segunda-feira, 29 de abril de 2024

Como a Casas Bahia chegou à recuperação extrajudicial e qual o plano para a dívida

 


Casas Bahia entra com pedido de recuperação extrajudicial para dívida de R$ 4,1 bi

Casas Bahia entra com pedido de recuperação extrajudicial para dívida de R$ 4,1 bi (Crédito: Casas Bahia)

A rede de varejo Casas Bahia anunciou na noite de domingo, 28, que fez um pedido de recuperação extrajudicial, citando dívidas de R$ 4,1 bilhões e que já conta com apoio do Bradesco e Banco do Brasil, seus principais credores.

O plano inclui alongamento de amortização de dívida, incluindo carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal. Além disso, a estratégia inclui possibilidade de credores apoiadores converterem parte de dívida em participação na empresa.

A dívida citada no pedido envolve as sexta, sétima e oitava emissões de debêntures a mercado e a nona emissão de debêntures “e certas CCBs emitidas junto a instituições financeiras”, afirmou a companhia em fato relevante. Segundo a empresa, o plano não envolve dívidas operacionais com fornecedores e parceiros e não impacta trabalhadores ou clientes.

A empresa afirmou em divulgação ao mercado que conta com apoio de credores detentores de 55% de sua dívida financeira sem garantias, o que, segundo a companhia, já permite a homologação do plano.

Antes do acordo, a Casas Bahia teria pela frente este ano pagamentos de R$ 1,24 bilhão em amortizações e 313 milhões em juros.

Empresa teve prejuízo acumulado de R$ 2,6 bilhões

Com o pedido, a Casas Bahia reforça grupo de varejistas no país que tem sido obrigado a renegociar com credores desde o escândalo criado com o rombo contábil na Americanas, revelado em janeiro do ano passado e que afetou o nível de crédito ao setor.

No último trimestre de 2023, o Grupo Casas Bahia reportou um prejuízo contábil de R$ 1 bilhão, uma forte piora na comparação com os R$ 163 milhões negativos do ano anterior, e o sexto resultado negativo seguido. A última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões. No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.

Nos últimos três meses do ano passado, a Casas Bahia realizou o fechamento de 17 lojas. Mas desde o início da reestruturação, foram 55 unidades encerradas.

Segundo a Casas Bahia, o “reperfilamento” da dívida preservará cerca de R$ 4,3 bilhões no caixa da companhia nos próximos quatro anos. Além disso, o prazo médio da dívida sairá de 22 para 72 meses, com redução de 1,5 ponto percentual no custo médio, “que representa uma economia de 400 milhões de reais no período”, afirmou a empresa.

Agora, a empresa somente vai retomar os pagamentos a partir de 2026, com 150 milhões de reais em amortização e 103 milhões em juros. Porém, terá pela frente em 2030 pagamentos de 2,58 bilhões de reais em amortizações e 1,9 bilhão em juros.

Segundo a Casas Bahia, o acordo “traz ainda mais confiança e segurança” a todos os fornecedores, parceiros, clientes e funcionários do grupo.

“Este acordo, já aprovado por nossos principais credores financeiros, estava entre nossas metas prioritárias para o ano e, graças ao trabalho já feito até aqui, pudemos concluí-lo antes do previsto”, disse o presidente-executivo da Casas Bahia, Renato Franklin, em comunicado à imprensa.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

As 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil em 2023, segundo lista do Infojobs

 


Empresas

Montadora foi eleita a melhor empresa para trabalhar em 2023 (Crédito: Divulgação/ Mercedes Benz)

 

Da redaçãoi

O Best WorkPlaces, premiação criada pelo Infojobs,  que acontece anualmente desde 2018, reconheceu as organizações pelo trabalho de marca empregadora e cultura de bem-estar voltada para os colaboradores. A lista contempla as 50 empresas que melhor valorizaram o trabalhador em 2023, divididas em 10 segmentos – que incluem bens de consumo, varejo, educação e muito mais, além de uma categoria exclusiva para CEOs e o Top 10 marcas.

“Pesquisas realizadas pelo Infojobs mostram que os prêmios de marca empregadora fazem diferença para 98,3% das pessoas, que dizem desejar trabalhar em espaços reconhecidos. A lista  das 50 melhores empresas é feita com base nas avaliações de funcionários e ex-funcionários registradas no Infojobs , que possui milhões de avaliações espontâneas”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

As empresas recebem avaliações espontâneas e são pontuadas de 1 a 5 de acordo com os seguintes critérios: avaliação geral, ambiente de trabalho, salários e benefícios, diretoria, oportunidades de carreira e empresa recomendável. Além disso, o profissional que está avaliando também pode redigir um comentário livre sobre a passagem pela empresa, que ficam disponíveis em uma página pública após 5 avaliações.

