 2022.

 

Banco Central voltará a reduzir Selic, para 11,75%, segundo mercado


O Banco Central do Brasil (BCB) voltará a reduzir sua taxa Selic em 0,5 ponto percentual, chegando a 11,75%, de acordo com previsões do mercado e da própria instituição, em meio a um processo contínuo de “desinflação”.

A decisão será divulgada na quarta-feira ao término da última reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que se inicia nesta terça (12)

O Comitê havia antecipado para esta reunião uma redução “da mesma magnitude” que a queda de 0,5 ponto percentual implementada em novembro.

De acordo com estimativas de mais de 100 consultorias e instituições financeiras coletadas pela pesquisa Focus do BCB, a taxa de referência encerraria o ano em 11,75%, após quatro reduções consecutivas desde o início do ciclo de baixa em agosto passado.

Na época, a taxa Selic estava em 13,75%, um nível atingido um ano antes após várias altas desde março de 2020 para combater a inflação.

Aumentos nas taxas encarecem o crédito, o que desestimula o consumo e o investimento, reduzindo assim a pressão sobre os preços.

As autoridades mantiveram os cortes em um contexto de inflação mais “benigna”, de acordo com as atas da última reunião do Copom.

Até novembro, os preços ao consumidor acumularam um aumento de 4,68% em 12 meses, de acordo com dados oficiais divulgados nesta terça-feira, colocando-os dentro da meta de 1,75%-4,75% ao ano.

E o mercado projeta que a inflação encerrará o ano em 4,51%.

As ações do Copom também consideraram um cenário externo “adverso”, com taxas altas nos Estados Unidos e tensões geopolíticas.

– Crescimento “fraco” –

Desde que chegou ao poder há quase um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressionado pela redução das taxas para impulsionar a economia com crédito mais barato para consumidores e empresas.

Contra todas as expectativas, dadas as altas taxas que geralmente esfriam a economia, o Brasil cresceu mais do que o esperado ao longo deste ano: a expansão do PIB nos nove meses encerrados em setembro foi de 3,2% em comparação com o mesmo período de 2022.

Mesmo assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o crescimento entre julho e setembro como “fraco” – 2% em relação ao mesmo período do ano anterior e apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior – e criticou o BCB.

“Com o corte no juro, esperamos fechar este ano com crescimento superior a 3% e crescer 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central deve fazer seu trabalho”, disse Haddad, pedindo ainda mais flexibilização da política monetária.

Já o Copom mantém o foco na política fiscal, identificando-a como um potencial risco para a economia.

Recentemente, Lula tentou sem sucesso modificar a meta de déficit zero para 2024, gerando dúvidas sobre esse compromisso.

“A atividade econômica mais forte do que o esperado e a incerteza relacionada ao alcance das metas fiscais impedem qualquer mudança de ritmo” na redução das taxas, afirmou o Bank of America em um relatório.

– Ritmo suave –

Os especialistas acreditam que a política monetária continuará se flexibilizando no próximo ano, ainda que de forma gradual: a taxa de juros projetada é de 9,25% até o final de 2024, de acordo com a pesquisa Focus.

Enquanto isso, a perspectiva para o PIB indica uma expansão de 1,5%, uma taxa consideravelmente menor do que a esperada para 2023.

Essa projeção contradiz os desejos de Lula, que busca impulsionar o crescimento como motor da geração de empregos para aliviar a pobreza.

O presidente do BCB, Roberto Campos Neto, nomeado por Jair Bolsonaro (2019-2022) e com mandato até 2025, continua defendendo a autonomia e o caráter “técnico” das decisões da entidade, diante das críticas do governo atual.

 

Biogás pode gerar 200 mil empregos no Sul

 
 
Perto de 100 mil postos de trabalho seriam abertos no Paraná 
 
 
O levantamento utilizou dados da ABiogás sobre o potencial total teórico de produção de biogás no Brasil como ponto de partida

 

O projeto GEF Biogás Brasil e a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) lançaram dados inéditos que revelam a correlação entre produção de biogás, redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e geração de emprego no país. O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. Segundo as estimativas, o setor de biogás poderia criar até 800 mil novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos no Brasil, caso o potencial total de produção do setor fosse aproveitado. Só na região Sul, poderiam ser gerados 201 mil empregos, quase metade deles no Paraná (veja detalhes no infográfico abaixo).

 
 
O estudo também mostra que cerca de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente (CO2e) poderiam ser mitigadas todo ano caso esse potencial total fosse atingido, incluindo o uso do biogás em substituição ao diesel, mostrando o impacto positivo do setor no combate à mudança climática. Esse impacto ambiental, em conjunto com a geração de novos empregos em economia verde, poderia ajudar o Brasil a avançar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O levantamento utilizou dados da ABiogás sobre o potencial total teórico de produção de biogás no Brasil como ponto de partida. Já as metodologias para o cálculo de geração de emprego e de redução de emissões de gases de efeito estufa foram desenvolvidas pelo projeto GEF Biogás Brasil, com base em métodos e fatores de conversão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas para avaliar a ciência relacionada à mudança climática. Você pode acessar o estudo completo neste link.