quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Super Quarta: especialistas esperam corte de 0,5% na Selic e FED sem novidades


Copom

Mercado acredita em queda de 0,50% da Selic até o meio do ano (Crédito: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

 

Nesta quarta-feira, 31, acontece mais uma Super Quarta, com anúncios do Federal Reserve (Fed) norte-americano e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil sobre as taxas de juros. 

A expectativa do mercado é que não haja grandes novidades nos anúncios: a Selic brasileira deve ter nova queda de 0,50% ao ano, chegando em 11.25%. Já nos EUA, a expectativa é que os juros se mantenham no intervalo entre 5,25% a 5,50%. 

“O Banco Central brasileiro deve abordar os recentes dados de inflação e fornecer sinais sobre os próximos passos. A trajetória de cortes parece manter-se até metade do ano, sem indícios de aceleração, dada a expectativa de inflação ainda acima da meta”, acredita Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. 

Fala de Jerome Powell é aguardada pelo mercado

Nos Estados Unidos, a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta quarta será ouvida atentamente pelo mercado financeiro, que deve procurar pistas de como a taxa de juros norte-americana deve se comportar nos próximos meses. 

“O tom do discurso deve balizar as expectativas para o início do ciclo de queda de juros, que hoje caminha para a reunião de maio”, acredita a economista-chefe do TC, Mariana Costa. 

Os anúncios da economia norte-americana vão seguir nesta semana, com o Payroll, o relatório sobre o mercado de trabalho do país, que será anunciado na sexta-feira, 2. 

“A mediana das expectativas aponta para algum arrefecimento na ponta do número de vagas criadas, para próxima a 150 mil novas vagas e que a taxa de desemprego suba para 3,8% de 3,7% e a variação do rendimento estável perto de um crescimento de 4,0% na comparação anual”, afirmou Costa.

Inflação pode pressionar BCE por queda nos juros

Por último, na quinta-feira, 1, o Banco Central de Inglaterra deve anunciar a manutenção dos juros em 5,25% ao ano. Além disso, o relatório de inflação do Euro, o CPI, também será anunciado e pode aumentar a pressão para que o bloco comece a diminuir os juros já no início do terceiro trimestre.

 

 https://istoedinheiro.com.br/super-quarta-especialistas-acreditam-em-fed-e-copom-sem-novidades/

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Brasil cria 1,4 milhão de vagas com carteira assinada em 2023 O resultado representa uma queda de 26% em comparação com 2022

 


O resultado representa uma queda de 26% em comparação com 2022


Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) | Emprego ...


Caged: dado de dezembro puxou o resultado do ano para baixo (exame/Exame)

 

O Brasil criou 1.483.598 postos de trabalho com carteira assinada em 2023, queda de 26.31% em comparação com 2022, quando foram criados 2.013.261 entre janeiro e dezembro daquele ano. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira, 30. O resultado considera 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos no período. 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chegou a anunciar que o Brasil fecharia o ano com 1,8 milhão de vagas criadas, mas o resultado negativo de dezembro puxou o dado para baixo, com mais demissões do que contratações. O mês tradicionalmente apresenta dado negativo para o emprego formal graças ao desligamento dos empregados temporários no fim do ano. No último mês de 2023, o saldo negativo foi de 430.159 postos de trabalho, resultante de 1.502.563 admissões e 1.932.722 desligamentos.

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O estado de Alagoas foi o único que registrou saldo positivo e os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldos negativos. Esse foi o primeiro mês do ano que o indicador apresentou dado negativo. Em comparação com dezembro de 2022, os empregos com carteira assinadas subiram 5,94%.

Os dados do Caged são um instrumento para o controle e para a organização do mercado de trabalho brasileiro. Com ele, é possível monitorar a geração de empregos e elaborar políticas públicas para fomentar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. É utilizado, também, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada.

Resultado do Caged foi puxado pelo setor de serviços

Com 886.259 postos, o setor de serviços foi o que mais registrou empregos com carteira assinada no ano passado. Os subsetores que mais contrataram foram informação, comunicação, financeiro, imobiliário, atividades administrativas, serviço público e educação e saúde.

O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu no comércio, com um saldo de 276.528 postos, com destaque para o setor varejista, supermercados, minimercado e venda de combustíveis para veículos.

