quarta-feira, 27 de março de 2024

Número de criação de empregos de fevereiro será expressivo, diz Haddad

 


Haddad

Projeção de crescimento do Ministério da Fazenda é de 2,2% para 2024 (Crédito: Diego Zacarias/ MF)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o resultado da criação de empregos de fevereiro no Brasil, que será divulgado nesta quarta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho, será “expressivo”. Em sua avaliação, a economia brasileira inicia um “novo ciclo de crescimento”.

O Brasil fechou janeiro com saldo positivo de 180.395 empregos com carteira assinada. O resultado de fevereiro será divulgado nesta quarta, às 14h.

“Você vai verificar pelo número de criação de empregos de fevereiro que a economia brasileira inicia um ciclo novo de crescimento econômico e precisamos preparar nossa juventude para ocupar esses postos de trabalho”, disse, em entrevista nesta quarta à Rádio Itatiaia.

Na fala, Haddad detalhou o programa Juros por Educação divulgado na terça-feira, 26, pela Fazenda. De acordo com ele, o Brasil precisa preparar sua juventude para ocupar postos de trabalho. Segundo o chefe da Fazenda, o programa anunciado faz uma “troca justa que dá sustentabilidade aos Estados endividados”.

O Ministério da Fazenda divulgou nesta terça o programa Juros por Educação, uma proposta para refinanciar as dívidas dos Estados com a União com compromissos de investimentos no Ensino Médio Técnico (EMT). A sugestão da Fazenda prevê três faixas de correção das dívidas, a depender do porcentual aplicado pelos Estados nas contrapartidas.

Para os Estados que aplicarem ao menos 50% da economia no serviço da dívida proporcionada pela redução dos juros na ampliação de matrículas no EMT, a taxa de juros será IPCA+3% ao ano. Para os que aplicarem ao menos 75%, a taxa cai para IPCA+2,5% ao ano. Por fim, os que aplicarem 100%, a taxa cai para IPCA+2% ao ano.

Segundo a Fazenda, caso as metas do programa sejam atingidas pelos Estados, essa redução na taxa de juros se torna permanente para os entes federativos.

terça-feira, 26 de março de 2024

Líderes concordaram em votar hoje PL da Lei das Falências após acordo, diz Guimarães

 José Guimarães


O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os líderes da Casa fecharam acordo para votação nesta terça-feira, 26, do projeto que altera a Lei das Falências. Segundo Guimarães, a relatora, Dani Cunha (União Brasil-RJ), concordou em fazer alterações no texto para viabilizar a votação.

O acordo foi fechado em reunião dos líderes da Câmara dos Deputados com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Além disso, Guimarães também disse que o governo vai retirar a urgência do projeto de lei do “devedor contumaz”, dado que a proposta ainda não tem acordo na Câmara dos Deputados.

Em relação à proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de templos religiosos, Guimarães disse que algumas igrejas manifestaram dúvidas sobre alguns trechos.

Com isso, o tema não será votado nesta semana e só voltará a ser debatido após a Páscoa.


Ceron: Estados sem ou com menos dívidas também serão beneficiados com Juros por Educação

 

Secretário do Tesouro diz que 'nada muda' em relação à meta ...

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira, 26, que os Estados sem ou com menos dívidas, do Norte e Nordeste, também serão beneficiados pelo programa Juros Por Educação. Nas contas do secretário, a ajuda a estes Estados está estimada em R$ 3 bilhões para que atinjam um nível de no mínimo 37% de jovens matriculados no ensino profissionalizante.

“Estamos avaliando a possibilidade de linhas de financiamento. A ideia é que seja uma linha com custo competitivo. Estamos em diálogo com o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], que não só tem disposição para oferecer uma linha de crédito para essas operações. Poderíamos pensar um mecanismo semelhante ao que fizemos no Fundo Clima, no qual repassa a taxa nominal para os entes”, citou Ceron.

