quinta-feira, 28 de março de 2024

Biocombustível: BNDES aprova financiamento para fábrica de etanol da Be8

 

São Paulo, 28 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 729,7 milhões para a Be8, para a construção de fábrica de etanol e farelo a partir do processamento de cereais (trigo, triticale e milho, entre outros) em Passo Fundo (RS). Do total, R$ 500 milhões são provenientes do Programa BNDES Mais Inovação, informa a Be8, em comunicado.

A usina será flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina), ou hidratado (consumo direto), e terá capacidade de 209 milhões de litros/ano, o que equivale a 20% da demanda do Rio Grande do Sul, que hoje tem que importar o produto de outros estados. A nova fábrica vai processar 525 mil de toneladas por ano de cereais para produção de etanol e farelo DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português).

O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, disse na nota: “Este financiamento pelo Programa BNDES Mais Inovação é muito importante por reconhecer este investimento como uma iniciativa arrojada, com muita inovação, que também vai representar um incremento na oferta de farelo DDGS para as cadeias produtivas de proteínas animais, além de promover investimento em desenvolvimento de tecnologia genética para produção de trigo específico para matéria-prima de etanol”. Ele destacou, ainda, ser essa também uma oportunidade viável de renda para o agricultor com a cultura de cereais de inverno.

Campos Neto/Selic: posição de diretores sobre reduzir corte não é especificamente sobre junho

 

 

 


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, explicou nesta quinta-feira, 28, que a posição, manifestada por alguns diretores da autarquia, sobre a necessidade de reduzir o ritmo do ciclo de flexibilização monetária não se refere especificamente à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para junho, nos dias 18 e 19.

Como revelado na última ata do Copom, referente à reunião da semana passada, alguns membros do colegiado argumentaram que, se a incerteza permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de corte de juros pode se tornar apropriado.

Nesta quinta, na coletiva à imprensa do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), Campos Neto disse que esse trecho da ata decorre da intenção do BC de aumentar a transparência dos debates que acontecem no Copom. Ele esclareceu que a discussão sobre o ritmo se deu em torno do horizonte, e não especificamente sobre a reunião de junho.

“Houve um questionamento sobre o ritmo e o caminho do ciclo que nos levaria mais longe e com maior certeza”, comentou o presidente do BC.

Ele pontuou que quando se refere na ata a “alguns membros”, o BC está indicando que o argumento foi colocado por dois ou mais de seus diretores. Campos Neto enfatizou que, ainda que em uma reunião longa os diretores do BC não convirjam em todos os temas, as decisões do Copom, incluindo a última, têm sido unânimes.

“O Copom não está dividido, a decisão foi unânime. Tentamos abrir na ata um debate sobre visões futuras, em que existiam opiniões diferentes”, comentou o presidente do BC. “A gente tentou ser mais transparente”, reiterou.

Campos Neto reforçou a visão no BC de que as incertezas, tanto domésticas quanto externas, aumentaram, o que leva a autoridade monetária a ser mais dependente de dados. Apesar disso, ele disse que o cenário base do BC não mudou substancialmente.

Ao falar sobre a retirada, motivada pelas incertezas, da indicação sobre o ritmo de corte de juros a partir de junho, o chamado forward guidance, o presidente do BC afirmou que o instrumento tem benefícios, mas também custos. A vantagem, explicou, é guiar as expectativas do mercado quando há convicção sobre o ambiente econômico. Por outro lado, quando as incertezas aumentam, o valor do forward guidance diminui, trazendo também um custo para o BC mudar a sua comunicação no meio do caminho, ponderou.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Para Fiesp, acordo Mercosul-UE seria benéfico para ambas regiões, especialmente a França

 

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, defendeu nesta quarta-feira, 27, que um acordo entre Mercosul e União Europeia seria muito benéfico para ambas as regiões, “especialmente para a França”. Ele afirmou, durante a abertura do Fórum Econômico Brasil-França, que a vinda do presidente francês Emmanuel Macron para o Brasil com visitas a diferentes regiões demonstra o interesse das duas sociedades em fortalecer as relações comerciais e políticas.

