quarta-feira, 18 de setembro de 2024

CNI diz receber com ‘total indignação’ alta da taxa Selic

 

CNI - Confederação Nacional da Indústria | Brasília DF

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou nesta quarta-feira, 18, por meio de nota, ter recebido “com total indignação” a decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa de juros Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano. Na avaliação da entidade, o nível da Selic antes da reunião desta quarta-feira “era mais do que suficiente para manter a inflação sob controle” e a decisão vai prejudicar a criação de emprego e renda para a população.

“É emblemático que no mesmo dia em que os Estados Unidos decidem baixar a taxa básica após meses, o Brasil resolva o contrário, elevar a Selic. Torna a nossa diferença de juros reais ainda mais grave e cria condições desfavoráveis ao investimento no país. Até que ponto a especulação do mercado futuro de juros influencia as narrativas da expectativa de inflação futura?”, questiona o presidente da CNI, Ricardo Alban.

A CNI destaca que a elevação da Selic mantém o Brasil em 3º lugar entre as maiores taxas de juros do mundo, atrás apenas da Turquia e Rússia. “Juntamente com o nosso problema de elevado spread bancário – também o 3º maior do mundo -, esse fator empurra o País para fora da disputa mundial pela produção”, diz a nota.

A entidade pontua ainda que a alta na taxa de juros “joga contra” a recuperação da indústria de transformação e do investimento. “Por tudo isso, fica claro que subir a Selic foi uma decisão totalmente equivocada do BCB. Nesse contexto, é fundamental que o BCB retome os cortes na taxa de juros o quanto antes. Apenas com um ambiente de menor custo de financiamento é que as empresas conseguirão viabilizar projetos de investimento que são essenciais para o aumento da produtividade e da capacidade produtiva, com ganhos para o crescimento da economia”, conclui Alban.

Banco Central volta a subir juros após mais de 2 anos, e Selic vai a 10,75%

 


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira, 18, pelo aumento de 0,25 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros, elevando a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano. Este foi o primeiro aumento na taxa desde agosto de 2022 e marca o início de um novo ciclo de aperto monetário.

A decisão de hoje, em unanimidade entre os membros do Comitê, destoa do caminho seguido por outros BCs pelo mundo. Nesta quarta, o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), cortou pela primeira vez sua taxa de juros desde 2020, e agora está no intervalo de 4,75% a 5%. Na semana passada, o Banco Central Europeu também reduziu a taxa do bloco.

Com economia aquecida, mercado de trabalho forte, incertezas fiscais e pressão inflacionária no horizonte, o aumento nos juros por aqui já era esperado pelo mercado, apesar da pressão do governo, principalmente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo corte na taxa.

A taxa de juros é um instrumento de política monetária que impacta na inflação, em geral, se usa em dosagens para tentar conter o avanço de preços que pode refletir no bom andamento da economia do país. A meta de inflação definida para 2024 é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 p.p. para mais (4,5%) ou para menos (1,5%).

O Boletim Focus desta semana, documento semanal do Banco Central com as projeções do mercado para a economia, aponta para uma inflação anual maior que nas edições anteriores, de 4,35%, a nona alta semanal consecutiva. Para 2025, a projeção também subiu e passou de 3,92% para 3,95%.

Comunicado

No comunicado emitido pelo Comitê, em que o grupo aponta quais foram os subsídios da decisão de hoje e o que deve pautar as próximas, é citado um ambiente externo “desafiador”, com os bancos centrais das principais economias ainda perseguindo a convergência da inflação. “O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes.”

+ Brasil ocupa o 2º lugar na lista de países com maior juro real; veja ranking

O Comitê diz ainda segue monitorando “com atenção” como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz.

Após citar o cenário econômico marcado por resiliência na atividade, o mercado de trabalho forte e elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o comitê diz que o momento demanda uma política monetária mais contracionista.

E ainda que “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Dois presidentes

A reunião do Copom foi marcada pela presença de “dois presidentes” do BC. Além do oficial, o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, foi indicado, no final de agosto, pelo presidente Lula como o novo comandante do BC a partir de 2025.

Galípolo tomará posse do cargo em janeiro se for aprovado em sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para 8 de outubro. Esta é a primeira vez que ocorre uma transição deste tipo por causa da lei de autonomia operacional do BC, de 2021.

Mais da metade dos acordos oferecidos pela PGR aos réus do 8/1 ficou sem resposta

Mais da metade dos acordos de não persecução penal oferecidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para réus do 8 de Janeiro foram ignorados. Das 1,2 mil propostas, mais de 600 ficaram sem resposta.

