quarta-feira, 13 de março de 2024

China ultrapassa Japão como maior exportador de veículos

 


Trabalhadores inspecionam veículo em linha de produção da Nissan em Kaminokawa, Japão, em 8 de dezembro de 2023 - AFP

 

Em 2023, a China ultrapassou o Japão como o maior exportador mundial de veículos. O fato tem como base os resultados divulgados nesta quarta-feira, 31, pela JAMA (Associação de Fabricantes de Automóveis) nipônica.

O setor automobilístico chinês cresceu nos últimos anos em grande parte devido investimentos em larga escala nos veículos elétricos, uma área em que as empresas japonesas demonstram mais cautela.

O Japão exportou 4,42 milhões de carros em 2023, segundo JAMA, abaixo dos 4,91 milhões exportados pela China, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM).

O governo chinês calculou um número ainda maior, 5,22 milhões, o que representa uma alta expressiva de 57% em termos anuais.

Porém, ao contrário das montadoras chinesas, as fabricantes japonesas de automóveis, como a Toyota, produzem grandes volumes de carros em outros países.

A Toyota confirmou na terça-feira sua posição como a líder mundial do setor em termos de unidades vendidas.

Em 2022, a produção de veículos no Japão, excluindo as motocicletas, alcançou 7,84 milhões de unidades, mas sua produção no exterior atingiu 17 milhões de unidades.

Em vez dos modelos elétricos, as montadoras japonesas optaram pelos híbridos, que combinam energia elétrica com motores a combustão, nas quais foram pioneiras com modelos como o Prius da Toyota.

As empresas japonesas se comprometeram a aumentar sua presença no mercado de carros elétricos.

A Toyota almeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano até 2026, com o aumento do volume a 3,5 milhões até 2030.

Produção de baterias –

A empresa também investiu consideravelmente em tecnologia de baterias e aposta na capacidade de produzir baterias de estado sólido.

Esta tecnologia, que ainda não foi testada em larga escala, permite que as baterias carreguem de maneira mais rápida e dá aos carros elétricos uma autonomia maior que a proporcionada pela baterias convencionais.

A empresa chinesa BYD superou este mês a Tesla como a maior vendedora de veículos elétricos no mundo, graças em parte ao forte apoio do governo ao setor.

O sucesso da China nos veículos elétricos deixou suas empresas em uma situação incômoda com as agências reguladoras dos mercados ocidentais, onde enfrentam acusações de práticas anticompetitivas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em setembro uma investigação sobre os subsídios chineses aos carros elétricos.

A investigação pode resultar na imposição de tarifas dentro da União Europeia sobre os automóveis vendidos a preços artificialmente baixos, na visão do bloco, e que afetam os concorrentes europeus.

“Lembra um pouco que a aconteceu nos anos 1980 com o Japão, quando o país começou a exportar muitos automóveis”, disse Christopher Richter, analista da CLSA.

“Os japoneses resolveram questão quando começaram a construir muitas fábricas no exterior (…) Fabricam no exterior quatro vezes mais do que exportam”, recordou Richter em outubro.

 

 https://motorshow.com.br/china-ultrapassa-japao-como-maior-exportador-de-veiculos/

Produção de motos atinge o melhor resultado para fevereiro em 10 anos

 


CG 160 Fan 2024 - Crédito: Divulgação

 

A produção de motos no Brasil aumentou 14,8% durante o mês de fevereiro para 139,8 mil unidades, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Foi o melhor resultado para o mês em dez anos. Frente a janeiro, porém, houve queda de 1% na produção de motocicletas.

O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 11, pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras de motos do polo industrial de Manaus (AM), onde se concentra a maior parte da produção nacional do veículo.

Nos dois primeiros meses do ano, o setor produziu 281 mil motos, com alta de 14,9% frente ao primeiro bimestre de 2023 e também mostrando o maior volume, entre iguais períodos, em dez anos.

Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Bento, o desempenho reflete o bom momento da indústria de duas rodas. “Apesar do mês de fevereiro ter menos dias úteis, a produção de motocicletas apresentou um resultado bastante positivo. Isso comprova o esforço das fabricantes em aumentar a produtividade para atender a crescente demanda do mercado”, comentou o executivo.

Vendas

Nos dois primeiros meses do ano, foram vendidas 279,7 mil motocicletas no Brasil, 32,4% acima do volume registrado no mesmo período de 2023. Foi o melhor início de ano em vendas desde 2008.

O desempenho reflete a demanda por veículos mais baratos e econômicos, assim como o crescimento dos serviços de entrega (delivery).

Projeções

A projeção da Abraciclo é produzir 1,69 milhão de motocicletas em 2024, alta de 7,4% em relação ao registrado no ano passado, o que, se confirmado, será o melhor desempenho em 12 anos.

