segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Biomm obtém aprovação da Anvisa para medicamento usado no tratamento de câncer

 


Fábrica da Biomm em Nova Lima (MG)

Fábrica da Biomm em Nova Lima (MG) (Crédito: Phillipe Guimarães/Phills)

 

A Biomm comunicou que a Anvisa aprovou nesta segunda-feira registro do produto Bevyx (bevacizumabe), um anticorpo monoclonal, usado no tratamento de diversos tipos de câncer.

“O bevacizumabe é um anticorpo monoclonal…e está em linha com a estratégia da companhia de incorporar outros medicamentos biotecnológicos e oncológicos ao seu portfólio”, afirmou a farmacêutica brasileira.

Com a aprovação do registro, a Biomm afirmou que solicitará autorização de preço do produto junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED).

IPCA: novas projeções ‘assustam’ mercado, que espera BC mais austero

 


Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom continuou o ciclo de corte da Selic (a taxa básica de juros) com queda de 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.

Projeções do IPCA para o limite do teto fazem mercado esperar um BC mais atuante e austero (Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

 

Pela terceira semana consecutiva, o consenso do mercado financeiro elevou sua projeção para o IPCA no ano de 2024, mirando agora uma inflação de 4,5% – ficando no limite do teto da meta.

Trata-se da terceira alta consecutiva na projeção para o IPCA de 2024.

O número, da edição desta segunda, 21, do Boletim Focus, mostra um mercado que ainda enxerga uma série de incertezas macroeconômicas e vê uma pressão inflacionária ainda latente.

A avaliação é de que as projeções sobem por conta de núcleos que persistem em alta nas últimas leituras.

“A inflação tem apresentado sinais de resiliência, especialmente em serviços, e fatores como a seca e o aumento das tarifas de energia adicionam pressão aos preços”, explica Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.

Nesse contexto, o mercado espera uma política monetária possivelmente mais rígida como um impacto imediato, o que fica evidente com a elevação da projeção da Selic para 2025, que agora é de 11,25%. Atualmente a taxa Selic está em 10,75% e o mercado espera também uma elevação – de 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre nos dias 5 e 6 de novembro.

“O Boletim Focus de hoje assusta bastante com uma alta maior do que vinha tendo na projeção da inflação para 4,50% chegando no limite do teto, aumentando as expectativas de aumento de juros. Vemos pressões inflacionárias persistentes, que podem forçar o Banco Central a tomar medidas mais duras em relação a Selic, por enquanto mantida no Focus a 11,75% no ano”, comenta Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

Jefferson Laatus, CEO da Laatus, comenta que “as pressões inflacionárias persistem e podem exigir ajustes mais rigorosos do Banco Central, comprometendo a recuperação econômica”.

“Esse contexto de juros altos por mais tempo pode desacelerar setores dependentes de crédito, como o imobiliário e o industrial, e reduzir o consumo. O desafio será encontrar o equilíbrio necessário para controlar a inflação sem sufocar o crescimento econômico, mantendo a atenção nos indicadores que influenciarão as próximas decisões de política monetária”, detalha.

Última leitura do IPCA

A inflação mostrou uma variação de 0,44% no mês de setembro, leitura mais recente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses fica em 4,42%.

A principal pressão inflacionária do mês em questão foi a conta de luz, por conta da alta de 5,36% nas tarifas de energia elétrica residencial. O item exerceu impacto de 0,21 p.p. no IPCA de setembro.

Focus: Mercado vê inflação no teto da meta em 2024 e eleva projeção para Selic em 2025

 


Prédio do Banco Central em Brasília

 

Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA e o crescimento do PIB em 2024 e projeção de uma inflação maior em 2025, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 11,25%, de 11,00% na semana anterior, indicando menos cortes de juros em 2025.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 10,75%, manteve-se em 11,75%, com dois aumentos seguidos de 0,5 ponto percentual, em novembro e dezembro.

Depois disso é esperado mais um aumento de 0,25 ponto na primeira reunião de 2025, com a Selic permanecendo em 12,0% até o penúltimo encontro. São previstos então um corte de 0,50 ponto percentual e outro de 0,25 ponto em novembro e dezembro do próximo ano.

A mudança na previsão ocorre na esteira do aumento do ceticismo do mercado em relação aos esforços do governo para equilibrar as contas públicas. O Executivo tem prometido que anunciará novas medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro, a fim de cumprir as regras do arcabouço fiscal.

