quarta-feira, 13 de março de 2024

FMI lança processo de escolha de seu novo diretor-geral

 O logo do FMI (Fundo Monetário Internacional) - Logotipo.pt


O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira (13), o lançamento do processo de nomeação de seu futuro diretor-geral, diante do fim, em 30 de setembro, do mandato atual da búlgara Kristalina Georgieva, que pode ser reeleita.

O processo vai durar até o fim de abril e será feito sob o princípio de uma “seleção aberta, transparente e baseada no mérito”, informou o FMI em nota.

Na terça-feira, os ministros das Finanças da União Europeia se pronunciaram a favor de manter no cargo Georgieva, que ainda não informou oficialmente suas intenções.

Tradicionalmente, o número um do FMI é o candidato proposto pelos países europeus, enquanto o presidente do Banco Mundial (BM) é o candidato dos Estados Unidos.

Trata-se de uma distribuição que os principais países emergentes, a começar por China e Índia, questionam cada vez mais.

A divisão de capital destas duas instituições continua dando um peso preponderante aos Estados Unidos e à UE.

O processo começa na quinta-feira, com um período de apresentação de candidaturas de três semanas que se estende até 3 de abril.

Os candidatos são propostos por um dos governadores do FMI, em geral de bancos centrais dos países-membros, ou por um diretor-executivo.

Em uma segunda instância, o conselho administrativo do Fundo vai validar uma lista de candidaturas aceitas. Entre estes nomes será eleito o próximo titular do FMI.

Esta seleção ocorre um ano depois da nomeação do novo presidente do BM, Ajay Banga.

Nascido na Índia, mas cidadão americano, Banga foi o único candidato proposto.

 

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Opinião: Desbloquear o potencial exportador das MPE é fundamental para a competitividade do país

 


Décio Lima, presidente do Sebrae

Décio Lima, presidente do Sebrae (Crédito: Charles Damasceno/Divulgação)

 

Grandes protagonistas na economia brasileira, mas coadjuvantes nas exportações do país. Os pequenos negócios têm participação fundamental na geração de empregos, representam cerca de 95% de todas as empresas brasileiras, estão presentes em praticamente todas as cadeias produtivas – dos negócios inovadores às pequenas propriedades rurais –, entretanto, respondem por menos de 1% do total das vendas externas brasileiras.

A pouca participação das micro e pequenas empresas (MPE) na pauta de exportações do país não costuma causar muita estranheza. No senso comum, o esperado é que o grande peso no volume de comércio exterior esteja nos chamados itens de commodities (grãos, proteína animal, minérios) ou bens industrializados. Para se ter uma ideia, a balança comercial brasileira teve um superávit recorde de US$ 5,447 bi em fevereiro. O fato é que há um enorme espaço a ser explorado pelas micro e pequenas empresas e seus produtos diferenciados no mercado externo.

O grande público desconhece o potencial de itens como o pão de queijo, o açaí, a moda praia e o artesanato, para citar apenas alguns exemplos, que já conquistaram espaço na Europa, Ásia, Estados Unidos, entre outros mercados. Somente a agricultura familiar do Brasil, caso se unisse como uma nação, ocuparia a oitava posição no ranking mundial de produtores de alimentos e movimenta US$ 55,2 bilhões/ano.

Capacitar os pequenos negócios para que eles estejam aptos a vender os seus produtos e serviços para outros países é uma preocupação do Sebrae há décadas. Com uma economia globalizada, onde uma pequena indústria enfrenta a concorrência direta de produtos fabricados do outro lado do mundo, tornar as MPE brasileiras mais competitivas é a chave para fazer o país continuar crescendo, gerando empregos de qualidade aqui dentro e contribuindo com a redução das desigualdades.

Um dos primeiros e mais importantes obstáculos para a maior participação das MPE na pauta de exportações é a crença limitante de muitos empreendedores que não consideram o mercado externo como uma possibilidade viável. Eles, em geral, subestimam o potencial de seus produtos. Essa falta de mentalidade exportadora é apenas o primeiro obstáculo em uma série de desafios que incluem falta de preparação e adequação, dificuldades de identificar mercados viáveis, problemas com documentação, logística e acesso a crédito, além de receios em relação ao recebimento seguro dos pagamentos.