“Nossas relações vão se estreitar cada vez mais”, disse Gomes.

O acordo entre Mercosul e UE esteve próximo de um desfecho em 2023, mas encontrou resistência por parte do presidente Macron, que alegou riscos de uma invasão de alimentos exportados pelos países sul-americanos para a Europa.

Nos últimos meses, produtores rurais de ao menos sete países (Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia) fizeram protestos contra acordos de livre comércio com países fora do bloco.

Em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai (atual presidente do Mercosul) disse que as negociações estão suspensas até as eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem em junho.

Vanguarda da transição energética

O diretor-presidente da Engie e presidente do Conselho de Empresas França-Brasil, do MEDEF Internacional, Jean-Pierre Clamadieu, afirmou que a França e o Brasil estão na vanguarda da transição energética, devido à matriz energética particularmente favorável dos dois países.

Clamadieu frisou que o caminho, no entanto, ainda é complexo e com muitas ambições, mas destacou que os dois países podem aprender juntos. “Temos convicção de que o Brasil tem muito a nos ensinar, com o uso do vegetal e florestal, mas também amplamente com o que a terra pode produzir.”

Também participante da mesa de abertura do Fórum Econômico Brasil-França, Clamadieu celebrou a presença de representantes de pouco mais de 80 empresas francesas no fórum.

 


Nubank chega a 4 milhões de empresas e começa a oferecer empréstimos para PJ

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O Nubank, um dos maiores bancos digitais do Brasil para a pessoa física, resolveu acelerar as operações para empresas, segmento que já tem 4 milhões de clientes. O banco digital anunciou nesta quarta-feira, 27, que vai começar a oferecer empréstimos para pessoas jurídicas. A primeira linha será para capital de giro.

O Nubank começou a operar com PJ em 2019, quando lançou uma conta corrente. A CEO do Nubank Brasil, Livia Chanes, conta que o projeto nasceu naquele ano após muita demanda das próprias pessoas físicas, que se deram bem com a conta digital da fintech e queriam também uma para a PJ, sem tarifas. Um em cada quatro clientes do Nubank é empreendedor.

No primeiro ano da conta PJ, foram abertas 50 mil contas, número que saltou para 2,5 milhões em 2022, 3,5 milhões no ano passado e 4 milhões agora.”Somos a instituição financeira com mais contas para pessoas jurídicas abertas no Brasil”, disse a executiva a jornalistas. Para tocar a área, o banco contratou Maximiliano Damian, que teve experiência em locais como o Mercado Pago e Itaú.

Inicialmente o Nubank só atendia microempresas na categoria MEI e depois foi chegando a empresas um pouco maiores, mas sempre no universo das pequenas companhias. Agora, do total de clientes PJ, 42% já não são MEI. Em sua maioria, são empresas com faturamento na casa dos R$ 5 milhões por ano. Segundo a CEO, não há planos no momento de avançar para outros segmentos, como as médias empresas.

Entre os clientes PJ do banco, o Nubank oferece produtos como cartão de crédito, conta corrente, investimentos e pagamentos – em um deles, o celular da PJ recebe pagamentos em estabelecimentos comerciais.

Na conta PJ, não há tarifas, exceto para alguns serviços específicos, como impressão de boletos e nas transações de recebimento de pagamentos. O banco estima que as pequenas empresas economizaram R$ 474 milhões pelo fato de não pagarem taxas. As receitas do banco vêm dos juros em operações com cartões, e dos depósitos e investimentos das empresas, além das taxas em cada transação com cartão.

Entre os números apresentados pelo banco, foram feitos 570 milhões de transações por Pix pelas empresas, e 600 mil clientes tiveram o primeiro cartão de crédito PJ pela fintech.