Participantes do mercado têm afirmado que a confiança na direção da questão fiscal será retomada apenas quando houver justamente o anúncio de medidas concretas.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,50% –exatamente o teto da meta–, ante 4,39% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 3,99%, acima dos 3,96% projetados anteriormente.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve ligeira melhora ainda na expectativa para a expansão do PIB em 2024, agora em 3,05%, de 3,01% na semana anterior. No próximo ano, a economia brasileira deve crescer 1,93%, segundo os analistas, mesma projeção da pesquisa anterior.

Para o mercado de câmbio, a previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano subiu para 5,42 reais, de 5,40 reais há uma semana. Em 2025, a expectativa é de que a moeda norte-americana atinja 5,40 reais, semelhante à previsão anterior.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Regulador investiga nos EUA programa de condução autônoma da Tesla

 Tesla Vector Logo - Download Free SVG Icon | Worldvectorlogo

Regulador investiga nos EUA programa de condução autônoma da Tesla - AFP/Arquivos

O órgão regulador de segurança automobilística dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (18), que abriu uma investigação sobre o programa Full Self-Driving (FSD, condução totalmente autônoma) da Tesla após quatro acidentes, um deles fatal, relacionados a esse sistema.

Os acidentes ocorreram quando “um veículo Tesla que circulava com o FSD ativado entrou em uma área de visibilidade reduzida da pista (ofuscamento do sol, neblina, poeira) e o FSD da Tesla permaneceu ativo”, informou a Administração Nacional de Segurança de Tráfego nas Estradas (NHTSA) em um comunicado.

“Em um dos acidentes, um pedestre morreu atropelado, e em outro houve uma pessoa ferida”, acrescentou.

A NHTSA “vai examinar a possível falha do sistema em detectar e se desconectar em situações específicas nas quais não pode funcionar adequadamente”.

A Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, investiu grandes quantias em seu programa de condução autônoma, um sistema envolto em polêmicas e sob o escrutínio das autoridades americanas devido aos acidentes nos quais esteve envolvido.

Em abril, a empresa chegou a um acordo com a família de um motorista que morreu quando seu Model X colidiu no Vale do Silício em 2018, enquanto usava o software de assistência à condução Autopilot.

No ano passado, a companhia foi obrigada a recolher quase 363 mil carros equipados com a tecnologia FSD Beta e mais de dois milhões de veículos devido aos riscos associados ao Autopilot.

O desenvolvimento do programa de condução autônoma da Tesla não está progredindo tão rápido quanto Musk previa. Ele disse em 2019 que a empresa seria capaz de produzir um veículo totalmente autônomo no prazo de um ano.

Há apenas duas semanas, Musk fez outra previsão. Segundo ele, em 2027 estarão disponíveis táxis da Tesla totalmente autônomos.

Catar abre mercado para carne de caprinos e ovinos do Brasil

 Bandeira do Catar | Vetor Premium


O Brasil poderá exportar carne de caprinos e de ovinos para o Catar, informaram os Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores (MRE), em nota conjunta. A autorização com a aprovação do Certificado Sanitário Internacional foi recebida ontem pelo governo brasileiro.

“A abertura do mercado catariano para carnes de caprinos e de ovinos de origem brasileira, que têm alcançado presença crescente no mercado internacional, deverá contribuir para diversificar a pauta do comércio bilateral”, disseram as pastas.

O Brasil exportou cerca de US$ 200 milhões em produtos agropecuários para o Catar de janeiro a setembro deste ano, sendo 90% equivalente a embarques de proteínas animais, de acordo com dados da balança comercial brasileira.

No ano, o País acumula 182 aberturas de mercado para produtos do agronegócio nacional.

Ministro dos Transportes vai à Europa para apresentar carteira de projetos a investidores

 

Renan Filho (@RenanFilho_) / X

O ministro dos Transportes, Renan Filho, viaja para a Europa na próxima semana, onde cumprirá agenda de apresentação de projetos de rodovias a investidores estrangeiros, além de participação em evento com líderes do setor de infraestrutura.

Na segunda-feira, 21, o ministro desembarca em Madri para apresentar projetos de concessões de rodovias a investidores. Com cerca de 30 projetos, a carteira é estimada em R$ 130 bilhões. Será a segunda viagem institucional do ministro à Espanha neste ano.

Ainda na capital espanhola, Renan Filho participa do Ibero-América GRI Infra & Energy, que acontecerá na terça-feira. O evento reunirá os maiores líderes do segmento de transporte e energia, com o objetivo de discutir os desafios em estruturação, desenvolvimento e financiamento de projetos.