É imperativo que superemos essas barreiras e apoiemos o crescimento das exportações por parte das MPE. A diversificação dos mercados de atuação não apenas aumenta a resiliência dessas empresas, mas também impulsiona a competitividade da economia do país como um todo. Além disso, a competição no mercado global pode motivar melhorias na qualidade dos nossos produtos e serviços, aumento da eficiência e redução de custos.

O Sebrae e o governo brasileiro estão cientes desses desafios e trabalhando em conjunto para superá-los. É essencial implementar medidas abrangentes e multifacetadas, abordando não apenas as questões burocráticas e logísticas, mas também promovendo uma mudança na mentalidade cultural dos donos de pequenos negócios. Nesse sentido, os empreendedores precisar estar capacitados não apenas em aspectos técnicos, como documentação e logística, mas também em habilidades linguísticas e culturais que lhes permitam adaptar seus produtos e serviços para diferentes mercados.

Além disso, é necessário facilitar o acesso a crédito e garantir mecanismos de proteção para os pequenos negócios que optam por exportar. A simplificação dos processos burocráticos e a melhoria da infraestrutura logística também são cruciais para tornar o ambiente de negócios mais propício às exportações dos pequenos.

Desbloquear o potencial exportador das micro e pequenas empresas brasileiras não é apenas uma questão econômica, mas também uma resposta à demanda por equidade e inclusão. Ao garantir que esses empreendimentos tenham acesso ao mercado global e alcancem seu pleno potencial, estamos não apenas impulsionando o crescimento econômico, mas promovendo também a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

Décio Lima é presidente do Sebrae

 

https://istoedinheiro.com.br/opiniao-desbloquear-o-potencial-exportador-das-mpe-e-fundamental-para-a-competitividade-do-pais/

Adidas regista primeiro prejuízo em 30 anos

 


Loja da Adidas - Crédito: Pixabay/sbl0323

 

A Adidas registrou o seu primeiro prejuízo em 30 anos, de 58 milhões de euros. O resultado foi afetado principalmente com a queda de vendas no mercado estadunidense, à medida que os varejistas de roupas esportivas estão lutando com estoques elevados.

Outro detalhe é que a companhia tem lutado para cortar relações com Kanye West, suspendendo as vendas da altamente lucrativa linha de tênis Yeezy.

No primeiro ano do CEO Bjorn Gulden no cargo, ele retomou as vendas de tênis Yeezy para limpar o estoque restante, ao mesmo tempo em que buscava impulsionar produtos populares como o Samba e Gazelle e melhorar o relacionamento com os varejistas.

As ações da Adidas tiveram uma recuperação, superando a Nike e a Puma desde que ele assumiu.

“Embora de longe não seja bom o suficiente, 2023 terminou melhor do que eu esperava no início do ano”, disse Gulden.

Queda nas vendas

Este ano, a América do Norte continuará fraca em vendas e a expectativa para a Adidas é de queda de 5% este ano.

A baixa procura e o excesso de estoques nos Estados Unidos pesaram sobre as empresas de vestuário esportivo e não foi diferente para a Adidas, que afirmou que as vendas na América do Norte caíram 21% no quarto trimestre e 16% ao longo do ano de 2023.

A companhia aposta que poderá recuperar quota de mercado diante das rivais.

Na China, no entanto, a Adidas espera uma recuperação mais forte, com as vendas a crescerem a uma taxa de dois dígitos, após um aumento de 8% em 2023.

 

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China ultrapassa Japão como maior exportador de veículos

 


Trabalhadores inspecionam veículo em linha de produção da Nissan em Kaminokawa, Japão, em 8 de dezembro de 2023 - AFP

 

Em 2023, a China ultrapassou o Japão como o maior exportador mundial de veículos. O fato tem como base os resultados divulgados nesta quarta-feira, 31, pela JAMA (Associação de Fabricantes de Automóveis) nipônica.

O setor automobilístico chinês cresceu nos últimos anos em grande parte devido investimentos em larga escala nos veículos elétricos, uma área em que as empresas japonesas demonstram mais cautela.

O Japão exportou 4,42 milhões de carros em 2023, segundo JAMA, abaixo dos 4,91 milhões exportados pela China, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM).

