quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Projeção para o IGP-M de 2024 passa de 3,67% para 3,30% no Focus do BC

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O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta quinta-feira, 22, mostrou nova redução na inflação esperada para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) este ano. A mediana para o IGP-M em 2024 passou de alta de 3,67% para 3,30%. Há um mês, a projeção era de 4,04%.

Para 2025, a estimativa passou de 3,83% para 3,81%, ante 3,99% de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos valores dos produtos de atacado, como as commodities.

 

 


Setores se unem em manifesto contra a reoneração da folha de pagamentos

 

Fernando Haddad – Wikipédia, a enciclopédia livre

Entidades de setores atingidos pelo fim parcial da desoneração da folha de pagamentos publicaram nesta quarta-feira, 21, um manifesto pela manutenção do benefício. Uma saída ao impasse da reoneração, considerada fundamental à meta de zerar o déficit das contas públicas primárias, foi discutida nesta quarta-feira em reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Representantes do setor produtivo estiveram nesta quarta no Congresso para pressionar pela derrubada da medida provisória que inclui a volta da cobrança patronal de 17 setores desonerados. Como parte da mobilização, foi publicado um manifesto a favor da “discussão democrática da desoneração da folha de pagamento”.

A manifestação é assinada por 35 associações e sindicatos patronais que representam diversos setores – entre eles, construção, indústrias têxtil, de calçados e de bens de capital, e telecomunicações. As entidades reivindicam que a desoneração da folha seja retirada da medida provisória – que também trata do fim de benefícios fiscais ao setor de eventos e do limite às compensações tributárias das empresas – e seja encaminhada por um projeto de lei.

As entidades que assinam o manifesto dizem que o governo insiste em acabar com uma política que gerou mais de 215 mil postos de trabalho no ano passado. A política da desoneração, argumentam, ajuda a diminuir, por exemplo, o custo social com os pagamentos de auxílio-desemprego.

O manifesto também critica o que consideram ser um desrespeito às votações do Congresso, que, após aprovar a continuidade da desoneração até 2027, derrubou o veto do presidente Lula contra o benefício. A reoneração é, assim, classificada pelas entidades como “antidemocrática, autoritária e inconstitucional”.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

MRS investe cerca de R$ 500 milhões em locomotivas

 


Negócio com Wabtec foi oficializado e primeiras entregas serão este ano

 

 

 


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Empresa já vem transformando modal ferroviário com maior sustentabilidade nas operações | Crédito: Alisson J. Silva

 

A MRS Logística está investindo cerca de R$ 500 milhões na aquisição de 30 novas locomotivas da série Evolution. O negócio com a Wabtec Corporation foi oficializado e as primeiras entregas estão previstas para este ano. A compra faz parte da estratégia de renovação da frota ferroviária da companhia e reforça a relação de quase 30 anos entre as duas empresas.

Conforme informações da MRS, as locomotivas do modelo ES44ACi são equipadas com motores Evolution Series Diesel e produzem 4,5 mil cavalos de potência com apenas 12 cilindros e foram lançadas em 2022.

 O motor eletrônico a combustão interna de quatro tempos com turboalimentação proporciona maior eficiência energética e menores emissões, graças a um projeto focado em eficiência térmica da combustão combinada com um sistema de resfriamento de ar de dupla admissão.

 Conforme o presidente da MRS Logística, Guilherme Segalla de Mello, a renovação da frota é crucial para que a empresa tenha ainda mais eficiência e segurança no transporte de cargas.

 

 https://diariodocomercio.com.br/economia/mrs-investe-cerca-meio-bilhao-locomotivas/?utm_campaign=21022024_diaria_nao_abre_-_2024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Os poderosos “exércitos de gravata” na bilionária briga J&F x Paper

 


Batalhão de advogados e consultores na maior briga societária do país tem ex-presidente, ex-governadores, ex-ministro do STF, entre outros

 
 SAO PAULO ECONOMIA NEGOCIOS ELDORADO CELULOSE FOTO DIVULGACAO
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São Paulo — Um ex-presidente da República, um ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), ex-ministros de Cortes Superiores, seis desembargadores aposentados, ex-governadores, ex-senadores e algumas das bancas de advocacia mais renomadas e caras do Brasil.

Esse é o batalhão de engravatados arregimentados para atuar na maior briga societária do país: a disputa pelo controle da Eldorado Celulose entre a gigante brasileira J&F e a empresa indonésia Paper Excellence, uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo. Um negócio avaliado em R$ 15 bilhões.

A disputa começou em 2017, quando a controladora da J&F vendeu 100% da Eldorado, seu braço na produção de celulose, para a Paper Excellence. A empresa indonésia chegou a comprar 49% da sociedade por R$ 3,8 bilhões. Na fase de conclusão do pagamento e da transferência da Eldorado, as empresas romperam.

Desde então, a J&F acusa a Paper de descumprir garantias e prazos. Já a Paper diz que a empresa brasileira dificultou a conclusão da transação. O caso foi parar em uma câmara de arbitragem — um tribunal privado —, que deu razão à Paper Excellence.

