quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Magazine Luiza lança parcelamento sem juros em 21 vezes

 

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O Magazine Luiza lançou uma promoção com parcelamento em 21 vezes sem juros. A campanha vai até sábado, 31 de agosto, e é válida para os clientes que comprarem no site, aplicativo e na loja com o Cartão Luiza ou Cartão Magalu. Para pagamento com outros cartões de crédito, o parcelamento pode ser feito em até 10 vezes sem juros.

Na propaganda veiculada na televisão, a “Lu”, influenciadora digital da companhia, usa o slogan “Faz um 21” – bordão usado na antiga propaganda da Embratel. A campanha segue, segundo a varejista, a tendência de trazer referências dos anos 90 para os dias atuais.

O anúncio segue o plano já anunciado pelo CEO da companhia, Frederico Trajano, no Expo Magalu, evento da empresa. Ele disse que a companhia iria retomar com força a concessão de crédito e afirmou que, hoje, 40% de tudo o que a companhia vende nas lojas é financiado com crédito próprio da varejista, por meio do crediário e do cartão de crédito da Luizacred, financeira em parceria com o Itaú.

Ainda neste mês, a empresa lança crédito pré-aprovado para 3 milhões de clientes na internet. “Vocês lembram do carnezinho gostoso que ficou famoso? Então, nós vamos lançar agora o carnezinho gostoso na internet também”, afirmou Trajano na ocasião.

Operação federal resgata 593 pessoas submetidas a trabalho escravo

 

O que é trabalho escravo - Repórter Brasil

 

Servidores de seis órgãos públicos que participam da quarta edição da Operação Resgate libertaram 593 pessoas encontradas em condições semelhantes ao trabalho escravo ao longo do último mês. Entre as vítimas, há, ao menos, 18 crianças ou adolescentes submetidos ao trabalho infantil ilegal – 16 delas eram forçadas a realizar serviços em condições degradantes, sem receber qualquer quantia em troca.

Os resgates ocorreram em 11 (AM, DF, GO, MG, MS, MT, PA, PE, RJ, RS e SP) das 27 unidades federativas brasileiras, entre os dias 29 de julho e 28 de agosto. Os maiores números de ocorrências foram registrados em Minas Gerais (292 pessoas libertadas), São Paulo (142), Pernambuco (91) e Distrito Federal (29). Já as atividades econômicas com maior incidência de trabalho escravo foram a agricultura (especificamente os cultivos de cebola, café e alho), a construção civil e serviços (restaurantes, bares e condomínios).

Clínica de reabilitação

Um dos casos que mais chamou a atenção dos fiscais ocorreu em Pernambuco, onde 18 pacientes de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos eram submetidos a trabalho forçado. “Todos eram pacientes internados e realizavam as atividades laborais compulsoriamente, como parte do processo de internação”, comentou o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas, André Roston, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao apresentar, hoje (29), o balanço preliminar da Operação Resgate IV.

“A clínica tinha 63 internos e simplesmente não tinha nenhum empregado registrado. Toda a mão de obra, todo o funcionamento do estabelecimento era extraído do trabalho forçado de parte dos internos, a título de isso fazer parte da reabilitação”, acrescentou Roston, explicando que os 18 resgatados na clínica realizavam, gratuitamente, de atividades administrativas ao serviço de porteiro, vigilância e preparação de alimentos, entre outros.

Operação Resgate  IV

A Operação Resgate IV, de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas, é resultado do esforço concentrado de seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Este ano, foram libertadas 11,6% mais pessoas do que na edição anterior, de 2023, quando 532 trabalhadores foram resgatados.

A operação também resultou no resgate da pessoa mais idosa já encontrada na condição de escravizada.

Uma senhora de 94 anos de idade foi resgatada em Mato Grosso, na casa de uma família para a qual ela trabalhou por 64 anos, sem salário. Impedida de constituir família e de estudar, ela continuava cuidando da atual patroa, de 90 anos e com Alzheimer.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a trabalhadora poderá permanecer morando na casa onde passou os últimos anos, com todas as despesas pagas pela família da empregadora, que terá de custear inclusive um cuidador de idosos e um salário-mínimo mensal à senhora.

Outro caso de trabalho escravo doméstico foi identificado no estado de São Paulo. Uma mulher, hoje com 58 anos, foi encontrada na casa de uma família para a qual trabalhava desde seus 11 anos de idade. “Ela foi levada para a casa onde passou a trabalhar graças a uma tutela judicial provisória que nunca se tornou definitiva, supostamente para ser integrada em um novo lar, mas passou a trabalhar compulsoriamente, em condições análogas à escravidão, até ser libertada no âmbito da Operação Resgate”, afirmou o coordenador-geral de fiscalização.

