quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Rússia audita 11 frigoríficos do Brasil para exportação de carne bovina e de aves

Frigoríficos: o que é e qual a importância para a sociedade ...



São Paulo, 13 – A Rússia auditou 11 frigoríficos brasileiros para exportação ao país, dos quais seis plantas produtoras de carne de aves e cinco de carne bovina, informou o Ministério da Agricultura. A decisão ocorre após uma missão de inspeção do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Federação da Rússia (Rosselkhoznadzor), a primeira desde 2015, a estabelecimentos brasileiros. A delegação russa passou por frigoríficos e estabelecimentos de criação em seis Estados e pelo Distrito Federal.

De acordo com o ministério brasileiro, as exportações brasileiras de carne bovina e carne de aves para o mercado russo alcançaram US$ 278 milhões em 2022, e representaram 15,4% da pauta brasileira. Entre janeiro e outubro deste ano, o fluxo comercial alcançou US$ 250 milhões, atingindo 22,2% do total das exportações brasileiras para a Rússia.

 

EUA e Brasil: Última Super-Quarta do ano pode fechar 2023 com surpresas nos juros?


EUA e Brasil: Última Super-Quarta do ano pode fechar 2023 com surpresas nos juros?

Para 2024 é possível esperar, pelo menos nos primeiros meses, a continuidade dessa política de redução das taxas gradualmente em 0,5% (Crédito: AFP)

Os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos se reúnem pela última vez em 2023 para definir suas respectivas taxas de juros na conhecida Super-Quarta. Enquanto o norte americano vem de trajetória de aperto monetário e manutenção do patamar, por aqui se registrou sucessão de quedas nas taxas após cerca de 2 anos acima dos 13% pontos percentuais. Segundo analistas, ambos países devem manter o curso e fechar 2023 conforme as expectativas, embora estejam fora das respectivas metas de inflação.

A boa notícia é que, passados momentos de tensão entre Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e do presidente Lula (PT), a taxa Selic, atualmente em 12,25% a.a., termina o ano mais perto das expectativas do mercado (último Focus registrou projeção de 11,75% a.a.). O ciclo de queda começou em agosto, após sete reuniões consecutivas do Comitê de Política Monetária mantendo os juros brasileiros em amargos 13,75%.

“A queda da taxa Selic em 2023 é o início de um processo de ciclo de baixa, esse ciclo se deu com ajustes feitos na inflação, confirmação de determinadas expectativas que se tinha quanto a aprovação da reforma tributária, do arcabouço fiscal e de medidas arrecadatórias tributárias. Isso faz com que o comportamento geral macroeconômico levasse a esse início de ciclo”, explica Gilberto Braga, economista e professor do Ibmec Rio.

 O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro veio na mediana esperada, com alta de 0,28%; no ano, a inflação medida pelo índice acumula alta de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%, abaixo dos 4,82% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Na defesa de Campos Neto, uma inflação em queda garantiria, entre outros elementos – como regra fiscal, por exemplo – o ciclo de queda dos juros.

Para 2024 é possível esperar, pelo menos nos primeiros meses, a continuidade dessa política de redução das taxas gradualmente em 0,5% pontos percentuais a cada reunião do Copom, podendo baixar. Braga reforça o que os economistas não são unânimes nesse caso, mas a taxa tende a ficar entre 9,25% e 10%, com tendência para 10%.

“O que pode falsear isso e o que faz com que os especialistas acreditem que esse limite vai ficar mais perto de 10% ao ano é a possibilidade de um ano com gastos, expansão da despesa pública por conta das eleições municipais e próprias declarações do presidente da República no sentido de que a meta fiscal não precisa ser cumprida e que é importante gastar e fazer obras”, avalia o professor.

A véspera da Super-Quarta também trouxe o CPI dos EUA, que mede a inflação do país: dessa vez, a alta foi de 0,1% em novembro ante outubro; na comparação anual, houve alta de 3,1% em novembro. De janeiro pra cá, o Federal Reserve Bank (FED) mantém a taxa entre 4,75% – 5,5%, e a expectativa é permanecer nesse patamar. O Goldman Sachs projeta uma queda apenas para o terceiro trimestre do ano que vem.

