quinta-feira, 18 de abril de 2024

Líder em panetones nos EUA, Bauducco fatura é com wafer e vai abrir 2ª fábrica na Flórida

 


Quando chegou aos Estados Unidos, em 1979, a Bauducco tinha um objetivo: conseguir que italianos e brasileiros matassem a saudade do panetone durante o Natal. Anos depois do primeiro contêiner da marca chegar em Nova Jersey, a companhia deu um passo importante: abriu a sua primeira fábrica fora do Brasil, nos Estados Unidos, na cidade de Miami, em 2018 e, até o meio de 2025, quer inaugurar uma segunda fábrica na cidade de Tampa.  

Apesar de dominar o mercado de panetones no país, com um market share de 80%, foi com os biscoitos wafer que a marca conseguiu pegar os americanos pela boca. A marca é a segunda maior empresa no ramo no país e, entre 2022 e 2023, foi a terceira que mais cresceu na categoria de biscoitos doces, de acordo com pesquisa da Nielsen. O vice-presidente da Unidade de Negócio Internacional da Bauducco Stefano Mozzi explicou que a qualidade dos wafers da marca foram essenciais para a entrada nesse mercado.

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“Era um produto envelhecido e de qualidade média. Nós entramos com um produto mais rejuvenescido, muito mais crocante e leve”, explicou. O próximo passo da empresa, de acordo com Stefano, é crescer no mercado de cookies. 

Além disso, um estudo sobre o paladar do norte-americano foi realizado, o que resultou em produtos exclusivos para o mercado do país para ir além do público que já conhecia a marca.

“Em pesquisas a gente percebeu que o sabor vanilla é muito apreciado nos Estados Unidos, então produzimos o panetone e o wafer sabor vanilla com exclusividade para o mercado norte-americano com o intuito de fazer produtos mais alinhados com o paladar desse público”, disse o CMO da empresa, André Britto.  

Hoje a fábrica da companhia emprega 150 funcionários, produz mais de 50 milhões de wafers por ano e abastece os mercados do México e do Canadá. A empresa não divulgou o quanto pretender investir na fábrica e nem quantos funcionários ela vai ter.

Logística do panetone atrapalha produção local

Apesar do panetone ser o principal produto da marca no Brasil, nos Estados Unidos a coisa muda de figura. A marca é líder nos segmento no país, mas o produto acaba ficando mais restrito a regiões com maior imigração brasileira e italiana. Levando isso em conta, todo o panetone vendido nos 50 países que a empresa atua é importado do Brasil. 

Britto também explica que o processo de fermentação do panetone dificulta a produção do produto na fábrica dos Estados Unidos. 

“A Bauducco é a maior produtora de panetones do mundo, e isso vem do Brasil. Nós temos uma massa madre que chegou da Itália em 1952 e é base para todos os nossos panetones e chocotones. Então é uma logística muito complicada levar essa massa para os Estados Unidos”, encerrou. 


https://istoedinheiro.com.br/lider-em-panetones-nos-eua-bauducco-fatura-e-com-wafer-e-vai-abrir-2a-fabrica-na-florida/

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Nubank investe R$ 800 milhões para testar produtos de crédito no México

Nubank - Finalmente você no controle do seu dinheiro

O Nubank está investindo US$ 150 milhões (o equivalente a R$ 795 milhões pelo câmbio de hoje) para testar produtos de crédito no México, seu segundo maior mercado, depois do Brasil. Os valores estão sendo aplicados nos chamados “testes fundamentais”, forma como a fintech chama os primeiros passos que dá com um determinado produto antes de atingir velocidade de cruzeiro. O montante equivale a cerca de 20% do portfólio da instituição no país, mercado em que o banco digital vem tentando acelerar sua expansão.

Em dezembro passado, 5,2 milhões dos 94 milhões de clientes do Nubank estavam no México. O país é considerado pelo mercado a principal alavanca do crescimento da fintech nos próximos anos, em especial após o lançamento da conta digital, vista como um acelerador importante da fidelidade dos clientes.

Em um videocast, foi o mediador da conversa, o diretor sênior de relações com investidores e inteligência de mercado do Nubank, Jorg Friedemann, que trouxe o número de US$ 150 milhões, ressaltando os gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos do banco digital no México.