 

 https://motorshow.com.br/producao-de-motos-atinge-o-melhor-resultado-para-fevereiro-em-10-anos/

Entenda por que as montadoras decidiram investir bilhões no Brasil

 


Há pelo menos três motivos, de acordo com a Anfavea

 

Fábrica da Volkswagen - Crédito: Divulgação

 

Os investimentos das montadoras anunciados nos últimos dias somam R$ 95,3 bilhões até 2032 no Brasil e região. Mas o que explica tamanho volume de dinheiro e interesse das companhias na produção local?

Para Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre os principais fatores que explicam esse movimento está a volta do imposto de importação para automóveis com tecnologias eletrificadas.

Alíquota de imposto de importação

“Enquanto o governo estava trabalhando com um cenário de alíquota zero de imposto de importação das novas tecnologias, seja elétricos, eletrificados, híbridos, ou com uma alíquota bastante reduzida, não havia motivos para investir.”

Márcio de Lima Leite – Crédito: Divulgação/Anfavea

A retomada progressiva de tributação irá variar de acordo com os níveis de eletrificação.

Híbridos

Para os carros híbridos, a alíquota do imposto inicia com 15% em janeiro de 2024, passará para 25% em julho, chega a 30% em julho de 2025 e vai alcançar os 35% em julho de 2026.

Híbridos plug-in

Em relação aos híbridos plug-in, serão 12% em janeiro de 2024, 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026.

Elétricos

Para os elétricos, a sequência é 10% (janeiro de 2024), 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026).

No que tange “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, a taxação começa em 20% em janeiro e chegará aos 35% em julho de 2024.

Programa Mover

Outro ponto, segundo o presidente da associação, é o programa Mover do governo federal, além de promover o desenvolvimento tecnológico, com tratamento tributário.

“O programa Mover traz previsibilidade. O que o setor sempre pediu ao governo. E essa previsibilidade veio com a aprovação da reforma tributária, com a recomposição gradual da alíquota do imposto de importação e com a publicação do programa Mover.”

Lançado em 30 de dezembro, ele vai representar uma nova fase do antigo “Rota 2030”, no qual vai contar com um incentivo fiscal de R$ 19 bilhões até 2028. Com a medida, o objetivo é ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.

Confira abaixo os investimentos de cada montadora:

Great Wall Motors: R$ 10 bilhões até e 2023 e 2032

Renault: R$ 5,1 bilhões de 2021 a 2027

Caoa Chery: R$ 4,5 bilhões entre 2021 e 2028

BYD: R$ 3 bilhões de 2024 e 2030

Nissan: R$ 2,8 bilhões de 2023 a 2025

GM: R$ 7 bilhões até 2028

Volkswagen: R$ 16 bilhões até 2028

BMW: 500 milhões

Hyundai: R$ 5,45 bilhões

Toyota: R$ 11 bilhões até 2030

Stellantis: R$ 30 bilhões até 2032

 

 https://motorshow.com.br/entenda-por-que-as-montadoras-decidiram-investir-bilhoes-no-brasil/

Xiaomi vai lançar seu primeiro carro elétrico em março

 


O veículo tem fortes influências de Porsche e Tesla, por dentro e por fora

 

SU7 - Crédito: Reprodução/Lei Jun/X

 

É verdade que a Xiaomi é conhecida pelos celulares, mas agora o fabricante mira na Tesla e Porsche para colocar no mercado o seu primeiro carro elétrico.

O chamado SU7 será lançado no dia 28 de março na China. A informação partiu do CEO da Xiaomi, Lei Jun, nesta terça-feira, 12.

 

A carroceria do modelo é construída com um método de fundição semelhante ao da Tesla, e que usaria componentes de fornecedores como Nvidia, Qualcomm e Bosch.

No ano passado, Lei deixou bem claro que o “objetivo da Xiaomi é construir um carro dos sonhos que possa rivalizar com modelos como Porsche e Tesla”. De fato, o SU7 por fora lembra de certa maneira algumas linhas da Porsche e um Tesla por dentro.

Visual

O visual tem formato aerodinâmico, faróis com uma divisão no meio, aerofólio que surge atrás e lanternas conectadas logo abaixo.

 

 

Desempenho

Durante uma apresentação divulgada do carro, Lei chegou a comparar a aceleração de 0 a 100 km/h do SU7 com a do Porsche Taycan Turbo e com a do Tesla Model S, com o seguinte resultado: 2,78s, 2,93s e 3s, respectivamente.

Em relação à potência, o SU7 oferece 673 cv, ou seja 3 cv a mais que o Model S e 7 cv abaixo do Taycan Turbo.

SU7 – Crédito: Reprodução/Weibo

A autonomia do veículo da Xiaomi chegaria aos 800 km no ciclo CLTC (mercado chinês).

 

 https://motorshow.com.br/xiaomi-vai-lancar-seu-primeiro-carro-eletrico-em-marco/

Faturamento de locadoras de veículos no Brasil cresce 22% em 2023

 


Locadoras de veículos estão em ascensão no mercado brasileiro - Crédito: Freepik/@ aleksandarlittlewolf

 

O faturamento de locadoras de veículos no Brasil cresceu 22% em 2023 em comparação com o ano anterior. De acordo com a Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis) o setor registrou o faturamento bruto de R$ 44,9 bilhões no ano passado.

