sexta-feira, 8 de março de 2024

O que mudou nos dividendos da Petrobras e por que as ações estão desabando

 


As ações da Petrobras operam em queda de mais de 10% nesta sexta-feira, 8. Os investidores repercutem o balanço do 4º trimestre de 2023 da companhia e reagem principalmente à decisão da estatal de não distribuir dividendos extraordinários.

O Conselho de Administração da  estatal autorizou a e distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, referentes ao resultado da companhia no quarto trimestre de 2023, mas decidiu reter todo o potencial de dividendos extraordinários, diferente do ocorrido em 2022.

“O balanço em si já veio mais fraco, decepcionou. Mas o que chamou bastante a atenção foi o dividendo. O presidente da Petrobras já havia falado que a ia revisitar isso, que direcionaria parte disso para futuros investimentos, especialmente para energia limpa”, descreve o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

“Apesar dos sólidos resultados operacionais e, ainda que inferior, uma decente distribuição recorrente, acreditamos que isto ficará em segundo plano para um mercado, que a partir da decisão da empresa em não pagar dividendos extraordinários, se debruçará intensamente sobre a sua alocação de capital”, avaliou a equipe de análise da Ativa.

Evolução dos dividendos pagos pela Petrobras


Em 2022, a empresa desembolsou R$ 194,6 bilhões em dividendos, enquanto em 2023 foram pagos R$ 98,1 bilhões em dividendos. Ou seja, uma queda de 49,5%, mostra levantamento da Elos Ayta Consultoria.

Nos últimos três anos, a estatal distribuiu dividendos vultosos. Em 2022, a empresa foi a maior distribuidora de dividendos aos seus acionistas na América Latina e nos EUA. “O volume de dividendos somados da estatal entre 2010 e 2020 foi de R$ 59,2 bilhões, um valor inferior ao desembolsado em 2021, quando a empresa pagou R$ 72,7 bilhões”, diz Einar Rivero, sócio-fundador da consultoria.

Apesar de um declínio no lucro em 2023, a Petrobras segue como uma das empresas mais lucrativas do mercado global de petróleo. Segundo a Elos Ayta, a companhia brasileira manteve em 2023 a posição de segunda empresa mais rentável em ranking com 13 petroleiras. “Seu lucro em dólares no ano de 2023 foi de US$ 25,7 bilhões, ficando atrás apenas da Exxon Mobil, que registrou um lucro de US$ 36,0 bilhões no mesmo período”, afirma Rivero.

O que disse a Petrobras

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a política de dividendos da companhia tem sido aperfeiçoada para a companhia elevar seus investimentos.

Prates disse em carta publicada junto ao balanço divulgado pela companhia, que os dividendos referentes ao exercício de 2023 “é um valor que se reverte para a sociedade brasileira”.

De acordo com Prates, além dos dividendos, o país também se beneficia com a arrecadação de impostos, com a estatal em 2023 pagando R$ 240 bilhões em tributos, e os sucessivos recordes de valor de mercado desde que assumiu a gestão da companhia, em janeiro de 2023.

Segundo a companhia, a distribuição proposta para o exercício de 2023 está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas aprovada em 28 de julho do ano passado, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.

Os dividendos complementares do quarto trimestre serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho de 2024 no valor de R$ 1,09894844 por ação preferencial e ordinária. Sendo a primeira parcela, no valor de R$ 0,54947422 por ação preferencial e ordinária e a segunda parcela, no valor de R$ 0,54947422 por ação preferencial e ordinária.

A data de corte será dia 25 de abril de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será dia 29 de abril de 2024 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). A Petrobras informou que os dividendos serão pagos em maio e junho, ainda sem data definida.

 

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Dirigente do BCE vê economia na direção certa, mas fala em confiança antes de cortar juros

 Mesmo com inflação em queda, Banco Central Europeu não ...


Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Estônia, Madis Müller afirmou que a economia da zona do euro está se movendo “na direção certa”, com a inflação arrefecendo gradualmente rumo à meta de 2%. Contudo, Müller esclareceu que a decisão de manter o nível restritivo da política monetária reflete a “necessidade de maior confirmação sobre a tendência de queda dos preços antes de começar cortes de juros”.