O procurador-geral da República Paulo Gonet afirmou nesta quarta-feira, 18, que ele e a equipe ficaram surpresos ao constatar que os réus preferem responder aos processos criminais.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a opção por rejeitar o acordo parece “claramente uma manifestação ideológica”.

“Para deixar claro que é um mito que é um conjunto de pessoas inocentes que estavam lá sem saber bem o que estava acontecendo, estão recusando o acordo que envolve a devolução do passaporte e a retirada da tornozeleira. Portanto, parece claramente uma manifestação ideológica de permanecer preso, ser condenado, em lugar de aceitar uma proposta de acordo que me parece bastante moderada”, afirmou Barroso.

O acordo de não persecução penal é um instrumento jurídico em que o réu confessa o crime e se compromete a cumprir uma série de cláusulas, como o pagamento de multa e a prestação de serviços comunitários, para encerrar o processo criminal e revogar eventuais medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Esse benefício só está disponível para crimes de menor potencial ofensivo, cometidos sem violência, e com pena máxima previsa de quatro anos.

Veja as condições propostas pela PGR nos acordos do 8 de Janeiro:

– Cumprimento de 300 horas de serviços comunitários ou em entidades públicas;

– Pagamento de multa, calculada de acordo com a situação financeira de cada réu;

– Participação presencial em um curso sobre democracia com carga horária total de 12 horas. O uso de celular na sala será proibido;

– Não usar redes sociais abertas até terminar de cumprir as cláusulas.

Brasil ocupa o 2º lugar na lista de países com maior juro real; veja ranking

 


BC da Turquia eleva juro básico em 5 pontos, a 35%, em nova tentativa de conter inflação

O Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 18, pelo aumento na Selic de 0,25 ponto percentual, levando a taxa de juros do Brasil a 10,75% ao ano. Esse foi o primeiro aumento na taxa desde agosto de 2022.

Com o aumento, o Brasil passa a ocupar o segundo lugar no ranking de países com o maior patamar de juros reais, que é a taxa de juros descontada a inflação, ficando atrás apenas da Rússia, e acima de Turquia, México, Indonésia e Índia (ver ranking abaixo).

O ranking é elaborado pela MoneYou, que faz o levantamento entre 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial nos últimos 25 anos, com simulações de cenários.

A MoneYou também compila o ranking da taxa de juros nominal. Nessa lista, o Brasil está empatado com Colômbia e México no quarto lugar, atrás de Turquia, Argentina e Rússia.

Pelo monitoramento da MoneYou, mais da metade (52,5%) dos países cortou sua taxa na decisão mais recente e outros 40% mantiveram. Apenas 2,5% dos países elevaram.

Ranking de países com as maiores taxas de juros reais

1. Rússia: 9,05%
2. Brasil: 7,33%
3. Turquia: 5,47%
4. México: 5,45%
5. Indonésia: 4,37%
6. Índia: 3,08%
7. África do Sul: 2,96%
8. Colômbia: 2,37%
9. Tailândia: 2,03%
10. Hungria: 1,98%
11. Filipinas: 1,91%
12. Itália: 1,81%
13. Dinamarca: 1,69%
14. Israel: 1,63%
15. República Checa: 1,38%
16. Nova Zelândia: 1,34%
17. Reino Unido: 1,26%
18. Malásia: 1,20%
19. Portugal: 1,10%
20. Coreia do Sul: 1,05%
21 Estados Unidos: 0,98%
22. França: 0,97%
23. Alemanha: 0,75%
24. China: 0,71%
25. Suécia: 0,60%
26. Cingapura: 0,58%
27. Áustria: 0,55%
28. Hong Kong: 0,51%
29. Espanha: 0,49%
30. Chile: 0,29%
31. Grécia: -0,19%
32. Austrália: -0,20%
33. Suíça: -0,37%
34. Bélgica: -0,52%
35. Polônia: -0,54%
36. Holanda: -0,54%
37. Canadá: -0,74%
38. Taiwan: -1,10%
39. Japão: -1,73%
40. Argentina: -33,92%