O próximo passo são os produtos de empréstimos. O primeiro é uma linha de capital de giro, sem garantia, que já começou a ser testada pelo banco. Será um processo gradual, para testar o risco do setor e avaliar o comportamento da inadimplência. Chanes conta que em uma próxima fase, o banco pode oferecer linhas com garantia.

O Brasil é o único país que o Nubank opera que tem a operação de pessoa jurídica. Os outros dois mercados, México e Colômbia, estão em estágios mais iniciais. No México o banco começou no ano passado a oferecer a conta corrente para pessoa física.

Sobre o risco de crédito das pequenas empresas, Chanes observa que a mortalidade delas é alta e são estes negócios que sentem primeiro as variações da economia. Mas o Nubank, sem agências, tem base de custo muito menor que seus competidores e consegue absorver operações que em outros modelos de negócios não fariam sentido. Além disso, em seus modelos, vai testando em pequenas doses o crédito para cada cliente e vendo seu perfil de pagador, como o feito na pessoa física, e é exportável para o mundo da PJ.

Ainda na PJ, o Nubank anunciou outros serviços, como permitir a emissão de nota fiscal pelo computador, além de ser possível agora os empresários liberarem acesso ao aplicativo do banco para sócios e outros funcionários.

JBS propõe volta dos irmãos Joesley e Wesley Batista ao conselho de administração

 


Comitiva de Lula para China tem irmão Batista incluídos

Os irmão Joesley e Wesley Batista (Crédito: Grupo J&F/Divulgação)

 

A JBS, uma das maiores empresas produtoras de carne bovina do mundo, anunciou nesta quarta-feira, 26, que recomendou a volta dos irmãos Joesley e Wesley Batista para o conselho de administração da companhia. A nomeação consta da proposta da empresa para a próxima assembleia de acionistas, marcada para o dia 26 de abril.

Como os retornos deles representam adições, o número de membros do conselho aumentará para 11, com maioria independente (7 a 4).

O retorno dos irmãos ocorrerá após sete anos da Operação Carne Fraca da PF (Polícia Federal), que investigou esquemas de venda de carne adulterada, e das gravações de conversas entre o empresário e o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Wesley e Joesley Batista são sócios na J&F, holding que tem o controle da JBS. Eles começaram suas jornadas profissionais na empresa aos 17 e 16 anos, respectivamente, liderando sua expansão global. Porém, se afastaram dos seus cargos na empresa em 2017, após fecharem um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.

Atualmente, o conselho de administração da empresa possui nove membros, entre eles, o fundador e pai dos irmãos, José Batista Sobrinho, de 90 anos. Entretanto, a empresa avalia o acréscimo de mais duas cadeiras, número máximo permitido pelo Estatuto Social da JBS.

Retorno aos holofotes

Segundo o comunicado, a dupla retorna após cinco anos sem se envolver em qualquer condenação criminal.

O movimento de reabilitação pública e volta aos holofotes dos irmãos já havia sido sinalizado em fevereiro, quando eles foram nomeados membros do Conselho de Administração da Pilgrims Pride, companhia norte-americana de carne de frango que faz parte do grupo da JBS.

No fim de outubro de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu os empresários de três acusações de insider trading (uso de informação privilegiada em negociações).

O processo instaurado pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM acusava os dois empresários de votarem na aprovação das próprias contas, em 2017.

Wesley Batista, de 53 anos, foi CEO global da JBS por seis anos. Nessa posição, liderou a entrada da empresa no setor de carne de frango e a expansão com as aquisições da XL Foods (Canadá), Seara (Brasil), Cargill Pork (Estados Unidos), Primo (Austrália) e Moy Park (Reino Unido). Antes, atuou como presidente de operações de carne bovina da JBS no Brasil e na Argentina. Ele também presidiu a JBS USA.

