terça-feira, 3 de setembro de 2024

Durigan fala em crescimento próximo de 2,9% este ano e revisão na previsão do PIB

 Imagem colorida de Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda - Metrópoles

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira que, diante do crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda deve fazer uma revisão da projeção para o PIB para 2024 para algo próximo dos 2,9% registrados no ano passado.

A última previsão feita pela SPE, em julho, manteve a estimativa em 2,5%. Neste mês, a secretaria publicará sua grade de parâmetros atualizada. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou que o governo “muito provavelmente” irá reestimar a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano.

“Eu acho que é importante a gente considerar que esse resultado não vem de um vazio, temos construído uma agenda com generosidade, credibilidade, melhoria no ambiente de negócio, consolidação fiscal”, avaliou Durigan, em entrevista à CNN.

O secretário disse ainda que a equipe econômica aposta na aprovação e na sanção dos projetos de lei que regulamentam a reforma tributária ainda em 2024. Ele considera que há ambiente no Senado para destravar o debate. “Se deixar para 2025, com compromisso de horizonte para administração (tributária das empresas), não é de prejuízo maior. Não seria o melhor cenário, mas estamos prontos para trabalhar nessa situação”, ponderou.

Durigan afirmou ainda que não haveria problema se a sabatina no Senado do atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para a presidência do órgão for postergada para outubro. Ele disse que o indicado é “extremamente técnico” e foi uma “ótima escolha” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), confirmou que será relator na Casa da indicação de Galípolo, mas explicou que ainda não há uma data definida para a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário, em função do calendário mais apertado com as eleições municipais de outubro.

Petrobras e mais de 30 estatais vão assinar Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão

 

Petrobras png | PNGWing

A Petrobras, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e mais de 30 empresas estatais lançam na quarta-feira, 4, em Brasília, o Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão (Pacto DEI) nas empresas públicas federais.

Em nota, a Petrobras explica que o documento propõe o estabelecimento de mecanismos de cooperação para o aprimoramento de políticas públicas relacionadas ao tema e de estratégias que promovam a diversidade nas estatais.

Além da estatal petrolífera, o Pacto será firmado por outras estatais, como Banco do Brasil, Caixa, Correios, Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A coordenação é do Ministério da Gestão, por meio da Secretária de Governança das Estatais.

“Com a assinatura do Pacto por outras empresas públicas, espera-se o compartilhamento de boas práticas e maior agilidade na implementação de medidas para promover maior a diversidade, equidade e inclusão nas empresas”, informou nesta terça-feira, 3, a Petrobras.

O lançamento do Pacto contará com a participação da presidente da companhia, Magda Chambriard, e da ministra da pasta, Esther Dweck, entre outros executivos.

Ex-líder da British Petroleum na Espanha vai presidir operação no Brasil

 

Guevara De la Vega to lead bp during Spain's energy ...

A British Petroleum (bp) anunciou nesta terça-feira, 3, que o ex-presidente da empresa na Espanha, Andres Guevara de la Vega, será o novo presidente da British Petroleum no Brasil. Ele vai ocupar ainda o cargo de presidente do Conselho da joint venture com a Bunge Bioenergia, e de diretor não executivo do Conselho da Pan American Energy, uma das principais empresas de energia da Argentina.

“O executivo conta com uma larga experiência internacional no setor, ao longo de mais de 20 anos de carreira, incluindo diversas funções no segmento de upstream, comercialização e, mais recentemente, energia de baixo carbono”, disse a empresa em nota.

Andres é formado em engenharia de produção pela Universidad Simón Bolívar, com MBA em finanças e economia pela University of Chicago. Ao longo de quase duas décadas na British Petroleum, ocupou cargos de operação, planejamento e gestão. Além de presidente da British Petroleum Espanha, foi diretor de Desenvolvimento de Negócios Gas Value Chains global, gerente de Desenvolvimento de Negócios Upstream América do Sul baseado no Brasil, e Coordenador de Trading e Originação de Petróleo Bruto na América Latina.

“É uma honra assumir o cargo de presidente da bp no Brasil, um País muito próximo a mim e um mercado com inúmeras oportunidades para o setor. O País desempenha um papel fundamental na transição energética para desenvolver o sistema energético mundial de amanhã, graças ao seu vasto potencial em energias renováveis, especialmente no setor de bioenergia”, afirmou.

Prédio da sede do Quinto Andar administrado pela WeWork é alvo de ação de despejo

 


Fachada de um dos prédios do Girassol 555 (Crédito: Reprodução/WeWork)

 

A gestora Rio Bravo Investimentos anunciou no final de agosto uma ação de despejo contra a WeWork do imóvel Girassol 555, localizado no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. O edifício abriga desde 2020 a sede da Quinto Andar, que se apresenta em seu site oficial como “a maior imobiliária digital do Brasil”.