Para garantir a veracidade das informações, somente profissionais com experiência registrada em determinada empresa no currículo, e cadastro no Infojobs, são convidados a avaliarem sua passagem pela organização, incluindo a empresa atual.

Tudo é feito por meio do Infojobs Advisor, solução de Employer Branding, que tem como objetivo ajudar as empresas a gerenciarem e impulsionarem a sua marca empregadora e reputação, além de fornecer aos profissionais informações reais e valiosas sobre a cultura das organizações. E para concorrer ao Best WorkPlaces precisam estar dentro de dois critérios: atuar no Brasil e ter mais de 50 avaliações publicadas no Infojobs Advisor. 

TOP 10 Marcas

Em pesquisa feita pelo Infojobs, 70% dos profissionais afirmam que acreditam que a reputação da marca diante dos funcionários é um fator importante ou muito importante ao aceitar uma proposta de emprego, mostrando que ao buscar uma oportunidade levam a sério a opinião dos colaboradores que já integram as empresas. 

Além disso, 76,2% dos respondentes afirmaram consultar páginas de opinião pública e redes sociais antes de se candidatar a uma vaga. Mais da metade (62,4%) dos profissionais, acompanham as empresas que são premiadas e reconhecidas pela marca empregadora. 

“O que as 10 melhores empresas têm em comum é que são comprometidas com o bem-estar e valorização dos colaboradores, por isso elas conquistam o maior número de avaliações positivas. O reflexo disso é o destaque entre os profissionais no mercado e investidores também”, conclui Ana Paula Prado.

Confira as Top 10 empresas

1 Mercedes Benz Do Brasil

2 Scania Brasil

3 Hospital Israelita Albert Einstein

5 Ford Brasil

4 Toyota do Brasil

6 AC Camargo Cancer Center

7 Cargill

8 Souza Cruz

9 CEJAM

10 Honda

 

Confira abaixo as categorias avaliadas:

 

Executivos com maior aprovação

Hospital Israelita Albert Einstein

Mondelez Brasil

Ford Brasil Prevent Senior

Honda

 

Indústrias e Bens de Consumo 

Mercedes Benz Do Brasil

Scania Brasil

Ford Brasil

Toyota do Brasil

Cargill

 

Varejo 

Avon

Magazine Luiza

Supermercados Mundial

Grupo Boticário

Ri Happy Brinquedos

 

Hotéis, Restaurantes e Entretenimento

Outback

Accor Hotels

Rede Windsor Hotéis

CVC Viagens

Grupo SouthRock

 

Recursos Humanos 

Randstad

Manpower

Gi Group

Mazzini

Global Empregos

 

Hospitais e Farmacêuticas

Hospital Israelita Albert Einstein

AC Camargo Cancer Center

CEJAM

HCor – Hospital do Coração

Prevent Senior

 

Instituições Financeiras, Seguradoras e Consultorias 

SulAmérica Seguros

Itaú

Porto Seguro

Banco Bradesco

Sicredi

 

Telemarketing e BPO

Grupo Prosegur

TB Forte

Brink’s Brasil

G4S

Grupo Pro Security

 

Tecnologia e Telecom

ClearSale

Samsung Brasil

IBM Brasil

LG Electronics

Vivo – Telefônica

 

Educação 

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Rede Marista

Rede Adventista

UniCesumar

Universidade Nove de Julho

 

 https://istoedinheiro.com.br/as-10-melhores-empresas-para-se-trabalhar-no-brasil-em-2023-segundo-lista-do-infojobs/

Café: exportadores defendem na UE que produto brasileiro atende leis contra desmatamento

 

CECAFÉ (@cecafebrazil) / X

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) defendeu, nesta semana, a sustentabilidade dos cafés do Brasil e seu atendimento ao Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, em inglês). Segundo comunicado do conselho, a ação de maior impacto foi realizada ontem (25), em Bruxelas, na Bélgica, quando a entidade, em parceria com a Missão do Brasil na União Europeia (UE), apresentou a autoridades políticas do bloco a Plataforma de Monitoramento Socioambiental Cafés do Brasil, desenvolvida pela Serasa Experian.

