quarta-feira, 22 de maio de 2024

STF reconhece assédio judicial a jornalistas e veículos de imprensa

 

Estudo avalia relação do STF com governo federal nos últimos ...

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu nesta quarta-feira (22) o chamado “assédio judicial” contra jornalistas e veículos de imprensa. Com a decisão, a Corte confirma a ilegalidade do ajuizamento de inúmeras ações judiciais para constranger ou dificultar o exercício da liberdade de imprensa.

Pelo entendimento, as ações nas quais pessoas citadas em matérias jornalísticas buscam indenizações devem ser julgadas pela Justiça da cidade onde o jornalista mora. Atualmente, quem processa pode escolher a cidade em que a ação vai tramitar, pulverizando os processos contra a imprensa.

Os ministros também acrescentaram na decisão que a responsabilização de jornalistas e veículos de imprensa deve ocorrer somente em caso de dolo ou culpa grave, ou seja, por negligência profissional, com a intenção de prejudicar a pessoa citada em uma reportagem.

O julgamento foi motivado por ações protocoladas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

A questão foi decidida com base no voto do ministro Luís Roberto Barroso. O ministro citou casos de 100 ações ajuizadas ao mesmo tempo em diversos estados contra jornalistas. As ações são movidas por pessoas citadas em reportagens para buscar indenização por danos morais.

Durante a sessão, Barroso disse que o Brasil possui um “passado que condena” em questões sobre liberdade de imprensa.

“A história do Brasil teve censura à imprensa, com páginas em branco, receita de bolo, poemas de Camões, todas as músicas tinham que ser submetidas ao departamento de censura, o balé Bolshoi foi proibido de ser encenado porque era [considerado] propaganda comunista”, comentou.

A ministra Cármen Lúcia acrescentou que o assédio judicial contra jornalistas é uma forma de perseguição.

“Se nós vivemos a década de 1970, com toda forma de censura, hoje nós temos outras formas de censura particulares. Nós não queremos defender e dar guarida a novas formas de censura, estamos falando de liberdade”, completou.

Cade aprova novas versões de acordos e Petrobras poderá manter suas refinarias

 


Tanques de combustível em refinaria da Petrobras em Paulínea 01/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, 22, as novas versões dos acordos com a Petrobras na área de refino e gás, o que autoriza a estatal a manter cinco refinarias que estavam no plano de vendas desde 2019. Em troca de ser liberada dos desinvestimentos, o que inclui preservar a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), a estatal se comprometeu a adotar compromissos majoritariamente comportamentais, o que foi aceito pelo órgão antitruste.

A obrigação de alienação de oito refinarias – três unidades foram vendidas – foi firmado entre o Cade e a Petrobras durante a gestão de Jair Bolsonaro, em resposta às preocupações do conselho em conter o risco de abuso de posição dominante pela petroleira. Com o início do mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, a Petrobras indicou que não gostaria de seguir com o plano de vendas. Portanto, oficializou no fim do ano passado ao Cade seu desejo em alterar os Termos de Compromisso de Cessação (TCCs), que são tradicionalmente firmados entre o órgão e empresas investigadas por suposta infração à ordem econômica.

Ao propor novos compromissos ao Cade, a estatal argumentou que há mudança econômica e geopolítica global que demanda investimentos em refinarias nacionais para incrementar a capacidade de abastecimento do mercado interno. Disse ainda existirem “amplas alternativas” de suprimento para refinarias independentes, que mitigariam o risco de aumento de custos de rivais da Petrobras.

Ao votar no caso, a conselheira Camila Alves afirmou que compromissos assumidos pela Petrobras reduzem assimetria de informação, fornecendo “transparência” e facilidade na detecção de práticas anticoncorrenciais, mas pontuou que eles não substituem a necessidade de regulação efetiva ou intervenções específicas. “O monitoramento dos compromissos assumidos é essencial para garantir o sucesso das obrigações”, disse.

Responsável por levar o assunto a julgamento, o presidente Alexandre Cordeiro afirmou que o TCC fortalece a transparência das operações da Petrobras e melhora o acesso do conselho a operações complexas da estatal, argumentando que o sistema de monitoramento que haverá sobre a Petrobras traz celeridade e eficiência na gestão de recursos públicos.

“O objeto do TCC não é de privatização das refinarias, até porque essas unidades são privadas, o objetivo foi garantir a entrada de novos atores no mercado”, disse o conselheiro Gustavo Augusto.

Com o novo acordo na área de refino, a Petrobras precisará divulgar suas diretrizes gerais comerciais para entregas de petróleo por via marítima, com monitoramento rotineiramente feito pelo Cade. As diretrizes serão orientadas por princípios como de preservação e priorização do resultado econômico da companhia, buscando maximizar sua geração de valor, praticando “sempre preços competitivos, alinhados ao mercado internacional”.