“É possível que esse sentimento suficiente de confiança surja com base nos indicadores econômicos dos próximos meses”, escreveu o dirigente, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, acrescentando que uma “queda dos juros é provável no futuro”.

Segundo ele, as negociações salariais em andamento na maior parte dos países europeus serão importantes para determinar se o crescimento dos salários ajudará ou dificultará o processo de desinflação.

Assim como a presidente do BCE, Christine Lagarde, Müller destacou que irá monitorar eventual pressão dos salários sobre a inflação de serviços ou se haverá alívio nos repasses de preços, tendo em vista as margens elevadas de lucros corporativos.

O dirigente também reiterou as projeções econômicas do banco central, que preveem retorno da inflação à 2% no próximo ano e estagnação da atividade. No entanto, Müller apontou que o “provável” relaxamento monetário deve apoiar investimentos em empresas e no mercado imobiliário, assim como a queda da inflação deve elevar a renda doméstica real e ampliar gastos com consumo, ajudando a impulsionar a recuperação econômica.

Entenda por que as montadoras decidiram investir bilhões no Brasil

 


Há pelo menos três motivos, de acordo com a Anfavea

 

Fábrica da Volkswagen - Divulgação

 

Os investimentos das montadoras anunciados nos últimos dias somam R$ 95,3 bilhões até 2032 no Brasil e região. Mas o que explica tamanho volume de dinheiro e interesse das companhias na produção local?

Para Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre os principais fatores que explicam esse movimento está a volta do imposto de importação para automóveis com tecnologias eletrificadas.

Alíquota de imposto de importação

“Enquanto o governo estava trabalhando com um cenário de alíquota zero de imposto de importação das novas tecnologias, seja elétricos, eletrificados, híbridos, ou com uma alíquota bastante reduzida, não havia motivos para investir.”

Márcio de Lima Leite – Crédito: Divulgação/Anfavea

 

A retomada progressiva de tributação irá variar de acordo com os níveis de eletrificação. Veja abaixo.

Híbridos

Para os carros híbridos, a alíquota do imposto inicia com 15% em janeiro de 2024, passará para 25% em julho, chega a 30% em julho de 2025 e vai alcançar os 35% em julho de 2026.

Híbridos plug-in

Em relação aos híbridos plug-in, serão 12% em janeiro de 2024, 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026.

Elétricos

Para os elétricos, a sequência é 10% (janeiro de 2024), 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026).

No que tange “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, a taxação começa em 20% em janeiro e chegará aos 35% em julho de 2024.

Programa Mover

Outro ponto, segundo o presidente da associação, é o programa Mover do governo federal, além de promover o desenvolvimento tecnológico, com tratamento tributário.

“O programa Mover traz previsibilidade. O que o setor sempre pediu ao governo. E essa previsibilidade veio com a aprovação da reforma tributária, com a recomposição gradual da alíquota do imposto de importação e com a publicação do programa Mover.”

Lançado em 30 de dezembro, ele vai representar uma nova fase do antigo “Rota 2030”, no qual vai contar com um incentivo fiscal de R$ 19 bilhões até 2028. Com a medida, o objetivo é ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.

Confira abaixo os investimentos de cada montadora:

Great Wall Motors: R$ 10 bilhões até e 2023 e 2032

Renault: R$ 5,1 bilhões de 2021 a 2027

Caoa Chery: R$ 4,5 bilhões entre 2021 e 2028

BYD: R$ 3 bilhões de 2024 e 2030

Nissan: R$ 2,8 bilhões de 2023 a 2025

GM: R$ 7 bilhões até 2028

Volkswagen: R$ 16 bilhões até 2028

BMW: 500 milhões

Hyundai: R$ 5,45 bilhões

Toyota: R$ 11 bilhões até 2030

Stellantis: R$ 30 bilhões até 2032

 

https://istoedinheiro.com.br/entenda-por-que-as-montadoras-decidiram-investir-bilhoes-no-brasil/


quinta-feira, 7 de março de 2024

Projeto da Suzano financiado pelo BNDES prevê plantio de eucalipto no ES, BA, MS, MA, PA e SP

 

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quinta-feira, 7, ter aprovado um financiamento de R$ 2,6 bilhões para o programa florestal bienal da Suzano, empresa fabricante de papel e celulose. Os recursos serão investidos no projeto de plantio de até 435 mil hectares de fazendas de eucalipto nas proximidades das unidades industriais da companhia nos Estados do Espírito Santo, da Bahia, do Mato Grosso do Sul, do Maranhão, do Pará e de São Paulo.