Há seis anos, a J&F briga na Justiça para anular o resultado deste julgamento. Toda a ação da J&F para questionar a arbitragem foi movida no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que ainda não terminou de julgar o caso. Mesmo assim, já existem investidas das defesas das empresas nas Cortes Superiores em Brasília.

Nessa quarta-feira (20/12), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a multa de R$ 10,3 bilhões do acordo de leniência da J&F. Na mesma decisão, o ministro teve de se debruçar sobre um pedido do grupo que citava o litígio com a Paper.

A J&F disse que foi forçada a vender a Eldorado e outros ativos em meio a uma “situação de inconstitucionalidade estrutural e abusiva” decorrentes das operações Lava Jato e Greenfield, das quais foi alvo. Sobre esse pedido específico, o ministro disse que o rejeitou, “em princípio”, para que ele seja analisado pelas instâncias competentes.

Exército da J&F

Nessa briga bilionária com a Paper na Justiça paulista, o grupo comandado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista tem como integrante de destaque em sua extensa lista de defensores a advogada Roberta Rangel, mulher de Dias Toffoli.

Além dela, também receberam procurações da J&F o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha, seu filho Caio Rocha, os ex-presidentes do TJSP Renato Nalini e Ivan Sartori, e o ex-presidente da OAB Marcus Vinicius Furtado Coelho. Outro personagem é o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU).

Mais recentemente, o time da J&F foi reforçado pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, após sua aposentadoria, e ainda conta com outros quatro desembargadores paulistas aposentados. Um deles é o ex-presidente do TJSP Manoel Pereira Calças, cuja entrada para a advocacia passou a ser mais conhecida entre ex-colegas em um jantar promovido em dezembro de 2022 por um dos advogados da J&F.

Paralelamente à briga na esfera civil, o grupo dos irmãos Batista investiu em um inquérito na Polícia Civil de São Paulo sobre um suposto hackeamento de seus e-mails internos que mirou a cúpula da Paper Excellence, mas acabou arquivado. Essa briga reuniu uma porção de grandes escritórios de criminalistas, entre eles o do atual ministro do STF Cristiano Zanin.

O ministro e sua esposa, a advogada Valeska Martins, romperam com o advogado Roberto Teixeira, amigo de longa data do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sogro de Zanin. Nessa briga envolvendo a Eldorado Celulose, eles também estão em lados opostos, já que Teixeira é advogado da Paper.

Ainda pelo lado da J&F nesse inquérito policial também atuaram uma advogada do escritório de Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-delegado Leandro Daiello, que foi diretor-geral da PF por seis anos, no governo Dilma Rousseff.

Exército da Paper

A Paper Excellence, do empresário indonésio de ascendência chinesa Jackson Widjaja, também tem um time de peso para atuar nos tribunais e nos bastidores. A começar por Michel Temer (MDB), que é frequentemente consultado pelo CEO da empresa no Brasil, Claudio Cotrim. Ele chegou a telefonar para o ex-presidente da República durante uma das audiências, segundo um servidor da Justiça que o acompanhou na saída da sala.

Como conselheiros nessa disputa, a empresa indonésia também conta com a atuação dos ex-governadores João Doria (SP) e Cássio Cunha Lima (PB), e do ex-senador Romero Jucá (MDB), dono da Blue, uma empresa de lobby em Brasília.

O advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, também integra o time de defensores da Paper, assim como o advogado Marco Aurélio Carvalho, amigo de Lula, coordenador do Grupo Prerrogativas, e um dos nomes cotados para assumir a pasta da Justiça após a indicação do ministro Flávio Dino para o STF. Já na briga da Justiça Criminal, que envolvia os inquéritos policiais, a Paper recrutou o ex-delegado e ex-deputado Marcelo Itagiba. Mesmo com tanto investimento de ambos os lados, a disputa pelo controle da Eldorado parece estar longe do fim.

 

 https://www.metropoles.com/negocios/bilionaria-briga-jf-x-paper

 

Dona do Burger King e Popeyes negocia com Starbucks

 



Venda da operação
  
 A Zamp, empresa que opera no Brasil marcas como Burger King e do Popeyes, negocia acordo para adquirir a licença de operação da Starbucks no Brasil junto à matriz americana. De acordo com informações do Valor Econômico, as conversas teriam começado em dezembro. Sócio da Zamp, o fundo árabe Mubadala estaria em conversas diretas com a rede americana. Além da Zamp, outras duas cadeias de restaurantes sondaram representantes da rede de cafeteria. No plano de recuperação judicial apresentado na última terça-feira, dia 20, a SouthRock, que opera a rede de cafeterias no país pontuou que, ao longo de 2023 foram fechadas mais de 55 lojas da Starbucks que apresentavam resultado negativo, além de uma reestruturação de 20% da equipe administrativa diretamente ligada à marca. A empresa está em um tumultuado processo de reestruturação desde outubro do ano passado, com dívidas de R$1,8 bilhão. 
 