O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse em nota que “expusemos os detalhes técnicos, de geolocalização e coleta de dados socioambientais da plataforma desenvolvida pela Serasa Experian, em parceria com o Cecafé, a essas autoridades. Solicitamos maior detalhamento das regras do EUDR e a flexibilização da aplicação de multas por um período de um a três anos, para que os países menos preparados se adaptem à regra. Também pleiteamos o reconhecimento dos sistemas brasileiros de informações e o respeito às Leis dos países de origem, como o Código Florestal e os direitos constitucionais relacionados ao uso da terra no Brasil”.

O representante da Direção-Geral (DG) de Meio Ambiente da Comissão Europeia, Emanuele Pitto, convidou o Cecafé para realizar uma apresentação e participar dos debates da Plataforma Multiatores do EUDR. “Isso é fundamental, uma vez que esse fórum analisa os testes do novo sistema que os europeus possuem para a fiscalização e, em especial, por podermos dar nossas contribuições em um ambiente que, até então, era restrito a apenas países do continente e a algumas empresas globais previamente escolhidas”, destacou Matos.

Conforme o diretor-geral do Cecafé, o Brasil também conseguiu abrir portas para o diálogo com as autoridades competentes pela fiscalização do EUDR em cada país, principalmente com Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Suécia, Irlanda e Eslovênia, que estiveram presentes na reunião. Matos ressaltou que esse estreitamento foi possível após a equipe da Serasa Experian ter apresentado questionamentos sobre o mapa de cobertura florestal do Joint Research Centre (JRC), demonstrando, técnica e comprovadamente, que o uso dessa ferramenta causará impactos negativos e indevidos às origens produtoras.

“A utilização do mapa do JRC será um caminho mais rápido e mais fácil, porém péssimo em termos de alertas de desmatamento, nas áreas onde o café está consolidado há décadas, e isso foi muito bem fundamentado, de maneira técnica, pela Serasa Experian”, explicou Matos.

Como sugestão de contrapartida ao não uso do mapa do JRC, Matos argumenta que os países de origem poderão providenciar seus próprios mapeamentos, com maior acurácia, como no exemplo da Plataforma Cecafé-Serasa Experian do Brasil. “Somado a isso, o caminho está aberto para o diálogo focado em cada autoridade competente para chegarmos às melhores alternativas”, completou.

Após decisão de doar 60% da fortuna em vida, Elie Horn tenta convencer outros brasileiros

 


Elie Horn, fundador da Cyrela

Elie Horn, fundador da Cyrela (Crédito: Divulgação)

 

Karina Trevizani

“Eu aprendi que doar dinheiro é muito bom, mas não basta. Você tem que fazer outras pessoas fazerem o mesmo.” É o que diz o fundador da Cyrela, Elie Horn, que em 2025 vai completar dez anos na lista dos super-ricos que prometeram doar parte de sua fortuna ainda em vida. Como parte do plano para convencer outros a fazer o mesmo, Horn agendou para o dia 6 uma reunião com 20 empresários brasileiros. 

Em entrevista à IstoÉ Dinheiro, Horn contou que o novo projeto “ficou em gestação por dois anos”, e que esse será apenas o primeiro encontro. “Vai começar a primeira reunião desses 20 empresários voluntários para gerar ideias para o bem, é um ‘think tank’ (laboratório de ideias) do bem.”

Sem dar detalhes sobre nomes ou empresas dos participantes, o empresário descreveu que são “20 pessoas muito bem de vida, todas com vontade de fazer o bem”. O objetivo é reunir ideias de iniciativas de doação de dinheiro para caridade e obras sociais. “Não é lucro, não é venda, é doar”, defende Horn, que vai completar 80 anos em 2024.

Primeiro brasileiro a doar fortuna em vida

Foi em 2015 Elie Horn e sua esposa, Suzy, entraram na lista do projeto The Giving Pledge, programa criado em 2010 por Bill Gates (Microsoft) e Warren Buffett (Berkshire Hathaway) para estimular bilionários a doar ao menos metade de suas fortunas ainda em vida para causas beneficentes. 

Com o compromisso de direcionar 60% de seus recursos para doações, Elie e Suzy foram os primeiros brasileiros a entrar na lista. Mais tarde, em 2021, foi a vez de David Vélez, fundador do Nubank, ao lado de sua esposa, Mariel Reyes. 

“O que eu aprendi é que nós somos anões em relação a eles”, diz Horn sobre os signatários de outros países do The Giving Pledge. “O que eles dão em porcentagem é muito maior que qualquer número no Brasil”.