Outro aspecto destacado durante a apresentação dos resultados foi a libertação de trabalhadores estrangeiros. Em Anta Gorda (RS), quatro trabalhadores argentinos foram encontrados sem documentos pessoais ou visto para o trabalho, em condições degradantes na extração, corte e carregamento de lenha de eucalipto.

Em Mato Grosso do Sul, as equipes de fiscalização tiveram que usar caminhonetes com tração, lanchas e até um helicóptero para chegar aos dois estabelecimentos onde 13 paraguaios foram flagrados em situação degradante, submetidos à servidão por dívida.

“O isolamento geográfico, a dificuldade de acesso das equipes de fiscalização, contribuem para a vulnerabilização dos trabalhadores”, comentou Roston.

Até o momento, os responsáveis por submeter os trabalhadores a condições semelhantes à escravidão já tiveram que desembolsar mais de R$ 1,91 milhão apenas para saldar verbas rescisórias.

Segundo o coordenador, os órgãos responsáveis seguem buscando o pagamento de outros deveres trabalhistas e custos.

“Este valor total vai ser maior, pois ainda há muitas equipes em campo, realizando as cobranças dos pagamentos. E se não conseguirmos os pagamentos neste ciclo operacional, teremos, eventualmente, a judicialização destas cobranças”, acrescentou o coordenador destacando a importância de punir também financeiramente os responsáveis.

“O principal motor da exploração do trabalho escravo é o fato de que há um grande benefício econômico ao se adotar esta estratégia de violação dos direitos humanos para exploração do trabalho. No cerne, emprega-se o trabalho escravo contemporâneo porque esta ainda é uma conta economicamente benéfica para os exploradores”, concluiu Roston.

BRAZIL JOURNAL: Azzas anuncia saída de Rony Meisler e de outros fundadores da Reserva



Rony Meisler, cofundador da Reserva. (Crédito:Divulgação)

A Azzas 2154 anunciou a saída de Rony Meisler e dos outros três fundadores da Reserva que lideravam a unidade de negócios de vestuário, a AR&Co, desde a aquisição da marca carioca pela Arezzo em agosto de 2020.

A saída de Rony já era especulada pelo mercado desde que ele vendeu mais de R$ 80 milhões em ações da companhia no início do ano passado, mas a saída dos quatro fundadores ao mesmo tempo é que foi uma surpresa.

A Azzas disse que o negócio de vestuário agora será liderado por Ruy Kameyama, que hoje é membro do conselho de administração da Azzas e antes já era conselheiro do Soma. A AR&Co é responsável pelas marcas Reserva, Reserva Mini, Oficina, Reserva Ink, Reserva Go, Reversa, Simples, Baw e Foxton.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

 

Ações da Azul desabam mais de 20% com preocupações sobre dívida

 


Companhia aérea reafirmou uma série de negociações que havia divulgado anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital e citou que notícia publicada na véspera pela Bloomberg sobre a empresa foi "mal interpretada"

 

 

Azul espera emitir US$ 200 milhões em títulos garantidos pelo governo

As ações da Azul desabavam mais de 20% na bolsa paulista nesta quinta-feira, 29, renovando mínimas históricas, em meio a preocupações de investidores com eventuais estratégias que a companhia aérea possa buscar para lidar com suas dívidas.

De acordo com reportagem da Bloomberg News publicada na quarta-feira, 28, citando pessoas familiarizadas com o assunto, a Azul estaria avaliando opções que vão desde uma oferta de ações até a apresentação de um pedido de recuperação judicial para fazer frente às obrigações de dívida que se aproximam.

A companhia também está trabalhando ativamente para realizar uma combinação de negócios com a Gol para convencer os credores de que uma nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e melhores perspectivas de crescimento, de acordo com a Bloomberg News.

Outro lado

A Azul se posicionou na tarde desta quinta-feira reafirmando uma série de negociações que havia divulgado anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital e citou que notícia publicada na véspera pela Bloomberg sobre a empresa foi “mal interpretada”.

A Azul não mencionou nenhuma das alternativas citadas pela Bloomberg em fato relevante divulgado hoje. Em vez disso, a empresa citou uma série de ações que a empresa já havia divulgado anteriormente, como negociações para uma combinação de negócios com a rival Gol e que tem capacidade de captação de recursos utilizando a unidade Azul Cargo como garantia primária em montante de até 800 milhões de dólares.

“A companhia está em negociações ativas com seus principais ‘stakeholders’ para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os ‘stakeholders’ estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, afirmou a Azul no fato relevante.

Repercussão na bolsa

Por volta de 11h45, os papéis desabavam 21,38%, a 5,7 reais, pior desempenho com folga do Ibovespa, que cedia 0,74%. Na mínima até o momento, chegaram a 5,35 reais.

