segunda-feira, 6 de maio de 2024

House flipping: comprar imóvel para reformar e revender rende lucro de até 30%

 


Reforma e revenda de imóvel rendem até 30%

Reforma e revenda de imóvel rendem até 30% (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

Comprar casas ou apartamentos para alugar e ter um complemento de renda é uma das formas mais tradicionais de investimento dos brasileiros. Agora, essa prática vem sendo aperfeiçoada, com a aquisição de imóveis para reformar e vender posteriormente, algo comum nos Estados Unidos.

Chamada house flipping, no jargão do setor, a prática consiste em encontrar boas oportunidades de compra de imóveis, especialmente residenciais, a preços atrativos para reformá-los e revendê-los. A prática gera lucros entre 20% e 30% em um prazo médio de 12 meses.

A estratégia de reformar e revender imóveis é vista como uma das melhores formas de obter lucro com esse tipo de ativo no Brasil atualmente, ao lado do investimento em fundos imobiliários. Mas é preciso técnica e agilidade para não perder dinheiro. Os preços dos imóveis em cidades como São Paulo, maior mercado imobiliário do País, às vezes sobem abaixo da inflação. Por isso, o tempo entre a compra, a reforma e a revenda, segundo especialistas, deve ser de até 12 meses, para evitar problemas como perda da margem de lucro por conta do pagamento de contas de condomínio e IPTU.

No primeiro trimestre de 2024, segundo dados do QuintoAndar, o preço médio do metro quadrado (m²) na capital subiu 3,73% em 12 meses, ante uma inflação acumulada de 3,93%. Mesmo para quem busca lucro com aluguéis, a rentabilidade anual é de 6%. Já os fundos imobiliários – que fazem a gestão de propriedades comerciais e residenciais – podem oferecer rentabilidade média mais alta. Segundo o índice Ifix, que reúne os principais ativos dessa classe, a valorização dos fundos imobiliários foi de 17,96% nos 12 meses terminados em 3 de maio -, mas deve-se levar em conta que esses fundos são ativos de renda variável, sujeitos à volatilidade do mercado.

Com a prática de comprar imóveis para reforma e revenda em curto prazo, segundo especialistas, os investidores conseguem obter retornos entre 20% e 30%. No caso de imóveis comprados em leilões, o retorno pode ser ainda maior, a depender do desconto no ato da compra e do tempo para a desocupação do imóvel.

Por isso, a prática tornou-se comum entre pessoas físicas e também empresas. Quatro a cada dez pessoas que compraram imóvel residencial em 2023 disseram ser para investimento. De acordo com o Raio-X FipeZap de dezembro, entre quem comprou uma propriedade com essa finalidade no ano passado, 46% disseram esperar ter lucro com a revenda e 54% contam com o lucro vindo do aluguel. A maior parte dos investidores, segundo a Fipe-Zap, é do sexo masculino (71%) com mais de 50 anos de idade (52%) e renda mensal acima de R$ 15 mil (48%).

Entre empresas, a Loft chegou a atuar nesse mercado por alguns anos, mas optou por mudar para se tornar uma plataforma de conectividade e de dados para o mercado imobiliário, o que a ajudou a deixar as contas no azul.

Essa prática tem se provado ser melhor para pessoas físicas ou para empresas de menor porte, com crescimento controlado, e não no ritmo alucinante das startups de tecnologia. Esse é o caso da Brise, que realiza projetos em São Paulo.

A empresa faz três projetos por ano, reformando apartamentos que compra. “Compramos em um preço de oportunidade, abaixo do mercado, geralmente apartamentos em situações muito precárias, que nunca foram reformados. A nossa reforma valoriza características antigas e entrega um projeto contemporâneo”, diz Arnaldo Borensztajn, sócio da Brise, que atua no centro e em bairros nobres da capital paulista.

Push Matcha capta R$ 4 milhões e anuncia rebranding para Push & Pow

 


Com aporte da Moriah Asset, empresa muda o nome, quer se tornar referência no segmento e projeta aumentar as vendas de energéticos em 10x até o final do ano

 

 

Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow

Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow (Crédito: Divulgação)

Ser referência no segmento de energéticos e ganhar escala com a venda da bebida em latas. É assim que a Push & Pow – antiga Push Matcha -, empresa que criou o primeiro energético natural, à base de matcha, voltado para as novas gerações, quer ser reconhecida. Para isso, a empresa acaba de receber um aporte de R$ 4 milhões, liderado pela Moriah Asset e por Georgios Frangulis, da Oakberry, com meta de aumentar em 10x a quantidade de energéticos vendidos até o final do ano. Além da captação, a companhia anuncia seu processo de rebranding com novo nome, Push & Pow, com objetivo de dar mais destaque e crescimento para o energético, que agora é o seu produto principal. Push Matcha continuará existindo, mas como produto.