A ação ocorre em meio a outras movidas contra a empresa de escritórios compartilhados WeWork. O Vini Offices FII e o HBR Realty também divulgaram na última semana que iniciaram a tentativa de reaver imóveis após a WeWork paralisar os pagamentos de aluguéis há pelo menos três meses.

Procurado, o Quinto Andar preferiu não se manifestar, informando apenas que “segue operando normalmente”. A imobiliária ocupa a maior parte do prédio, que é administrado pela WeWork e pertence a um fundo imobiliário da Rio Bravo. Outra sublocatária da WeWork no espaço é a fintech Wise, que tampouco quis comentar o assunto.

Em nota, a WeWork afirmou que desconhece qualquer ação de despejo. “A empresa segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil. Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado”, disse a multinacional.

Crise da WeWork

Em crise ao redor do mundo, a WeWork no Brasil não escapou dos problemas financeiros, que fez a matriz entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos no ano passado, com dívidas de US$ 18 bilhões.

A WeWork é uma multinacional com sede em Nova Iorque, responsável por fornecer e administrar espaços de escritório compartilhado. Com seu sistema, é possível alugar um escritório ou apenas uma mesa, por períodos curtos, como dias ou semanas, de modo a alcançar maior flexibilidade do que com contratos tradicionais.

O Girassol 555

Localizado no número 555 da Rua Girassol, o complexo alvo da ação de despejo movida pela Rio Bravo Investimentos abriga três torres de cinco andares cada uma. A informação aparece pública no site da imobiliária SP Corporate.

Construído em 2019, o complexo conta com 113 m². No começo de 2020, foi noticiado que ele abrigaria o Quinto Andar, sob administração da WeWork. Anteriormente, a imobiliária já tinha sede em outro prédio da gestora de escritórios compartilhados, localizado na Avenida Paulista.

No site da WeWork, há espaços nos prédios disponibilizados para aluguel. Uma vaga em mesa compartilhada para trabalho é anunciada por R$ 120.

Procurada pela reportagem, a Rio Bravo informou que a ação de despejo segue em andamento, sem dar mais detalhes. Em nota, informou que o fundo detém 34,81% da propriedade e que a WeWork representa menos de 10% do FII RCRB11.

Girassol 555, complexo administrado pela WeWork
Interior do Girassol 555 (Crédito:Reprodução/WeWork)
Interior do Girassol 555 (Crédito:Reprodução/WeWork)

Fávaro anuncia inclusão do SouABR para desconto nos juros do crédito rural

 O que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pensa sobre a Embrapa |  Exame


Brasília, 3 – O Ministério da Agricultura vai incluir o programa SouABR (Algodão Brasileiro Responsável) no rol de programas de boas práticas rurais certificados pela pasta. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na abertura do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Fortaleza(CE). “Esse certificado que assinamos é um reconhecimento público, que será publicado no Diário Oficial da União, do SouABR. Com esse reconhecimento, todos os produtores que têm o certificado SouABR ganham um desconto de 0,5 ponto porcentual nas taxas de juros do Plano Safra. É um reconhecimento desse belo trabalho feito por vocês”, afirmou Fávaro a uma plateia de produtores e lideranças da cotonicultura.

O SouABR é um selo da Abrapa que atesta que as lavouras são produzidas em conformidade com boas práticas socioambientais, sustentáveis e trabalhistas avaliadas com base em 183 critérios. A associação estima que 82% da produção nacional seja chancelada pelo certificado.

O desconto nas taxas de juros atrelado a boas práticas ambientais, anunciado no Plano Safra 2024/25, será válido a partir de 2 de janeiro de 2025. Além do desconto do 0,5 ponto porcentual atrelado ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado, os produtores poderão ter abatimento adicional de outro 0,5 ponto porcentual nas taxas de juros das operações de custeio se participarem de programas de boas práticas certificados pelo Ministério da Agricultura. São eles: Programa Produção Integrada do Ministério da Agricultura (PI Brasil-Mapa), Programa de Boas Práticas Agrícolas do Ministério da Agricultura (BPA-Mapa) e a Certificação Produtos Orgânicos Brasil, que, juntos, congregam 68 mil produtores credenciados. Agora, com o reconhecimento do governo, produtores certificados com o SouABR também serão beneficiados com menor taxa de juros nos financiamentos rurais.

O ministro citou também a abertura de mercado do Egito para o algodão brasileiro, formalizada em janeiro de 2023, o que, segundo ele, é um símbolo da qualidade da pluma nacional. “Todo mundo sabe do reconhecimento do Egito como melhor algodão do mundo e passamos a vender para este mercado com o mesmo reconhecimento”, afirmou, destacando que o Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo em maio deste ano.