O documento prevê também a oferta de Contratos Frame a qualquer refinaria independente em território brasileiro, conferindo-lhes vantagem de extrair “maiores benefícios” em suas negociações para suprimento de petróleo por via marítima com outras contrapartes. Esse modelo de contrato estabelece as condições básicas para a negociação, carga a carga, de um volume de petróleo. A obrigação de compra e venda somente será assumida na hipótese de ambas as partes chegarem a um acordo de preço.

A estatal ainda tentou dar uma resposta ao Cade sobre investigações instauradas após a celebração do TCC em 2019, que miram a atuação da petroleira. Nesse sentido, o Cade poderá acompanhar a aplicação da nova estratégia comercial da Petrobras para a oferta a terceiros, em território brasileiro, de produtos derivados, notadamente: gasolina, diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene de aviação (QAV), óleo combustível e asfalto (em conjunto, Derivados de Petróleo).

O compromisso também inclui disponibilizar ao Cade, em ambiente controlado, acesso a relatórios confidenciais atualizados da estatal, contendo os preços praticados na oferta a terceiros e as respectivas referências utilizadas na precificação dos derivados. Esses documentos serão atualizados e disponibilizados a cada 30 dias. Entre as apurações que corriam contra a estatal está o inquérito instaurado em 2019 para investigar suposto abuso de posição dominante no mercado de refino de petróleo. As investigações ficam suspensas enquanto durar o TCC, que tem vigência de três anos.

TBG

No caso do TCC para o segmento de gás, a Petrobras argumentou ao Cade que a alienação da TBG afetaria negativamente a nova estratégia e o novo modelo de negócios da empresa. “A Compromissária buscou negociar obrigações alternativas que confiram ao CADE o conforto necessário para afastar qualquer dúvida acerca da preservação da concorrência no mercado brasileiro de gás natural”, disse a Petrobras.

Embora afirme que a governança corporativa da TBG já assegura à empresa independência operacional em relação à Petrobras, o acordo validado prevê medidas adicionais para eliminar “qualquer possível influência” da companhia em mecanismos de gestão da transportadora que possam ser considerados relevantes do ponto de vista concorrencial.

A Petrobras terá, por exemplo, de seguir algumas obrigações até a emissão de certificação de independência da empresa pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A nomeação de conselheiros independentes pela estatal também terá de ser necessariamente intermediada por um ‘head hunter’ independente. Nesse TCC, a duração prevista é de cinco anos.

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Ministério da Agricultura será transferido de forma itinerante para o RS, informa Fávaro

 Quem é Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura - AviSite


O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que a pasta será transferida de forma itinerante para o Rio Grande do Sul na próxima semana. A agropecuária do Estado foi prejudicada pelas fortes enchentes que afetaram o Estado. O ministro vai ao Estado na próxima terça-feira, 28, acompanhado da bancada parlamentar gaúcha.

“O nosso primeiro ato será a transferência do Ministério. Faremos também a entrega de equipamentos de emendas parlamentares deste ano para o Estado e colheremos as propostas de prefeitos e dos produtores para reconstrução do Estado”, disse Fávaro, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

O ministro explicou que ainda não foi ao Estado em virtude do direcionamento até então da estrutura pública ao resgate e socorro emergencial à população gaúcha.

Sobre as próximas medidas de reconstrução da agropecuária gaúcha, Fávaro observou considerar “cabível” incluir o Estado no programa de recuperação de áreas degradadas.

O ministro voltou a defender também a ideia de um fundo de aval para garantir as operações de crédito rural dos produtores rurais. “Para o produtor ter acesso a crédito neste momento só tem uma solução que é o fundo garantidor. Fizemos isso na pandemia e faremos agora na reconstrução do Rio Grande do Sul”, pontuou.

Na avaliação do ministro, o fundo é necessário devido ao momento de baixa liquidez dos produtores afetados pelas enchentes e de dificuldades de comprovação de garantia, em virtude de propriedades perdidas.

A proposta do Ministério, encaminhada à Casa Civil, é estruturar um fundo que funcionaria aos moldes do Fundo Garantidor de Operações (FGO), criado pelo governo durante a pandemia para avalizar empréstimos para micro e pequenas empresas no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Na prática, o fundo deve garantir às instituições financeiras que, em casos de inadimplência e incapacidade de cumprimento dos empréstimos pelos produtores rurais, o governo arcaria com o pagamento das operações. O Tesouro Nacional seria o avalista do instrumento.

Carlyle vende R$ 2,2 bilhões em participação na Rede D’Or

 


Hospital da Rede D'Or no Rio de Janeiro

O Carlyle acaba de vender sua participação remanescente na Rede D’Or.

Num block trade organizado pelo Bank of America, o Carlyle inicialmente colocou à venda 37 milhões de ações. Como houve demanda, o lote à venda aumentou para 67 milhões, e o leilão ainda atraiu a interferência de terceiros, que venderam mais 2 milhões de ações.

