Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou
nesta quinta-feira, 7, ter aprovado um financiamento de R$ 2,6 bilhões
para o programa florestal bienal da Suzano, empresa fabricante de papel e
celulose. Os recursos serão investidos no projeto de plantio de até 435
mil hectares de fazendas de eucalipto nas proximidades das unidades
industriais da companhia nos Estados do Espírito Santo, da Bahia, do
Mato Grosso do Sul, do Maranhão, do Pará e de São Paulo.
A iniciativa da companhia envolve um investimento total de R$ 3,6 bilhões, segundo o banco de fomento.
O
BNDES também aprovou um financiamento de R$ 31 milhões para que a
Suzano desenvolva uma nova central de produção de árvores de eucalipto
superiores e faça investimentos em uma chamada de inovação aberta, “com
estimativa de que sejam apoiados até 14 projetos inovadores relacionados
a agroflorestas, remoção de carbono, biomassa de eucalipto e embalagens
sustentáveis”.
A operação foi viabilizada pela linha BNDES Mais Inovação.
Insatisfeita
com a nova norma de mercado no transporte rodoviário interestadual de
passageiros, por entender que o texto poderá inviabilizar a
concorrência, a Buser buscou envolver o órgão antitruste brasileiro no
debate. Em consulta julgada nesta quinta-feira, 7, pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a empresa queria saber do
Cade se, sujeitando-se à norma aprovada pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), estaria ela própria violando a lei de
defesa da concorrência.
A
consulta acabou não “conhecida”, no jargão jurídico, pelo entendimento
do conselho de que a questão não poderia ser resolvida pelo instrumento
da consulta. Esse ponto técnico não impediu que os conselheiros do
órgão antitruste abrissem uma discussão sobre eventuais reflexos das
novas regras da ANTT no ambiente concorrencial. O tribunal chegou a
debater a possibilidade de enviar o voto do caso e suas considerações à
agência reguladora, mas a maioria decidiu pelo não encaminhamento.
Relator
do caso, o conselheiro Victor Fernandes leu um longo voto na sessão,
onde explicou por que não poderia acolher a consulta feita pela Buser,
mas também levantou pontos de atenção sobre a regulamentação feita pela
ANTT, aprovada no fim do ano passado, após anos de debate.
As
novas regras são criticadas pela Buser e por outros atores do setor que
tentam atuar no transporte interestadual, que se queixam principalmente
do conceito de viabilidade econômica considerado pela agência para
autorizar ou não a atividade de novas empresas nas rotas. A alegação é
de que essa norma impõe barreiras a entrantes no mercado, desvirtuando o
espírito da regra geral de ‘autorização’, que substituiu o modelo
anterior.
Fernandes pontuou que, por não ter autonomia para
escolher submeter-se ou não às normas da ANTT, não faria sentido a Buser
perguntar ao órgão antitruste se, seguindo as regras, poderia infringir
a lei de defesa da concorrência. Na visão do conselheiro, o pano de
fundo do movimento da empresa junto ao Cade foi de suscitar um debate no
conselho sobre a adequação da norma da agência reguladora. Ele
ponderou, contudo, que o Cade não poderia fazer qualquer tipo de revisão
sobre a resolução da ANTT dentro deste processo.
Apesar
de não aceitar a consulta da Buser, Fernandes aproveitou a oportunidade
para sustentar que o Cade pode se envolver mais no debate sobre a nova
regulamentação, por meio da “advocacia da concorrência” (qualquer
atividade conduzida pela autoridade da concorrência visando à promoção
de um ambiente concorrencial saudável).
Em seu voto, ele rememorou
que, durante o processo de elaboração da norma da ANTT, órgão do
Ministério da Fazenda levantou preocupações sobre o conceito de
viabilidade econômica e os efeitos disso para o ingresso de novos
competidores no transporte de passageiros. O conselheiro reconheceu, por
sua vez, que, em seu papel de defensor da concorrência, o Cade teria
uma visão mais estreita sobre o tema, enquanto a agência reguladora
precisa observar outras preocupações, como a qualidade do serviço.
“Me
parece claramente que a ANTT enfrenta o desafio de navegar a transição
de monopólios públicos para o regime de livre mercado”, disse Fernandes.
A
complexidade do caso também foi reforçada por outros conselheiros. “Eu
entendo o TRIP dentro de um modelo muito complexo, eu entendo a
razoabilidade de um regime de transição, e a ANTT está tentando conviver
com esses dois mundos, que é difícil de equilibrar. É uma árdua tarefa
da ANTT de se equilibrar”, disse Gustavo Augusto, para quem o Cade
precisa acompanhar os desdobramentos, partindo da avaliação de que a
implementação da resolução da ANTT é mais importante que o próprio
texto, “dentro da lógica de uma abertura gradual do mercado”.