Analistas do UBS BB lembraram em relatório a clientes nesta quinta-feira que um plano de reestruturação da ordem de 800 milhões de dólares foi fechado com arrendadores, com parte do pagamento ocorrendo com emissão de ações a 36 reais.

Ao mesmo tempo, Alberto Valerio e equipe acrescentaram que a Azul tem feito esforços para lançar uma nova debênture e aumentar sua liquidez.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Paraná terá política de créditos de biodiversidade

 


O objetivo do programa – inédito no mundo – é, em comum acordo com o setor privado, compensar a pressão ambiental causada pela operação de empresas e indústrias 
 
 
Em um primeiro momento, como projeto-piloto, 25 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) paranaenses serão beneficiadas com o crédito
 
 

O Paraná será o primeiro estado no mundo a instituir uma política de créditos de biodiversidade como forma de compensar a pressão causada por empresas e indústrias. O regramento jurídico que vai balizar a ação está em fase de elaboração pelo governo estadual em parceria com a Coalizão Life de Negócios e Biodiversidade, organização voltada para conservação do meio ambiente. A intenção é apresentar o projeto em outubro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16) em Cali, na Colômbia.

O objetivo do programa é, em comum acordo com o setor privado, compensar a pressão ambiental causada pela operação de empresas e indústrias. Em um primeiro momento, como projeto-piloto, 25 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) paranaenses serão beneficiadas com o crédito, que será revertido em ações e projetos dentro das Unidades de Conservação (UCs). Inicialmente, a política vai beneficiar RPPNs previamente selecionadas, seguindo critérios técnicos. Mas a intenção é ampliar, chegando também aos parques municipais, estaduais e federais na sequência. A ideia é implementar efetivamente a política ambiental já em 2025.

A Coalizão Life foi lançada em dezembro de 2022 durante a COP 15 da Biodiversidade em Montreal, no Canadá. Ela é formada por um grupo de empresas comprometidas em acelerar a inserção da biodiversidade nos negócios, através de ações concretas e soluções transformadoras desenvolvidas pelo Instituto Life. Como membro da coalização, a instituição se torna protagonista da transformação dos modelos de negócios inserindo a biodiversidade como resposta à emergência ambiental global e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Integram o grupo associações empresariais como Grupo Boticário, Itaipu Binacional, Klabin, Suzano e Permian Global, entre outros.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/parana-tera-politica-de-creditos-de-biodiversidade

Edital de R$ 1,2 bi do Fust e BNDES levarão internet a 20 mil escolas até 2026, diz ministro

 Grupo de Juscelino Filho, indiciado pela PF, controla ...


O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o lançamento de edital de renúncia fiscal anunciado nesta quarta-feira, 28, e a contribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantem as condições necessárias para levar internet a 20 mil escolas públicas até 2026.

“Nossa estratégia fará diferença no ambiente local, na educação, para as próximas gerações, com esse ambiente conectado”, disse ele, durante o lançamento do edital de seleção da renúncia fiscal do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com previsão de até R$ 1,2 bilhão para equipar parte das unidades escolares nos próximos 28 meses.

O ministro destacou que o uso do Fust para essa finalidade foi possível pela colaboração do Congresso Nacional. Instituído pela Lei nº 9.998/2000 para cobrir custos de universalização de serviços de telecomunicações, o fundo começou a ser utilizado para projetos de conectividade a partir de 2023.

Conforme o edital lançado nesta quarta, a renúncia fiscal será concedida às prestadoras de serviços de telecomunicações que apresentarem projetos focados na conectividade nas escolas e na inclusão digital. A contraprestação será a redução da contribuição ao Fust devida pela prestadora.

Participação do BNDES

Juscelino Filho apontou que outra frente que colabora com os objetivos da pasta é a participação do BNDES. “Conseguimos evoluir em um projeto do edital não reembolsado, que está finalizado. Já sabemos quem ganhou e quem vai começar agora a executar esses projetos”, afirmou.

O resultado citado foi divulgado pelo BNDES na semana passada. O edital selecionou as empresas que vão implementar a infraestrutura e monitorar o funcionamento de conectividade em 1.396 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste, o que deve alcançar cerca de 500 mil alunos.

Escolas Conectadas

O programa Escolas Conectadas tem como objetivo levar internet de banda larga e sinal de Wi-Fi para todas as escolas públicas de ensino básico do Brasil.

O programa faz parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), que foi lançada em setembro de 2023 e conta com um investimento total de R$ 8,8 bilhões.

O projeto articula as políticas de conectividade de escolas para além do uso do Fust, reunindo ainda o Programa Aprender Conectado, a Lei de Conectividade (Lei 14.172/2021), o Wi-Fi Brasil, os Programas Norte e Nordeste Conectados, a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), o Programa Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas (PBLE) e o Programa de Atendimento de Escolas Rurais.