Ranking de países com as maiores taxas de juros reais

1. Turquia: 50,00%
2. Argentina: 40,00%
3. Rússia: 19,00%
4. Colômbia: 10,75%
4. México: 10,75%
4. Brasil: 10,75%
7. África do Sul: 8,25%
8. Hungria: 6,75%
9. Índia: 6,50%
10. Filipinas: 6,25%
11. Indonésia: 6,25%
12. Polônia: 5,75%
13. Hong Kong: 5,75%
14. Chile: 5,50%
15. Nova Zelândia: 5,25%
16. Estados Unidos: 5,00%
17. Reino Unido: 5,00%
18. República Checa: 4,50%
23. Israel: 4,50%
19. Austrália: 4,35%
20. Canadá: 4,25%
21. Alemanha: 3,65%
22. Áustria: 3,65%
24. Espanha: 3,65%
25. Grécia: 3,65%
26. Holanda: 3,65%
27. Portugal: 3,65%
28. Bélgica: 3,65%
29. França: 3,65%
30. Itália: 3,65%
31. Cingapura: 3,57%
32. Suécia: 3,50%
33. Coreia do Sul: 3,50%
34. China: 3,35%
35. Dinamarca: 3,10%
36. Malásia: 3,00%
37. Tailândia: 2,50%
38. Taiwan: 2,00%
39. Suíça: 1,25%
40. Japão: 0,25%

Fed faz forte corte de juros semanas antes das eleições nos EUA

 


O presidente do Fed em coletiva de imprensa em Washington em 31 de julho de 2024 - AFP/Arquivos

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) baixou, nesta quarta-feira (18), suas taxas de juros de referência pela primeira vez desde 2020 e optou por uma forte redução de meio ponto percentual, para 4,75%-5,00%, a poucas semanas da eleição presidencial nos Estados Unidos.

A decisão reduz o custo do crédito para pessoas e empresas, uma boa notícia para o governo de Joe Biden e para a vice-presidente Kamala Harris, que é candidata à Presidência.

Além disso, o banco central anunciou que planeja fazer um novo corte de meio ponto percentual até o final do ano, segundo um comunicado no qual destacou “maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2%”.

A decisão não foi unânime na última reunião antes da eleição de 5 de novembro. A governadora Michelle Bowman votou por um corte menor, de 25 pontos-base.

O Fed revisou para baixo sua previsão de inflação, para 2,3% no fim deste ano e 2,1% em 2025. A meta de 2%, considerada saudável para a economia, seria alcançada em 2026.

Já o prognóstico do desemprego do banco central subiu para 4,4% em 2024 e no próximo ano.

O órgão espera ainda que o PIB da maior economia do mundo cresça 2% em 2024, um pouco menos do que a previsão anterior de 2,1%.

“Nossa economia é, em geral, forte e fez progressos significativos em direção aos nossos objetivos nos últimos dois anos”, afirmou Jerome Powell, presidente do Fed, em uma coletiva de imprensa após o comunicado do Comitê Monetário.

Powell acrescentou que é “hora de recalibrar” a política monetária para algo mais apropriado, e que este primeiro corte marca o “início” desse processo.

– Impacto eleitoral –

A decisão do Fed, que é um banco central independente do governo, terá impacto sobre o poder de compra dos americanos, ao baratear o crédito, o que poderia beneficiar a candidatura de Harris.

Powell, no entanto, garantiu que o Federal Reserve considera apenas questões econômicas em suas decisões.

O candidato republicano à Presidência, o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), acredita que o Fed pode flexibilizar sua política monetária porque “a economia não está indo bem”, conforme disse em um comício em Flint, Michigan. Trump é um forte defensor de taxas de juros baixas.

O corte nos juros está alinhado com as previsões da maior parte dos operadores de futuros, segundo o CME Group.

– Mandato duplo –

Em junho, o Fed esperava reduzir as taxas apenas uma vez em 2024, em um quarto de ponto. Mas desde então o mercado de trabalho perdeu força e ressurgiram os temores de um impacto na economia.

Agora, o órgão está focado em evitar o aumento do desemprego. O banco central tem o mandato duplo de assegurar a estabilidade dos preços e o pleno emprego.

O corte nas taxas reflete “nossa crescente confiança” de que, com a política monetária adequada, “o vigor do mercado de trabalho pode ser mantido em um contexto de crescimento moderado e de inflação em queda constante até 2%”, afirmou Powell.

Antes da reunião de terça e quarta-feira, os dados de inflação já indicavam um progressivo retorno à meta anual do Fed.

O índice PCE, que é o mais acompanhado pelo Fed, manteve-se estável em julho, em 2,5% a 12 meses. Os dados de agosto serão divulgados em 27 de setembro.

Por outro lado, o IPC caiu em agosto para seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021, também em 2,5% a 12 meses.

A taxa de desemprego baixou para 4,2% em agosto, embora a criação de empregos tenha perdido impulso.