“Acredito que o número do CPI não impacte na decisão do FED, que deve ser sim de manutenção dos juros nos patamares atuais. Apesar de um número dentro das expectativas e estagnação da inflação, o FED provavelmente irá comentar no comunicado que ainda não está próximo da meta de 2% e com isso segurar os juros mais altos por enquanto”, avalia Marcelo Oliveira, CFA e co-fundador da Quantzed. O FED anuncia a decisão por volta das 15h (horário de Brasília); o Copom publica a nota após as 18h.

Renda fixa ainda na mira dos investidores

Do lado do mercado, o recuo dos juros em mais 0,5% no último Copom de 2023 não é surpresa, também é esperado. “Com isso, a renda fixa segue atrativa na minha visão. Ainda mais em um cenário de juros altos nos EUA, a renda fixa global tende a seguir atrativa há algum tempo. Sem falar que qualquer taxa maior que 10% ao ano não é de se jogar fora”, avalia Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Jorge segue recomendando os ativos em renda fixa, os mais requisitados e orientados de 2023. “Para o investidor pessoa física as incentivadas são as melhores escolhas: LCI / LCA ou mesmo debêntures incentivadas. A recomendação é escolher bem o emissor e não extrapolar o limite do Fundo Garantidor de Crédito, porque são produtos isentos e de baixo risco. Outro ponto é que eles geralmente pagam mais que outros investimentos como os CDBs e títulos públicos, por isso vejo mais vantagens”, orienta.

Apesar de estar em queda, a taxa Selic ainda segue em patamares altos e isso ajuda a renda fixa a se manter um investimento atrativo conforme explica Caio Canez de Castro, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital. “Além disso, a renda fixa possui um acréscimo que são os prêmios de risco e estes seguem em patamares altos. Isso segue atraindo recursos dos investidores”, diz.

Nesse cenário, os ativos prefixados, principalmente para o longo prazo, já que é dada como certa a redução da Selic, já estão precificando boa parte dessa queda, por isso para curto prazo os mais atrativos são os pós-fixados atrelados ao CDI. 

 

 https://istoedinheiro.com.br/eua-e-brasil-ultima-super-quarta-do-ano-pode-fechar-2023-com-surpresas-nos-juros/

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Como o jato Embraer E195-E2 transformou uma pequena regional canadense numa potência na América do Norte


Há cerca de um ano, a Porter Airlines mantinha uma frota de turboélices Dash 8 e uma malha de voos modesta. Hoje empresa já tem 25 aviões da Embraer e planos para chegar a 100 aeronaves 
 

 

 

Até há algum tempo atrás, a Porter Airlines era uma desconhecida e pequena empresa aérea regional, com foco em voos na região leste do Canadá e alguns destinos nos EUA. Mas desde que passou a receber os novo jatos E195-E2, da Embraer, a transportadora deu um salto em sua atuação que causa espanto.

Em cerca de ano, a Porter recebeu nada menos que 25 jatos do modelo, que está configurado para transportar 132 passageiros e possui uma eficiência operacional bastante alta.

Voos para o oeste do Canadá logo foram lançados e semanas atrás o E195-E2 permitiu que a Porter voasse de Toronto e Ottawa para várias cidades da Flórida.

Em breve, a empresa aérea voará também para a Califórnia, graças ao grande alcance da aeronave da Embraer.

Jatos E195-E2 podem transportar 132 passageiros na Porter

Para se ter uma ideia de como a empresa cresceu em apenas 12 meses, basta notar que a oferta de assentos pulou de 2.262 para quase 5.600 lugares, um aumento de 146%.

Os E195-E2 já respondem por 60% da oferta de assentos da Porter e esse total subirá mais em dezembro, já que a empresa pretende contar com mais quatro aeronaves até o final do mês.

A meta é ter 58 aviões na frota, 29 jatos Embraer e 29 turboélices Dash -400.

Deluce, à esquerda: jato superou todas as expectativas (PA)

Porter Airlines entra em uma “nova era”

Mas a Porter Airlines não está nem na metade do seu plano de expansão. Em 2024, a transportadora espera pela entrega de outros 21 E195-E2, terminando o ano com 50 aeronaves.

Em 2025 começarão a ser entregues os 25 E195-E2 recentemente encomendados e não será surpresa se mais um pedido ser confirmado num futuro próximo. A Porter pretende ter 100 desses jatos em serviço.

À Flight Global, o presidente-executivo da Porter, Michael Deluce, afirmou que o E195-E2 superou todas as expectativas, sobretudo em termos de economia de combustível.