Segundo a lista de bilionários da construção Forbes de 2023, a fortuna de Horn estava estimada em aproximadamente R$ 3,1 bilhões. Já Velez e sua família, de acordo com o ranking divulgado pela revista neste mês, têm uma fortuna estimada em mais de R$ 50 bilhões.

Vale destacar que os únicos quatro brasileiros na lista não nasceram no país. Elie, que também tem nacionalidade brasileira, nasceu na Síria e Suzy, no Chile. David nasceu na Colômbia e Mariel, no Peru. 

‘Piada da vida’ 

Elie Horn conta que aprendeu sobre a importância da caridade com o pai, Raphael Horn, ainda durante a infância. A família vivia das vendas de uma loja de tecido no Líbano, onde morava durante a infância de Elie (o caçula de sete irmãos). Mas eles passaram por uma situação difícil após perderem tudo que tinham na década de 50. 

Viveram então um ano na Itália para, depois, virem para o Brasil. Elie se lembra de ver sua família passando por dificuldades financeiras, mas seu pai, quando conseguiu se reerguer, doou seu dinheiro para caridade. 

A situação difícil da família àquela época em nada se parece com a vida que Elie leva hoje com a esposa, seus 3 filhos e 5 netos. Agora, ao comparar os dois momentos de sua trajetória, ele diz que vê uma “piada da vida”, tomando como exemplo a vontade que sentia de ter um carro quando não tinha dinheiro. 

“É uma piada, uma piada. Um carro custa hoje R$ 60 mil, não sei, que seja. Eu sonhava com uma coisa que nunca tive”, diz. 

“Antes, com pouco dinheiro, podia fazer muito mais. Só que esse pouco dinheiro eu não tinha. Hoje vejo uma gozação da vida, uma piada: você pode, e hoje não interessa. Antes interessava e não podia. Esse é um conflito contínuo que existe.”

‘A empresa da minha vida’ 

Elie começou os trabalhos que dariam origem à Cyrela aos 19 anos. Ele começou atuando com a compra e venda de imóveis, mas operava alavancado (isto é: sem dinheiro, pegava um empréstimo para dar um sinal pelo imóvel e corria para vendê-lo e pagar o restante, em uma corrida contra os juros). Apesar de arriscado, o negócio deu certo, e se tornou a empresa familiar que hoje é uma das maiores do setor imobiliário no país. A Cyrela foi fundada com este nome em 1963.

“Não existe não dar certo para quem trabalha, não existe. Pode ganhar pouco ou muito, mas vai ganhar, é certeza absoluta”, diz Horn. 

“Obviamente que é a empresa da minha vida”, conta o empresário. Atualmente, o fundador faz parte do conselho da Cyrela, mas dedica a maior parte do seu tempo à filantropia. “Não tem duas horas que eu não fale com pessoas sobre (fazer) o bem. Eu gasto quase oito horas por dia de trabalho.”

Os afazeres incluem conhecer projetos que necessitem de ajuda, mas também os esforços de convencimento de mais pessoas com recursos. Um dos trabalhos de filantropia mais conhecidos é o Instituto Liberta, fundado por Horn em 2017 com o objetivo de combater a exploração sexual infantil. Entre as outras instituições ajudadas estão a ONG Nosso Olhar, voltada para educação e inclusão de pessoas com deficiência, e o Movimento Bem Maior, que reúne diversas iniciativas para ajudar projetos sociais. 

Enquanto isso, dois dos herdeiros de Elie Horn seguem no comando da empresa: seus filhos Efraim e Raphael Horn são co-presidentes.

Apesar de se mostrar cada vez mais satisfeito com a decisão de doar parte de sua fortuna, Elie Horn revela que sente uma “pequena frustração”, em parte, pela percepção de que sua ação não será suficiente diante de tantas necessidades no país. “A minha ambição é maior do que a minha capacidade de fazer acontecer.”

 

 https://istoedinheiro.com.br/apos-decisao-de-doar-60-da-fortuna-em-vida-elie-horn-tenta-convencer-outros-brasileiros/

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Embraer anuncia lucro de US$164 milhões, com melhor resultado em 5 anos

 


Divulgação – Embraer
 
 

A Embraer anunciou hoje que registrou um lucro líquido de US$164 milhões de dólares (R$847 milhões) em 2023, o melhor resultado financeiro da companhia em cinco anos. Em 2022, a empresa havia tido um prejuízo de US$185,4 milhões.