O secretário reforçou que R$ 3 bilhões são um montante expressivo, mas não inviável, e que o governo avalia outros instrumentos, incluindo subsídios. “Não queria dar detalhe ou cravar porque está em definição esse montante. Estamos vendo a melhor forma de equalizar esse montante para os Estados”, disse.

Ele também ressaltou que qualquer mudança envolvendo equalização de juros terá impacto primário. Já as linhas financeiras não terão. Ceron ainda exemplificou que a operação do Fundo Clima repassa taxa nominal e governo assume o risco cambial.


Indústria vai defender conclusão de acordo Mercosul-UE em reuniões com Macron

 Retrato oficial do presidente francês Emmanuel Macron é ...


O presidente da França, Emmanuel Macron, ouvirá, durante sua passagem de três dias pelo Brasil, apelos de empresários da indústria pela conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia. Opositor da versão atual do acordo, o presidente francês chega ao Brasil dois meses após pedir à Comissão Europeia a desistência do tratado com o bloco sul-americano.

A agenda ambiental e as parcerias bilaterais, incluindo a assinatura de 15 atos entre os países, estão no foco da visita que Macron inicia nesta terça, ao desembarcar em Belém, no Pará, a sede da conferência do clima da ONU, a COP30, no ano que vem.

O acordo comercial será, contudo, colocado em pauta nos encontros que Macron terá com empresários do setor produtivo.

Em paralelo ao fórum bilateral a ser realizado na tarde da quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que terá a participação, entre outros, do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o líder francês terá também na sede da entidade patronal paulista reuniões reservadas com empresários.

Em um dos encontros marcados, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, pretende defender diante de Macron que o acordo com o Mercosul trará benefícios a ambos os lados, com a diversificação das exportações e a ampliação da rede de parceiros comerciais dos países dos blocos.

A entidade entende que o acordo representa uma oportunidade para a indústria brasileira voltar a ter relevância na pauta comercial com a União Europeia, que no ano passado comprou US$ 46,3 bilhões em produtos do Brasil.

A retirada do imposto de importação na Europa, conforme estimativa da CNI com base em dados de 2022, beneficiaria aproximadamente R$ 13 bilhões em produtos da indústria de transformação.

A pauta ganhou peso na agenda da CNI após uma consulta divulgada em outubro mostrar que, para três em cada quatro empresas e associações industriais, o acordo com o bloco europeu deve ser tratado como prioritário.

Conforme a CNI, com base em dados de 2022, a cada R$ 1 bilhão exportado para a União Europeia são gerados 21,4 mil vagas de trabalho no Brasil, número superior à contribuição aos empregos dos embarques para a China, de 15,7 mil postos.

Louis Dreyfus Company assina acordo para aquisição da Cacique

 

Contact Us || Louis Dreyfus Company

A Louis Dreyfus Company (LDC) e a Companhia Cacique de Café Solúvel (Cacique) anunciaram nesta terça-feira, 26, que as empresas assinaram um acordo vinculativo para a aquisição de 100% das ações da Cacique pela LDC. O valor do negócio não foi informado pelas empresas no comunicado.

A Cacique é considerada uma das maiores produtoras, processadoras e exportadoras independentes de café solúvel do mundo em termos de volume, com atividades em mais de 70 países.

A companhia tem dois ativos de processamento no Brasil (Londrina – PR e em Linhares – ES) e um total de cerca de 1.000 funcionários.

O CEO da LDC, Michael Gelchie, disse na nota: “Este desenvolvimento está alinhado com a estratégia da LDC de diversificar os fluxos de receita por meio de linhas de produtos de valor agregado – neste caso, acelerando a expansão dos negócios de café solúvel da LDC, iniciada recentemente no Vietnã com a operação de café solúvel liofilizado da joint venture iLD Coffee Vietnam, para posicionar a LDC entre os maiores produtores de café solúvel do mundo.”