Projeções para PIB de 2024 encostam em 3% e aumentam expectativa de alta dos juros

 


IBGE divulgou nesta terça-feira que a economia brasileira cresceu 1,4% no 2º trimestre do ano, acima do esperado por governo e mercado

 

 

Déficit em C/C em 2024 passa para US$ 38,00 bilhões, projeta Focus

A surpresa com o forte desempenho da economia brasileira no segundo trimestre do ano levou economistas e governo a revisar suas projeções de crescimento do ano para próximo de 3%, aquecendo a discussão sobre os riscos inflacionários e a perspectiva de alta de juros, duas semanas antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“(A inflação é) o ponto central em termos de consequências”, disse Rodolfo Margato, economista da XP, sobre o crescimento do Produto Interno Bruto. “A força da atividade foi o que respaldou a nossa revisão de cenário, considerando um ciclo de aperto monetário a partir de setembro.”

A XP prevê altas na taxa básica de juros nas próximas quatro reuniões do Copom, com o ciclo de aperto terminando em janeiro de 2025 com a Selic a 12,0%.

O Banco Central volta a se reunir para debater a política monetária em 17 e 18 de setembro. Com a Selic atualmente em 10,5%, a autoridade monetária já terá em mãos, além dos números do PIB, os dados do IPCA de agosto para respaldar sua decisão.

“Os juros no Brasil estão altos, mas não tão altos, porque o PIB está crescendo”, disse Rafaela Vitória, economista chefe do Inter, que tem viés de alta para sua perspectiva de manutenção da Selic.

“Temos (política) fiscal expansionista e monetária contracionista. O fiscal está ganhando a batalha, mas é perigoso, precisa haver harmonia porque a taxa de crescimento não se sustenta nesse patamar com taxa de juros real de 6%, que impacta os investimentos.”

Na renda fixa, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinaneiros) de curto prazo operavam no território positivo neste início de tarde, na esteira dos dados do PIB. A percepção de que a economia aquecida pode pressionar a inflação dava força à taxa do DI para janeiro de 2026, um dos mais líquidos: às 13h18 ela estava em 11,97%, em alta de 9 pontos-base ante o ajuste de 11,882% da véspera.

A curva, porém, seguia indicando chances maiores de a taxa básica Selic subir 25 pontos-base este mês, e não 50 pontos-base. Também às 13h18, a curva precificava 64% de probabilidade de alta de 25 pontos, contra 36% de chances de elevação de 50 pontos-base.

A própria equipe econômica levantou incertezas sobre a política de juros e um possível risco inflacionário com o crescimento mais forte logo após a divulgação nesta terça-feira de dados do IBGE mostrando que o PIB expandiu 1,4% no segundo trimestre, depois de crescer 1,0% no primeiro, em dado revisado para cima. A expectativa de analistas era de alta de 0,9% no segundo trimestre.

“Temos que olhar muito para o investimento porque ele que vai garantir crescimento com baixa inflação, se nós não aumentarmos a nossa capacidade instalada, vai chegar um momento que vamos ter dificuldade de crescer sem inflação”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a divulgação dos dados.

O resultado melhor do que o esperado aumentou a perspectiva de que o PIB crescerá perto ou até acima de 3% este ano. Tanto o Inter quanto a XP e o C6 Bank já apontaram revisões em suas estimativas.

O Citi também passou a prever um crescimento de 3% e espera alta da Selic este mês. “No geral, o PIB do segundo trimestre reforçou a visão de um descompasso entre a expansão da demanda e da oferta”, afirmou em nota.

Já Haddad previu que a nova projeção de sua pasta para a alta do PIB, a ser divulgada em setembro, deve superar “2,7% ou 2,8%”, contra 2,5% atualmente, enquanto a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o dado pode ficar próximo a 3%.

As consequentes pressões inflacionárias da atividade forte devem seguir como ponto focal no segundo semestre, ainda que o ritmo de expansão perca força.

As estimativas de expansão do PIB no terceiro e quarto trimestres estão em torno de 0,5%, muito porque o impulso do consumo na primeira metade do ano foi alimentado por benefícios fiscais e pagamento de precatórios, que não devem se repetir.

“(O PIB) deve desacelerar para patamar de crescimento mais próximo de 0,5% ou até menor, não só porque não vai ter estímulo fiscal como pode ter gasto menor”, disse Vitória, do Inter.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Efeito Lula: anúncios de investimentos no Brasil batem recorde histórico

 


Levantamento feito pelo banco Bradesco mostra que o número de empresas interessadas em fazer negócios no Brasil é o maior desde 2020

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente Lula.Créditos: Ricardo Stuckert

Levantamento feito pelo banco Bradesco aponta que o Brasil, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bateu recorde em anúncios de investimentos feitos por empresas estrangeiras. 