Este movimento não apenas atende a uma demanda crescente por produtos energéticos mais saudáveis, mas também representa um passo significativo na diversificação do mercado de bebidas energéticas. “No Brasil, nunca existiu uma marca ou produto que fosse posicionado para a criação de um energético natural que atenda de fato as demandas de comportamento das novas gerações e das mulheres. Queremos nos estabelecer como marca de lifestyle saudável e atingir a galera mais jovem para ser a número 1 em energéticos saudáveis na América do Sul, antes de ganhar o mundo”, diz Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow.

O energético saudável da marca é zero açúcar, de baixa caloria, não contém taurina e além da cafeína do matcha, é rico em vitaminas e fibras e com ação antioxidante. Em 2023, o Pow ganhou o prêmio de 2ª melhor bebida natural da América Latina pela NaturalTech, a maior feira do segmento na região.

A decisão de direcionar o produto no público “Gen Z” e feminino surgiu das interações estabelecidas pela marca com micro e nano influenciadoras, principalmente no TikTok, onde a presença feminina predominou por um longo período. Além disso, considerando que aproximadamente 70% do mercado de produtos saudáveis no Brasil é composto por mulheres, a estratégia de comunicação da marca sempre esteve alinhada a esse perfil, em contraste com outras marcas que optam por abordagens distintas.

Segundo Rohlfs, o dinheiro será usado para ampliar a produção da bebida dos lotes atuais, de 40 mil unidades, para lotes de meio milhão. “Passaremos a trabalhar com um distribuidor de grande porte, para aumentar a nossa presença em grandes pontos de venda e potencializar os resultados de ações de marketing”, afirma ele.

Em paralelo, o número de sabores vai crescer, já com a nova embalagem que segue a estratégia de rebranding. Hoje são dois: sour pink lemonade e lemon boost, vendidos em embalagens rosa e verde fluorescente, com tipologia “viva e descolada. “Em 2025, será lançada a versão de tangerina e, depois, mais uma ou duas por ano”, comemora Rohlfs.

Em 2023, quando o Pow foi lançado, a empresa vendeu cerca de 100 mil latas e faturou R$ 1,8 milhão, conta o empresário. Com o aporte, a meta para os próximos anos é bem mais ambiciosa. Em 2024, a expectativa é alcançar 1 milhão de latas comercializadas e faturamento de R$ 8 milhões. “Em 2026, queremos atingir nosso ambicioso objetivo, vender 1 milhão de latas por mês em mais de 10 mil pontos de vendas”, afirma Rohlfs.

Para Fabiano Zettel, CEO da Moriah Asset, empresa de investimento focada nos segmentos de mídia, saúde e bem-estar, esta é uma proposta inovadora, em um segmento com alto potencial de crescimento, alinhada às principais tendências em consumo de bebidas e alimentos no mundo. “Faz todo sentido dentro do nosso portfólio de empresas investidas, não só pela lucratividade potencial, mas também pela possibilidade de uma série de sinergias”, aponta.

Marketing de influência

Para dar vazão ao crescimento da produção, a Push & Pow pretende dar continuidade à sua estratégia de marketing, fortemente baseada em influenciadores e criação de comunidade por meio de experiências físicas e conteúdo digital orgânico e autêntico. Além disso, quer criar e expandir eventos e ações de relacionamento em pontos de venda estratégicos.

“Vamos colocar o produto em pontos de venda âncora, para gerar demanda, como grandes escritórios, centros comerciais, faculdades e academias, onde podemos atingir público jovem e também influenciar aqueles que já têm o comportamento de consumir energéticos tradicionais. Assim, atingimos o público em um local onde as pessoas demandam energia e foco”, afirma Rohlfs.