“Esta aquisição expandirá ainda mais os negócios da LDC no Brasil, onde o Grupo atua há mais de 80 anos, complementando nossas operações de comercialização de café verde existentes no País”, acrescentou o Head Global de Café da LDC, Ben Clarkson.

O acordo está sujeito a aprovações regulatórias e às condições habituais de fechamento.

Contas do governo têm rombo de R$ 58,4 bi em fevereiro, pior resultado para o mês em 28 anos

 


Governo central registra pior resultado primário para meses de fevereiro, com rombo de R$ 58,4 bi

Governo central registra pior resultado primário para meses de fevereiro, com rombo de R$ 58,4 bi (Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

 

O governo central registrou déficit primário de R$ 58,444 bilhões em fevereiro, pior saldo para o mês da série histórica iniciada em 1997, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, 26.

O rombo do mês, composto pelos resultados de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, é 37,7% maior que o saldo negativo de 40,614 bilhões de reais observado no mesmo mês do ano passado.

De acordo com o Tesouro, o déficit de fevereiro é fruto de uma alta real de 27,4% na despesa total, que atingiu 190,938 bilhões de reais, enquanto a receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — teve crescimento real de 23,4%, a R$ 132,494 bilhões.

“O aumento real nas despesas totais pode ser explicado principalmente pelo pagamento de precatórios no montante de 30,1 bilhões de reais”, disse o Tesouro em nota.

Com o dado do mês, o resultado primário do governo central acumulado em 12 meses foi de déficit de R$ 252,9 bilhões em valor corrigido pela inflação, equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB).

No primeiro bimestre, o governo central acumula superávit de R$ 20,941 bilhões, ante saldo positivo de R$ 38,292 bilhões no mesmo período de 2023.

Ata do Copom sinaliza novo corte de 0,50 ponto na Selic na próxima reunião

 


Real - Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Nesta terça-feira, 26, o Banco Central divulgou a última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) na qual sinaliza um novo corte de 0,50 ponto na taxa Selic para a próxima reunião, marcada para os dias 7 e 8 de maio.

No documento divulgado, o Copom reiterou que a diretoria antevê a redução na Selic apenas “na próxima reunião”, não mais “nas próximas reuniões”, como vinha afirmando anteriormente.

O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente, mas considera maior flexibilidade em suas decisões.

“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. O Comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o documento.

A redução antecipada da taxa na mesma magnitude para a próxima reunião se dá por “uma mudança na incerteza e não no cenário-base”, diz.

“Tal alteração reflete tão somente uma análise de custo-benefício da utilização desse instrumento adicional de política monetária. Por fim, reforçou-se que seria um equívoco interpretar a mudança na sinalização futura como uma indicação de alteração do ciclo de política monetária compatível com o cenário-base”.

Na última quarta-feira, 20, o Copom realizou a sexta redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano.

Para onde vai a Selic?

Alguns componentes do Copom avaliam que pode ser necessária uma redução no ritmo de cortes dos juros básicos caso as incertezas se mantenham elevadas à frente, mostrou a ata da última reunião do colegiado.

“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, informou o BC no documento.

“Avaliou-se a conveniência de alguma indicação para a decisão de junho, para a qual o Comitê ainda não havia feito qualquer comunicação”, explicou o colegiado na ata.

O mercado debate agora a chamada taxa terminal da Selic. Ou seja, quando o BC irá encerrar o ciclo de cortes. “Avaliamos que o BC irá cortar o juro em apenas mais 75bps, deixando a Selic em 10%, com cortes de 50bps e mais um de 25bps”, diz Étore Sanchez, da Ativa.

O mercado manteve em 9% ao ano a mediana das projeções do Relatório de Mercado Focus para a Selic no encerramento de 2024 pela 13ª semana consecutiva. Considerando apenas as 77 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também seguiu em 9% ao ano.


https://istoedinheiro.com.br/ata-do-copom-sinaliza-novo-corte-de-050-ponto-na-selic-na-proxima-reuniao/