Na conversa, o presidente e diretor de Operações da fintech, Youssef Lahrech, afirma que a conta digital permite dizer “sim” a todos os clientes que buscam o Nubank. Antes, o neobanco só operava no México e na Colômbia com o cartão de crédito, que é concedido após análise de crédito.

Lahrech afirma que a base dos modelos de crédito utilizados no Brasil pode ser exportada aos demais mercados, sendo que a etapa final, ou seja, a análise propriamente dita dos clientes, utiliza ciência de dados e inteligência artificial, e por isso, se adapta aos diferentes contextos.

O que muda entre os mercados é a forma como os clientes usam cada produto. “Cartões de crédito no Brasil tendem a ser muito mais transacionais, enquanto no México é diferente, o rotativo tende a ser mais utilizado”, afirma ele. O cartão de crédito foi o primeiro produto do Nubank nos três mercados.

A aplicação de tecnologia não substitui práticas tradicionais na indústria financeira, segundo Lahrech. Entretanto, de acordo com o chefe global de Risco de Crédito da fintech, Ravi Prakash, a união das duas coisas é o grande desafio.

“Não conheço nenhuma fintech que tenha de fato decifrado o negócio de crédito além do Nubank”, diz. E mesmo na comparação com os grandes bancos, o executivo diz que o Nubank consegue mudar de um modelo para outro mais evoluído “em questão de meses”, enquanto os bancões levam “anos” para fazer uma mudança similar.

Nos testes fundamentais, afirma, o Nubank consegue detectar os impactos de mudanças na economia, no comportamento do consumidor ou no ambiente competitivo nos riscos de crédito e vai calibrando o que emprestar. “Em nossa filosofia, a decisão de correr mais ou menos risco é quase que inteiramente pautada por dados e testes”, diz Prakash.

O banco digital chega a dar limites de crédito de apenas R$ 50,00, em um modelo de concessão chamado “low and grow”, em que vai testando a capacidade de pagamento do cliente. E para que essa estratégia tenha retornos com valores tão baixo de empréstimo, Ravi observa que a estrutura de custos precisa ser muito eficiente. Por isso, não funciona em um banco tradicional.

O banco digital, por exemplo, por não ter agências, tem estrutura de custo muito baixa. “Temos custo quase zero de aquisição do cliente”, comenta. Na fintech, 61% dos clientes usam o Nubank como seu principal banco.

O executivo afirmou, por outro lado, que conceder limites iniciais baixos não funciona junto aos clientes de alta renda. O Nubank tem como um dos focos neste ano ganhar espaço neste segmento, que faz transações com valores mais elevados e que tem risco de crédito menor. Segundo Prakash, o cliente do Ultravioleta, segmento de alta renda do banco digital, já entra no Nubank com limite mais alto.

Ontem, o Nubank anunciou que para financiar seus investimentos no México, fará um aporte de US$ 100 milhões (o equivalente a R$ 526 milhões), incluindo os recursos que usará para desenvolver produtos de crédito no país. Com a nova capitalização, o investimento total na operação mexicana, desde 2019, subiu para US$ 1,4 bilhão, o que equivale a R$ 7,4 bilhões.

Ainda em suas operações internacionais, na semana passada, o banco digital anunciou que obteve um empréstimo de US$ 150 milhões (o equivalente a R$ 755 milhões) junto ao DFC, agência de fomento dos Estados Unidos. O banco lançou recentemente uma conta digital no país, a Cuenta Nu, que segundo o comunicado tem uma fila de 400 mil interessados.


Latam amplia voos Brasil-Chile em mais de 30% entre maio e julho

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A Latam vai ampliar em mais de 30% o número de voos Brasil-Chile entre maio e julho quando comparado ao início do ano. A iniciativa, que ocorrerá de forma progressiva, vai aumentar as decolagens para Santiago, capital chilena, de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, além da nova rota a partir de Brasília.

A ampliação busca atender a demanda aquecida de viagens para o Chile, segundo a diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, Aline Mafra. Ela destaca que entre os 90 aeroportos atendidos pela aérea no exterior com voos próprios, Santiago é um dos destinos com maior procura.