São Paulo é o estado que mais teve contratações em 2023

São Paulo registrou 290.719 postos de trabalho em 2023 e foi o estado que mais contratou no ano passado. Rio de Janeiro, com 160.680 postos, e Minas Gerais, que teve 140.836 contratações, fecham as três primeiras posições.

Qual a diferença dos dados do Caged e da Pnad

Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal, seja informal, além do número de desalentados. Por causa disso, os resultados não são comparáveis. 

 

 https://exame.com/economia/caged-2023/

Planos de saúde empresariais podem subir até 25% este ano

 


Planos de saúde empresariais podem subir até 25% este ano

De acordo com a AON, a alta nos custos com os planos de saúde se deve, principalmente, a inflação médica, que em 2023 ficou em 14,1% (Crédito: Freepik)

 

Os planos de saúde empresariais podem subir até cinco vezes mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025. No ano passado, o IPCA registrou uma alta de 4,6%, já os planos empresariais de saúde podem subir até 25% este ano, segundo previsão da consultoria AON. A alta pode impactar as finanças de mais de 41 milhões de pessoas, hoje beneficiárias desse tipo de plano.

De acordo com a consultoria, a alta nos custos com os planos se deve, principalmente, a inflação médica, que em 2023 ficou três acima do IPCA. Enquanto os preços em geral subiram 4,6% ao ano, os preços de suplementos e equipamentos médicos subiram 14,1%.

Ainda segundo a AON, a alta fica acima da inflação médica global, apurada em 10,1%. A AON mediu os custos dos insumos médicos em 113 países no ano passado.

Também de acordo com a consultoria, para elevar os preços dos planos as operadoras consideram, além da inflação médica, as fraudes, a utilização dos planos e o resultado financeiro. Em 2023, o setor de plano de saúde teve um déficit operacional de R$ 5,1 bilhões.

Planos de saúde empresariais não são regulados pela ANS

A Agência Nacional de Saúde (ANS), que regula o setor, não estabelece regras para o aumento de preços dos planos empresariais, ao contrário do que ocorre com os planos individuais e particulares.

Segundo dados da agência, em 2023, esses tipos de planos tiveram reajuste de 9,63% no ano passado. Para 2024, o Citibank projeta uma alta de 8,7%.

Corrida por planos de saúde empresariais

Como explica o diretor de franquias da Me Protege, Rafael Lemos, há alguns anos há uma corrida por planos empresariais, já que a tabela de custos é vantajosa. A empresa é especializada na comercialização de convênios médicos.

“Já chegamos a ver diferenças de 60% entre o custo de um plano para pessoa física e para pessoa jurídica numa mesma operadora”, comenta.

Lemos destaca também que a entrada dos Microempreendedores Individuais (MEIs) nos planos de saúde gerou uma nova demanda aos planos empresariais, na qual ele classifica como uma transformação.

“Também houve cenários de muitas fraudes praticados no mercado. Casos em que pessoas não tinham MEIs e tinham plano empresarial. Por isso, a ANS estabeleceu que o MEI deve ter ao menos seis meses de operação para poder contratar um plano empresarial”, complementa.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, o Brasil tinha, em dezembro de 2023, mais de 25,5 milhões de beneficiários de planos de saúde empresariais.

Já o número de beneficiários de planos de saúde privados é de mais de 51 milhões, de acordo com a agência. O setor engloba 680 operadoras ativas médico-hospitalares com beneficiários e 238 operadoras ativas exclusivamente odontológicas com beneficiários.


Volume exportado da América Latina cresce com mais moderação em 2023, diz BID; Brasil ajuda

 Uma foto aérea de um navio de carga transportando ...


O volume de exportações da América Latina cresceu em 2023, ainda que em um ritmo menos pujante que em 2022, enquanto o Brasil e o México seguiram ajudando a manter o desempenho positivo das vendas externas da região, de acordo com estimativas de um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para o BID, o crescimento global mais lento limita o potencial de uma recuperação da demanda real das exportações, enquanto os preços das commodities devem seguir altamente voláteis.

As exportações da América Latina cresceram 1,8% no ano passado, após uma expansão de 5,5% em 2022, considerando o volume, de acordo com o documento do BID elaborado em conjunto com o Instituto para Integração da América Latina e o Caribe (Intal).