Ao longo do ano passado, a Embraer entregou um total de 181 jatos, dos quais 64 foram aeronaves comerciais, 115 jatos executivos (74 leves e 41 médios) e dois C-390, jato militar multimissão. As entregas da Embraer aumentaram 13% na comparação com os 160 jatos em 2022. O resultado anual foi beneficiado pela forte atividade no quarto trimestre de 2023 que permitiu a entrega de 75 jatos e uma geração de US$ 1,975 bilhão em receita.

No ano passado, a companhia gerou uma receita total de US$5,269 bilhões, em linha com as estimativas anunciadas e 16% maior do que em 2022. Todas as unidades de negócios tiveram um crescimento nas receitas e volumes em relação ao ano anterior. Na demonstração financeira em dólar, a Embraer Defesa & Segurança foi o destaque, com crescimento de 25%, seguida pela Aviação Comercial, com 20%.

A Embraer encerrou o ano com uma carteira de pedidos firmes (backlog) avaliada em US$18,7 bilhões, o maior volume registrado nos últimos seis anos. A companhia também reduziu ao longo do ano sua dívida líquida para US$ 781 milhões. No fim de 2022 este valor era de US$1,033 bilhão. O significativo fluxo de caixa livre positivo gerado no trimestre ajudou nesta melhora. Apesar do movimento de crescimento, a companhia informou que continua enfrentando desafios na cadeia de suprimentos, que impactaram os resultados de 2023.

Para 2024, a Embraer estima que seja mais um ano de crescimento com a entrega entre 72 e 80 aeronaves comerciais e entre 125 e 135 jatos executivos. A expectativa é de uma geração de receita entre US$ 6,0 bi e US$6,4 bilhões, com margem EBIT ajustada entre 6,5% e 7,5% e fluxo de caixa livre ajustado de US$220 milhões ou maior para o ano.

Via Assessoria de Imprensa da Embraer

 https://aeroin.net/embraer-anuncia-lucro-de-us164-milhoes-com-melhor-resultado-em-5-anos/

 

Sem “barulho”, Embraer aumentou o peso máximo de decolagem do E195-E2 em 500 kg

 

 

A Embraer aumentou o peso máximo de decolagem (MTOW – Maximum Take-Off Weight) do E195-E2 em 500 kg (1.100 lb) como parte de uma série planejada de melhorias de desempenho para a família E2.

Aprovado originalmente pela reguladora brasileira ANAC em janeiro, o aumento do MTOW foi posteriormente validado pela Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) em 2 de abril.

A documentação de certificação de tipo da EASA mostra que o peso máximo de decolagem do E195-E2 agora é de 62.500 kg, com o peso máximo na rampa também subindo em 500 kg para 62.700 kg.

A Embraer não detalhou o efeito nas cargas úteis ou alcance das melhorias, mas diz que anunciará mais detalhes sobre várias melhorias de desempenho para a família E2 ainda este ano – que também inclui o E190-E2.

Na entrada em serviço, a Embraer afirmou que o E190-E2 tinha uma redução de 17,3% no consumo de combustível em relação ao seu antecessor, enquanto o E195-E2 apresentava uma melhoria de 25,4%. No entanto, a experiência do mundo real sugere que esses números são mais próximos de 20% e 28%, respectivamente. As aeronaves são equipadas com o motor Pratt & Whitney PW1900G.

Além disso, a documentação da EASA mostra que tanto o E190-E2 quanto o E195-E2 foram aprovados para operações em configurações de baixa densidade com até 100 assentos e apenas dois tripulantes de cabine. A EASA anteriormente listava capacidades máximas de 114 e 146 assentos, respectivamente, com três tripulantes de cabine.

Outras melhorias que obtiveram aprovação recentemente incluem a capacidade ETOPS-120 para ambas as variantes E2 e liberação para aproximação íngreme do E195-E2 no aeroporto de London City.

 https://aeroin.net/embraer-aumentou-o-peso-maximo-de-decolagem-do-e195-e2-em-500-kg/

 

 


Sociedade civil integrada ao G20: encontro inédito ocorre na capital federal

 


O I Encontro Ampliado do G20 Social é um primeiro passo no objetivo de aproximar a sociedade civil, por meio dos grupos de engajamento, às tradicionais trilhas de Finanças e de Sherpas. O encontro ocorre nesta quinta-feira (25) no Palácio do Planalto, em Brasília/DF.