O segmento manteve o volume anual de compras de automóveis e comerciais leves na casa dos 590 mil veículos zero quilômetro, com participação de 27,1% no total de vendas das montadoras em 2023 ante 30,1% em 2022. No último bimestre do ano passado, a participação ficou acima de 32%.

Nesse cenário, o setor de locação fechou 2023 com uma frota de 1.570.820 automóveis e comerciais leves, 9,5% acima do número reportado em 2022. A idade média da frota desse tipo ficou em 18,3 meses, uma redução em relação aos 23,4 meses no ano anterior.

O investimento em automóveis e comerciais leves chegou a R$ 65,99 bilhões em 2023, com R$ 19,1 bilhões pagos em IPI e ICMS. Em média, o investimento das locadoras foi de R$ R$ 112,6 mil por veículo emplacado.

“São resultados que ganham ainda mais significado ao lembrarmos que, em meados do ano passado, foi lançado o programa temporário de descontos para compra de veículos, do Governo Federal, que não incluiu as pessoas jurídicas”, afirma o presidente do Conselho Nacional da Abla, Marco Aurélio Nazaré.

O porta-voz destacou ainda os R$ 5,7 bilhões pagos pelas empresas do setor em impostos diretos como PIS, Cofins, CSSL e IR em 2023, 21,3% a mais do que um ano antes. Segundo Nazaré, isso “reflete a importância da atual mobilização da Abla com vistas a evitar impactos mais severos da Reforma Tributária”.

Caminhões, ônibus e motos

Em 2023, as locadoras emplacaram 10.211 caminhões, alta de 38,9% ante 2022, e 10,5% de todos os caminhões emplacados no ano no País. O total de veículos desse tipo em nome de locadoras chegou a 42.712, avanço de 19,6% na comparação anual.

Em relação aos ônibus e micro-ônibus, as locadoras emplacaram 2.160 unidades em 2023, aumento de 16,7% sobre o ano anterior e participação de 12,4%. A frota atingiu 7.980 unidades, crescimento de 13,5% na mesma base comparativa.

Nas motocicletas, foram 37.216 unidades emplacadas por empresas de locação, 28,3% acima de 2022, absorvendo 3,2% do total no País. A frota total de motos em nome de empresas de locação chegou a 77.638 unidades, alta de 79,5% em relação a 2022.

terça-feira, 12 de março de 2024

Boletos poderão ser compensados no mesmo dia a partir de sexta-feira; entenda

 


Boleto

Se o cliente pagar o boleto até às 13h30, o cobrador poderá receber o dinheiro no mesmo dia, dependendo do contrato que ele tenha com a sua instituição financeira (Crédito: Cecília Bastos/ USP Imagens)

 

A partir da próxima sexta-feira, 15, o boleto bancário que for pago até às 13h30 poderá ser faturado compensado para cair no mesmo dia. A novidade foi informada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

A novidade é mais um projeto de modernização feito pelo setor bancário na modalidade de boletos, que englobará 136 bancos e será mandatória. Com a mudança, se o cliente pagar o boleto até às 13h30, o cobrador poderá receber o dinheiro no mesmo dia, dependendo do contrato que ele tenha com a sua instituição financeira. Se o pagamento for feito após esse horário, a liquidação ocorrerá no dia seguinte.

“A mudança trará mais agilidade para o cobrador, e irá beneficiar muito o comércio. No caso do e-commerce, por exemplo, vemos também vantagens para os compradores, que poderão ter o processo de entrega de mercadorias feito com mais rapidez”, avalia Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

Apesar de perder espaço para o Pix desde 2020, o boleto ainda é um meio muito presente no dia a dia dos brasileiros. Só no ano passado foram 4,2 bilhões de documentos transacionados totalizando R$ 5,8 trilhões.

“No início desta mudança, a estimativa é que cerca de 57% dos boletos possam ser processados no mesmo dia, enquanto 43% seriam no dia seguinte. Assim que a modernização estiver implantada, a ideia é iniciar os estudos para trazer toda a liquidação de boletos para o mesmo dia”, encerrou Faria.

O que mudou nos contratos de aportes no Brasil com o inverno das startups

 


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 O que mudou nos contratos de aportes no Brasil com o inverno das startups


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O que ficou conhecido como o inverno das startups, período que vai de meados de 2022 até 2023, marcou uma retração de investimentos do mercado de venture capital no Brasil e no mundo.

Mas não foi apenas o dinheiro que ficou mais escasso. Os termos dos acordos de aportes também passaram por transformações. E, nesta equação, os investidores buscaram não só mais proteção, como também mais direitos de liquidez.

Isso é o que mostra o mais amplo estudo feito sobre esses termos no Brasil, realizados pelo escritório de advocacia FM/Derraik, uma das principais referências em assessorar fundos de venture capital (VC) e empreendedores nesta tipo de deal….. leia mais em Notícias da Bolsa 07/03/2024