“Entramos em uma nova era quando começamos a operar o E195-E2 no início deste ano”, disse Deluce.

Jato E195-E2 da Porter Airlines (PA)

Os próximos destinos da empresa aérea canadense já foram definidos: voar para o México e o Caribe, que estão dentro da autonomia da aeronave da Embraer.

Além disso, a Porter acaba de anunciar uma joint venture com a Air Transat, uma companhia aérea de lazer do Canadá. Graças a ela, os passageiros de ambas as empresas poderão compartilhar voos em breve.

Para a Embraer, a Porter Airlines é um enorme case de sucesso. A empresa aérea é até aqui a única cliente dos modelos E2 na América do Norte, mas seu desempenho impressionante poderá servir de exemplo para que outras companhias enxerguem as virtudes da aeronave. E propaganda melhor que essa não existe.

A Porter Airlines já conta com 25 jatos E195-E2 na frota (PA) 
 
 
https://www.airway.com.br/como-o-jato-embraer-e195-e2-transformou-uma-pequena-regional-canadense-numa-potencia-na-america-do-norte/

 

Tebet anuncia linha de financiamento do BNDES para projeto de rota de integração sul-americana

Tebet diz que nova regra fiscal pode ser apresentada publicamente na  sexta-feira (31) | CNN Brasil

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá linha de financiamento de US$ 10 bilhões para projeto da rota de integração sul-americana, mapeado pelo Planejamento e que envolverá obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ela, a maior parte das obras já está contemplada no programa, o que não trará custos extras ao Orçamento.

O anúncio se dá no esforço do governo federal em estreitar a relação com países da América do Sul.

De acordo com Tebet, esse movimento é necessário.

A ministra participou da abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, cuja reunião nesta terça-feira, 12, teve a apresentação das recomendações de comissões temáticas e grupos de trabalho em áreas como Economia do Futuro, Transição Energética, Primeira Infância, e ampliação ao crédito.

Tebet disse que o Ministério fez cinco rotas de integração das Américas para mapear as obras. Além do apoio do BNDES, a linha de financiamento também contará com o suporte de outros bancos de desenvolvimento.


 

Prorrogado até 2024, Desenrola não exige mais nível prata e ouro na conta Gov.br


Prorrogado até 2024, Desenrola não exige mais nível prata e ouro na conta Gov.br

A medida beneficia 12,7 milhões de pessoas que se encaixam no perfil do programa e têm conta bronze. (Crédito: Reprodução)

Consumidores que aderirem ao Desenrola não precisam mais ter conta com nível prata ou ouro na plataforma Gov.br. O critério foi anunciado após o governo federal aprovar uma Medida Provisória que prorroga o funcionamento do programa até março de 2024.

O público alvo são pessoas que recebem até 2 salários mínimos ou inscritos no CadÚnico e possuem débitos de até R$ 5 mil. Para participar do programa, é imprescindível se cadastrar na Plataforma GOV.BR

O cadastro é realizado diretamente no portal do governo federal e  poder negociar, os devedores devem se habilitar no GOV.BR. No entanto, quem cria o cadastro e adquire o nível Bronze, o primeiro da categoria, também pode negociar. A medida beneficia 12,7 milhões de pessoas que se encaixam no perfil do programa e têm conta bronze.

Ao realizar o cadastro, o cidadão preenche um formulário e seus dados podem ser validados na Receita Federal ou no INSS. O cadastro também pode ser realizado em uma Agência do INSS ou nos postos do Senatran.

O que é a conta GOV.BR?

A Conta GOV.BR é a identificação que comprova em meios digitais que o cidadão é o cidadão. Com ela, é possível se identificar com segurança na hora de acessar serviços digitais, como a Declaração de Imposto de Renda, Serviços do SUS, Portal e-Social e Enem. Ela é gratuita e está disponível para todos os brasileiros.

Além do acesso aos serviços, uma conta no GOV.BR também possibilita apresentar seus documentos digitais – como a Carteira de Trânsito Digital, assinar documentos eletronicamente e realizar a prova de vida digital.

 

Venda de carnes bovinas e de aves sobem enquanto suínos e peixes despencam no terceiro trimestre


O movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a 10% na carne bovina  e 16% na aviária

 

 

Carnes

O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5% (Crédito: Freepik)

 

A partir de pesquisa realizada com dados captados em mais de 40 mil pontos de venda (PDVs) dos supermercados e atacarejos em todo Brasil, a Scanntech apontou que, no terceiro trimestre de 2023, o volume de venda de carnes bovinas cresceu 14% enquanto a aviária, 11%.

