Mercado acredita em queda de 0,50% da Selic até o meio do ano (Crédito: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)
Nesta quarta-feira, 31, acontece mais uma Super Quarta, com anúncios do Federal Reserve (Fed) norte-americano e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil sobre as taxas de juros.
A expectativa do mercado é que não haja grandes novidades nos anúncios: a Selic brasileira deve ter nova queda de 0,50% ao ano, chegando em 11.25%. Já nos EUA, a expectativa é que os juros se mantenham no intervalo entre 5,25% a 5,50%.
“O Banco Central brasileiro deve abordar os recentes dados de inflação e fornecer sinais sobre os próximos passos. A trajetória de cortes parece manter-se até metade do ano, sem indícios de aceleração, dada a expectativa de inflação ainda acima da meta”, acredita Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
Fala de Jerome Powell é aguardada pelo mercado
Nos Estados Unidos, a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta quarta será ouvida atentamente pelo mercado financeiro, que deve procurar pistas de como a taxa de juros norte-americana deve se comportar nos próximos meses.
“O tom do discurso deve balizar as expectativas para o início do ciclo de queda de juros, que hoje caminha para a reunião de maio”, acredita a economista-chefe do TC, Mariana Costa.
Os anúncios da economia norte-americana vão seguir nesta semana, com o Payroll, o relatório sobre o mercado de trabalho do país, que será anunciado na sexta-feira, 2.
“A mediana das expectativas aponta para algum arrefecimento na ponta do número de vagas criadas, para próxima a 150 mil novas vagas e que a taxa de desemprego suba para 3,8% de 3,7% e a variação do rendimento estável perto de um crescimento de 4,0% na comparação anual”, afirmou Costa.
Inflação pode pressionar BCE por queda nos juros
Por último, na quinta-feira, 1, o Banco Central de Inglaterra deve anunciar a manutenção dos juros em 5,25% ao ano. Além disso, o relatório de inflação do Euro, o CPI, também será anunciado e pode aumentar a pressão para que o bloco comece a diminuir os juros já no início do terceiro trimestre.
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