 

Em 2023, foram transacionados R$ 3,73 tri em cartões, diz Abecs; alta é de 10,1% ante 2022

 Ao fim de 2019, Brasil tinha 123 mi de cartões de crédito e ...


A indústria brasileira de cartões movimentou R$ 3,73 trilhões ao longo de 2023, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O volume é 10,1% maior que o observado no ano de 2022, de acordo com a entidade.

Os números foram puxados novamente pelos cartões de crédito, que tiveram R$ 2,4 trilhões em transações no ano passado, um crescimento de 12,1%.

“O cartão de débito andou de lado, cresceu 0,1%”, afirmou o vice-presidente executivo da Abecs, Ricardo Vieira, em coletiva de imprensa para comentar os números do setor no ano de 2023. O débito movimentou R$ 1 trilhão no ano passado.

No cartão pré-pago, as transações cresceram 34,1% em relação a 2022, para R$ 321,2 bilhões, mesmo com o teto no intercâmbio da modalidade, que desestimulou a emissão desse tipo de cartão por bancos e fintechs.

No quarto trimestre, o setor movimentou R$ 1 trilhão, um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que R$ 664 bilhões foram através do crédito, um crescimento de 12,8%.

De acordo com Vieira, foi a primeira vez que a indústria ultrapassou o trilhão em volume de transações em um único trimestre.

Compras não-presenciais

Segundo a Abecs, o volume de compras não presenciais com cartões foi de R$ 830 bilhões no Brasil no ano de 2023, um crescimento de 13,2% em relação ao ano anterior. O maior volume foi o do crédito, que somou R$ 799,9 bilhões, alta de 12,8% em um ano.

Ricardo Vieira afirmou que o grande destaque foi o crescimento do uso do cartão de débito no mundo online: a alta foi de 28,3% em relação a 2022, para R$ 14,3 bilhões. “O crescimento do débito é um reflexo das ações das bandeiras e da indústria”, disse.

O setor de cartões colocou em prática uma série de ações no ano passado para que os clientes utilizem mais os cartões de débito em compras online, em uma tentativa de conter a migração dos consumidores do débito para o Pix. Essas ações incluem uma padronização de regras para compras sem a necessidade de senha.

Outro forte crescimento foi o das compras presenciais pagas através da tecnologia NFC, por aproximação, que chegaram a R$ 986,4 bilhões, alta de 70,1% em relação a 2022. A maior alta foi do pré-pago, de 76,3%, para R$ 180,4 bilhões.

“A aproximação representa quase 55% dos pagamentos com cartão no mundo físico”, afirmou Vieira.

Gastos de brasileiros no exterior

Segundo a Abecs, os gastos de brasileiros no exterior com o uso de cartões somaram US$ 13,2 bilhões no ano passado. “Esse número já está próximo de um crescimento em relação ao ano de 2019, antes da pandemia”, afirmou Vieira.

Os pagamentos no exterior foram o indicador mais pressionado durante a pandemia da covid-19, dado que o brasileiro viajou menos e muitos países impuseram importantes barreiras sanitárias para viajantes provenientes do País.

A Abecs calculou ainda o volume de gastos de estrangeiros no Brasil, que somaram US$ 5,5 bilhões no ano passado, um crescimento de 39,8% em relação ao ano de 2022.

Petrobras e BNDES vão criar fundo CVC para micro, pequenas e médias empresas

 Caneta com logo da Petrobras sobre folha de papel e um teclado de computador


A Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciaram estudos para estruturar um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) para apoiar micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica, disse nesta quarta-feira, 21, a Petrobras.

“Nesse primeiro momento, a ideia é identificar os setores mais promissores para esse tipo de investimento, considerando os temas relacionados à transição energética e que estejam alinhados às estratégias de longo prazo da Petrobras e do BNDES”, informou a estatal.

A iniciativa é uma das ações do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em junho do ano passado, para formação da Comissão Mista BNDES-Petrobras, voltada para as áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança. A vigência do acordo é de até quatro anos.

Esse primeiro fundo de CVC da Petrobras e do BNDES será constituído de acordo com as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O gestor será escolhido por meio de edital público, e terá independência para as decisões e investimentos, além de autoridade para agir em nome do fundo. A tese de investimento irá abranger negócios inovadores relacionados a energias renováveis e de baixo carbono que acelerem o posicionamento da Petrobras na transição energética.

A companhia prevê um montante de US$ 100 milhões para a estratégia de investimentos em CVC, nos próximos cinco anos, conforme o Plano Estratégico 2024-2028.

“A cooperação com o BNDES acelerar os processos de governança e estruturação do CVC, que servirá de alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono, em linha com as nossas estratégicas divulgadas para o Plano Estratégico 2024-2028”, afirmou em nota o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enfatizou que “o CVC nos permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento”.

Para Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, investir em transição energética e em inovação é a solução para a garantia do desenvolvimento sustentável da economia brasileira.

“O capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é um estímulo fundamental para que tenhamos novos saltos tecnológicos no país”, disse Mercadante.