“Temos a vantagem de oferecer uma rede que atende aos viajantes interessados em voar ao Chile a partir de diversas regiões do Brasil, e não somente do eixo Rio-São Paulo”, destaca a executiva.

Rotas

Na Região Sul, a partir de maio, a rota Curitiba-Santiago passará de quatro para seis voos semanais, enquanto a rota Florianópolis-Santiago passará de quatro para sete por semana, chegando a 10 voos semanais em julho. Além disso, a rota Porto Alegre-Santiago passará de quatro para sete voos semanais a partir de julho.

No Sudeste, a rota Belo Horizonte/Confins-Santiago passará de três para cinco voos semanais em maio, seis em junho e, finalmente, sete voos em julho. Já a rota São Paulo/Guarulhos-Santiago, que conta com voos diretos da Latam para 49 aeroportos brasileiros, passará de 52 para 57 voos semanais em maio e para 66 em julho.

A rota Rio de Janeiro/Galeão-Santiago, por sua vez, passará de 20 para 26 voos semanais a partir de julho. Esse é o maior volume de voos da rota para o mês mencionado desde 2019.

Austrália

A Latam informou nesta terça-feira, 16, também que vai lançar um voo direto de Santiago para Sydney, na Austrália, em 27 de outubro. De acordo com a empresa, serão quatro frequências semanais e o percurso será realizado em menos de 15 horas, quatro a menos do que na opção atualmente oferecida pela companhia, com escala em Auckland, na Nova Zelândia.

A Latam já operou a rota direta para Sydney em 2019 e 2020, mas ela foi cancelada por causa da pandemia. A empresa oferece ainda três voos diretos semanais de Santiago a Melbourne, também na Austrália.

BNDES aprova financiamento de R$ 84,6 milhões para a empresa de bicicletas Tembici

 


Tembici

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quarta-feira, 17, que aprovou financiamento no valor de R$ 84,6 milhões para a empresa de compartilhamento de bicicletas Tembici investir em um plano de inovação entre 2024 e 2026.

“Os investimentos deverão ser alocados em pesquisa & desenvolvimento, com foco em inovação e aprimoramento contínuo nas bicicletas e estações desenvolvidas pela companhia, por meio do Tembici Labs”, informou o BNDES em nota.

O foco será fazer melhorias na experiência do usuário e a otimização de funcionalidades, com um novo software e aplicativo de compartilhamento de bicicletas, e aperfeiçoamento na infraestrutura digital e processamento de dados em nuvem.

Esse é o segundo financiamento do banco à empresa Tembici. O primeiro empréstimo possibilitou a estruturação do Tembici Labs, Centro de Inovação e Pesquisa que desenvolveu modelos de bicicletas e estações próprias.

Além disso, o financiamento possibilitou fortalecer a cadeia de fornecedores locais e o crescimento da nacionalização de insumos para a produção de bicicletas e estações, segundo o BNDES.

“O investimento em mobilidade sustentável é uma das missões da Nova Indústria Brasil, do governo do presidente Lula. Nesta operação, além de promover a locomoção sem emissão de CO2, estamos financiando a inovação, fator fundamental para o desenvolvimento e estruturante para colocar o Brasil no caminho da neoindustrialização”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Para a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, o apoio vai o projeto contribui para o desenvolvimento da indústria e da cadeia de fornecedores no Brasil, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros.

“O projeto apoiado vai permitir inovações tecnológicas importantes para a gestão e o planejamento dos sistemas de gestão da micro mobilidade nas cidades”, destacou Luciana Costa.

Eve assina carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços

 


Eve assina carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços
(Divulgação/Embraer) Eve assina carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços

 

 

A Eve Air Mobility (“Eve”) (NYSE: EVEX; EVEXW), empresa gerida pela Embraer assinou uma Carta de Intenção de Compra (LOI) com a AirX Inc. (AirX), a maior empresa pública de serviço de fretamento de helicópteros do Japão, para 10 pedidos firmes do eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) com direitos de compra de outras 40 aeronaves. O pedido de compra apoiará o desenvolvimento contínuo e o dimensionamento de operações inovadoras de transporte no Japão.