Com a saída da Apib, MPI propõe suspensão da mesa de conciliação sobre marco temporal

 Sul-mato-grossense, Eloy Terena assume Secretaria Executiva ...


O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena, sugeriu que a mesa de conciliação sobre o marco temporal seja suspensa até a União dialogar com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que anunciou nesta quarta-feira, 28, sua saída da comissão que busca um acordo sobre o tema. A entidade deixou o Supremo acompanhada de demais representantes indígenas sob gritos de “demarcação”. Eloy manifestou preocupação com a saída da entidade, mas ressaltou que a pasta não deixará a mesa.

A entidade que representa os povos originários se retirou da mesa de conciliação porque que esperava a suspensão da lei 14.701/2023, que regulamenta a temporalidade para demarcação de terras indígenas considerando a promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988, em meio ao processo conciliatório, o que não foi deliberado pelo Supremo. A saída da mesa estava em análise pela Apib desde a primeira reunião do colegiado.

“A comunidade internacional assiste com preocupação os ataques indígenas. É inadmissível que os povos indígenas sejam submetidos a um processo de conciliação fora da lei com este nível de pressão, chantagem e humilhação. Não vamos nos submeter a mais uma violência do Estado brasileiro com conciliação forçada. A Apib não encontra ambiente para prosseguir na mesa de conciliação, pois não há garantia de acordo que resguarde a autonomia dos povos indígenas”, disse uma representante da Apib em leitura de manifesto da associação.

“A lei está em vigor agora, impedindo que a União promova a demarcação de certos territórios. Não é uma questão superada”, afirmou a advogada Eloísa Machado, que representa a Apib. “Como se vai dar seguimento a uma audiência de conciliação se os povos indígenas não querem que seja feita essa conciliação?”, questionou. “Estamos falando sobre uma lei evidentemente inconstitucional que permanece sobre uma mesa de conciliação”, criticou Machado.

A Apib também requeria poder de veto em caso de votação dos encaminhamentos da mesa de conciliação, e não votação por maioria, como prevê as diretrizes do colegiado. “Alerto para a gravidade da ausência dos povos indígenas aqui e para responsabilidade de fazer conciliação na ausência dos povos indígenas. As normas internacionais demandam presença dos povos indígenas no debate de seus direitos”, argumentou Machado. “Não presença decorativa e sim presença com condições”, acrescentou. A advogada refutou também a possibilidade de a representação dos povos indígenas ser substituída por outras representações e não pela Apib.

O juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, afirmou que a saída da Apib da mesa de conciliação não levará ao esvaziamento do colegiado. “Não entendemos os motivos reais se mostramos todas garantias asseguradas. A vontade de todos os lados é levada em conta na conciliação e sempre se busca formação de consenso, mas alguns temas podem exigir poder de maioria. A Apib impõe aqui poder de veto, o que não é possível em democracia”, alegou Veras.

Segundo Veras, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a saída da Articulação do colegiado “não significa que não teremos outros indígenas na comissão”. “Acolhemos tudo o que foi pedido pela Apib na formação da comissão com os cinco integrantes que foram indicados presentes na mesa Lamentamos a posição da Apib, mas já contávamos que isso poderia ocorrer. Falas políticas não serão aceitas aqui”, afirmou após a saída da Apib do colegiado.

Antes da saída dos representantes dos povos indígenas da sala da Segunda Turma do Supremo, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, fez um apelo por diálogo e pela participação dos povos indígenas na audiência desta quarta-feira.

“Tenho plena confiança no Supremo pela condução desse processo. Nós temos um conflito real, uma decisão tomada pelo Supremo e uma decisão tomada pelo poder Legislativo. Meu apelo pelo diálogo é sabendo que há questões fundamentais para os povos indígenas que não temos condições de manejar, mas existem outros tantos temas que temos condição de trabalhar”, afirmou.

Messias ainda disse que a participação de todas as lideranças indígenas é essencial para “um correto encaminhamento de pacificação social”. “Poderemos desdobrar soluções dentro dos limites constitucionais. Existem elementos que não são objeto de negociação, vai se falar pouco da própria tese do marco temporal, nós teremos condições de avançar”, disse o AGU.

Antes dele, o juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, disse que o marco temporal “é discussão ultrapassada para todos”. Ele também destacou que “todos são substituíveis e ninguém é obrigado a comparecer”.

Messias também disse que a mesa de conciliação pode “construir ferramentas de gestão para concepção de políticas públicas” que poderão ser utilizadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e pela Funai para assegurar os direitos dos povos originários. Ele exemplificou que podem ser discutidos, por exemplo, limites da responsabilização da União e dos proprietários na desintrusão das terras indígenas.