O governo chinês calculou um número ainda maior, 5,22 milhões, o que representa uma alta expressiva de 57% em termos anuais.

Porém, ao contrário das montadoras chinesas, as fabricantes japonesas de automóveis, como a Toyota, produzem grandes volumes de carros em outros países.

A Toyota confirmou na terça-feira sua posição como a líder mundial do setor em termos de unidades vendidas.

Em 2022, a produção de veículos no Japão, excluindo as motocicletas, alcançou 7,84 milhões de unidades, mas sua produção no exterior atingiu 17 milhões de unidades.

Em vez dos modelos elétricos, as montadoras japonesas optaram pelos híbridos, que combinam energia elétrica com motores a combustão, nas quais foram pioneiras com modelos como o Prius da Toyota.

As empresas japonesas se comprometeram a aumentar sua presença no mercado de carros elétricos.

A Toyota almeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano até 2026, com o aumento do volume a 3,5 milhões até 2030.

Produção de baterias –

A empresa também investiu consideravelmente em tecnologia de baterias e aposta na capacidade de produzir baterias de estado sólido.

Esta tecnologia, que ainda não foi testada em larga escala, permite que as baterias carreguem de maneira mais rápida e dá aos carros elétricos uma autonomia maior que a proporcionada pela baterias convencionais.

A empresa chinesa BYD superou este mês a Tesla como a maior vendedora de veículos elétricos no mundo, graças em parte ao forte apoio do governo ao setor.

O sucesso da China nos veículos elétricos deixou suas empresas em uma situação incômoda com as agências reguladoras dos mercados ocidentais, onde enfrentam acusações de práticas anticompetitivas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em setembro uma investigação sobre os subsídios chineses aos carros elétricos.

A investigação pode resultar na imposição de tarifas dentro da União Europeia sobre os automóveis vendidos a preços artificialmente baixos, na visão do bloco, e que afetam os concorrentes europeus.

“Lembra um pouco que a aconteceu nos anos 1980 com o Japão, quando o país começou a exportar muitos automóveis”, disse Christopher Richter, analista da CLSA.

“Os japoneses resolveram questão quando começaram a construir muitas fábricas no exterior (…) Fabricam no exterior quatro vezes mais do que exportam”, recordou Richter em outubro.

 

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Produção de motos atinge o melhor resultado para fevereiro em 10 anos

 


CG 160 Fan 2024 - Crédito: Divulgação

 

A produção de motos no Brasil aumentou 14,8% durante o mês de fevereiro para 139,8 mil unidades, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Foi o melhor resultado para o mês em dez anos. Frente a janeiro, porém, houve queda de 1% na produção de motocicletas.

O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 11, pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras de motos do polo industrial de Manaus (AM), onde se concentra a maior parte da produção nacional do veículo.

Nos dois primeiros meses do ano, o setor produziu 281 mil motos, com alta de 14,9% frente ao primeiro bimestre de 2023 e também mostrando o maior volume, entre iguais períodos, em dez anos.

Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Bento, o desempenho reflete o bom momento da indústria de duas rodas. “Apesar do mês de fevereiro ter menos dias úteis, a produção de motocicletas apresentou um resultado bastante positivo. Isso comprova o esforço das fabricantes em aumentar a produtividade para atender a crescente demanda do mercado”, comentou o executivo.

Vendas

Nos dois primeiros meses do ano, foram vendidas 279,7 mil motocicletas no Brasil, 32,4% acima do volume registrado no mesmo período de 2023. Foi o melhor início de ano em vendas desde 2008.

O desempenho reflete a demanda por veículos mais baratos e econômicos, assim como o crescimento dos serviços de entrega (delivery).

Projeções

A projeção da Abraciclo é produzir 1,69 milhão de motocicletas em 2024, alta de 7,4% em relação ao registrado no ano passado, o que, se confirmado, será o melhor desempenho em 12 anos.

 

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Entenda por que as montadoras decidiram investir bilhões no Brasil

 


Há pelo menos três motivos, de acordo com a Anfavea

 

Fábrica da Volkswagen - Crédito: Divulgação

 

Os investimentos das montadoras anunciados nos últimos dias somam R$ 95,3 bilhões até 2032 no Brasil e região. Mas o que explica tamanho volume de dinheiro e interesse das companhias na produção local?