Joesley Batista, de 52 anos, começou a trabalhar como gerente da Flora Higiene e Cosméticos. Após comandar a área de frigoríficos da Friboi em Goiás, assumiu a área financeira da empresa. Atuou na expansão da companhia com a aquisição de ativos como a Swift dos EUA, em 2007, quando assumiu a presidência da JBS.

Chefe de gigante indiana de US$ 300 bi quer ajuda de Lula Natarajan Chandrasekaran comanda o conglomerado Tata e discutiu a ampliação de relações bilaterais entre Índia e Brasil com o petista Natarajan Chandrasekaran e Lula Natarajan Chandrasekaran, chairman do Grupo Tata, encontra o presidente Lula Copyright Ricardo Stuckert/PR - 25.mar.2024 Guilherme Waltenberg 26.mar.2024 (terça-feira) - 17h01 Um dos maiores empresários da Índia, Natarajan Chandrasekaran, chairman do Grupo Tata, levou um recado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião realizada na 2ª feira (25.ma...

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Haddad diz que Lula anunciará na semana que vem medidas para destravar mercado imobiliário

 Haddad também vai ao Alvorada falar com Lula


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, irá anunciar, na semana que vem, medidas para destravar o mercado imobiliário. “Nós vamos tomar medidas, na semana que vem, que vão destravar esse mercado imobiliário. Vamos criar um mercado secundário de títulos imobiliários muito robustos para fazer com que o crédito imobiliário rode no Brasil e possa ser multiplicado por muitas vezes”, disse, em entrevista nesta quarta-feira, 27, à Rádio Itatiaia.

Segundo o ministro, houve uma reunião recente com as principais empresas do setor envolvido para desenvolver o mercado secundário de títulos imobiliários.

“O entusiasmo com esse novo produto está muito grande”, comentou Haddad.

 


Quem é o bilionário tcheco Kretinsky que assumiu o controle do grupo Casino

 


O empresário tcheco Daniel Kretinsky posa durante uma sessão de fotos no dia 22 de janeiro de 2020, em Paris (Crédito: JOEL SAGET / AFP)

 

O bilionário tcheco Daniel Kretinsky de 48 anos, assume nesta quarta-feira, 27, o controle do grupo francês varejista de supermercados Casino, que está em processo de recuperação judicial

Há quase um ano, Kretinsky propôs investir 750 milhões de euros (4,04 bilhões de reais) para resgatar o grupo, muito endividado, com a condição de assumir sua direção.

Desde então, o grupo cedeu todas as atividades na América Latina e quase todos seus hipermercados na França, e começou um plano de recuperação.

Com fortuna avaliada em US$ 9,3 bilhões, segundo a Forbes, Kretinsky dirige e é proprietário da Energeticky a Prumyslovy Holding (EPH), o maior grupo energético da Europa Central.

A companhia, que emprega mais de 25 mil pessoas, distribui e fornece eletricidade, bem como fornece armazenamento e transmissão de gás.

O bilionário também é acionista de empresas como Macy’s, Foot Locker, Sainsbury e Royal Mail. Além disso, o empresário possui participações no jornal francês Le Monde e na gigante varejista alemã Metro AG.

Casino está em recuperação judicial

No final de 2022, o Casino contava com 200 mil funcionários, 75% deles na América Latina, onde registrava grande parte de seu faturamento. Para reduzir sua dívida, cedeu progressivamente seus ativos nesta região, como o brasileiro Assaí.

No início de 2024, o Casino anunciou que obteve 400 milhões de dólares com a venda de suas ações do colombiano Grupo Éxito, presente também no Uruguai e Argentina, ao salvadorenho Grupo Calleja.

Neste mês, o brasileiro Grupo Pão de Açúcar (GPA) lançou um aumento da abertura de capital em cerca de 704 milhões de reais, que fez com que o Casino perdesse o controle do varejista, do qual mantém uma participação de 22,5%.

*Com informações da AFP

 

 https://istoedinheiro.com.br/quem-e-o-bilionario-tcheco-kretinsky-que-assumiu-o-controle-do-grupo-casino/