Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O Banco Original, controlado pela J&F Investimentos, registrou lucro líquido de R$ 143,7 milhões no primeiro trimestre deste ano. A instituição não faz comparativo com o mesmo período do ano passado, dado que desde então, houve uma alteração no perfil de negócios e na carteira de clientes entre as empresas financeiras do grupo.
Na metade de 2023, o Original transferiu ao PicPay, também da J&F, os negócios e os clientes do segmento de pessoas físicas. Com isso, passou a se concentrar em clientes de atacado, estratégia que, de acordo com a instituição, se refletiu em crescimento da carteira e dos negócios de modo amplo.
Ao todo, o portfólio de crédito do Original dobrou de tamanho em um ano, chegando a R$ 14,2 bilhões em março. O lucro antes de impostos e receitas do banco foi de R$ 273,7 milhões no primeiro trimestre.
“Com foco no atendimento aos públicos Corporate, Agro e Empresas, reforçamos nossa atuação no Atacado e, agora, estamos focados em expandi-la. Temos um acionista comprometido com a companhia e com o plano de negócio, como sempre foi”, diz em nota o presidente do Original, Luiz Meneguetti.
Com o novo foco, o banco aumentou a estrutura de atendimento, passando de sete para 17 escritórios fora dos grandes centros do País. O foco neste ano segue na qualidade dos produtos e na eficiência operacional, e o Original também pretende manter a expansão da carteira de crédito, afirma Meneguetti.
“Os números de 2024 comprovam que estamos no caminho certo e estamos confiantes de que o Banco Original vai ampliar cada vez mais sua relevância no segmento e potencializar seu crescimento”, diz o presidente da J&F Participações, José Antônio Batista.
Fábrica em Miami produz cerca de 50 milhões de wafers por ano (Crédito: Divulgação/ Bauducco)
Quando chegou aos Estados Unidos, em 1979, a Bauducco tinha um objetivo: conseguir que italianos e brasileiros matassem a saudade do panetone durante o Natal. Anos depois do primeiro contêiner da marca chegar em Nova Jersey, a companhia deu um passo importante: abriu a sua primeira fábrica fora do Brasil, nos Estados Unidos, na cidade de Miami, em 2018 e, até o meio de 2025, quer inaugurar uma segunda fábrica na cidade de Tampa.
Apesar de dominar o mercado de panetones no país, com um market share de 80%, foi com os biscoitos wafer que a marca conseguiu pegar os americanos pela boca. A marca é a segunda maior empresa no ramo no país e, entre 2022 e 2023, foi a terceira que mais cresceu na categoria de biscoitos doces, de acordo com pesquisa da Nielsen. O vice-presidente da Unidade de Negócio Internacional da Bauducco Stefano Mozzi explicou que a qualidade dos wafers da marca foram essenciais para a entrada nesse mercado.
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“Era um produto envelhecido e de qualidade média. Nós entramos com um produto mais rejuvenescido, muito mais crocante e leve”, explicou. O próximo passo da empresa, de acordo com Stefano, é crescer no mercado de cookies.
Além disso, um estudo sobre o paladar do norte-americano foi realizado, o que resultou em produtos exclusivos para o mercado do país para ir além do público que já conhecia a marca.
“Em pesquisas a gente percebeu que o sabor vanilla é muito apreciado nos Estados Unidos, então produzimos o panetone e o wafer sabor vanilla com exclusividade para o mercado norte-americano com o intuito de fazer produtos mais alinhados com o paladar desse público”, disse o CMO da empresa, André Britto.
Hoje a fábrica da companhia emprega 150 funcionários, produz mais de 50 milhões de wafers por ano e abastece os mercados do México e do Canadá. A empresa não divulgou o quanto pretender investir na fábrica e nem quantos funcionários ela vai ter.
Apesar do panetone ser o principal produto da marca no Brasil, nos Estados Unidos a coisa muda de figura. A marca é líder nos segmento no país, mas o produto acaba ficando mais restrito a regiões com maior imigração brasileira e italiana. Levando isso em conta, todo o panetone vendido nos 50 países que a empresa atua é importado do Brasil.
Britto também explica que o processo de fermentação do panetone dificulta a produção do produto na fábrica dos Estados Unidos.
“A Bauducco é a maior produtora de panetones do mundo, e isso vem do Brasil. Nós temos uma massa madre que chegou da Itália em 1952 e é base para todos os nossos panetones e chocotones. Então é uma logística muito complicada levar essa massa para os Estados Unidos”, encerrou.
https://istoedinheiro.com.br/lider-em-panetones-nos-eua-bauducco-fatura-e-com-wafer-e-vai-abrir-2a-fabrica-na-florida/
O Nubank está investindo US$ 150 milhões (o equivalente a R$ 795 milhões pelo câmbio de hoje) para testar produtos de crédito no México, seu segundo maior mercado, depois do Brasil. Os valores estão sendo aplicados nos chamados “testes fundamentais”, forma como a fintech chama os primeiros passos que dá com um determinado produto antes de atingir velocidade de cruzeiro. O montante equivale a cerca de 20% do portfólio da instituição no país, mercado em que o banco digital vem tentando acelerar sua expansão.
Em dezembro passado, 5,2 milhões dos 94 milhões de clientes do Nubank estavam no México. O país é considerado pelo mercado a principal alavanca do crescimento da fintech nos próximos anos, em especial após o lançamento da conta digital, vista como um acelerador importante da fidelidade dos clientes.
Em um videocast, foi o mediador da conversa, o diretor sênior de relações com investidores e inteligência de mercado do Nubank, Jorg Friedemann, que trouxe o número de US$ 150 milhões, ressaltando os gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos do banco digital no México.