Segundo o empresário, a empresa já comercializa em escritórios de grandes companhias financeiras e de tecnologia, localizadas na região da avenida Faria Lima. Também quer ampliar o número de pontos de venda, levando junto iniciativas de marketing para criar conexão e um senso de comunidade com os clientes, como um clube de corrida da marca. “São empresas nas quais o RH faz movimentos para que os colaboradores adotem hábitos mais saudáveis e nós temos um produto que atende a essa demanda”, diz o CEO.

Um dos principais diferenciais do Pow é o elemento base de sua composição. O produto é feito a partir do matcha, concentrado em pó do milenar chá-verde japonês que, apesar de ter mais cafeína que um expresso, tem liberação gradual da substância, de forma mais lenta, evitando picos de euforia e ansiedade. Também é famoso por ajudar a regular o intestino, acelerar o metabolismo e ter outras substâncias, como a L-Teanina, que relaxa a musculatura. “É uma bebida que te dá energia de forma equilibrada. É ideal para trabalhar, estudar e fazer esportes”, afirma Rohlfs.

Em 2021, quando foi criada, a Push divulgava os benefícios do produto, então vendido apenas em pó, em vídeos no Tiktok pelos de micro e nano influenciadores jovens, que já conheciam o matcha por outros produtores de conteúdo, principalmente dos Estados Unidos. Chegou a trabalhar com mais de 1 mil, e a ter 250 ao mesmo tempo. Mas Rohlfs diz que com a criação da versão em lata, para facilitar e expandir o consumo, reduziu para 60, com a intenção de dar mais atenção e criar conteúdo cada vez mais autêntico com o propósito da marca, de superação de limite. A estratégia vem alinhada com a demanda do público por influenciadores ou atletas que realmente gostam da marca e do produto que estão divulgando.

Para chegar à formulação atual do produto, o empresário conta que gastou quase R$ 1 milhão em pesquisa e desenvolvimento. Na composição, em fase de registro de patente, além do matcha que vem direto do melhor produtor do mundo, no Japão, entram guaraná da Amazônia e outros ingredientes brasileiros, que formam a base à qual são adicionados os sabores. A empresa ainda vende a versão em pó do matcha, que hoje não é mais a linha principal de receita, mas ainda é muito importante para a educação do público sobre a iguaria japonesa e como tomar ela em diversos momentos e formas.

Momento de virada

Rohlfs conta que conheceu o matcha pela namorada, em um período difícil no trabalho. Formado em economia pelo Insper, o empresário havia conseguido o “emprego dos sonhos” no mercado financeiro, mas tinha uma rotina muito pesada. Trabalhava até de madrugada e, para aguentar, tomava mais de 10 cápsulas de café ao dia. “Ficava muito ansioso, tinha refluxo e produtividade muito baixa. Sem tempo pra fazer exercícios, cheguei aos 123 quilos”, diz.

A virada veio com um ultimato de sua parceira e a sugestão para que trocasse o café pela matcha, que ela já tomava. Depois de ver os benefícios do produto, Rohlfs ficou curioso para saber porque não havia ninguém vendendo no Brasil. Pesquisou referência nos Estados Unidos, encontrou um fornecedor no Japão e decidiu empreender. Com o apoio de outros amigos que já haviam seguido caminho semelhante, “pediu as contas”, se juntou a um designer como sócio e lançou a Push, em fevereiro de 2021.

Hoje, além da Moriah e de Georgios, a empresa conta com um grupo smart money de investidores anjos que entraram no começo da marca e têm papel estratégico de networking e conhecimento. Entre eles, estão Juliana Felmanas Marques, da família dona da Cimed; Alexandre Liuzzi, co-fundador da Remessa Online; Rodrigo Bezerra e a GBM Investimentos; João Pedro Pentagna Guimarães, do Banco BS2; Juliana Bechara, do Bioma Food Hub; João Jonk, fundador da Trela; Stefano Masini, da Hubla; Rodrigo Marsili, da SaudaBe; Roger Rohlfs, da ARM Holding; João Pedro Perpetuo, do grupo Hyperlocal; entre outros empreendedores, executivos e famílias.

“No longo prazo, não queremos fornecer para as pessoas só energia, mas também dar suporte ao pós-energia, para que possam dormir melhor, por exemplo, tudo com a intenção de ajudar as pessoas a superar mais os limites do dia a dia. Para isso, precisamos de bons sócios, como a Moriah e o Georgios, que além de investir contribuem com conhecimento, fortes sinergias e pontes importantes no mercado”, finaliza o empreendedor.