Marca quer recuperar espaço no mercado e aumentar faturamento em 50% em 2024 (Crédito: Divulgação)
Bruno Pavani
A
Água de Cheiro anunciou, nesta quinta-feira, 7, a chegada de Carlos
Massa, o Ratinho, como novo sócio da empresa. O objetivo da marca é
prosseguir com o plano de expansão e voltar a ser uma empresa de
referência no mercado de beleza brasileiro.
A fatia de participação que o apresentador terá na empresa não foi divulgada. Ratinho também é dono da Rede Massa de Comunicação e de empresas no ramo hoteleiro de agronegócio.
Segundo
o apresentador, a entrada na companhia representa a afirmação de
valores baseados na solidez, transparência e brasilidade. “A relevância
histórica da marca e a sua identidade nacional foram os principais
fatores que me inspiraram a abraçar essa parceria, pois vejo muito da
minha história e de muitos brasileiros nela”, contou.
Além
desta parceria, a franqueadora também está investindo em uma
reestruturação interna através da contratação de uma equipe
especializada em expansão e a reformulação de todas as áreas relevantes
do empreendimento, como Marketing, Trade e Produto. Ao todo, a empresa
deve investir mais de R$15 milhões em expansão durante todo o ano de
2024. Para
o diretor geral da franqueadora, Olindo Junior, a associação com um
empresário e apresentador terá um impacto significativo para a marca.
“Com essa parceria, a Água de Cheiro será reapresentada ao mercado nos
próximos meses como uma operação sólida e segura para o empreendedor
brasileiro”, afirmou.
Empresa quer faturar 50% a mais que em 2023
A
expectativa da empresa é de um faturamento de mais de R$ 90 milhões em
2024 – R$ 30 milhões a mais que no ano anterior –, com perspectiva de
atingir até R$ 350 milhões em 2028.
Além
de participar de forma ativa nos negócios da empresa, a estratégia da
marca com o novo sócio é aumentar a penetração da marca em alguns dos
principais canais de comunicação do Brasil. A Água de Cheiro está sob o
comando da Beauty Franchising Administradora de Franquias LTDA.
A
companhia conta com 172 operações de varejo e mais de 42 pontos de
distribuição para atendimento de revendedoras, totalizando 214 ativações
em mais de 170 cidades em todo o território brasileiro. Com a chegada
de Ratinho, a expectativa é que a marca atinja um número superior a
1.500 operações nos próximos cinco anos
O
maior desafio da franqueadora é reconquistar o seu espaço como
referência no mercado de beleza do Brasil, lugar que ocupou até meados
dos anos 90. “Com o Ratinho participando do nosso quadro societário,
teremos mais força para apresentar projetos de inovação, sempre focados
na entrega de qualidade, design e custo-benefício para os consumidores”,
finalizou Olindo Junior.
A Guararapes Confecções S.A., controladora da Lojas Riachuelo,
apresentou no quarto trimestre de 2023 uma receita líquida consolidada
de R$ 2,7 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 5,4% em relação
ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da companhia foi de
R$ 230 milhões, versus R$ 102 milhões no ano anterior, uma evolução de
mais de 120%. No trimestre, a Guararapes apresentou crescimento das
vendas em mesmas lojas (SSS) de 6,3%.
Expansão
Em linha com a sua estratégia de expansão, a companhia inaugurou 20
lojas durante o ano, sendo 14 Carter's, 4 Riachuelo e 2 FanLab. Dessa
forma, encerrou o quarto trimestre de 2023 com 411 lojas, distribuídas
em todas as regiões do Brasil, das quais 332 são da Riachuelo, 62
Carter's, 12 Casa Riachuelo e 5 FanLab. Além disso, possui também lojas
no modelo store in store (SIS), sendo 13 Casa Riachuelo SIS e 2 Carter's
SIS.
A
produção de veículos, que inclui automóveis, comerciais leves, ônibus e
caminhões, registrou crescimento de 17,4% em fevereiro em comparação
com o mesmo período de 2023. No segundo mês do ano, foram produzidas
189,7 mil unidades – ante 152,5 mil unidades. Em relação a janeiro de
2024, houve alta de 24%.