A iniciativa da companhia envolve um investimento total de R$ 3,6 bilhões, segundo o banco de fomento.

O BNDES também aprovou um financiamento de R$ 31 milhões para que a Suzano desenvolva uma nova central de produção de árvores de eucalipto superiores e faça investimentos em uma chamada de inovação aberta, “com estimativa de que sejam apoiados até 14 projetos inovadores relacionados a agroflorestas, remoção de carbono, biomassa de eucalipto e embalagens sustentáveis”.

A operação foi viabilizada pela linha BNDES Mais Inovação.


Buser aciona Cade e provoca debate no órgão antitruste sobre norma de transporte de passageiros

Viagens de ônibus com mais conforto pelo menor preço | Buser


Insatisfeita com a nova norma de mercado no transporte rodoviário interestadual de passageiros, por entender que o texto poderá inviabilizar a concorrência, a Buser buscou envolver o órgão antitruste brasileiro no debate. Em consulta julgada nesta quinta-feira, 7, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a empresa queria saber do Cade se, sujeitando-se à norma aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estaria ela própria violando a lei de defesa da concorrência.

A consulta acabou não “conhecida”, no jargão jurídico, pelo entendimento do conselho de que a questão não poderia ser resolvida pelo instrumento da consulta.
Esse ponto técnico não impediu que os conselheiros do órgão antitruste abrissem uma discussão sobre eventuais reflexos das novas regras da ANTT no ambiente concorrencial. O tribunal chegou a debater a possibilidade de enviar o voto do caso e suas considerações à agência reguladora, mas a maioria decidiu pelo não encaminhamento.

Relator do caso, o conselheiro Victor Fernandes leu um longo voto na sessão, onde explicou por que não poderia acolher a consulta feita pela Buser, mas também levantou pontos de atenção sobre a regulamentação feita pela ANTT, aprovada no fim do ano passado, após anos de debate.

As novas regras são criticadas pela Buser e por outros atores do setor que tentam atuar no transporte interestadual, que se queixam principalmente do conceito de viabilidade econômica considerado pela agência para autorizar ou não a atividade de novas empresas nas rotas. A alegação é de que essa norma impõe barreiras a entrantes no mercado, desvirtuando o espírito da regra geral de ‘autorização’, que substituiu o modelo anterior.

Fernandes pontuou que, por não ter autonomia para escolher submeter-se ou não às normas da ANTT, não faria sentido a Buser perguntar ao órgão antitruste se, seguindo as regras, poderia infringir a lei de defesa da concorrência. Na visão do conselheiro, o pano de fundo do movimento da empresa junto ao Cade foi de suscitar um debate no conselho sobre a adequação da norma da agência reguladora. Ele ponderou, contudo, que o Cade não poderia fazer qualquer tipo de revisão sobre a resolução da ANTT dentro deste processo.

Apesar de não aceitar a consulta da Buser, Fernandes aproveitou a oportunidade para sustentar que o Cade pode se envolver mais no debate sobre a nova regulamentação, por meio da “advocacia da concorrência” (qualquer atividade conduzida pela autoridade da concorrência visando à promoção de um ambiente concorrencial saudável).

Em seu voto, ele rememorou que, durante o processo de elaboração da norma da ANTT, órgão do Ministério da Fazenda levantou preocupações sobre o conceito de viabilidade econômica e os efeitos disso para o ingresso de novos competidores no transporte de passageiros. O conselheiro reconheceu, por sua vez, que, em seu papel de defensor da concorrência, o Cade teria uma visão mais estreita sobre o tema, enquanto a agência reguladora precisa observar outras preocupações, como a qualidade do serviço.

“Me parece claramente que a ANTT enfrenta o desafio de navegar a transição de monopólios públicos para o regime de livre mercado”, disse Fernandes.

A complexidade do caso também foi reforçada por outros conselheiros. “Eu entendo o TRIP dentro de um modelo muito complexo, eu entendo a razoabilidade de um regime de transição, e a ANTT está tentando conviver com esses dois mundos, que é difícil de equilibrar. É uma árdua tarefa da ANTT de se equilibrar”, disse Gustavo Augusto, para quem o Cade precisa acompanhar os desdobramentos, partindo da avaliação de que a implementação da resolução da ANTT é mais importante que o próprio texto, “dentro da lógica de uma abertura gradual do mercado”.