Depois de Madri, a comitiva do governo brasileiro parte para Londres, no Reino Unido, onde participa de uma reunião com administradoras de fundos internacionais sediados na Europa e empresas interessadas em conhecer o pipeline brasileiro de concessões rodoviárias. Além disso, outros encontros bilaterais estão previstos, como, por exemplo, com o grupo britânico John Laing, forte operador de infraestrutura do setor público.

Boulos promove “debate aberto” perto da Prefeitura após Nunes faltar a confrontos

 

 

 Datafolha: Boulos avança entre mulheres e jovens, mas enfrenta resistência de homens e na classe média


Com o cancelamento do debate no SBT devido à ausência de Ricardo Nunes (MDB), o candidato Guilherme Boulos (PSOL) realizou nesta sexta-feira, 18, o que chamou de “debate aberto à população”, em protesto contra a ausência do atual prefeito nos confrontos organizados pela imprensa. Até o momento, Nunes já faltou a três eventos do gênero.

“Quero lembrar a todos que estão aqui hoje o motivo de estarmos reunidos. Neste momento, deveria estar acontecendo o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo no SBT. Mas o nosso adversário fugiu do debate”, declarou Boulos. “São Paulo é muito importante para ficar sem debate”, acrescentou o candidato do PSOL.

O encontro ocorreu em frente ao Theatro Municipal, a poucos metros do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, e seguiu formato semelhante ao de um debate televisivo. O evento foi dividido em três blocos: um para perguntas da população, outro para perguntas de especialistas e um para as considerações finais. A estrutura também incluiu arquibancada, palco e três púlpitos: um para Boulos, um para “o povo de São Paulo” e outro simbolicamente reservado para Nunes.

A assessoria de Boulos, no entanto, não confirmou se o atual prefeito foi formalmente convidado para o evento. O candidato do PSOL já havia declarado que, se algum debate fosse cancelado pela ausência de Nunes, ele convocaria sua militância para promover debates nas ruas e praças da cidade.

Embora tenha seguido o formato de um debate tradicional, o evento promovido pelo candidato do PSOL não teve regras de controle rígidas, como limitação de tempo para as respostas, e Boulos não foi confrontado pelos entrevistadores. Algumas pessoas que fizeram perguntas o chamaram de “companheiro”, “professor” ou mencionaram que o conheciam desde a época da escola.

No evento, o deputado federal respondeu a perguntas de dez cidadãos e de um especialista, o sociólogo Benedito Mariano, que colaborou na elaboração de seu programa de governo. Em vez de trazer contradições, a pergunta de Mariano serviu de apoio para que Boulos reforçasse suas propostas para a segurança urbana, como a de dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana.

Além disso, Boulos reforçou seu discurso de “candidato da mudança”, em nova sinalização ao eleitorado de Pablo Marçal (PRTB), o terceiro colocado no primeiro turno. “Quem acha que a cidade deve ficar como está? Quem acha que o prefeito fez tudo certo no apagão? Quem acha que a saúde de São Paulo está maravilhosa, que encontra remédio e médico? Concorda com o nosso adversário. Quem sabe que a cidade de São Paulo pode e merece mais? Vem comigo”, disse.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Boulos avalia que a adesão a Marçal foi motivada mais por um voto de protesto de eleitores insatisfeitos com a política tradicional, representada por figuras como Nunes, do que por razões ideológicas. Assim, a estratégia do psolista é atrair esse segmento, reforçando sua imagem como uma alternativa de mudança e tentando conquistar parte dos votos que, até o momento, estão majoritariamente com o emedebista.

Ao final do ato, Boulos repetiu que seu adversário “não tem pulso firme” para lidar com os problemas de São Paulo, classificando a candidatura de Nunes como “laranja” e sugerindo que, caso reeleito, o atual prefeito cederá aos interesses dos partidos que formam sua coligação. Além disso, voltou a desafiar o emedebista a quebrar o sigilo bancário, insinuando possíveis irregularidades. “Por que ele não abre seu sigilo bancário, já que diz ser tão honesto?”.

O candidato do PSOL também afirmou que as agendas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), programadas para este sábado, 19, no Grajaú e em São Mateus, contribuirão para conquistar mais votos nas periferias da capital paulista.

“Vamos ganhar com certeza em mais bairros ainda nesse 2º turno”, completou.