A AirX é pioneira em mobilidade aérea avançada no Japão e uma empresa de plataforma digital que oferece uma solução completa de serviços de fretamento para o público japonês via AIROS Skyview. A AirX anunciou o lançamento do primeiro campo de testes de eVTOL da Grande Tóquio, o UAM Centre. A iniciativa baseia-se na rica história da AirX de oferecer experiências aéreas únicas por meio do AIROS Skyview desde 2015, estabelecendo um marco significativo na jornada da empresa em direção à mobilidade aérea urbana (UAM) sustentável e acessível. O UAM Centre está pronto para revolucionar as viagens aéreas na área metropolitana de Tóquio, mostrando o compromisso da empresa com a inovação e o futuro do transporte.

A região Ásia-Pacífico é um mercado importante para a Eve. A empresa continua construindo relacionamentos diversificados e trabalhando com seus clientes e potenciais clientes para trazer um novo modelo de transporte e ajudar a aliviar o congestionamento do trânsito na região. Além do Japão, a Eve tem trabalhado em estreita colaboração com clientes e operadores na Austrália, Índia e Coreia do Sul, entre outros locais. À medida que a empresa trabalha com seus parceiros locais, seu objetivo é construir ecossistemas de UAM de forma colaborativa em cada uma das comunidades e cidades focos para lançamento do mercado, e compartilhar informações de interesse público conforme as discussões acontencem.

O eVTOL da Eve utiliza uma configuração de decolagem e cruzeiro (Lift + Cruise) com rotores dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem a necessidade de componentes para a transição durante o voo. O conceito mais recente inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que proporcionam redundância de propulsão, garantindo alto desempenho e segurança. Além de oferecer diversas vantagens, como baixo custo operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, foi desenvolvido para oferecer eficiência de empuxo com baixo ruído.

No ano passado, a Eve revelou que sua primeira fábrica de eVTOL será estabelecida na cidade de Taubaté, em São Paulo. A empresa iniciou a montagem do primeiro protótipo do eVTOL em escala real, que dará sequência à campanha de testes. A Eve tem LOIs para quase 3.000 eVTOLs e a aeronave deve entrar em serviço em 2026.

Paralelamente, a Eve continua desenvolvendo um amplo portfólio de soluções agnósticas, incluindo o Vector, para otimizar e expandir as operações de UAM em todo o mundo.

Nos EUA, Haddad explica reforma tributária e tenta atrair investidores para o Brasil

 


Presidente do BID disse que transição ecológica representa “janela de oportunidade” para América Latina

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 28/12/2023 - REUTERS/Adriano Machado

Agência Brasil

No primeiro dia de viagem aos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou oportunidades de investimento a empresários norte-americanos e debateu iniciativas para ampliar o financiamento à transição ecológica.

Ao longo da semana, o ministro participa, em Washington, de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.

No primeiro evento da terça-feira (16), Haddad explicou, na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, os efeitos da reforma tributária aprovada no ano passado sobre a oportunidade para investimentos estrangeiros no Brasil.

Segundo ele, a reforma resolveu um problema de décadas ao reparar a disfuncionalidade da tributação sobre o consumo no país.

Em relação à regulamentação da reforma tributária, cujos projetos deverão ser enviados na próxima semana ao Congresso, o ministro disse que o detalhamento das regras não “estragará” a reforma constitucional.

Haddad afirmou que o Brasil terá um sistema tributário de primeiro mundo a partir de 2027.

Também presente ao evento, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, apresentou um diagnóstico sobre a América Latina.

Apesar do desafio de reduzir a imensa desigualdade social no continente, ele disse que a transição ecológica representa uma “janela de oportunidade” para a região.

Goldfajn elogiou iniciativas como o hegde (instrumento de proteção cambial) verde.

Finanças sustentáveis

Em evento paralelo às reuniões desta semana, Haddad debateu a importância de instrumentos e plataformas que financiem iniciativas de transição ecológica.

Na abertura do evento, o ministro destacou a importância do compartilhamento das experiências de países como o Brasil para avançar nas políticas de economia sustentável.