Água de Cheiro anuncia Ratinho como novo sócio e mira faturar R$ 350 milhões em quatro anos

 


Ratinho

Marca quer recuperar espaço no mercado e aumentar faturamento em 50% em 2024 (Crédito: Divulgação)

 

A Água de Cheiro anunciou, nesta quinta-feira, 7, a chegada de Carlos Massa, o Ratinho, como novo sócio da empresa. O objetivo da marca é prosseguir com o plano de expansão e voltar a ser uma empresa de referência no mercado de beleza brasileiro.

A fatia de participação que o apresentador terá na empresa não foi divulgada. Ratinho também é dono da Rede Massa de Comunicação e de empresas no ramo hoteleiro de agronegócio. 

Segundo o apresentador, a entrada na companhia representa a afirmação de valores baseados na solidez, transparência e brasilidade. “A relevância histórica da marca e a sua identidade nacional foram os principais fatores que me inspiraram a abraçar essa parceria, pois vejo muito da minha história e de muitos brasileiros nela”, contou.

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Além desta parceria, a franqueadora também está investindo em uma reestruturação interna através da contratação de uma equipe especializada em expansão e a reformulação de todas as áreas relevantes do empreendimento, como Marketing, Trade e Produto. Ao todo, a empresa deve investir mais de R$15 milhões em expansão durante todo o ano de 2024.

Para o diretor geral da franqueadora, Olindo Junior, a associação com um empresário e apresentador terá um impacto significativo para a marca. “Com essa parceria, a Água de Cheiro será reapresentada ao mercado nos próximos meses como uma operação sólida e segura para o empreendedor brasileiro”, afirmou.

Empresa quer faturar 50% a mais que em 2023

A expectativa da empresa é de um faturamento de mais de R$ 90 milhões em 2024 – R$ 30 milhões a mais que no ano anterior –, com perspectiva de atingir até R$ 350 milhões em 2028.

Além de participar de forma ativa nos negócios da empresa, a estratégia da marca com o novo sócio é aumentar a penetração da marca em alguns dos principais canais de comunicação do Brasil. A Água de Cheiro está sob o comando da Beauty Franchising Administradora de Franquias LTDA. 

A companhia conta com 172 operações de varejo e mais de 42 pontos de distribuição para atendimento de revendedoras, totalizando 214 ativações em mais de 170 cidades em todo o território brasileiro. Com a chegada de Ratinho, a expectativa é que a marca atinja um número superior a 1.500 operações nos próximos cinco anos

O maior desafio da franqueadora é reconquistar o seu espaço como referência no mercado de beleza do Brasil, lugar que ocupou até meados dos anos 90. “Com o Ratinho participando do nosso quadro societário, teremos mais força para apresentar projetos de inovação, sempre focados na entrega de qualidade, design e custo-benefício para os consumidores”, finalizou Olindo Junior.

 

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Receita Cresce 5,4% - Controladora da Riachuelo lucra R$ 230 milhões no 4º trimestre

 

 

Receita Cresce 5,4%

 

 

 

 


 

  A Guararapes Confecções S 
 
 
 
 
A Guararapes Confecções S.A., controladora da Lojas Riachuelo, apresentou no quarto trimestre de 2023 uma receita líquida consolidada de R$ 2,7 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da companhia foi de R$ 230 milhões, versus R$ 102 milhões no ano anterior, uma evolução de mais de 120%. No trimestre, a Guararapes apresentou crescimento das vendas em mesmas lojas (SSS) de 6,3%. 
 
 
 
Expansão
 
 
  Em linha com a sua estratégia de expansão, a companhia inaugurou 20 lojas durante o ano, sendo 14 Carter's, 4 Riachuelo e 2 FanLab. Dessa forma, encerrou o quarto trimestre de 2023 com 411 lojas, distribuídas em todas as regiões do Brasil, das quais 332 são da Riachuelo, 62 Carter's, 12 Casa Riachuelo e 5 FanLab. Além disso, possui também lojas no modelo store in store (SIS), sendo 13 Casa Riachuelo SIS e 2 Carter's SIS. 
 
 
 
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