O G20 Social congrega 13 grupos de engajamento, que representam diferentes temáticas de debate social. Foto: Audiovisual/G20
O G20 Social congrega 13 grupos de engajamento, que representam diferentes temáticas de debate social. Foto: Audiovisual/G20

 

Como pensar em construir um mundo mais justo e um planeta mais sustentável para as populações sem, justamente, a participação dessas pessoas? Esse é um dos grandes propósitos da presidência brasileira do G20 neste ano: incluir a sociedade civil nos processos de debate e busca por soluções frente às desigualdades e os dilemas ambientais. Foi assim que o G20 Social foi pensado, um fórum que contemple, com caráter formal e apoio do governo federal, os 13 grupos de engajamento que até então acompanhavam o fórum das maiores economias do mundo de forma paralela. 

Desta forma, nesta quinta-feira (25), um importante e inédito passo nesse caminho foi dado: o I Encontro Ampliado do G20 Social, reunindo grupos de engajamento, movimentos sociais, autoridades do governo federal e representantes das das trilhas de Finanças, o diplomata Antonio Freitas, e de Sherpas, o embaixador Mauricio Lyrio. O evento ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília/DF, um ato também simbólico, ao receber os representantes civis na sede do Poder Executivo Federal para o Encontro.

“Considero esse momento muito significativo e como toda ação inédita, o G20 Social requer de quem protagoniza o processo muito trabalho, tolerância e capacidade de inclusão. O importante é que seja um espaço democrático, capaz de assimilar as dores, angústias e necessidades dos nossos povos”, colocou o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, ao realizar a abertura do Encontro.

“Do ponto de vista substantivo, os objetivos traçados pela presidência brasileira já são derivações da participação de movimentos sociais, como a questão do combate à fome e à pobreza, com o fortalecimento da agricultura familiar e a criação de programas de transferência de renda e alimentação escolar. Então, é reconhecido na comunidade internacional que nos países que essas políticas foram bem sucedidas a participação popular foi fundamental”, complementou o sherpa Mauricio Lyrio, ao pontuar a importância da participação dos movimentos para as elaborações do G20.

"Há uma série de atividades, uma equipe do Ministério montada para acompanhar especificamente o G20 Social, para engajar os temas junto a sociedade civil, então, nosso objetivo é chegar na Cúpula do G20 Social com bastante conteúdo, com participação e organização da sociedade", acrescentou Antonio Freitas, do Ministério da Fazenda, que coordena a Trilha de Finanças. O diplomata abriu a agenda que a Trilha já realizou junto a sociedade civil e apresentou as próximas datas. Já foram cinco os encontros entre Ministério da Fazenda e sociedade civil e o próximo será nos dias 22 e 23 de maio, em Brasília/DF, com a tributação internacional em pauta.

A reunião teve abertura no período da manhã e teve continuidade durante a tarde. Foto: Audiovisual/G20
A reunião teve abertura no período da manhã e teve continuidade durante a tarde. Foto: Audiovisual/G20

Após, abriu-se o momento para intervenções dos representantes dos grupos de engajamento que, além de recomendações gerais, dividiram seus históricos, temáticas centrais, questões logísticas e desejos até a Cúpula Social. Entre os assuntos levantados estavam pontos de financiamento; a necessidade de construir resoluções para políticas públicas à longo prazo; um alinhamento transversal à pauta racial; e a continuidade da iniciativa nas futuras presidências do G20.

O evento continua no período da tarde, com sessão conjunta dos grupos de engajamento e espaço paralelo dedicado aos movimentos sociais.

Cúpula Social

A Cúpula Social é mais uma inovação da presidência brasileira em relação ao G20 Social. O encontro irá anteceder a tradicional Cúpula de Chefes de Estado e Governo. Ambas ocorrerão em novembro, no Rio de Janeiro/RJ. As cúpulas são os atos finais da presidência brasileira do G20, quando a África do Sul assume o Grupo.

Renato Simões, secretário nacional de Participação Social, reforçou a autonomia dos grupos perante o governo e detalhou maiores informações sobre o processo até a Cúpula Social, que deve ocorrer do dia 14 ao dia 16 de novembro, em um movimento que congregue feiras, atrações culturais e atos políticos. O secretário informou que até novembro serão articulados três seminários (um para cada eixo temático do G20) e que a plataforma Brasil Participativo será uma ferramenta acionada. São aguardadas milhares de pessoas entre os três dias, com alojamento, alimentação e transporte garantido para, ao menos, quatro mil participantes.