Para Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre os principais fatores que explicam esse movimento está a volta do imposto de importação para automóveis com tecnologias eletrificadas.

Alíquota de imposto de importação

“Enquanto o governo estava trabalhando com um cenário de alíquota zero de imposto de importação das novas tecnologias, seja elétricos, eletrificados, híbridos, ou com uma alíquota bastante reduzida, não havia motivos para investir.”

Márcio de Lima Leite – Crédito: Divulgação/Anfavea

A retomada progressiva de tributação irá variar de acordo com os níveis de eletrificação.

Híbridos

Para os carros híbridos, a alíquota do imposto inicia com 15% em janeiro de 2024, passará para 25% em julho, chega a 30% em julho de 2025 e vai alcançar os 35% em julho de 2026.

Híbridos plug-in

Em relação aos híbridos plug-in, serão 12% em janeiro de 2024, 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026.

Elétricos

Para os elétricos, a sequência é 10% (janeiro de 2024), 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026).

No que tange “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, a taxação começa em 20% em janeiro e chegará aos 35% em julho de 2024.

Programa Mover

Outro ponto, segundo o presidente da associação, é o programa Mover do governo federal, além de promover o desenvolvimento tecnológico, com tratamento tributário.

“O programa Mover traz previsibilidade. O que o setor sempre pediu ao governo. E essa previsibilidade veio com a aprovação da reforma tributária, com a recomposição gradual da alíquota do imposto de importação e com a publicação do programa Mover.”

Lançado em 30 de dezembro, ele vai representar uma nova fase do antigo “Rota 2030”, no qual vai contar com um incentivo fiscal de R$ 19 bilhões até 2028. Com a medida, o objetivo é ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.

Confira abaixo os investimentos de cada montadora:

Great Wall Motors: R$ 10 bilhões até e 2023 e 2032

Renault: R$ 5,1 bilhões de 2021 a 2027

Caoa Chery: R$ 4,5 bilhões entre 2021 e 2028

BYD: R$ 3 bilhões de 2024 e 2030

Nissan: R$ 2,8 bilhões de 2023 a 2025

GM: R$ 7 bilhões até 2028

Volkswagen: R$ 16 bilhões até 2028

BMW: 500 milhões

Hyundai: R$ 5,45 bilhões

Toyota: R$ 11 bilhões até 2030

Stellantis: R$ 30 bilhões até 2032

 

 https://motorshow.com.br/entenda-por-que-as-montadoras-decidiram-investir-bilhoes-no-brasil/

Xiaomi vai lançar seu primeiro carro elétrico em março

 


O veículo tem fortes influências de Porsche e Tesla, por dentro e por fora

 

SU7 - Crédito: Reprodução/Lei Jun/X

 

É verdade que a Xiaomi é conhecida pelos celulares, mas agora o fabricante mira na Tesla e Porsche para colocar no mercado o seu primeiro carro elétrico.

O chamado SU7 será lançado no dia 28 de março na China. A informação partiu do CEO da Xiaomi, Lei Jun, nesta terça-feira, 12.

 

A carroceria do modelo é construída com um método de fundição semelhante ao da Tesla, e que usaria componentes de fornecedores como Nvidia, Qualcomm e Bosch.

No ano passado, Lei deixou bem claro que o “objetivo da Xiaomi é construir um carro dos sonhos que possa rivalizar com modelos como Porsche e Tesla”. De fato, o SU7 por fora lembra de certa maneira algumas linhas da Porsche e um Tesla por dentro.

Visual

O visual tem formato aerodinâmico, faróis com uma divisão no meio, aerofólio que surge atrás e lanternas conectadas logo abaixo.

 

 

Desempenho

Durante uma apresentação divulgada do carro, Lei chegou a comparar a aceleração de 0 a 100 km/h do SU7 com a do Porsche Taycan Turbo e com a do Tesla Model S, com o seguinte resultado: 2,78s, 2,93s e 3s, respectivamente.

Em relação à potência, o SU7 oferece 673 cv, ou seja 3 cv a mais que o Model S e 7 cv abaixo do Taycan Turbo.

SU7 – Crédito: Reprodução/Weibo

A autonomia do veículo da Xiaomi chegaria aos 800 km no ciclo CLTC (mercado chinês).

 

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