“Os riscos” associados a esses dois mandatos do Fed “estão bastante equilibrados”, segundo o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).

Fabricante dos carros voadores, Eve anuncia nova diretora comercial

 


Fabricante dos carros voadores, Eve anuncia nova diretora comercial
Fabricante dos carros voadores, Eve anuncia Megha Bhatia como nova diretora comercial – Foto: Reprodução

 

 

A Eve Air Mobility, empresa responsável pela produção dos carros voadores, anunciou nesta terça-feira (17) Megha Bhatia como a nova Chief Commercial Officer (CCO). Em Melbourne, Flórida, Bhatia será responsável pelas divisões de vendas globais, inteligência de mercado e relações governamentais.

Bhatia chega à empresa após uma trajetória na Jet Support Services, Inc. (JSSI), onde atuou como Diretora de Estratégia.

Segundo a EVE, a passagem de Bhatia pela JSSI foi marcada por iniciativas estratégicas que impulsionaram as vendas, integração de dados e vendas cruzadas entre as unidades de negócios.

Ainda de acordo com as informações divulgadas, em posições anteriores, Bhatia ocupou diversos cargos de liderança na Rolls-Royce ao longo de mais de uma década, culminando em seu papel como Vice-Presidente de Vendas e Marketing para Aviação Executiva.

Bhatia fez contribuições de impacto e transformou o desempenho da equipe para alcançar vendas recordes e aumentar as experiências técnicas e comerciais dos clientes por meio de melhorias de processos e colaboração multifuncional.

“A vasta experiência e liderança estratégica de Megha serão fundamentais enquanto a Eve se prepara para converter LOIs em pedidos firmes”, disse Johann Bordais, CEO da Eve, em nota.

Produção em Taubaté

Em julho de 2023, a Eve Air Mobility anunciou Taubaté como a cidade sede da produção dos primeiros carros voadores do Brasil.

Com produção total prevista para até 480 aeronaves por ano, a Eve está planejando expandir sua capacidade de produção de forma modular, com quatro módulos para 120 aeronaves cada. A empresa já possui 2,9 mil encomendas de eVTOLs, com previsão de serem entregues a partir de 2026.

De acordo com a Eve, Taubaté se beneficia de uma logística estratégica, oferecendo fácil acesso por meio de rodovias como a BR-116, rodovia Presidente Dutra, e por sua proximidade de uma linha de vôo.

Outra vantagem é a localização próxima à sede da Embraer em São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve, o que facilitará o desenvolvimento e a sustentabilidade de novos processos de produção, aumentando a agilidade e a competitividade da empresa.

Sobre os eVTOLS

Arte com modelo do eVTOL da embraer. 'Carros voadores' da Embraer lideram ranking mundial de pedidos; empresa estima lucro acima de US$ 8 bilhões
(Foto: Divulgação/Eve)

 

O eVTOL, popularmente conhecido como ‘carro voador’, é uma aeronave de emissão zero, baixo ruído e design simples, que permite com que haja decolagens e pousos verticais com o uso da energia elétrica.

Um levantamento feito pelo site Reset mostra que a Embraer e a Eve estão na vice-liderança do mercado de eVtol, com até 635 unidades encomendadas da aeronave que é movida por eletricidade.

Um outro contrato anunciado recentemente foi com a empresa britânica Bristow, para o fornecimento de até 100 unidades do ‘carro elétrico’ da Embraer.

Início dos voos

Os carros voadores que estão em produção em Taubaté devem iniciar os voos ainda em 2024. É o que afirmou Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility, empresa derivada da Embraer, responsável pelo projeto.

A declaração foi dada no dia 9 de junho, em entrevista à Rádio CBN, durante o campeonato de miniplanadores realizado no Clube de Campo da ADC Embraer, em São José dos Campos.

De acordo com Johann Bordais, o andamento do projeto dos carros voadores está “indo bem” e os desenvolvedores estão otimistas para iniciar os testes e os voos logo.

“O desenvolvimento tem ido bem. Nós temos agora um protótipo que está em Gavião Peixoto para poder ser desenvolvido. E até o fim do ano a gente vai começar os testes e, quem sabe, talvez até voar”, disse.

Durante a entrevista, o CEO da Eve Air Mobility também explicou que, apesar do nome, o “carro” não estará disponível para venda nas concessionárias.

” A gente fala ‘carro voador’, mas na verdade não é bem assim. Não é bem um carro que você vai na concessionária, que você vai comprar e vai colocar na garagem para voar, infelizmente ainda não”, disse.