Em relação aos valores das exportações da região, houve uma queda de 1,6% no ano passado ante 2022, em razão, sobretudo, da contração dos preços das commodities. O desempenho contrastou com o salto de 16,2% em 2022 ante 2021.

O valor estimado das exportações do Brasil cresceu 1,7% no ano passado, no comparativo anual, um aumento muito mais contido do que a alta de 19% em 2022 ante 2021.

O México registrou alta de 2,9% no ano passado, ante 2022, diante da recuperação de vendas para os Estados Unidos. O Paraguai, por sua vez, registrou um incremento de 19,1% dos valores exportados refletindo as melhores condições climáticas.

Perspectivas

O relatório sugere que, na ausência de novas tensões geopolíticas ou de eventos climáticos adversos, os preços da matéria-primas seguirão uma tendência descendente no atual contexto de procura fraca pelo menor dinamismo da economia global, embora as perspectivas devam continuar altamente voláteis.

“Embora os preços estejam perto das máximas históricas, uma desaceleração no crescimento da China afetaria particularmente metais como o cobre e o minério de ferro”, observa o documento.

As perspectivas para os preços agrícolas também são moderadas. Mas a expectativa é que a produção em vários países-chave em culturas como soja ou café se recupere após os acontecimentos climáticos que limitaram a oferta em 2023.

Os analistas das instituições avaliam que o fenômeno El Niño deve atingir o seu pico no primeiro semestre de 2024, o que, combinado com a possibilidade de novas catástrofes naturais e de um choque nos preços do petróleo como resultado de tensões geopolíticas, poderia empurrar os preços das matérias-primas para cima. “Isto traria benefícios assimétricos para os países da América Latina e Caribe, dependendo da sua exposição a riscos e a estrutura dos seus padrões de exportação”, observam.


O chip anunciado por Elon Musk que conecta cérebro humano a computador

 


Elon Musk

rédito, Getty Images

 

  • Patrick Jackson
  • Role, Da BBC News

O bilionário Elon Musk disse na segunda-feira (29/1) que sua empresa Neuralink implantou com sucesso um chip cerebral sem fio em um ser humano pela primeira vez.

 Os resultados iniciais detectaram picos de neurônios ou impulsos nervosos. O paciente está se recuperando bem, disse Musk.

O objetivo da empresa é conectar cérebros humanos a computadores. Musk disse que quer ajudar a tratar condições neurológicas complexas.

Outras empresas rivais já implantaram dispositivos semelhantes.

A empresa de Musk recebeu permissão do FDA para testar o chip em humanos em maio, após várias tentativas anteriores para obter aprovação.

Isso abriu caminho para o início do estudo de seis anos em que um robô está sendo usado para colocar cirurgicamente 64 fios flexíveis — mais finos que um fio de cabelo humano — em uma parte do cérebro que controla a "intenção de movimento", de acordo com a Neuralink.

A empresa afirma que esses fios permitem que seu implante experimental, alimentado por uma bateria que pode ser carregada sem fio, registre e transmita sinais cerebrais sem fio para um aplicativo que decodifica como a pessoa pretende se mover.

Na rede social X (antigo Twitter), Musk escreveu que o primeiro produto da Neuralink se chamaria Telepathy.

Telepathy, segundo Musk, permitiria "o controle do seu telefone ou computador e, através deles, quase qualquer dispositivo, apenas com o pensamento".

"Os primeiros usuários serão aqueles que perderam o uso dos membros", continuou ele.

"Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um datilógrafo ou leiloeiro. Esse é o objetivo", disse Musk, em referência ao falecido cientista britânico que sofria de uma doença neurológica.

Embora o envolvimento de Musk traga publicidade para o trabalho da Neuralink, sua empresa enfrenta rivais, alguns dos quais têm um histórico de duas décadas.

A Blackrock Neurotech, com sede em Utah, implantou sua primeira de muitas interfaces cérebro-computador em 2004.

A Precision Neuroscience, formada por um cofundador da Neuralink, também visa a ajudar pessoas com paralisia. E seu implante se assemelha a um pedaço muito fino de fita que fica na superfície do cérebro e pode ser implantado através de uma "micro-fenda craniana". A empresa alega que este é um procedimento muito mais simples.