O
acumulado do bimestre soma alta de 8,9% quando comparado com o ano
passado. Os dados foram divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores), na manhã desta quinta-feira, 7,
em coletiva de imrprensa.
“Esses
primeiros dois meses de 2024 têm apontado para um cenário positivo, um
cenário de crescimento, de investimentos”, afirma Márcio de Lima Leite,
presidente da Anfavea.
Vendas
Com
165,2 mil emplacamentos em fevereiro de 2024, houve crescimento de 2,2%
ante janeiro e alta de 27,1% em comparação com o segundo mês do ano
passado.
Exportações
No entanto, as 30,7 mil unidades
exportadas em fevereiro representam queda de 14,1% frente ao mesmo mês
do ano passado. Comparado com janeiro, os embarques cresceram 62,7%.
Nesta quarta-feira, 6, a Stellantis anunciou R$ 30 bilhões em aporte
Lula e Alckmin desfilam em Fábrica de São Bernardo da Volkswagen - Crédito: Divulgação/Ricardo Stucket/PR
Da Redação - com informações de Estadão Conteúdoi
Após
o anúncio feito na quarta-feira, 6, pela Stellantis – dona das marcas
Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM – de que irá investir R$ 30 bilhões
no Brasil até 2030, as montadoras somam um investimento recorde de R$ 95
bilhões até 2032 no Brasil e região.
No
entanto, as cifras podem ser ainda maiores. Pelos cálculos da Anfavea,
entidade que representa a indústria automotiva, a previsão de aportes
chega a R$ 117 bilhões até 2029.
Há
dois meses, o governo Lula lançou um novo programa de apoio à indústria
automotiva, o Mover, cuja regulamentação é esperada para este mês.
Sucessor do Rota 2030, que terminou em dezembro de 2023, o Mover –
acrônimo de Mobilidade Verde – vai liberar R$ 19,3 bilhões para as
montadoras produzirem carros mais seguros e menos poluentes.
O
programa, que vai até 2028, já surte efeitos, com os anúncios de
investimentos pelas montadoras. Só nesta semana, em dois comunicados, o
volume divulgado chega a R$ 41 bilhões, pois, além dos R$ 30 bilhões da
Stellantis, a Toyota informou que deve investir R$ 11 bilhões também até
2030 para ampliação da oferta de automóveis híbridos flex. A montadora
japonesa é pioneira nessa tecnologia, ao combinar um motor a combustão
movido a gasolina e etanol com um elétrico, no Corolla, desde 2019.
No
caso da Stellantis, os investimentos são fruto não apenas do Mover, mas
também da prorrogação dos incentivos regionais, que beneficiam sua
fábrica em Pernambuco. Em novembro, a governadora de Pernambuco, Raquel
Lyra (PSDB), disse que a manutenção dos estímulos – conquistada pela
Stellantis após uma queda de braço com Volkswagen, GM e Toyota na
tramitação da reforma tributária – assegurava pelo menos US$ 1,5 bilhão
(cerca de R$ 7,4 bilhões) na operação da Stellantis na cidade de Goiana.
O
Mover tem o objetivo de acelerar a eletrificação no País. Previsões de
consultorias como a A&M e Bright Consulting indicam que até o fim
desta década metade dos automóveis vendidos no Brasil terá algum grau de
eletrificação. Na indústria, porém, ainda há uma avaliação de que será
difícil alcançar essa marca.
Nesta semana, o vice-presidente da
República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
Geraldo Alckmin, disse que é preciso recuperar a indústria.
“O
Brasil teve um processo de desindustrialização precoce ocasionado por
juros altos, pelo câmbio e por impostos. Precisamos de iniciativas
verdes e sustentáveis para descarbonização da matriz e formação de uma
indústria exportadora.”
R$ 30 bi em descarbonização
Até
2030, o grupo Stellantis vai investir R$ 30 bilhões para lançar 40
produtos, entre novos modelos e a renovação do portfólio atual,
incluindo seus primeiros carros híbridos produzidos no País.
A
empresa não revela ainda quanto vai investir em cada marca, mas assegura
que o plano é exclusivo do Brasil, onde a Stellantis produz em Betim
(MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Na Argentina, onde o grupo tem
fábrica da Fiat e da Peugeot, estão previstos outros R$ 2 bilhões.
Neste
ano, a montadora encerra um ciclo, iniciado em 2018, de R$ 16,2
bilhões. O novo pacote, que começa no ano que vem, prevê quatro novas
plataformas (bases comuns para produção de diferentes modelos). Essas
plataformas permitirão a produção de automóveis tanto híbridos flex –
que combinam um motor elétrico com outro a combustão, movido a etanol e
gasolina – quanto, no futuro, puramente elétricos, com baterias a
princípio importadas.