Na conversa, o presidente e diretor de Operações da fintech, Youssef Lahrech, afirma que a conta digital permite dizer “sim” a todos os clientes que buscam o Nubank. Antes, o neobanco só operava no México e na Colômbia com o cartão de crédito, que é concedido após análise de crédito.
Lahrech afirma que a base dos modelos de crédito utilizados no Brasil pode ser exportada aos demais mercados, sendo que a etapa final, ou seja, a análise propriamente dita dos clientes, utiliza ciência de dados e inteligência artificial, e por isso, se adapta aos diferentes contextos.
O que muda entre os mercados é a forma como os clientes usam cada produto. “Cartões de crédito no Brasil tendem a ser muito mais transacionais, enquanto no México é diferente, o rotativo tende a ser mais utilizado”, afirma ele. O cartão de crédito foi o primeiro produto do Nubank nos três mercados.
A aplicação de tecnologia não substitui práticas tradicionais na indústria financeira, segundo Lahrech. Entretanto, de acordo com o chefe global de Risco de Crédito da fintech, Ravi Prakash, a união das duas coisas é o grande desafio.
“Não conheço nenhuma fintech que tenha de fato decifrado o negócio de crédito além do Nubank”, diz. E mesmo na comparação com os grandes bancos, o executivo diz que o Nubank consegue mudar de um modelo para outro mais evoluído “em questão de meses”, enquanto os bancões levam “anos” para fazer uma mudança similar.
Nos testes fundamentais, afirma, o Nubank consegue detectar os impactos de mudanças na economia, no comportamento do consumidor ou no ambiente competitivo nos riscos de crédito e vai calibrando o que emprestar. “Em nossa filosofia, a decisão de correr mais ou menos risco é quase que inteiramente pautada por dados e testes”, diz Prakash.
O banco digital chega a dar limites de crédito de apenas R$ 50,00, em um modelo de concessão chamado “low and grow”, em que vai testando a capacidade de pagamento do cliente. E para que essa estratégia tenha retornos com valores tão baixo de empréstimo, Ravi observa que a estrutura de custos precisa ser muito eficiente. Por isso, não funciona em um banco tradicional.
O banco digital, por exemplo, por não ter agências, tem estrutura de custo muito baixa. “Temos custo quase zero de aquisição do cliente”, comenta. Na fintech, 61% dos clientes usam o Nubank como seu principal banco.
O executivo afirmou, por outro lado, que conceder limites iniciais baixos não funciona junto aos clientes de alta renda. O Nubank tem como um dos focos neste ano ganhar espaço neste segmento, que faz transações com valores mais elevados e que tem risco de crédito menor. Segundo Prakash, o cliente do Ultravioleta, segmento de alta renda do banco digital, já entra no Nubank com limite mais alto.
Ontem, o Nubank anunciou que para financiar seus investimentos no México, fará um aporte de US$ 100 milhões (o equivalente a R$ 526 milhões), incluindo os recursos que usará para desenvolver produtos de crédito no país. Com a nova capitalização, o investimento total na operação mexicana, desde 2019, subiu para US$ 1,4 bilhão, o que equivale a R$ 7,4 bilhões.
Ainda em suas operações internacionais, na semana passada, o banco digital anunciou que obteve um empréstimo de US$ 150 milhões (o equivalente a R$ 755 milhões) junto ao DFC, agência de fomento dos Estados Unidos. O banco lançou recentemente uma conta digital no país, a Cuenta Nu, que segundo o comunicado tem uma fila de 400 mil interessados.
A Latam vai ampliar em mais de 30% o número de voos Brasil-Chile entre maio e julho quando comparado ao início do ano. A iniciativa, que ocorrerá de forma progressiva, vai aumentar as decolagens para Santiago, capital chilena, de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, além da nova rota a partir de Brasília.
A ampliação busca atender a demanda aquecida de viagens para o Chile, segundo a diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, Aline Mafra. Ela destaca que entre os 90 aeroportos atendidos pela aérea no exterior com voos próprios, Santiago é um dos destinos com maior procura.
“Temos a vantagem de oferecer uma rede que atende aos viajantes interessados em voar ao Chile a partir de diversas regiões do Brasil, e não somente do eixo Rio-São Paulo”, destaca a executiva.
Rotas
Na Região Sul, a partir de maio, a rota Curitiba-Santiago passará de quatro para seis voos semanais, enquanto a rota Florianópolis-Santiago passará de quatro para sete por semana, chegando a 10 voos semanais em julho. Além disso, a rota Porto Alegre-Santiago passará de quatro para sete voos semanais a partir de julho.
No Sudeste, a rota Belo Horizonte/Confins-Santiago passará de três para cinco voos semanais em maio, seis em junho e, finalmente, sete voos em julho. Já a rota São Paulo/Guarulhos-Santiago, que conta com voos diretos da Latam para 49 aeroportos brasileiros, passará de 52 para 57 voos semanais em maio e para 66 em julho.
A rota Rio de Janeiro/Galeão-Santiago, por sua vez, passará de 20 para 26 voos semanais a partir de julho. Esse é o maior volume de voos da rota para o mês mencionado desde 2019.
Austrália
A Latam informou nesta terça-feira, 16, também que vai lançar um voo direto de Santiago para Sydney, na Austrália, em 27 de outubro. De acordo com a empresa, serão quatro frequências semanais e o percurso será realizado em menos de 15 horas, quatro a menos do que na opção atualmente oferecida pela companhia, com escala em Auckland, na Nova Zelândia.
A Latam já operou a rota direta para Sydney em 2019 e 2020, mas ela foi cancelada por causa da pandemia. A empresa oferece ainda três voos diretos semanais de Santiago a Melbourne, também na Austrália.