 

 https://istoedinheiro.com.br/push-matcha-capta-r-4-milhoes-e-anuncia-rebranding-para-push-pow/

Excesso de anúncios nas telas faz consumidores desistirem de compras online, diz pesquisa

 


Compras pelo celular

Compras pelo celular (Crédito: Pexels)

Basta uma rápida passada pelas redes sociais, aplicativos do celular, ou vídeos em sites de streamings para nos depararmos com algum tipo de publicidade. O que deveria ser um incentivo às compras, no entanto, tem gerado um efeito oposto no público. Dados da pesquisa The Empowered Consumer, realizada pela Accenture, apontam que 75% das pessoas reclamam do excesso de publicidade nas telas, o que teria causado a desistência de 74% das compras nos últimos três meses de 2023.

A Accenture ouviu cerca de 19 mil consumidores de 12 países, incluindo o Brasil, para analisar o impacto dos anúncios no público e oferecer dados sobre as decisões dos consumidores nos setores de varejo, viagens e bens de consumo, entre outros. “Essa é uma pesquisa global que cobre vários países para entender essa relação do público com a publicidade, com foco nos principais mercados”, diz Silvio Barboza, diretor da área de Produtos da Accenture Brasil.

A pesquisa também revelou que 73% dos entrevistados se sentem “inundados” por muitas opções de compra, enquanto 71% deles não veem nenhum ganho para tomar uma decisão de compra. Barboza explica que essa sensação negativa na relação com a propaganda vem crescendo nos últimos anos, haja vista o aumento das opções de canais e pontos de conexão das marcas com o público – novos aplicativos, redes sociais, serviços de streaming e afins.

“É uma tendência crescente, essa proliferação de iniciativas das diferentes indústrias vai no sentido de tentar conexão com o consumidor diretamente, o que tem feito com que a quantidade de abordagens sem um foco adequado, sem a menor personalização, tenha se ampliado no dia a dia do público”, diz. “Essa multiplicidade de canais e de oferta de produtos faz com que o consumidor fique confuso.”

IMPACTO GERACIONAL

Na avaliação de Cecília Russo, da Troiano Branding, o efeito negativo mostrado pela pesquisa da Accenture indica um desconhecimento de marcas e anunciantes da forma mais eficaz de comunicar seu propósito e produtos. “As marcas não podem só jorrar conteúdo. É preciso mostrar para que vieram ao mundo, como tornam a vida do cliente melhor, qual significado carregam, como ajudam a realizar sonhos. Só que de forma efetiva, não vazia”, diz.

De acordo com o relatório da Accenture, o impacto negativo da publicidade na percepção dos usuários pode ser ainda pior quando se leva em conta os recortes geracionais. A pesquisa mostra que o porcentual de consumidores que abandonaram as compras pelo excesso de publicidade sobe para 79% entre os millennials, e dispara a 89% entre usuários da geração Z.

Barboza, da Accenture, diz que diferencial do impacto entre consumidores mais jovens está associado ao fato dessa geração ser mais conectada e, portanto, mais exposta à propaganda. “É natural que as gerações mais recentes sejam mais digitais, assim, o grau de acesso a outras experiências é maior e portanto, o nível de paciência e resiliência para não desistir de uma compra é menor para os mais jovens.”

Para a presidente do IAB Brasil, Cristiane Camargo, um dos principais trabalhos da entidade, que reúne os anunciantes, hoje é justamente encontrar um equilíbrio na relação entre marcas e consumidores. “O entendimento da eficiência e do equilíbrio entre volume de investimento e o retorno sobre investimento tem de ser um cálculo perseguido e polido por quem compra e vende mídia incessantemente.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 5 de maio de 2024

Randon e Fras-le retomam operações no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira

 


A Frasle Mobility, controlada pela Fras-le S.A., e a Randoncorp, da Random Implementos e Participações, divulgaram na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Comunicado ao Mercado informando que a maioria de suas operações no Rio Grande do Sul será retomada nesta segunda-feira, 6, após paralisação causada pelas fortes chuvas no estado.

Segundo as companhias, as operações foram suspensas em 2 de maio em decorrência do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. As medidas consideram o contexto e as condições nas cidades envolvidas, “respeitando e preservando os profissionais que estejam passando por dificuldades em suas moradias ou com familiares”, escrevem.