Segundo Haddad, o Brasil tem pioneirismo na área e está encontrando caminhos importantes. No entanto, a troca de experiências é fundamental para que os países possam fazer a transição ecológica em grande escala.

O enviado especial da Organização das Nações Unidas para a Ação do Clima, Mark Carney, elogiou a consistência e a estruturação do plano de transição ecológica apresentado durante a presidência brasileira do G20.

Ele defendeu reformas radicais no financiamento internacional para o meio ambiente, para que os países tenham recursos para executar esses planos.

O evento paralelo foi organizado pelo Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 em parceria com o Instituto Clima Sociedade, o Wilson Center e o Brazil Institute.

Agenda

Nesta quarta-feira (17), Haddad participa de alguns eventos paralelos à reunião do G20. No primeiro compromisso, às 9h (horário local), na sede do Banco Mundial, o ministro tem presença confirmada no painel “A força tarefa da fome”, que visa a engajar líderes globais na luta contra a insegurança alimentar. Participarão ainda representantes dos Estados Unidos, da União Africana, Noruega e África do Sul.

Às 10h30, Haddad estará em uma discussão sobre tributação internacional, durante evento organizado em parceria entre Brasil e França, na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI). O tema ganhou destaque na reunião do G20 realizada em São Paulo, em fevereiro.

À tarde, o ministro, participa das reuniões da cadeira brasileira do Banco Mundial e do FMI. À noite, às 18h30, irá a um jantar oficial de trabalho do G20, na sede do FMI.

BIS menciona Drex do Brasil ao defender futuro sistema financeiro com usuário no centro

 


Relatório do Banco divulgado nesta segunda-feira (15) argumenta maior acesso a serviços e ativos financeiros 

 

Torre do edifício sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS) na Basileia
Torre do edifício sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS) na Basileia Foto: Reuters/Arnd Wiegmann 
 

Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) publica nesta segunda-feira (15) relatório de trabalho, no qual discute sua visão para o futuro do sistema financeiro.

 Batizando-o de “Finternet”, o BIS argumenta que é crucial colocar os usuários dos serviços financeiros “firmemente no centro”, com acesso a uma variedade mais ampla de serviços e ativos financeiros e maior flexibilidade para gerenciar suas questões nessa frente.

Nesse contexto, o documento ainda menciona o caso do Drex no Brasil.

 Segundo o BIS, os serviços financeiros devem ser “baratos, seguros e quase instantâneos”, para todos. O sistema financeiro deve ajudar pessoas e empresas a gerenciar riscos, salvaguardar suas economias e investir em um futuro melhor, argumenta.

O BIS acredita que os ganhos podem ser “particularmente grandes” nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, diante de sua falta de acesso maior a serviços financeiros no quadro atual.

O BIS vê três componentes necessários para traduzir essa visão em realidade: uma arquitetura econômica e financeira eficiente, tecnologia de ponta; e marcos legais e de governança robustos.

Estratégias de unificar os múltiplos ativos financeiros em uma carteira oferecem a possibilidade de reduzir processos lentos, como o de compensações, dando mais eficiência e serviços confiáveis aos usuários, acredita a instituição.

Mas ela também admite a “incerteza considerável” sobre como de fato as tecnologias inovadoras servirão melhor como uma base para o futuro do sistema financeiro, e seus melhores usos.

O BIS acredita que avançar nessa frente “exige experimentação” e vê muitos bancos centrais engajados neste processo “necessário de tentativa e erro”.

Em box, o BIS comenta o caso do Drex, após o sucesso do PIX no Brasil. O BC brasileiro lançou o Drex, um projeto de real digital, como parte de uma agenda mais ampla para fomentar a competição no sistema financeiro por meio da inovação, cita o BIS.

Também incluídos nesta categoria estão o Pix, a iniciativa de open finance e a internacionalização do real, diz o BIS. O Drex é apontado como “talvez uma das iniciativas mais avançadas” na tentativa de tornar realidade a unificação de carteiras, “ele certamente não é o único”.

O BIS menciona também projetos do BC da Coreia do Sul e de Cingapura, nessa mesma linha.BIS menciona Drex do Brasil ao defender futuro sistema financeiro com usuário no centro