O CEO ainda destacou quem serão os possíveis compradores dos veículos.

“São operadores de aviões, companhias aéreas, operadoras de helicópteros… Essa aeronave vai se inserir na frota que eles já têm. São vários modelos de negócios. […] Um voo entre um aeroporto internacional e o centro da cidade, por exemplo. Numa cidade congestionada, isso vai [economizar] muito tempo para as pessoas. E nós temos outros tipos de operações, de carga também, missões especiais… Um time de médicos que poderá ir a cena de um acidente. Todas as possibilidades estão abertas.

Entregas oficiais

Apesar do início dos voos estar programado para 2024, a entrega oficial dos carros voadores deve acontecer somente em 2026.

Até lá, a EVE tem expandido a lista de fornecedores para seu eVTOL, que inclui empresas como Aciturri, Crouzet, Thales, Honeywell, RECARO Aircraft Seating, FACC, Garmin, Liebherr-Aerospace, Intergalactic, Nidec Aerospace LLC, BAE Systems e Duc Hélice Propellers.

Em abril, a Korea Aerospace Industries Ltd. (KAI) foi a escolhida para ser a fornecedora dos pilones, componentes essenciais da estrutura da aeronave, responsáveis por suportar as unidades de energia elétrica e os oito rotores necessários para a decolagem e pouso verticais.

Também em abril deste ano, a Eve assinou uma carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços. O pedido de compra apoiará o desenvolvimento contínuo e o dimensionamento de operações inovadoras de transporte no Japão.

 

 https://www.cbnvale.com.br/fabricante-dos-carros-voadores-eve-anuncia-nova-diretora-comercial/

Acordo de cooperação para a reconstrução do RS é assinado

 


Será criado fundo de R$ 6,5 bilhões para obras no estado 
 
 
Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados pelas enchentes de abril e maio

 

 

As obras de modernização e construção dos sistemas de contenção contra cheias no Rio Grande do Sul serão geridas em conjunto pelo governo gaúcho e a União. Nesta terça-feira (17), o governador Eduardo Leite reuniu-se em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a assinatura da portaria federal que cria o conselho de gestão dos projetos. As iniciativas terão planejamento, contratação e execução por parte do governo do Rio Grande do Sul, com aporte de R$ 6,5 bilhões por parte da União. O estado foi fortemente atingido por enchentes nos meses de abril e maio, no pior desastre climático da história gaúcha. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados.

O colegiado, criado a partir de portaria editada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, será composto por três integrantes do governo gaúcho e outros dois do governo federal. Além do documento, foi assinado um acordo de cooperação interfederativo entre Estado e União, formalizando o compromisso de trabalho conjunto, compartilhamento de informações e de dados com o objetivo de conduzir o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul. "O conselho vai fazer o acompanhamento das obras e a gestão da liberação dos recursos, especialmente olhando para as obras de contenção das cheias. O governo federal já anunciou que vai disponibilizar pelo menos R$ 6,5 bilhões para um fundo. Esses recursos vão financiar as obras de contenção de cheias, especialmente da Região Metropolitana", detalhou Leite.

"São obras complexas, que levarão tempo para serem executadas e, portanto, essa governança é muito importante", destacou o governador. Ainda durante a reunião com o presidente, Leite manifestou preocupação em relação às medidas de apoio ao agronegócio no Rio Grande do Sul. O governador afirmou ao presidente que algumas regulamentações feitas nas últimas semanas ainda não atendem ao setor. "A nossa preocupação é que, dado o prazo que se tem até 15 de outubro para que possam aderir a esse formato de financiamento das dívidas, os recursos que estão hoje sinalizados pelo governo federal via fundo social parecem que não serão suficientes. Há um compromisso do governo federal de ir ampliando os recursos mediante a demanda. O que a gente quer é que isso já fique no radar para o governo federal para que possa ser atendida toda a demanda do setor produtivo, do setor primário da nossa produção agrícola, que foi muito afetado não apenas pelas enchentes, como também pelas estiagens em períodos anteriores", destacou. Após a audiência com o presidente, o governador participou de reunião no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional sobre o andamento da contratação de projetos para reconstrução de pontes afetadas pela enchente.

 

 https://amanha.com.br/categoria/brasil/acordo-de-cooperacao-para-a-reconstrucao-do-rs-e-assinado?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Acordo+de+coopera%C3%A7%C3%A3o+para+a+reconstru%C3%A7%C3%A3o+do+RS+%C3%A9+assinado+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+18_09_2024