“A companhia reforça ainda que está tomando todas as medidas necessárias para adequar suas operações ao cenário atual, priorizando antes de tudo a segurança das pessoas”, diz a nota. Frasle Mobility e Randoncor expressam ainda sua solidariedade a todos os afetados pela tragédia e seguem atentas aos desdobramentos da situação, informando de maneira tempestiva, “qualquer atualização relevante relacionada a este tema”.

Kora Saúde: acionistas controladores propõem saída voluntária do novo mercado e dispensa de OPA

 Kora Saúde sai a R$ 7,20 e vale R$ 5,5 bilhões - Brazil Journal


A Kora Saúde comunicou neste domingo, 5, que os acionistas controladores pediram a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar a proposta de saída voluntária da companhia do segmento especial de listagem da B3, chamado de Novo Mercado, com a dispensa da realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA).

Com isso, a Kora migraria para o segmento básico de listagem da B3. O pedido de assembleia incluiu também como pauta a reforma e consolidação do estatuto social da companhia, sujeita à aprovação da saída do Novo Mercado.

O comunicado não informou a data de realização da assembleia. Por ora, a direção da Kora se limitou a dizer que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o desenvolvimento do assunto.

A Kora é um dos maiores grupos hospitalares do País, com sete hospitais no Espírito Santo, dois no Tocantins e está presente ainda no Mato Grosso, Distrito Federal e Ceará.

Os controladores do grupo são os fundos Fuji Brasil Partners e Viso Advantage, detentores de 68,4% das ações. Eles enviaram uma carta à empresa na sexta-feira, 3, com as justificativas para os pedidos.

Na carta, eles afirmaram que a Kora, como outras empresas do setor de saúde, vem enfrentando um cenário difícil ao longo dos últimos anos, agravado pela crise financeira dos planos de saúde e da taxa elevada de juros no Brasil. “Devido à alavancagem atual da companhia, isso tem drenado parte fundamental da geração de caixa que deveria ser destinada à operação”, escrevem.

Na avaliação dos controladores, esses desafios foram intensificados nos últimos meses e têm pressionado a cotação das ações da Kora, que acumulam quedas de 34,62% desde o começo de 2024 e de 74,63% nos últimos 24 meses.

Busca por diversidade de gênero nas empresas gera polêmicas e alguns bons resultados

 

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A busca por diversidade de gênero e igualdade salarial ganhou mais espaço no debate público brasileiro desde o ano passado, gerou polêmica e alguns resultados. O burburinho em torno do terma ficou mais forte após o decreto que regulamentou, no final do ano passado, a transparência salarial (lei 14.611/2023). A lei obriga empresas com mais de cem empregados a publicarem relatórios semestrais sobre remuneração e diversidade dentro das equipes. A necessidade de políticas públicas que tratam do assunto tem levado também outros órgãos reguladores a se movimentarem no mesmo sentido, como é o caso de entidades que atuam no mercado de capitais.

Clara Serva, sócia da área de Empresas, Direitos Humanos e ESG do TozziniFreire Advogados, reconhece “avanços substanciais” nos últimos anos e lembra que, em julho de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o Anexo ASG da B3, que determinou que as companhias listadas devem eleger ao menos uma mulher e um “integrante de comunidade subrepresentada” para seus conselhos de administração ou diretorias estatutárias. As empresas precisam incluir, no Formulário de Referência, as medidas tomadas para atingir essa meta ou explicar por que não adotaram, mecanismo conhecido como “pratique ou explique”.

No caso da lei 14.611/2023, o tema tem gerado judicialização. Gabriela Lima, sócia da área de Direito Trabalhista e Previdenciário do TozziniFreire, explica que as críticas são relacionadas aos critérios usados pelo governo para a elaboração desses relatórios. Ela diz que muitas companhias têm pedido liminares na Justiça que as desobriguem de publicar os relatórios nos termos vigentes.

“O Ministério do Trabalho dividiu os cargos em grandes grupos de ocupação, mas comparou o salário do CEO com o dos gerentes, por exemplo. Isso gera uma distorção. Além disso, a Pasta pegou informações de 2022, quando a autodeclaração de raça não era obrigatória. Então a parte que fala sobre representação de pessoas negras muito provavelmente está equivocada”, diz a advogada.

Lima chama atenção também para o fato de muitos parâmetros de igualdade racial e de gênero já estarem previstos na Constituição Federal e na CLT. “Essas medidas recentes são super importantes, mas reforçam algo que já existia”, diz. Ela pontua que o artigo 461 da CLT já determinava que não pode haver diferença salarial em caso de funções idênticas no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de gênero, etnia, nacionalidade ou idade.