No total, o bloco movimentou R$ 2,2 bilhões, saindo ao preço inicial de R$ 29,44, um desconto de 5% em relação ao fechamento de ontem.

 

 


Parque do Bixiga: Prefeitura de SP propõe pagar R$ 64 milhões para Grupo Silvio Santos

 


Esboço de projeto para o Parque do Bixiga

Esboço de projeto para o Parque do Bixiga (Crédito: Reprodução/Facebook/Parque do Bixiga)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) disse nesta quarta-feira, 22, que enviou uma proposta para comprar por cerca de R$ 64 milhões o terreno onde pretende criar o Parque do Bixiga, no centro de São Paulo, que hoje pertence ao Grupo Silvio Santos.

“Está pra eles definirem se aceitam essa proposta nossa. Parece que sim, que isso vai avançar”, disse Nunes em entrevista coletiva. Segundo o prefeito, o valor foi definido após análise da Procuradoria-Geral do Município; anteriormente, os proprietários ofereceram o terreno por R$ 80 milhões.

Parque idealizado por José Celso Martinez Corrêa

Após décadas de disputas judiciais, a aquisição da área pelo município é o primeiro passo para a criação do parque idealizado pelo dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, que dirigiu o vizinho Teatro Oficina até sua morte, aos 86 anos, em julho de 2023.

Outra condição fundamental é a inclusão do projeto no quadro 7 do Plano Diretor de São Paulo, que lista os parques a serem implementados na cidade. Nesta terça-feira, 21, vereadores aprovaram em primeiro turno o projeto de lei que viabiliza esta alteração.

A proposta foi enviada à Câmara Municipal pelo próprio Executivo, que pressiona por uma tramitação rápida.

“Se der tudo certo, o Grupo Silvio Santos concordando e a Câmara incluindo no quadro 7, eu faço a Declaração de Utilidade Pública, pago (o terreno) e a gente vai ter mais um parque ali no Bixiga, que é uma demanda antiga da sociedade”, declarou Nunes.

Parte da despesa poderá ser coberta com recursos obtidos a partir de acordo com a Universidade Nove de Julho (Uninove) intermediado pelo Ministério Público Estadual. A instituição de ensino deverá pagar ao município indenizações e multas que somam aproximadamente R$ 1 bilhão. Do montante, R$ 51 milhões serão destinados à aquisição do terreno para o Parque do Bixiga.

Haddad defende entendimento entre os Três Poderes sobre taxação de compras até US$ 50

 


Segundo ministro, Congresso tem toda a legitimidade de disciplinar compras internacionais por lei

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 22, que o Congresso Nacional tem toda a legitimidade de disciplinar compras internacionais por lei, em referência à taxação das mercadorias até US$ 50, hoje isentas de imposto federal. O ministro disse que a preocupação da indústria e do comércio nacionais com compras internacionais é fundamentada, mas defendeu um entendimento entre os Três Poderes.

Haddad avaliou que o programa Remessa Conforme, que mantém a isenção de imposto federal às compras internacionais até U$S 50, é delicado por envolver empresas que disfarçam venda comercial.

“Infelizmente, de cinco a seis anos para cá, essas empresas usaram expediente ilegal para passar como remessa para pessoa física o que era uma venda comercial”, disse ele, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

O ministro ressaltou ainda os acordos firmados entre Executivo e Congresso em torno da desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios. “A MP 1202 que revogava a desoneração, que deu celeuma toda, está produzindo os efeitos esperados pela Fazenda”, disse.

Haddad minimizou ainda as alterações feitas pelo Legislativo na proposta inicial da equipe econômica. Segundo ele, a Fazenda não tem pretensão de “levar tudo” e está disposta a negociar.

Haddad repetiu a missão de elevar as receitas a 18% do PIB e reduzir despesas, hoje de 19% do PIB. Ele ressaltou ainda que a dívida brasileira inspira cuidado por envolver a coordenação de Poderes da República.

O ministro voltou a dizer que o governo não estaria discutindo trajetória da dívida se não fossem reveses como a “tese do século” em 2017, que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

PDD Holdings surpreende com lucro e receita no 1º trimestre

 

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A American Depositary Receipt (ADR) da chinesa PDD Holdings mostrou alta 4% na manhã desta quarta-feira, depois que a proprietária da Temu superou confortavelmente as estimativas de lucro e receita no primeiro trimestre.

O grupo de e-commerce disse nesta quarta-feira que sua receita aumentou 131% no primeiro trimestre, para US$ 12 bilhões, enquanto o lucro ajustado por ação depositária americana (ADS) ficou em US$ 2,83.A empresa superou as estimativas em ambas as métricas – Wall Street esperava uma receita de US$ 10,5 bilhões e um lucro por ADS de US$ 1,45.

A PDD possui e opera a Pinduoduo, uma plataforma de compras econômicas na China, bem como seu mercado internacional Temu, que foi lançado nos EUA em 2022.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.