 Os dispositivos existentes também já produziram resultados. Em dois estudos científicos recentes nos EUA, implantes foram usados para monitorar a atividade cerebral quando uma pessoa tentava falar, o que poderia então ser decodificado para ajudá-la a se comunicar.

 

 https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd182g1gp27o

Para FMI, BCs devem ser cautelosos ao cortar juros, enquanto fiscal deve focar em consolidação

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda que os bancos centrais (BCs) ao redor do mundo tenham cautela ao reduzir juros conforme a inflação alcance a meta, para evitar cortes prematuros ou prolongar demasiadamente o aperto monetário. Ao mesmo tempo, a instituição reforça que os governos devem aproveitar este cenário para garantir a consolidação fiscal.

“A prioridade de curto prazo para bancos centrais é entregar um pouso suave”, afirma o FMI, na atualização de janeiro do Relatório de Perspectivas da Economia Mundial, divulgado nesta terça-feira, 30. “Como os fatores e a dinâmica da inflação diferem entre as economias, as necessidades de políticas para garantir a estabilidade de preços são cada vez mais diferenciadas.”

Para o FMI, o equilíbrio está em garantir que as pressões salariais e de preços “estão claramente desaparecendo” para evitar declarar vitória prematura contra a inflação – o que exigiria voltar atrás, caso apareçam surpresas altistas no curto prazo. Assim, a instituição vê espaço para que os BCs globais ajustem gradualmente a política monetária para níveis neutros dos juros, enquanto sinalizam comprometimento com a estabilidade de preços, evitando o risco de pesar demais sobre o crescimento econômico.

E com a materialização de um cenário de pouso suave, o FMI recomenda que a política fiscal também seja calibrada no ritmo apropriado para as “circunstâncias específicas de cada país”. O relatório projeta que uma consolidação fiscal guiada por “planos confiáveis de médio prazo” garantirá a restauração de um espaço de manobra orçamentário para os países que sofrem com níveis elevados de endividamento desde a pandemia.

“Mobilizar a receita doméstica, endereçar rigidez de gastos e reforçar estruturas fiscais institucionais provavelmente apoiarão os esforços de ajustes em economias com necessidades de gastos consideráveis”, aponta o FMI. Já países em alto risco de estresse, será necessária também uma reestruturação da dívida pública, recomenda o relatório.

O FMI também afirma que estas políticas devem ser acompanhadas por reformas estruturais com foco em garantir um crescimento econômico sustentável de médio prazo, fornecer o financiamento para acelerar a transição verde e fortalecer a cooperação internacional. Esta última teria como objetivo mitigar os efeitos da fragmentação da economia global em blocos. “Intensificar a melhora nas cadeias de oferta facilitaria a redução da inflação e da dívida, permitindo um aumento duradouro nos padrões de vida”, conclui a instituição.

Negociações de acordo Mercosul-UE seguem em nível técnico, diz secretária do MDIC

 Logo MERCOSUR/MERCOSUL - MERCOSUL


A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, disse nesta terça-feira, 30, que as negociações para o fechamento de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, costurado há mais de 20 anos, seguem em nível técnico. Na segunda-feira, a França disse que as negociações estavam interrompidas, mas o bloco europeu se manifestou nesta terça de forma contrária.

“À luz do entendimento da última reunião do Mercosul, as negociações seguem no nível de negociadores-chefes, em nível técnico. É difícil cravar uma data, não faria isso aqui. O que posso dizer é que as conversas seguem”, disse ela, em entrevista coletiva para comentar sobre o grupo de trabalho de desenvolvimento e investimento do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20).

A secretária afirmou que o governo brasileiro não ignora as posições apresentadas de fora do bloco do sul. “O Mercosul negocia com a comissão, não com Estados-membros”, disse após perguntas de jornalistas sobre informações contraditórias sobre o tema na Europa.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) registrou no último dia 22 que, de volta ao ostracismo público após as falas duras da França sobre o acordo, o tema pode surpreender quem apostava em nova hibernação do assunto. Fora dos holofotes, o corpo diplomático dos dois blocos continua a trabalhar diuturnamente por um consenso e começa a ser formada uma expectativa de que o tratado possa ser finalizado ainda no primeiro semestre de 2024.

Já se fala, inclusive, na volta da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Brasil nos próximos meses com o objetivo específico de assinar o documento.