Mercado americano

 Pelo menos desde 2015, o mercado financeiro americano também tem implementado políticas para fortalecer a diversidade e a governança dentro das empresas. Na época, a Security and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) e outras agências financeiras federais emitiram a Declaração Final de Política Interagências Estabelecendo Padrões Conjuntos para Avaliação das Políticas e Práticas de Diversidade das Entidades Reguladas.

O movimento veio juntamente com uma norma americana conhecida como Dodd-Frank Act, que obrigou, na seção 342, as agências regulatórias a criarem Departamentos para a Inclusão de Mulheres e Minorias (OMWI, na sigla em inglês). O Dodd-Frank foi editado em resposta à crise financeira de 2008 e teve com objetivo regular o mercado de capitais nos Estados Unidos.

Em busca de bons resultados

Como efeito cascata, algumas companhias também criaram departamentos internos para pensar a questão. É o que conta Shunda Robinson, vice-presidente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão da GM Financial, braço financeiro da General Motors.

“Se as mulheres eram maioria na empresa, por que os homens ocupavam mais cargos de poder?”, questiona Shunda, dizendo que essa foi a pergunta que a levou a implementar, em 2015, um programa de mentoria para acesso igualitário ao desenvolvimento de carreira dentro da GM Financial. Ela conta que não havia dúvidas de que a composição de gênero, há quase dez anos, lembrava a de uma pirâmide. “As mulheres estavam na base e os homens no topo”, afirmou a executiva em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Shunda reconhece que ainda falta avançar, mas comemora os progressos após a implementação do programa. Em 2023, as mulheres compunham 54% da equipe global e 35% da liderança. Já na filial brasileira, onde 50,4% são mulheres, a maioria (52%) dos cargos de chefia já é ocupado pelo gênero feminino. Os números locais são de abril de 2024.

‘Quanto mais diversidade, maior a percepção de risco’

Mas por que uma lei americana que objetivava a prevenção de crises considerou importante se esforçar para garantir a inclusão de mulheres no mercado de capitais? Clara Serva, da TozziniFreire, diz acreditar que a percepção de riscos mercadológicos é maior quanto mais diversas forem as organizações. “Se eu não sei identificar o que está nas entrelinhas, o que não foi dito, eu não consigo identificar o risco.”

Também há práticas que impactam diretamente o retorno financeiro. Cristina Kerr, presidente executiva (CEO, na sigla em inglês) da consultoria CKZ Diversidade, nota uma cobrança cada vez mais forte por políticas de governança dentro de cadeias produtivas. “Tem acontecido de fornecedores perderem o cliente, mesmo tendo o melhor produto do mercado, porque a organização não é diversa, por exemplo. E aí companhias maiores deixam de contratar”, explica.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Agrishow encerra com R$ 13,608 bilhões em negócios de máquinas e implementos, alta de 2,4%

 

Agrishow Oficial

A 29ª edição da Agrishow, considerada a maior feira do agronegócio da América Latina, alcançou o volume recorde de R$ 13,608 bilhões em intenções de negócios especificamente com máquinas e implementos agrícolas, informou a organização da feira em nota enviada a jornalistas. O crescimento foi de 2,4%, se comparado com a edição de 2023, quando foi registrado o montante de R$ 13,290 bilhões.

A organização cancelou no fim da manhã de hoje a coletiva de imprensa em que divulgaria o balanço dos resultados. O público foi o mesmo do ano anterior, destacou ainda o comunicado, de 195 mil pessoas.

“Mantivemos os visitantes e aumentamos as intenções de negócios. E esperamos que, para o próximo ano, o agronegócio brasileiro possa estar ainda mais forte e pujante”, afirmou o presidente da feira, João Marchesan, na nota, ressaltando o momento desfavorável de “clima, juros altos e falta de recursos controlados”.

Segundo ele, “a mobilidade e a infraestrutura da feira foram alguns dos destaques”. Ainda assim, o evento teve diversos imprevistos ao longo de seus cinco dias, que incluíram quedas de energia e dificuldades na entrada e na saída do complexo. No penúltimo dia, houve um acidente com um helicóptero que deixou dois feridos.

Em 2025, a Agrishow ocorrerá entre 28 de abril e 2 de maio.