O movimento acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a 10% na carne bovina  e 16% na aviária no 3º trimestre de 2023 na comparação entre períodos com 2022. Outra proteína que merece destaque positivo neste ano foi o ovo, que começou o ano com queda de 12% no primeiro trimestre e atingiu um aumento de 17% no 3º trimestre.

Na contramão, os peixes e suínos amargam um ano de retração com queda no volume de vendas de 11% e 13%. Os peixes, proteína com maior preço médio por kg, de R$ 45,85, foi a que registrou o maior aumento de preços no 3º trimestre, de 11%.

 

“Os dados obtidos em nosso estudo prova que realmente 2023 deve se observar uma forte alta no consumo de carne bovina. O aumento do rendimento médio da população aliado à queda de preços da proteína observada desde o início do ano, exercem forte contribuição para este desempenho positivo”, destaca Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech

 

 



Carne Bovina – O contra-filé foi o corte mais comercializado, com crescimento de 59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5%. Em segundo lugar ficou a peça de alcatra com 29,2% em volume e queda de 14,4% no valor pago pelo consumidor. Os dois cortes representam mais de 25% do faturamento do varejo alimentar de carnes bovinas em todo Brasil. Somados a coxão mole, patinho e acém totalizam 52,3% da proteína vermelha vendida no país.

Suína – De todos os produtos originados da carne suína, a bisteca, linguiça calabresa, pernil e salsicha foram os responsáveis pelo pior desempenho nas vendas. Respectivamente, os produtos registraram queda de 16,1%, 15,8%, 12,2% e 14,2% no 3º trimestre deste ano na comparação com 2022. Dos citados anteriormente, somente a linguiça calabresa teve uma variação de preços positiva de 7,4%.

Aves – No terceiro trimestre, observou-se um alto consumo de filé de peito pelo brasileiro. As vendas subiram 29% na comparação com 2022, muito por causa da queda do preço de 26%. Outros cortes como coxinha da asa também tiveram aumento de 11,7% e uma redução de 11,7% no preço.

Ovo – Representando 57,8% do faturamento de ovos no Brasil, o tipo branco cresceu nas vendas 29,2% com uma queda de preços de 1,6% no terceiro trimestre de 2023. Em segundo lugar, está o ovo vermelho com aumento de 3,2% nas vendas apesar de um aumento de preços de 10,3% registrada no período. A importância desse segundo tipo de ovo no faturamento do varejo é de 31,1%.

Peixes – Com a maior participação no faturamento de peixes (47%), a tilápia teve queda de 23,7% no volume de vendas durante o terceiro trimestre e o motivo pode estar no aumento de preço de 21,4%. Em segundo lugar em queda de consumo está o bacalhau com 22% com um incremento de preço de 28,5%. Contrariando a tendência dos pescados, as vendas de salmão aumentaram 61,6% em 2023, diante de uma queda de preços de 24,3%.

 

Justiça de SP aceita pedido de recuperação judicial da SouthRock, operadora do Starbucks

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O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo, aceitou o pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital, operadora de redes de restaurantes como Starbucks, TGI Fridays e a Brazil Airports. A decisão é desta terça-feira, 12.

Dos Santos admitiu o processamento mais de um mês após a solicitação da empresa. Ele cumpriu a determinação da semana passada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) de manter o Eataly e a Subway fora do processo.

Com o deferimento, o juiz suspendeu todas as ações e execuções contra a SouthRock por 180 dias. Ela tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial, que será submetido à aprovação em assembleia de credores.

O administrador nomeado foi a Laspro Consultores, que deve enviar relatório sobre a situação da empresa em dez dias. O laudo de constatação prévia opinou pelo deferimento da ação, não só no sentido da viabilidade operacional e possibilidade efetiva de recuperação, mas também quanto à regularidade e preenchimento dos requisitos documentais.

A perícia também constatou dependência financeira entre todas as empresas do grupo econômico, inclusive o Eataly e Subway. Porém, o TJ-SP decidiu que essas duas marcas não precisavam integrar o processo.

O pedido de recuperação judicial da SouthRock foi feito no dia 31 de outubro. As dívidas da empresa são estimadas em R$ 1,8 bilhão.