De acordo com o estudo, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo site Valor, de janeiro a julho desde ano foram feitos 362 anúncios de investimentos, número 23,6% maior que aquele observado no mesmo período de 2023 e o maior índice para o período desde 2020, quando foram feitos 397 anúncios. 

“Investimento, para nós, é o que aumenta a capacidade produtiva do Brasil. Pode ser, por exemplo, abertura de lojas e fábricas; construção de prédios residenciais, industriais, comerciais e de galpões logísticos; aquisição de equipamentos e frotas de veículos. Não entram, por exemplo, aquisições de empresas e compras de participações”, afirmou Priscila Pacheco, economista do banco responsável pelo levantamento. 

“Temos percebido quase mês a mês esse crescimento e a gente entende que é algo mais generalizado”, prossegue a representante do Bradesco. 


O estudo não leva em consideração os valores dos investimentos, já que esses podem mudar, mas apenas os anúncios, que são registrados através de monitoramento de anúncios feitos na internet e na imprensa por representes do governo e de setores como indústria, agroindústria, serviços e comércio. 

Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2023

O Brasil ficou em segundo lugar no ranking global de destino de investimentos estrangeiros em 2023. De acordo com informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ficou atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados da OCDE mostram que o Brasil recebeu US$ 64 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro ano do Governo Lula III.

O líder da lista, os EUA, receberam US$ 341 bilhões em IED e em terceiro lugar figura o Canadá, com US$ 50 bilhões. O documento aponta ainda que houve uma redução global de IED, "abaixo de qualquer nível registrado desde 2005" em um contexto geral de tensões geopolíticas em curso e altas taxas de juros.

Uma das maneiras que o presidente Lula capta recursos estrangeiros diretos ao Brasil é por meio das viagens presidenciais. No dia 18 de março deste ano, a Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República, divulgou uma nota na qual informa as conquistas alcançadas pelo governo a partir de viagens a outros países.

"O Brasil, após hiato de quatro anos como pária internacional, voltou a ser convidado para os principais eventos globais e a ser recebido pelas principais lideranças do mundo. Além disso, em reconhecimento à importância do país e de suas atuais lideranças, líderes globais também voltaram a visitar o país", diz a nota.

O texto elenca que as viagens realizadas pelo presidente Lula já resultaram em diversos acordos bilaterais e atração de investimentos para o país, como a atração de mais de R$ 117 bilhões de montadoras estrangeiras no país.

Na viagem à China, em abril de 2023, além dos 15 acordos entre os dois governos, outros 42 acordos foram assinados entre empresas brasileiras e chinesas e entre empresas chinesas e o governo brasileiro. A previsão é que os acordos com a potência asiática rendam investimentos de até R$ 50 bilhões.,

Há ainda outros R$ 12,5 bilhões dos atos assinados com os Emirados Árabes, especialmente na área de energia verde. Além disso, a visita à Arábia Saudita resultou em anúncio de investimentos de até R$ 50 bilhões do Fundo Soberano do país em projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil, inclusive no âmbito do PAC, até 2030.

Também as empresas portuguesas EDP e Galp anunciaram investimentos de R$ 32 bilhões. Por fim, o Japão anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no setor de saúde brasileiro.

Por meio das viagens empreendidas até o momento, o Brasil fechou até agora ao menos 57 acordos bilaterais de diversos níveis: 7 com a Argentina, 15 com a China, 4 com os Emirados Árabes Unidos, 13 com Portugal, 4 com a Espanha, 2 com o Japão, 7 com Angola, 2 com São Tomé e Príncipe, 3 com Cuba, 19 com a Alemanha e 2 com Egito.

As viagens presidenciais ajudaram também na abertura de 96 novos mercados para produtos brasileiros. Exemplo disso é a recente habilitação de 38 frigoríficos para exportar à China, a maior de uma só vez, totalizando 146, o que sozinho pode representar um aumento de US$ 10 bilhões na exportação de proteína animal para o país asiático.

"A atual gestão, ao contrário da anterior, não antagoniza a China, o principal parceiro econômico do Brasil. O presidente da China, Xi Jinping, será recebido no Brasil em visita de Estado no segundo semestre", alfineta a Secom.

Além disso, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as doações ao Fundo Amazônia, retomadas após paralisia de quatro anos no governo anterior, atingiram recorde de US$ 726 milhões. Outros R$ 3,1 bilhões devem ser doados ao longo de 2024 por EUA, Noruega, Reino Unido, União Europeia e Dinamarca.