A empresa anunciou que irá investir em uma
tecnologia híbrida batizada de Bio-Hybrid, constituída por sistemas
híbridos e híbridos plug-in (de carregamento na tomada), além de prever
também o desenvolvimento de automóveis puramente elétricos. O lançamento
do primeiro híbrido flex está previsto para o segundo semestre deste
ano.
O anúncio do investimento foi feito primeiramente para o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela manhã, no Palácio do
Planalto, pelo CEO global da Stellantis, o português Carlos Tavares. No
encontro, o executivo elogiou o programa Mover – sucessor do Rota 2030
-, classificado por ele como um programa “extremamente inteligente”.
Mais tarde, em entrevista coletiva à imprensa, Tavares considerou que a
América Latina se tornou uma região estável, e destacou que o Brasil é
hoje um país que faz esforços para estabilizar sua economia, algo
fundamental para a definição de novos investimentos.
Elétricos
A
Stellantis tem como meta chegar a 2030 com os carros puramente
elétricos representando 20% de suas vendas no Brasil. A eletrificação do
portfólio está contemplada no volume de investimentos anunciado ontem.
Mas,
com o ritmo de adoção dos carros elétricos avançando mais lentamente
nos mercados emergentes do que nas economias desenvolvidas, a escala de
produção é limitada, o que compromete a capacidade da indústria de
oferecer novas tecnologias a preços mais acessíveis.
“Estamos
assistindo neste momento a uma fragmentação do mundo e uma tendência em
que a regionalização está cada vez mais forte, o que não é
necessariamente uma coisa boa”, comentou Tavares.
“Os europeus
querem veículos elétricos; os americanos ainda estão hesitando; aqui na
América Latina temos o flex fuel; obviamente que os africanos não
poderão pagar pelos veículos elétricos. Portanto, são necessárias
soluções específicas a cada região”, acrescentou o executivo.
A
saída para popularizar os carros elétricos, emendou Tavares, seria,
então, vender a tecnologia com prejuízo, o que comprometeria a saúde
financeira das empresas, com consequente risco de demissões. Por outro
lado, subsídios a novas tecnologias esbarram no maior endividamento dos
governos após os gastos extraordinários na pandemia.
Nesse
sentido, o CEO da Stellantis disse que o biocombustível brasileiro,
combinado a um motor elétrico em carros híbridos, permitirá que a
eletrificação aconteça de forma acessível à classe média, ao contrário
de outros mercados. O motor flex representa, conforme Tavares, uma
solução que é tanto “amiga” do meio ambiente quanto acessível.
Entre
as tecnologias contempladas pelos novos investimentos da Stellantis, em
várias etapas de descarbonização, a montadora planeja aprimorar
propulsores movidos apenas pelo etanol. Em todo o mundo, o grupo investe
€ 50 bilhões na transição energética.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Edifício sede do BNDES - Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil
Estadão Conteúdoi
A
Confederação Nacional da Indústria (CNI) saiu nesta quinta-feira, 7, em
apoio à volta dos financiamentos de obras e serviços no exterior pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A
proposta, prevista em projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao
Congresso Nacional, é polêmica pelos casos de inadimplência e de
corrupção apontados pela operação Lava Jato em financiamentos do tipo.
Em
seu posicionamento, a CNI considera que a aprovação do projeto seria um
passo importante para a exportação de serviços brasileiros, em linha
com o que já é feito pelos grandes exportadores mundiais.
Segundo
a CNI, as exportações, tanto de bens quanto de serviços, são
catalisadores de inovação, criação de emprego, diversificação econômica e
aumento de renda.
“Esses fatores reforçam a importância das
políticas públicas voltadas para o financiamento e garantias de crédito
para as exportações”, sustenta a entidade.
A CNI observa que o apoio à exportação de serviços está paralisado desde 2015, especialmente para serviços de engenharia.
Citando
dados que apontam para US$ 7,1 trilhões em serviços exportados no
mundo, a CNI reforça que, com o apoio do BNDES, as empresas brasileiras
teriam melhor condição de competir num mercado internacional em
expansão.
Entre seus argumentos, diz que as exportações de
serviços de engenharia favorecem também o comércio de bens com o
exterior, uma vez que, mesmo após o fim dos projetos, a indústria
brasileira segue fornecendo produtos de modo constante nos lugares onde
as obras foram realizadas.